Capítulo V -  Itália?

    Uma semana se passou, Naminori não parecia mais a mesma, apesar da maioria de seus guardiões voltarem a falar com Décimo Vongola, ainda existia a presença da tristeza daquela notícia que causou o alvoroço entre o grupo. E a “normalidade”, parecia nunca mais existir mais naquela cidade.

    Entretanto existia alguém, um alguém que não se importava normalmente com situação e que estava meio conturbado com tudo que aquela situação provocou e que nem ele sabia que se importava. E talvez, só talvez o próprio sabia que nunca iria ser o mesmo.

    –Hibari! Hibari! – chamava incansavelmente um pequeno ser amarelo, também conhecido por Hibird. Aquela pequena criatura batia suas assas persistentemente em volta do seu dono, como fosse querer transmitir um sentimento que pela sua forma se assemelhava o que o mesmo sentia.

    – Também preocupado, hn? – respondeu o próprio Hibari, escorado na sua amada árvore de sakura.

   – Midori tanabiku namimori no; Dai naku shou naku nami ga ii; Itsumo kawaranu [...]— cantou em resposta e saiu voando pelos céus. E seus olhos acompanharam até sair de vista no horizonte, como toda a calmaria estivesse ido embora junto. Afinal de contas, tinha que retorna seu afazeres no comitê disciplinar. 

    Até que então em um breve momento, as folhas de sakuras dançavam ao vento do vislumbre de uma memória esquecida. Hibari lembrava-se de algo assim antes ter acontecido, sim, isto mesmo era aquela garota de Midori Middle... ainda me lembro daquele dia, principalmente das suas misteriosas lágrimas.

    Flashback: 

      “Tinha terminado meus afazeres mais cedo no clube do comitê como sempre de costume, voltar para casa parecia a melhor solução, então junto à sacolas de compras de um supermercado qualquer que passei e seguir meu caminho. Logo, dava-se para ver um parque que sempre gostei de ter perto da minha casa. Cheiro de flores sempre transbordam naquele local, uma joia preciosa sem preço.  

Mesmo que estivesse tudo como sempre foi, algo diferente se fazia presente. Algo que minha visão parecia ser inútil no momento, então me concentrei na minha segundo alternativa: audição. Alguns galhos se chocando, alguns animais fazendo barulho, um choro... Tudo normal exceto pelo choro, isso era um pouco intrigante devo admitir, pouco pessoas frequentam esse parte e ainda mais essa hora. E ainda por cima a voz me parecia família e com certeza era de uma garota.

Procuro pelo local de onde era a origem e obviamente descobrir a dona, e.... ah, minha ações parecem estúpidas, apenas um herbívoro. Essa vergonha parece pouco para a minha curiosidade no momento, então me escondi de trás de uma árvore próxima e olho cautelosamente a misteriosa garota.

Ela chorava, soluçava, sussurrava palavras imensuráveis aos ouvidos humanos. Seus cabelos castanhos bagunçados... cabelos castanhos? Ela parece com aquela menina de mais cedo, afinal, o que aconteceu com ela? O que fizeram à ela? “.

    Flashback off.

    Aquela noite foi patética... e só pude ficar observando, fiquei cuidando de sua segurança até quando manhã, quando tinha visto que ela tinha ido embora. Uma semana atrás fiquei sabendo que tudo foi culpa daquele herbívoro, eu queria saber mais também... não sei dos detalhes. Certamente não deveria ter deixando sem dá a punição merecida... mas o que eu era dela? Com que direito? Por isso devo observa-lo e ver os mínimos na escola para que possa fazer algo.

    O que estou pensando e o que iria fazer? É errado só por ter esse pensamento, sou o presidente do comitê tenho que fazer jus ao meu cargo.

    – Tenho que me concentrar em minhas obrigações – murmurou para si Kyoya – Talvez mais tarde deva fazer algo, por simpatia. Só simpatia. – se irritou com aquele que encarava suas constas persistentemente - Herbívoro branco, eu sei que está aí.

    – Tsk. Tenho algo que quero discutir com você. Ou melhor, deixa para lá. Porque não tenho muito tempo para perder com você e suas brincadeiras de ser presidente do comitê – como aquele herbívoro tinha a coragem de me desafia!? Por acaso não sabe quem seu insignificante ser está desafiando!? Muita audácia para um herbívoro, inclusive muito desprezível.

    Não, nunca deixaria isso ficar assim, numa fração de segundos eu segurei forte minhas tonfas, em outro segundo estava atrás dele, enquanto uma das tonfas era direcionada num ponto específico nas costas a outra na sua boca para abafar seu grito.

    – Cuidado com suas palavras, herbívoro. – um “grr!” abafado como resposta foi tudo o que precisava antes de arrastá-lo até um depósito qualquer, longe dos olhares curiosos e assustados dos estudantes – Vamos lá, você vai me dizer palavra por palavra sobre o que ia me dizer.

    – É sobre aquela garota de Midori Middle pelo qual vinha de vez em quando aqui, ou só garota burra, e você bem que poderia ter sido mais amigável antes, afinal não estará desperdiçando seu tempo com o que vou falar... Bem é o seguinte, no último dia em que veio aqui [..] e isso é tudo que sei sobre aquele dia, você falou com ela se me recordo bem, acredito deve lembrar dela nesse dia andava com uma cesta. Enfim, tenho as informações atuais, pois andei investigando pela máfia, aparentemente aquela menina foi para Itália, mas não têm mais informações onde exatamente. É como estivesse sumido no mapa, você poderia pelo menos fazer algo sobre isso? Eu sei bem que na sua posição não pode fazer algo por aquela burra, mas pode pelo menos fazer algo sobre Décimo? – finalizou sincero.

   – Hn – Aquele herbívoro era depressível, mas não um completo inútil. Apesar dessa poucas informações me deu um certo conforto sobre aquele meu antigo pensamento, “agora sei onde ela está”, claro, quem me visse apenas diria que continuava imparcial sobre o assunto – Pode ir.

    Alguns sons ecoaram, inclusive insultos baixos que não dei importância. A garota da Midori Middle... por ela poderia fazer nada, mas eu sei muito bem o que fazer enquanto ser o presidente do comitê disciplinar, porque agora eu tenho um bom motivo para fazer isso, pelo bem da “paz na escola”. Ah, aguarde Sawada Tsunayoshi, você está nas minha mãos... e não há escapatória.