Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 4
Salgueiro lutador, Expecto Patronum e Transformação


Notas iniciais do capítulo

OLÁ!

Eu recebi uma recomendação! A primeira da fic, alguém consegue imaginar minha emoção? *O* Esse capítulo, dedico ele especialmente a Harley Quinn (melhor escritora de HQ's desse nyah, recomendo muito para quem curtir o assunto a dar uma olhada no perfil dela) pela maravilhosa, perfeita recomendação, muito obrigada mesmo.

Alguém viu o tt da JK que o baby Teddy é da lufa lufa e monitor? :3 mas aqui vamos deixar ele pela uma última vez na grifinória



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Teddy cambaleava enquanto refazia o caminho de volta. Havia acordado no pico de um dos vários morros que cercavam os terrenos de Hogwarts. Que maravilha de idéia estúpida ele tivera.

Olhava temeroso para todos os lados, imaginando o momento em que veria Dunch e Victorie estiados no chão. Imaginava o que teria feito aos dois e se eles estavam... Não. Teddy não os matou. Não podia ter os matado...

Afinal tomara quase dois litros de wolfsbane! O que raios estava acontecendo? Havia evoluído para uma forma de um super lobo que era imune a wolfsbane? E porque ele não se lembrava?

Teddy se xingou, se esmurrou e principalmente se odiou quando chegou ao final do pico. Não sabia se o fato de não ver seu melhor amigo e sua namorada no caminho era bom ou mau sinal.

O céu agora estava clareando, logo todos acordariam e dariam por falta deles. Se o pessoal de Hogwarts o visse nesse estado físico novamente enquanto dois de seus alunos estavam desaparecidos, não haveria dúvidas do que fariam a Teddy. Agora sua mente corria para sua avó Andrômeda, já tão idosa e sofrida, não merecia mais um desgosto a esse ponto de sua vida. E seu tio Harry? Arriscara tanto camuflando sua verdadeira identidade por todos esses anos e agora poderia perder tudo por causa de Teddy.

A esse ponto Teddy já estava nos terrenos de Hogwarts, o coração tamborilado forte contra o peito, como se quisesse sair de dentro dele. Rumou em direção ao salgueiro lutador, com dificuldades de andar e a boca seca.

“Por favor, por favor, estejam bem” rogava ele em sua mente enquanto se arrastava ofegante.

Avistou primeiro Dunch.

Estava deitado no chão, poderia está dormindo.

Mas não estava.

O camisete branco de Dunch estava sem a manga do braço direito e mesmo ainda há alguns passos de distância Teddy via o sangue grudado por toda a pele de seu braço, ombro e pescoço. Seu coração tão acelerado há alguns segundos parou subitamente.

— Não – sussurrou ele parando no lugar. Mal havia notado Victorie ajoelhada ao lado do garoto, as mãos sujas de sangue, todo o corpo marcado, parecia ter tentando estancar o sangramento de uma forma falha. Poderia dizer que a garota saiu de um campo de batalha devido ao seu estado. Teddy imaginou que nunca vira ninguém tão acabado assim e logo se lembrou que deveria estar igual ou pior.

Teddy forçou a se voltar a andar, arrastando uma das pernas que se recusava a dobrar. Caiu sem jeito ao lado de Dunch, não acreditava no que via.

Seu melhor amigo. Pálido, um buraco na clavícula feito claramente por um monstro. Feito por um lobisomem.

— Não... Eu não posso... – gaguejava ele, o que diria? Não posso ter feito isso? — Vic – a garota levantou os olhos para ele, claramente assustada. Por um momento pareceu não ver Teddy e sim outra coisa no lugar — Por favor, diga que não foi eu... Eu não vou conseguir... Eu não posso...

Teddy estava desnorteado. O que faria? Dunch tinha apenas dezessete anos, tinha uma vida inteira pela frente, planos a se realizar. Agora o sol já estava quase completamente à vista. Colocou ambas as mãos sobre os peitos de Dunch e para sua surpresa, para sua grande surpresa, sentiu algo bater dentro do peito de Dunch.

