Scorpius & Rose (vol. 2) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 4
Capitulo 3 - Faça-me esquecer da dor


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Olha quem está aqui com mais um capitulo prontinho? Eu! Mas antes de começarem a leitura, sugiro que preparem seus corações e por favor não me odeiem! Prometo compensar vocês pelo que escrevi aqui hoje! Eu sinto muito de qualquer maneira!

E desculpa pela demora, mais esse capitulo tá pesado até pra mim e embora ele seja quase que considerado curto (de acordo com o numero de palavras), eu procurei passar nele todos os sentimentos das cenas. Espero que tenha conseguido!

Boa leitura! NÃO ME ODEIEM, POR FAVOR!



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Scorpius & Rose (vol. 2)

Capitulo III - Faça-me esquecer da dor

O cheiro de chá inundou o ambiente sem cerimônia. Era uma cozinha moderna, bem articulada e extremamente nova, embora fosse um tanto pequena. A luz tinha um perfeito acordo com o balcão naquela hora da tarde, banhava de laranja do pôr do sol o mármore negro, proporcionando aos apreciadores de chá da tarde um bom momento de paz, tranquilidade e conforto, ainda que nada no clima daquela tarde em especial fosse capaz de passar qualquer uma daqueles sentimentos. Ali descansavam duas canecas de porcelana jamais usadas antes, esperando pacientemente para que o líquido aromático e fumegante fosse despejado para seu interior, o que logo foi feito com elegância.

Ele ponderou alguns minutos olhando o vapor que fluía das canecas, respirou fundo antes de erguê-las e guia-las para o interior de seu apartamento. Ainda não se ouvia o barulho do chuveiro, então mesmo no corredor, ele sabia que ela permanecia sentada na cama da suíte, da mesma forma que a deixara antes para o preparo do chá. Ela focava o quadro em filtro preto e branco sem realmente vê-lo. O rosto, coberto por uma fina camada de fuligem e emoldurado por cabelos ruivos e desgrenhados, estava tão vazio de emoções que até mesmo tentar adivinhar o que se passava em sua mente era uma tarefa absurda. Porém, ele não precisava fazer à tentativa, pois embora soubesse que nunca havia sentido aquela dor com a mesma intensidade, ainda assim sabia o que inundavam os questionamentos de sua doce criança.

Scorpius apoiou as duas canecas no criado mudo de aço inoxidável desenhado com bastante elegância. Em silêncio, ergueu Rose da cama e a carregou até o banheiro, ela se deixou ir como se não estivesse mesmo ali e seu corpo não tivesse nenhuma importância para si mesma, embora sua cabeça ainda tenha se aninhado no peito dele.

Logo foi apoiada no sanitário fechado e com paciência Scorpius começou a tirar as botas dela, depois a camiseta – antes branca, agora acinzentada de fuligem e poeira. Pouco a pouco as roupas foram sendo empilhadas próximas a pia até que sobrasse em Rose apenas a calcinha negra de algodão. Enquanto Scorpius a erguia novamente até a banheira, já preparada desde que chegaram ao apartamento, não havia uma gota de luxúria ou desejo em seus olhos. Ele só queria banhá-la, limpar daquela pele macia e cheia de sardas a sujeira das cinzas e, de alguma forma, tentaria com isso diminuir a dor que ela sentia.

Com carinho e delicadeza ele a molhou por inteira, para então ensaboa-la com leveza por toda sua extensão. Rose parecia mais uma boneca do que um ser humano vivo, sua respiração era tão lenta que quase não se podia perceber, as únicas coisas que a denunciava eram as pálpebras que vez ou outra fechavam para então tornar a abrir num mero movimento automático de rotina. Scorpius a conduzia na banheira como conduzia um fantoche, ainda que fizesse isso com todo amor. Limpou suas pernas bem desenhadas, pálidas e cheia de sardas encantadoras com o cuidado de quem limpa um aparelho de chá de porcelana do século XIX e assim o fez com seus braços e o restante do corpo. Algo aconteceu quando ele chegou nos seios dela, pois como se estivesse lidando com o objeto mais frágil que existe, ele os lavou sem nenhuma luxúria. Foi Rose quem fez o primeiro movimento por conta própria da noite: ela girou a cabeça calmamente, estava quase imersa na água, seus olhos azuis – antes sem cor alguma – transmitiam um tom muito semelhante ao cristalino do mar em dias de puro sol.

Ela se apoiou no braço molhado de Scorpius abaixo de seu corpo que a segurava na banheira e alcançou a boca dele com a sua. Surpreso, ele demorou um segundo e meio para corresponder ao beijo e procurou fazer isso calmamente e com mais ternura, mas logo ficou claro, com a mão de Rose o puxando com determinação para junto dela na banheira, que ela queria muito mais.

– Rose... – Ele tentou, se afastando quase que abruptamente, embora as testas ainda estivessem uma na outra. – Não é disso que se trata esta noite...

– Eu não me importo. – Ela insistiu com fome, procurando a boca dele como um felino a sua caça, mas Scorpius tornou a se afastar mais alguns centímetros.

– Trata-se de cuidar de você... De limpar você disso tudo...

– Não vai passar, Scorpius. Isso que eu sinto nunca vai passar.

– Me deixe tentar...

– Ame-me, apenas isso, faça-me esquecer, mesmo que por um momento. Só você é capaz.

E aquilo foi a ruína de um homem.

Scorpius se levantou e se livrou das próprias roupas sob o olhar atento de Rose, logo ele estava dentro da banheira a puxando para o seu colo. Rose colocou os joelhos um de cada lado dele e se encaixou perfeitamente em seu colo, era impossível não esta pronto para recebe-la, tão suplicante e necessitada como ela estavam.

