Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 5
Capitulo 4 - Chamas do que sobrou


Notas iniciais do capítulo

Oie meus anjos! Nossa, quanta demora, mas não me mantem! Eu sinto muito por tudo, mas algumas aconteceram muito em cima da outra e eu acabei ficando meio sem chão e sem tempo pra minhas queridas fanfics.

Peço perdão por essa demora absurda e por não poder recompensá-los com um capítulo maior, mas espero que gostem e curtam a leitura!

:D



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Scorpius & Rose

Capítulo IV - Chamas do que sobrou         

Ela não queria acordar, queria passar o resto da vida naquele momento incrível entre estar ou não dormindo. Naquele momento singular em que você tem consciência de que está no estágio mais próximo do sono que aquela situação pode permitir, onde seu subconsciente se esconde por de trás de uma cortina fraca e opaca. Era pedir muito ficar esquecida ali pra sempre?

                Uma semana havia se passado e sua dor não havia diminuído uma única parcela, estava tão esgotada quanto a sete dias atrás. Sabia que sua vida estava passando a cada minuto que permanecia naquela cama, sabia que o mundo não estava em pausa só esperando que ela se recuperasse, mas precisava de mais algum tempo, pelo menos alguns dias.

                O celular parecia ignorar os seus lamentos e continuava a vibrar no criado-mudo desesperadamente.

Bufando, Rose obrigou sua mão a alcançar aquele aparelho trouxa extremamente irritante e trazê-lo ao alcance de seus olhos. Virou-se para o outro lado da cama e derramou seu braço por cima do pescoço de Scorpius e deixou o telefone cair na frente do rosto dele.

— É o seu... – resmungou voltando para seu esconderijo quentinho debaixo do edredom.

Ficaria o resto do dia inteiro ali, tal como tinha planejado, se não fosse por Scorpius pulando da cama com espanto nos olhos. O celular ainda no ouvido, ele perguntava coisas com muita rapidez e com um tom a mais de sua voz enquanto procurava suas roupas pelo quarto. Rose sentou-se um pouco mais devagar e prendeu as cobertas nas axilas e observou todo aquele alvoroço um tanto perdida e confusa, coçando as madeixas ruivas como se esse ato lhe fosse ser útil na tentativa do entendimento.

Ele falava com Albus, isso ela pode deduzir pelos apelidos que surgiram no meio do diálogo. Era uma conversa entranha, falavam sobre vizinhos verem alguma fumaça ao longe e... A ligação chegou ao fim. Scorpius se virou para Rose e a ordenou meio sem controle que se vestisse, tinham que correr.

—x-

                - Achem eles caramba! – Harry Potter gritava aos quatro ventos.

                Havia momentos em seu trabalho que ele queria que todo mundo sumisse e fosse ele mesmo resolver o problema. Não que ele se achasse autossuficiente, mas há horas em que pessoas demais tendem a atrapalhar quando se mais precisa de foco e concentração.

                A casa a sua frente estava metade carbonizada e amontoada ao chão, um feitiço exibia um letreiro branco na fumaça negra que nascia do fogo. Seus olhos verdes, com o brilho ainda vivido dos seus tempos de juventude, não paravam de varrer aquela frase com total atenção. Seus punhos estavam cerrados e seu rosto suava em plena manhã de inverno, queria desesperadamente socar alguém. Suspeitava até que seria capaz de fazer consigo mesmo para aliviar sua raiva e frustração.

                - Onde eles estão? – O rugido desesperado de Scorpius chamou a suas costas.

                Ele estava indo quebrar a barreira que tinha feito para cercarem a casa, mas Harry foi mais rápido deslizando para trás do rapaz e o prendendo com um sutil mata leão.

                - O que?! – Scorpius questionou. – MAS QUE PORRA, É MINHA CASA!

                - Quer por favor se acalmar! Não vai ajudar em nada nesse estado! – Harry rebateu controlando a voz e o peso nos braços com cada fibra do seu ser. Merlim sabia que a cada espasmos de Scorpius, Harry ficava mais próximo de descarregar tudo em cima do pobre garoto. – Não me teste, Malfoy! MANTENHA O CARALHO DA SUA CALMA E...

                - Solte-o, Potter. – A voz glacial e calma surgiu depois que um carro parou no acostamento.

                Harry não soltou Scorpius abruptamente de medo do pai dele, longe disso, mas sim por alívio em Draco Malfoy estar vivo e em carne e osso a sua frente de mãos dadas com a esposa.

