O Bosque escrita por maitê


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer, espero que gostem do capítulo. Ah e desculpa, meus capítulos são sempre curtinhos ): Vou tentar alonga-los no decorrer da história...



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Sophie passou minutos que pareciam horas naquele lugar estranho. Se ela pudesse, teria ficado mais.

Os homenzinhos, que se revelaram elfos, se aprofundaram em uma intensa discussão. Pelo que a garota pôde ouvir, era sobre contar ou não à ela sobre a história daquele lugar. "Ela não é digna de confiança" eles disseram, alguns discordavam dizendo que deveriam lhe dar uma chance. Por fim decidiram contar.

— Tudo começou a mais anos atrás do que o número de árvores que há aqui. — o elfo que parecia o líder, mais velho, se aproximou de Sophie e sentou próximo a ela —Ninguém sabe de fato como o Bosque surgiu. Quando as árvores e animais surgiram, nós, os elfos, soubemos que deveríamos tomar conta desse lugar, mesmo não sabendo do que. Nossos ancestrais têm passado essa responsabilidade a cada um de nós. Ora, mas eles não sabiam do que proteger essa terra. Até que um dia, souberam.

"Foi quando o céu estava nublado, as árvores agitadas, chuvas castigavam a terra, que aquela criatura apareceu. De inicio, parecia inofensiva, mas, ao passo que os elfos se aproximavam, o pequeno embrulho fez um barulho horrendo. Havia alguma criatura lá, e pelo som que aquilo fazia, não era nada normal. Os mais bravos elfos tomaram o embrulho nos braços, embora o frio congelante emanasse dele, prometeram levar a criatura a um lugar distante, aonde não pudesse fazer qualquer mal. E assim foi feito, aquilo não iria ameaçar o Bosque, pelo menos por algum tempo. O que não sabíamos, é que a ameaça não estava totalmente extinta. A criatura fora exilada no topo do morro mais alto, ao extremo norte do Bosque, num lugar chamado Monte Nebuloso. Ninguém imaginaria que após 18 anos, aquilo conseguiria escapar. A criatura matou elfos, destruiu arvores, foi um verdadeiro massacre. O que quer que ficasse em seu caminho fora brutalmente destruído. Após esse ataque, a criatura se fora e sumiu. Faz apenas 2 anos que isso ocorreu. O Bosque ficou sem estruturas, nós levamos tempo para cuidar dos feridos e reconstituir tudo que fora perdido. E agora, aqui estamos nós. Conte-nos sua história."

Sophie não sabia o que pensar sobre tudo que acabara de ser contado, eram informações demais! Sentindo como se sua cabeça fosse explodir, a garota sentou-se num tronco de árvore. A maioria dos elfos a observavam com curiosidade, como se ela fosse algo extremamente interessante, ora, ela era apenas uma garota!

— Bem, hm, eu venho da França, que no momento está um pouco enrolada numa revolução, o que não é nada bom. Tenho 16 anos, minha família é apenas meu pai, que na maior parte do tempo só sabe falar sobre finanças, minha mãe morreu quando eu era pequena. Eu não sei como vim parar aqui, talvez seja um sonho ou alucinação, mas vocês parecem surrealmente reais.

Um minuto de silêncio, e de repente uma enxurrada de perguntas: "O que é França?" "Finanças? É algum tipo de comida?" "E revolução?". Sophie se esforçou ao máximo para explicar como podia. Alguns elfos pequenos, parecidos como crianças começaram a brincar com os cabelos dela e com seu vestido. Eram tão fofinhos que a garota se perguntou se não poderia ficar com um.

A fada continuava a rondar Sophie, que a cada vez que inspecionava o lugar ao seu redor, ficava mais curiosa. Ela estava preste a perguntar sobre as criaturas que ali viviam quando sentiu um frio repentino. Os elfos ficaram agitados, e o elfo ancião não parava de olhar para os lados. Parecia que o sol parara de emitir calor, uma sombra escura encobriu a clareira, Sophie ficou de pé em um pulo. O elfo ancião proferiu apenas três palavras, que foram o bastante para desencadear o terror.

— Ele está chegando.

A correria foi geral, elfos gritando e animais correndo, a fada chegou o mais perto que pode de Sophie, com suas asinhas tremendo. Não havia nenhum elfo no campo de visão da garota, e ela só temia pelo o que poderia acontecer.

Ela ouviu o som de pegadas barulhentas e ficou paralisada de medo. Ela não conseguia se mexer de jeito nenhum, mesmo sabendo que talvez sua vida dependesse disso.

O som estava cada vez mais perto. Ela sabia que era tolice, mas ela também não queria sair dali, sua curiosidade se transformava em estupidez, mas ela queria muito saber o que era aquela criatura.

Logo, ela saberia que não era o que, e sim quem.


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Notas finais do capítulo

E aí, que acharam?



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