Com as duas mãos inicialmente cravadas na carne macia da cintura de Rose, Scorpius começou a ergue-la devagar e tornou a traze-la. Enquanto controlava um ritmo lento, ele procurou sua boca e a beijou com sentimento de adoração, depois desceu sua língua num caminho que passava pelo seu pescoço rosado até seu seios fartos, mordiscando e venerando cada um com igual dependência.

Não demorou muito para Rose assumir o controle e obter o que queria: a fuga de sua dor. Acelerou o movimento, ao passo que procurava sentir cada pedacinho de Scorpius dentro dela. Subia e descia com gemidos de prazer que aumentava a cada segundo. Se sentia completa e aliviada por poder se sentir assim, ainda que seu coração estivesse morrendo aos poucos. Era estranho e egoísta, mas não precisava fazer sentido. Ela só queria ter certeza que era capaz de sentir algo, porque a dor que dominava o seu ser parecia destruir tudo com capricho. Porém, acabara de descobrir que quando Scorpius passava suas mãos nela, pressionando-a ainda mais contra ele para que seus seios estivessem mais fundos em sua boca louca de fome, ela ainda podia sentir o amor, ainda podia amá-lo e então a dor pareceu perder um pouco da sua força sobre ela. Sabia que ainda o tinha e que ainda podia mantê-lo.

Os dois sucumbiram a onda de prazer com violência. Scorpius envolveu Rose num abraço forte enquanto os choques de seu orgasmo o nocauteava, e ela matinha os braços em seu pescoço e a cabeça jogada para trás com a boca num perfeito O de puro prazer.

Em meio as respirações pesadas e desesperadas por controle, os olhos dos dois se encontraram e se perderam por um momento. Ali Scorpius confirmou mais uma vez o seu papel, estaria então sempre ali para ela e por ela.

Por fim, Rose se aninhou nos braços de Scorpius e chorou.

.:x:.

Estava nublado em Godric’s Hollow, o céu tinha em seu aspecto uma constante ameaça de desabamento. Trazia junto ao frio um ar sombrio, triste e melancólico, sem nenhum aroma em especial. O pequeno cemitério da cidade continha uma porção de pessoas trajadas em negro, ao redor de uma cova ainda em aberto, embora o caixão já estivesse em seu interior, recebendo as últimas palavras de adeus. A verdade é que cerimonias fúnebres nunca eram promovidas para os mortos, pois a real função de tal evento é para que os vivos tenham um último consolo a respeito da pessoa perdida.

Ronald Weasley vestia preto, inclusive a camisa por baixo do terno e gravata. Hugo, que o mantinha levemente seguro de pé, estava trajado igual ao pai e Rose, que assumira o braço esquerdo de Ron, vestia um simples vestido negro e mantinha seus cachos ruivos presos em um rabo de cavalo severamente firme no alto da cabeça. Atrás dela estava Scorpius e embora ele não estivesse segurando sua mão, em respeito ao momento familiar, ela podia sentir cada força transmitida dele sobre ela, impedido-a de desabar ali mesmo. Ronald precisava de todos firmes mais do que qualquer um ali, ela não se daria ao luxo de chorar enquanto seu pai estava em completo caos, pois o pilar que o mantinha inteiro estava agora sendo coberto de areia.

Quase todos os presentes estavam em lágrimas, gemiam e lamentavam. As mulheres Weasley choravam discretamente nos braços de seus maridos. O Sr. e Sra. Granger estavam de olhos fundos e imersos em água. Harry Potter não derramava nenhuma lágrima, apenas olhava para o caixão e a areia sem nenhuma expressão, enquanto Gina Potter estava em seu abraço. Luna Scamander jogou uma flor branca na cova, seu último presente a amiga. Os homens da família confortavam suas mulheres. A Sra. Weasley, apoiada por Arthur, tinha um lencinho encharcado em mãos, estavam enterrando mais um dos seus. A dor da perda era tamanha que um pensamento girava em comunhão pela mente de todos os presentes: quando acordassem amanhã, tudo não teria passado de um pesadelo.

Uma ilusão.

Rose, Ronald e Hugo mal sabia que de braços dados ali tornavam o peso muito mais sustentável, pois qualquer sentimento que qualquer um estivesse sentindo naquele ambiente sequer poderia se comparar ao abismo que se formava no peito daqueles três. Era como se dentro daquele caixão fosse um pedaço de seus corações, o que, infelizmente, era de tudo verdade. Afinal, estavam dando seu último adeus a uma amiga, companheira, mulher, esposa, mãe e heroína para sempre.

Hermione Jean Weasley agora viveria apenas na parte que sobrara de seus corações e isso lhes pareceu a pior dor de todo o mundo.

Mas mais tarde o amanhã chegará e nada poderá prepará-los para a dor que sentirão quando se derem conta de que nada daquilo era um pesadelo e sim a realidade.


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS ^^
E então pessoas? O que acharam? Eu sinto muito pelo que fiz, mas era um tanto necessário. Espero que me perdoem com o tempo.

Mas com esse primeiro baque espero que entendam que não estou aqui para escrever a respeito de um relacionamento frágil, entendam que Scorpius e Rose estarão sempre ali para ser o que o outro precisa (não necessariamente firmes, porque afinal de contas todo relacionamento tem seus desentendimentos).

Ainda tem muita água pra cair dessa cachoeira e ainda mais água para subir o rio, então estejam preparados pois eu não pretendo escrever capitulo água com açúcar! É um segundo volume meu povo! Tem que bombar!

Beijos! E até o próximo :*



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