Hill e Pepper tentavam entrar em contato com Natasha, mas o telefone da mesma só dava caixa postal.

“Que droga!” a morena exclama irritada.

“Porque diabos ela não atende? A essa hora ela já deve ter concluído o trabalho no escritório de Alexander Pierce!” Pepper completa tão nervosa quanto a amiga.

“Será que algo deu errado?” Maria pergunta com os olhos arregalados.

“Se tivesse, ela teria entrado em contato.” Pepper fala a acalmando.

As duas estavam a mais de uma hora tentando entrar em contato com a ruiva. As novas informações deixaram-nas alarmadas e o fato da ruiva estar inacessível, só piorava a situação.

Um dos monitores começa a piscar e então a imagem de Nick Fury aparece.

“Diretor Fury!” ambas as mulheres exclamam surpresas.

“Preciso falar com a agente Rogers.” Ele fala num tom frio, porem ansioso.

“Então entra na fila.” Pepper solta e depois arregala os olhos ao perceber o que tinha dito.

“A Natasha não está aqui. E nós não estamos conseguindo entrar em contato com ela.” Maria esclarece rapidamente.

“O que aconteceu?” a pergunta faz as duas mulheres trocarem um olhar.

“Os envelopes que a Nat encontrou na barraca do Jason Blout foram analisados e bom, descobrimos que ele não estava tentando se juntar a um grupo terrorista como nos foi passado. Ele na verdade foi usado como uma isca para atrair a Nat até lá.” Maria começa.

“Explique.” Fury pede.

“Ele foi pago por alguém para fingir ser um pária, assim a Nat seria chamada e mandada até ele.” Pepper continua.

“Vocês estão me dizendo que ele foi pago para morrer?” Fury questiona descrente.

“Ele tinha muitas dividas de jogo. Um dos envelopes deixava bem claro que o dinheiro só seria entregue a família dele quando o serviço fosse concluído.” Pepper esclarece.

“E o que faz vocês pensarem que era uma isca para a agente Romanoff? E quem poderia saber que ela seria a enviada?” Fury insiste.

“Junto com os envelopes que a Nat encontrou, havia uma espécie de ‘diário de bordo’ que era escrito pelo Jason. Havia nele uma pequena descrição sobre a sua ‘suposta e esperada’ assassina, que coincide perfeitamente com a Nat. Foi uma emboscada.” Maria afirma.

“Se foi uma emboscada porque ela voltou completamente incólume da missão?” a descrença de Fury começa a irritar as duas mulheres.

“Nós achamos que o mandante, a cabeça por trás disso tudo, queria apenas confirmar se a Nat é mesmo a Nat.” Pepper diz suas suposições.

“Talvez achassem que ela não estava mais na ativa. São muitas possibilidades. Mas uma coisa é fato: alguém queria ter certeza que a Natasha ainda está viva e trabalhando. Alguém está armando para pega-la.” Maria completa.

“Quem?” Fury ecoa a pergunta que martelava na cabeça de ambas.

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Bucky caminhava rapidamente na direção do restaurante, carregando algumas caixas nos braços. Já estava quase na hora do almoço e ele estava atrasado. Ele odiava compras de última hora e odiava ainda mais Steve por tê-lo mandado.

“Grande amigo você é!” ele resmunga baixinho enquanto vira numa esquina do quarteirão.

A mulher loira até tenta desviar, mas não é rápida o bastante e se choca com o homem que derruba as caixas sobre ela.

“Droga! Qual o seu problema cara? Você é cego?!” ela exclama irritada erguendo o rosto para ver quem havia sido o idiota que causara aquilo, quando seus olhos se deparam com um par de olhos azuis esverdeados que a observa descrente.

“Natasha?” ele pergunta claramente confuso.

“O que? Quem é Natasha?” ela devolve se fazendo de desentendida. Seus olhos percorrem o local à sua volta. Será que Steve também estaria ali?

Claro que não! Ele está no restaurante conversando e rindo com aquela coisa loira! Uma vozinha irritada grita em sua cabeça, a lembrando.