                - Pai... – as palavras saíram quase que sem vida ao passo que Scorpius corria para abraçá-lo junto a mãe.

                Rose, diante tudo, não movia um músculo e se fosse possível, não estaria nem respirando. Ela quase se viu passando por tudo de novo, sentido a mesma avalanche devastadora arrastar seu coração e esmagando-o no frio sem piedade. Pior! Viu isso acontecer com Scorpius por um momento, viu a dor dele espelhada em suas janelas cinzentas e sem brilho, tomado pela a angustia. Não! Essa sensação de vazio avassaladora ela não desejava nem mesmo para o seu pior inimigo, muito menos para ele, muito menos pra Scorpius.

                - Eles estão bem... – Albus disse afagando seus ombros por trás, observando o alivio em que Scorpius estava envolto.

                Rose sorriu secamente.

                - Não suportaria perde-los também. Não suportaria ver Scorpius com tanta dor... Nada está bem, Severus.

                Draco e Astoria tinha sido trazidos num dos carros do Ministério, ainda trajavam pijamas pelo que parecia, visto que usavam casacos do Quartel General.

                - Nos enfeitiçaram com Imperius antes de destruírem minha casa – Astoria começou a explicar. Mesmo sem todos os trajes bem alinhados e desenhados que a maioria estava acostumada, a mulher mantinha sua postura elegante e imponente até mesmo de pantufas.

                - Nos queriam fora... Minha mente está turva, mas disseram que não era nossa hora de deixar o tabuleiro. – Draco continuou. Rose se aproximou e entrelaçou seus dedos com a mão ainda tremula de Scorpius. – Queriam que caminhássemos para o mais longe possível da casa até alguém nos parar. Seria isso ou até o efeito do feitiço acabar, presumo.

                - Vocês tem outra propriedade? – Harry questionou.

                - A velha mansão Malfoy e o apartamento de Scorpius em Londres... – Draco respondeu, - mas não entendo como isso possa ajudar, Potter.

                - Não pode. – O general informou – Mas como vocês são alvos declarados, precisam ser acompanhados. Não acho seguro a Mansão Malfoy, me parece icônica demais. Vão para esse apartamento em Londres e cuidarei para que mais três homens estejam com vocês 24 horas por dia.

                - Mais três? – Scorpius franziu a testa.

                - Já tem dois com você e Rose desde... o ocorrido no Ministério – Harry engoliu em seco.

                - Então tá explicado a van daquela pizzaria em frente à Casa Potter dia e noite. – Albus comentou pra ninguém em particular. – Acho que eu teria sido mais criativo.

                Harry lançou um olhar para o filho, este abaixando a cabeça instintivamente.

                - Não sabemos com quem estamos lidando e até onde sei todos nesse nível são os primeiros alvos, então não vou medir esforços. Não são só vocês sob segurança, acreditem.  – Harry ajeitou os óculos. – Os três, Scorpius, Albus e Rose, estejam na minha sala amanhã de manhã. Vão começar um treinamento intensivo de urgência. Precisamos de pessoal, vamos começar a prevenir em vez de remediar.

                As coisas estavam surgindo tão rápido que o circulo que tinha se formado estava inebriado e quase fora de foco. A movimentação que os soldados faziam ao redor parecia tão distante.

                - O que acha que é, Harry? – Draco o encarou.

                - Não estão sumindo com as pessoas dessa vez, Malfoy. Então as executando ou deixando como recadinho. Filhos da puta! – O moreno respondeu batendo o punho no carro, depois encarou a fumaça. – Estão riscando o fósforo. Achei que o tempo tinha ensinado as pessoas, caramba! Isso não está certo.

                - Ele não voltou, Potter! – Astoria afirmou.

                - Não é com ele que estou preocupado. Ele se foi e isso é tudo. O que me preocupa é o que deixou.

"Sangue-ruim" em lestras garrafais se destacavam sobre a propriedade destruída.


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Notas finais do capítulo

Pode parecer que estou perdendo o foco do nosso casal, mas preciso explicar para vocês em que situação eles estarão para que tanto eles quanto vocês saibam lidar.

Não é um capítulo muito grande, mas é bem movimentado e preocupante. Uma batalha parece se aproximar e eu espero que ela venha cheia de suspeitas e traições!

Um beijão a todos e até a próxima!



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