Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 3
Casa dos gritos, Panacão e Bomba de bostas


Notas iniciais do capítulo

Hello my friends. Mais um cap para vocês. Desculpe a demora, minhas aulas voltaram :'( mas fiz com bastante carinho e espero que gostem :D Bem vindo novos leitores e aos que já estavam por aqui, olá! hehe. O capitulo não está betado, então relevem os errinhos que pode conter! Obrigada pelos comentários do último cap pessoal, boa leitura.



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Fofocas em Hogwarts se espalhavam mais rápido que varíola de dragão durante o verão, logo não foi surpresa para Teddy acordar na manhã seguinte e se deparar com cochichos a onde quer que fosse ou com olhares curiosos se virando para ele para acompanhá-lo.

Pirraça, o poltergeist ganhara mais atenção do que desejava, se via interrompido toda hora por alunos curiosos perguntando de onde surgira o verso que cantara sobre Lupin, por fim Pirraça ficou de saco cheio de todo mundo o azucrinando que começou a tacar bomba de bostas em qualquer aluno que vinha para seu lado, independente de ser curioso ou apenas algum azarento que esbarrou com o poltergeist.

O clima de luto dentro do castelo não ajudava em nada. A maioria das pessoas estavam aterrorizadas de pensar em algum animal descontrolado dentro dos terrenos de Hogwarts e a outra metade das pessoas apavoradas de pensar na possibilidade de haver um assassino entre eles, mas se acreditavam que era animal ou homem que cometera o crime não importava, todos concordavam que algo deveria ser feito.

Victorie parecia tão ruim ou pior desde o de o dia do velório, cabelos desgrenhados, vestes ao avesso e sem se importar de perder as aulas do sexto ano ou não. Seus olhos estavam mais fundos se possíveis, mas Teddy não sabia dizer se era por conta de noites mal dormidas ou por conta de choros escondidos.

Eram dez e meia quando Teddy e Victorie rumaram ao salão principal planejando almoçar antes de todos os alunos se aglomerarem ali. Como se algum elfo da cozinha soubesse que Teddy estava na mesa da Corvinal com Vic dois pratos com enormes bifes mal passados se materializaram na frente deles ao sentarem. Victorie adquiriu alguma porcentagem do que quer que Gui Weasley herdou ao ser mordido pelo lobo Greyback e seu gosto por qualquer carne mal passada ou sangrenta só não superava o de Teddy, naturalmente um lobisomem em noites de lua cheia. Essa era apenas uma das muitas coisas que tinham em comum.

— Vic, vic – Dominique, irmã caçula de Victorie vinha ofegante na direção do casal, o repicado loiro preso numa trança atrás da cabeça estava esvoaçado — Papai... – Dominique se inclinara e apoiava as mãos nos joelhos recuperando o fôlego, levantou e catou a taça de Teddy virando num só gole seu suco de abóbora — Vim correndo, papai está na lareira da sala comunal e não sei se isso pode, mas enfim, fiquei com medo de não poder e vim correndo te avisar antes que alguém apareça lá e dê de cara com ele – explicou ela ainda ofegante.

— Quê? – Victorie olhou atordoada pra Teddy, afinal até onde o garoto sabia isso nunca aconteceu antes, porém Teddy respondeu um “vai” e a loira saiu a apressados passos.

Dominique se sentou no lugar onde a irmã estava e virou a taça abandonada de Victorie, laçando um olhar de estremo nojo para o bife dos garotos.

— Olha só o prato de vocês – recriminou a garota de doze anos — Na moral, é de se admirar que ninguém suspeitasse até semana passada que você é um lobi... – Teddy tampou com a mão a boca da cunhada.

— ‘Tá loca? Falar isso em voz alta? – indagou ele, incrédulo — A escola inteira já está achando isso e você quer confirmar? – seus cabelos saltaram do natural castanho para vermelho fogo, o que ocorria sempre que parava de se focar em algo e descontrolava sua atenção frente a qualquer sentimento.

— Desculpe – murmurou a garota empurrando com força a mão de Teddy — Eles que são loucos de achar isso, você é mais manso que o cachorrinho de Louis. É claro que não fez isso, e até o final da semana todos já terão esquecidos, é apenas uma questão de tempo até a professora Minerva mandar um pessoal na Floresta Proibida para averiguar qual animal fugiu do controle da escola e fez isso.