“Nossa, você parece muito com uma amiga...” Bucky comenta se levantando e estendendo a mão para a mulher que ignora o ato. “A diferença é que você é loira e ela ruiva.”

Ela rapidamente recolhe as caixas e as empurra sobre o moreno, sem dizer mais nada.

“Obrigado...” ele agradece. “Me desculpe!” ele grita vendo a mulher se afastar.

“Vê se presta atenção quando anda!” ela retruca irritada se afastando o mais rápido possível dali.

Bucky a observa até ela dobrar a esquina e sumir de vista. Ele ajeita as caixas nos braços e volta a caminhar para o restaurante.

“Você está atrasado!” Steve o repreende assim que o moreno cruza as portas duplas.

“Cara, acabei de encontrar a irmã gêmea e loira da sua esposa.” Ele exclama ignorando a repreensão do amigo.

“Irmã gêmea?” Steve pergunta com uma sobrancelha arqueada.

“Exatamente. Eu me esbarrei com ela na última esquina e acabei derrubando as caixas sobre ela. Ela ficou puta, mas cara, você não ia acreditar. Ela é idêntica à sua mulher. Só que loira!” ressalta a última parte.

“Então não é idêntica.” Steve rebate sarcástico.

“Que seja. Se você tivesse visto, ficaria chocado!” Bucky insiste.

“Okay, quem sabe eu não encontro com a sósia loira da minha esposa qualquer dia destes?” Bucky revira os olhos. “Volte ao trabalho!” Steve ordena e Bucky sai resmungando.

“Uma sósia?” Sharon pergunta se aproximando de Steve, que se sobressalta com a aparição dela.

“Sim, Bucky disse que esbarrou com a irmã gêmea/sósia loira da minha esposa.” Steve comenta desdenhoso.

“Loira?” Sharon questiona rindo.

“Loira... Eu nem consigo imaginar a Nat loira.” Steve fala rindo e Sharon o acompanha.

Enquanto Steve tentava imaginar a esposa loira, Natasha estava no carro voltando as origens. Ela arranca a peruca loira e ajeita o cabelo ruivo o melhor que pode. Bucky havia a visto e pior, reconhecido. Ela não podia ter deixado aquilo acontecer! Definitivamente não podia! Ela esperava que ele houvesse acreditado que ela não era ela e esquecesse isso o mais rápido possível. Mas conhecendo Bucky como ela conhecia, ela tinha certeza que ele não só contaria a sua descoberta para ela, como iria lembrar disso por muito e muito tempo.

O celular vibra e ela o pega, atendendo em seguida.

“Até que enfim! Onde você estava? Porque não atendeu antes?” Pepper a repreendia.

“Desculpe. Estava ocupada.” Responde curta.

“Você está bem?”

“Porque não estaria?” retruca sem entender o motivo da pergunta. Ela já havia feito esse tipo de investigação um milhão de vezes e em nenhuma delas, havia dado algo errado. “Pepper?” ela chama quando não obtém resposta.

“Nat, você precisa vir para o escritório agora.” O tom de Pepper é sério.

“O que aconteceu?”

“Se apresse.” A loira ordena e encerra a ligação.

Natasha ainda permanece alguns segundos encarando o celular, sem entender o motivo da ligação. Depois o joga sobre o banco do carona e liga o carro, saindo do estacionamento em seguida.

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Bucky assistia de longe o diálogo que acontecia entre Steve e Sharon. Ambos os loiros riam de alguma coisa e ele não podia deixar de associar com sua descoberta de mais cedo. A semelhança entre a mulher e Natasha era incrível demais, até mesmo a voz e a grosseria pareciam pertencer a esposa do seu melhor amigo. Sem contar o brilho de reconhecimento que ele vislumbrou nos olhos dela quando a mesma o encarou. Só podia ser a Natasha, mas porque ela estaria usando uma peruca? E loira?

Definitivamente, se Natasha estava aprontando alguma, ele iria descobrir. Pelo bem do seu melhor amigo.