O bilhete escrita por Lohrah


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pelo atraso galera. Comecei a trabalhar quinta-feira e aí foi uma loucura. Por isso, vou postar toda a história até segunda! *-*



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Seu suspiro foi tão audível que até mesmo o professor, carteiras e carteiras de distância, o ouviu. Não houve tempo para explicações no café da manhã, mas não havia nenhuma chance dos rapazes o deixaram em paz até o almoço. Os três riram do bilhete, levantando hipóteses sobre quem poderia tê-lo mandado. James ficou apavorado quando Sirius falou em Lucius Malfoy.

Sem chance. De maneira alguma. O inferno teria de congelar primeiro.

James descartou essa possibilidade rapidamente, incapaz de evitar o estremecimento de nojo.

_Quem você acha que é então? – Peter perguntou, coçando o pescoço. Ele estava com algumas manchas vermelhas, misteriosas.

James deu de ombros. Ele sabia que deveria ter sido uma das suas admiradoras, uma das quartanistas loucas e taradas, mas ele não sabia o nome de todas.

_Poderia ser – Sirius concordou – você iria com uma delas?

A pergunta os fez rir. Como se ele fosse sair com uma garota de treze, quatorze anos. Muito novas, obrigado.

_Elas não são tão inocentes assim.

_Eu não quero nem saber como você sabe disso – Remus o cortou com um gesto de mão, voltando-se para James – você não acha que poderia ser a Lily?

Ele não estava preparado para aquela pergunta. Não estava preparado para a onda de esperança, expectativa, incredulidade, rejeição e mágoa. Foi incrível como ele descartou aquela possibilidade tão rapidamente.

_Evans não gosta do meu cabelo – isso era um eufemismo, James pensou – e ela nunca assinaria com um L. Após todo esse tempo brigando para que eu a chamasse de Evans. Não. Não é ela.

Ele a conhecia. Lily Evans nunca faria algo assim. Isso era ousado e arriscado, a garota era racional e lógica. Não. Impossível.

_Mais fácil ser o Malfoy – Peter murmurou sombriamente.

James estremeceu com a verdade ali.

Após todas as aulas e com o jantar se aproximando, James começou a se sentir ansioso. Era engraçado, ele não se sentia assim há um bom tempo. Não que não houvesse o formigamento em ficar perto da ruiva, mas agora, com os dois mais próximos era como se houvesse uma linha que o impedisse de deixar tudo tão desconfortável.

Era engraçado como as coisas eram. Ele tinha aquela paixão estúpida por ela, isso aliado ao fato dela o recusar sempre tão veemente. Mas, naquele ano, eles conviveram verdadeiramente. Eles tiveram de confiar um no outro, apoiar-se. E, após ver os defeitos e as manias dela, ele percebeu que aquilo não era uma paixonite estúpida. Era amor. James a amava. Ele a amava com todas as suas idiossincrasias.

Ao guardar seu caderno, o cabelo molhado pingando, James viu outro papel cair. Ele pediu que não fosse aquilo que esperava, mas suas preces foram vãs. Era outro bilhete da admiradora.

Você não é arrogante ou desprezível. Você é bom, leal e corajoso. Quer ir ao baile comigo? L.

Não que receber elogios fosse ruim, mas isso tinha de acabar. Aliás, como essa quartanista louca conseguiu chegar perto do seu caderno?


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Notas finais do capítulo

Dá pra entender porque o James não pensou na Lily, né? Ele chega lá, tenham calma ;)