— Está vivo! – exclamou ele — Vic ele está vivo!

Teddy olhou para os lados, o que faria? Pensou ele novamente, porém focado em outro ponto. O coração de Dunch batia fraco, o garoto havia perdido muito sangue, sabe-se Merlin desde que horas, poderia não aguentar Teddy se arrastar para dentro do castelo e encontrar alguém para ajudar e Victorie claramente estava em estado de choque, o que também não ajudaria em nada na situação.

Sem pensar muito Teddy conjurou um patrono, uma raposa irrompeu de sua varinha e em menos de um minuto recebeu as instruções de Teddy de encontrar Madame Pomfrey e mais alguém para ajudar e a raposa prateada correu até sumir de vistas para dentro do castelo.

— Não me lembro – falou Vic enquanto Teddy ainda observava a raposa desaparecer. Por um momento o garoto teve que parar para lembrar sobre o que ela respondia — Não posso dizer se foi você ou não. Só despertei aqui e Dunch estava assim, do meu lado e...

Victorie parara tão inesperadamente quanto começara. Estava com um olhar vidrado.

Teddy respirou fundo. Não poderia perder a calma, não agora. Eram ambos sua responsabilidade. Não poderia negar que as evidências eram incontestáveis. Quando alguém ali chegasse não haveria desculpas ou explicações. Ele seria expulso. Por um lado até achava melhor, talvez o mandassem para um lugar onde não poderia atacar ninguém. Talvez os pais de Nêmesis ficariam felizes de ver que justiça fora feito por sua filha.

O garoto soltou uma risada fria. Não imaginava que afinal não era tão difícil para ele admitir que era um assassino. Achou que tentaria negar até o último instante, mas não poderia fazer isso. Não tinha esse direito, não depois de atacar as duas pessoas com quem mais se importava dentro de Hogwarts. Não merecia estar ali, não merecia liberdade.

Mas você é inocente. Sussurrou uma voizinha em sua cabeça. Não sou. Ele respondeu de volta. Não teria como ser! Não teria outra explicação. Mesmo que ele quisesse acreditar, mesmo que ele sentisse, não havia como provar e até onde as evidências mostravam, ele era um monstro que nem ao menos conseguia lembrar de quando atacava.

A idosa Madame Pomfrey vinha correndo na direção dos garotos segurando o vestido com uma das mãos para que suas vestes não se arrastassem no chão, porém a Senhorita Chang e o Professor Longbottom se adiantaram a sua frente e chegaram primeiro a cena.

A senhorita Chang começou a murmurar feitiços inteligíveis, enquanto o professor Neville tirava de dentro de uma bolsinha amarrada em seu cinto algumas ervas e folhas de aroma e nome desconhecidos e colocava sobre a mordida na clavícula de Dunch.

Madame Pomfrey chegou ofegante já conjurando uma maca no ar e levitando Dunch até ela. Apressou-se a refazer o caminho de volta com a senhorita Chag em seu alcanço. O professor Neville continuou ajoelhado no chão, agora olhando de Teddy para Victorie e os analisando antes de falar qualquer coisa.

— Preciso de uma explicação antes de levar vocês dois para dentro do castelo.

Victorie levantou os olhos para o professor Neville, pareciam assustados e amedrontados.

— Professor – Teddy começou, afinal, não adiantaria prolongar — Pedi que Dunch e Vic me amarrassem na casa dos gritos e me vigiassem enquanto eu dormia, estava tendo pesadelos e acordando em lugares estranhos sem me lembrar de como cheguei a esses lugares. E não adiantou, acordei a kilomêtros daqui nesse estado e encontrei os dois como o senhor nos achou. Sei que o senhor sabe o que sou. Se foi eu que os ataquei ou não, não sei dizer.

Teddy ficou perplexo pela calma com que falava, naturalidade e sinceridade. Imaginou que quando esse momento chegasse imploraria, tentaria explicar de algum jeito como que não poderia ter sido ele. Mas fora tão simples.