— Bom, com você então duas pessoas acreditam em mim – Teddy deu de ombros engolindo um pedaço de bife sem mastigar.

— Três e contando – respondeu Dominique prontamente — James Sirius também acredita em você, obviamente, e está azarando qualquer garoto da nossa série que cochicha ao contrário.

— Vocês são dois pirralhos danados – respondeu Teddy soltando uma risada que lembrava um latido — Mas o que Gui quer com a Vic?

— Está preocupado, imagino, afinal uma das amigas mais próximas dela está enterrada, não é?

— É, é – concordou o garoto pensando duas vezes no assunto, afinal sabia que os pais de Vic a encontraram no velório e mandaram cartas antes e ainda mais depois do encontro. Assim como Dominique, Teddy não tinha certeza se era legal usar as lareiras para comunicar com o pessoal de fora do castelo, além de que não fazia o estilo de Gui infringir regras apenas para ver como a filha estava e, na sincera opinião de Teddy, Vic estava lidando melhor do que imaginara, estava comendo, o encontrando, mandando os deveres para aula embora não comparecesse e não se isolando.

Teddy não pensou muito mais no assunto e escapuliu do Salão Principal quando indícios de que logo ele se encheria de alunos começou a aparecer. Teria aula de Transfiguração a tarde com o professor Ernesto McMillan, era a única aula em que ele era o melhor de sua série, se não o da escola, e sabia que nos NIEMs que prestaria ao final do seu sétimo ano ele estava garantido na matéria. Ante de ir para aula, Teddy rumou para uma abandonada sala de aula das masmorras que fora destruída na batalha de Hogwarts e ficou mantida da forma como estava com um dos vários monumentos da batalha que cercava a escola, porém ninguém se atrevia a adentrar a sala com receio de que a mesma desmoronasse a qualquer momento.

Adentrando a sala Teddy rumou para a única mesinha não quebrada em um canto próximo a janela e desfez o feitiço de desilução que disfarçava o caldeirão aceso que fervia uma poção ali.

— Olá – Teddy se assustou tanto que quase derrubou o caldeirão ao se virar e se deparar com Dunch empoleirado no canto oposto. O garoto estava tão acostumado a encontrar a sala vazia que já entrava sem olhar para os lados e ia direto a poção.

— Está me seguindo? – perguntou ele com indiferença se virando para poção, até onde sabia, o amigo não falava mais com ele.

— Nêmesis sempre te ajudava, imaginei que precisaria de alguém para ajudar agora – explicou Dunch e Teddy ouviu passos chegando até ele.

— Então agora você voltou a falar comigo? Ou quer saber apenas o que andei fazer durante a lua cheia? – Teddy não fez esforço nenhum para parecer calmo, afinal seu melhor amigo se recusara a acreditar nele no dia que ele mais precisava de alguém.

— Desculpa – pediu o garoto fazendo visivelmente um enorme esforço para pronunciar as palavras, isso agradou Teddy — Quando parei pra pensar, lembrei de todas as vezes que vi você transformado, que foram poucas, nunca atacou ninguém, nem a mim... Nem... Nem Nêmesis, você nunca atacou ela, mesmo quando ela viu você e descobriu por acidente, você nunca a atacou, não teria porque ter feito isso agora.

— Você é um idiota – respondeu Teddy se virando para ele — Levou quanto tempo para se lembrar disso? Claro que eu nunca atacaria ninguém! Eu mal me transformo, e quando isso infelizmente acontece a Wolfsbane é tão forte que não me da forças para nada além da transformação.

— Eu to pedindo desculpas, cara! – exasperou Dunch — Vê se acalma.

— A escola inteira acha que foi eu, todos sabem que meu pai era lobisomem, alguns suspeitam de verdade que eu sou, quanto tempo você acha que irá levar para alguém do ministério ouvir isso quando vierem investigar a Floresta Proibida? Sem contar que meu padrinho, Harry, e minha avó, Andrômeda, irão parar num inquérito junto comigo, porque não registraram no ministério que sou um lobisomem, sempre esconderam isso e me ajudaram a controlar pra ninguém nunca descobrir. Agora um maldito poltergeist dá com a língua nos dentes logo depois de uma garota com que eu convivia bastante ser morta por ataque de animal e você quer que eu fique calmo?