Pronto.É isso. Pensou ele.

— Dunch, ficará bem?

— Se ele ficará bem? – perguntou professor Neville como se essa fosse a pergunta mais estúpida a ser feita — Senhor Lupin, se você entende a gravidade do que está me dizendo sobre que talvez possa o ter atacado em sua forma de lobo durante a lua cheia, o que acha que acontecerá com Dunch se ele sobreviver?

A realidade bateu como uma barra de ferro na cara de Teddy.

Havia pensado em todos os cenários possíveis para a situação, mas nunca neste. Nunca imaginou que algo pior que a morte poderia acometer seu melhor amigo. Se ele sobrevivesse, viraria em todas as luas cheias, assim como Teddy, um lobisomem. Havia sentenciado o amigo a uma maldição pior do que a de morte.

Victorie parecia ter recuperado a lucidez ao processar o que o professor Neville os falara: Dunch poderia se transformar.

— Mas... Mas e se não foi Teddy? Quer dizer, ele não se transformará!

— Sinto muito em dizer que só apenas na próxima lua cheia para descobrirmos se foi Teddy ou não, senhorita Weasley. Se ele não se transformar, teremos certeza que há outra coisa atacando alunos.

— Até a próxima lua cheia? Um mês? E até lá o que acontece com Dunch? E com Teddy? – perguntou ela desesperada. Um lado de Teddy sorriu ao ver que Victorie ainda se preocupava com ele, mesmo com a possibilidade de ele ser um assassino, uma parte de Victorie ainda o defendia, não sentia totalmente medo dele.

— Quanto ao que acontece a Teddy, sinto muito, mas não está mais em minhas mãos – respondeu o professor Neville se levantando.

— Professor? – chamou o garoto, algo acabara de surgir na mente de Teddy, uma idéia, um fio de esperança.

— Diga Lupin.

— Quanto tempo acha que leva para Dunch acordar?

— Ele está nas mãos de uma das bruxas mais componentes de todos os tempos, foi resgatado a tempo de algo mortal. Madame Pomfrey fará aquele garoto sobreviver e imagino que ele não levará muito tempo para se despertar, apenas o tempo do veneno ser drenado do seu organismo, caso não haja injúrias internas e na cabeça, o que eu ainda não sei te dizer.

— Senhor, quando ele acordar, acho que ele pode nos descrever o que o atacou, não precisaremos esperar até a próxima lua cheia!

Neville avaliou Teddy, por um momento o que parecia uma feição de piedade tomou conta do professor.

— Vão se limpar antes que todos desçam para o café da manhã – falou simplesmente e se virou.

Ele não acreditava. Professor Longbottom não acreditava na possibilidade que Dunch fosse descrever algo que não fosse um lobisomem, imaginava que seria melhor esperar a lua cheia e atrasar as consequências para Teddy para daqui a um mês do que as adiantá-las para o final dessa mesma semana.

Mas não importava. Teddy ficaria grudado no leito de Dunch dia e noite até que ele acordasse e detalhasse que o que o atacou não fora ele. Se recusava a pensar em outra hipótese para situação, se recusava a pensar que Dunch teria que se transformar em lobisomem para sobreviver, mesmo com o avanço das poções a wolfsbane nunca fora cem por cento eficiente.

Teddy poderia viver com a idéia de que era um assassino, havia se conformado com isso há alguns minutos quando vira Dunch, mas Teddy era incapaz de pensar que ele seria em algum mundo o responsável por passar esse vírus, essa maldição, esse peso a alguém.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo se chamará: ''Victorie Weasley, carne mal passada e lembranças'' podem imaginar o que irá acontecer? Além disso adianto que será o capitulo que todos estão esperando, Teddyzinho vai começar a se lembrar dos lapsos *O* será um cap importante kk

Por favor não deixem de comentar, é realmente mt importando para escritores os comentários dos leitores, favoritem, recomendem, o que quiserem *w* Contem me tudo o que estão achando!

Beijos!