Dunch achou incrível que Teddy não tivesse explodido em seu súbito ataque de raiva, pois seu rosto passou do pálido para o vermelho, que foi para o azul, que foi para o roxo e que continuava a escurecer refletindo essas mudanças em seus olhos e cabelos à medida que o garoto apertava os punhos.

— Fui um panacão – admitiu Dunch.

— É. Foi mesmo.

— Mas se vale de algo, estou ajudando seu primo a azarar todo mundo que suspeita de você na nossa sala comunal.

Teddy não pode deixar de abrir um sorriso. Ele e o amigo seguiram para a aula de Transfiguração e depois para a biblioteca onde aproveitaram o horário livre se debruçaram sobre os deveres acumulados.

Faltavam duas noites para a lua cheia acabar e para evitar qualquer aparecimento em algum lugar sem saber como chegara lá, Teddy convenceu Vic e Dunch a ajudarem na sua maluca idéia de passar a noite amarrado na casa dos gritos com os dois de vigia e caso se transformasse e saísse andando por aí, recomendou aos dois a usar o feitiço escudo entre eles e Teddy e o segui-lo para ver como fazia a proeza de acordar sem saber onde estava e o que fazia durante seu estado “lobo sonâmbulo” e caso atacasse alguém, fez os dois jurarem que usaria o feitiço estuporante contra ele. Para melhorar tudo, convenceu James a emprestar a capa de invisibilidade que herdara do pai para que os três pudessem ir para a casa dos gritos sem serem vistos. Era infalível.

As nove horas, horário limite do toque de recolher, Dunch e Teddy saíram pelo retrato da mulher gorda da sala comunal da grifinória, combinaram com James de entrar pela porta a esse horário para que ninguém notasse o retrato se abrindo e não verem ninguém saindo nem entrando.

“Boa sorte” sussurrou James aos garotos invisíveis quando se cruzaram no portal do retrato da mulher gorda. Os dois amigos rumaram para a torre da Corvinal e encontraram Victorie se balançando de um pé para outro, apertando a varinha com força entre as mãos, parecia apreensiva e nervosa desde que falara com Gui e se pudesse, agora parecia ainda mais.

Se encolheram bastante para que a capa cobrisse os três e desejou de todo coração ter o mapa do maroto, mas esse mapa estava nas mãos de Albus Severo, que quase explodiu a casa dos Potter quando James ganhou a capa, e o garoto ainda nem entrara em Hogwarts.

Por sorte saíram sem serem pegos do castelo, Teddy viu que a lua ainda não estava a pino, mas continuou a andar depressa em direção ao salgueiro lutador, queria se amarrar logo, estava com medo de ser um perigo para o amigo e a namorada que o ajudavam. Ao chegar no salgueiro lutador Victorie, com a varinha na mão, fez um galho flutuar até o nó na raiz da árvore que fazia os galhos da mesma paralisaram. Quase tiveram que engatinhar pelo túnel que levava a casa dos gritos e foi um alivio quando esticaram as pernas na casa destruída e se despiram da capa de invisibilidade.

— Agora... me amarrem e vocês sabem o resto – disse Teddy sem animação.

Dunch e Victorie protestaram diante do plano, mas Teddy insistiu de mais e era com pesar que os dois o fitavam naquela situação, afinal, ambos confiavam que não fora ele, mas queria ter certeza para poder dormir em paz.

Dunch usou o feitiço de encarceramento para amarrar Teddy, uma vez que Victorie se recusara a fazer isso. Ficou sentado no chão empoeirado com mãos e pés amarrados, Victorie sentada ao seu lado deitou a cabeça em seu ombro e ficou muito quieta enquanto fitava o nada, Dunch sentou de frente ao casal com a varinha nas mãos e olhava para Teddy como se pedisse desculpas por aquilo.

Teddy achou que seria difícil dormir encostado em uma parede dura, sentado amarrado em um chão duro, com Victorie deitada em seu ombro, ficou pensando o quão cansado apareceria para aula de feitiços e enquanto pensava que não podia estar mais desconfortável e com certeza não conseguiria dormir, pegou no sono.

O grifano acordou antes de abrir os olhos, mas ao tomar noção do seu corpo e sentir que parecia que um Rabo-Córneo Húngaro havia deitado em cima dele, levantou depressa. Todo seu corpo doía e latejava, parecia que todos seus ossos haviam se estilhaçados e estavam tentado se juntar novamente, o que possivelmente era verdade. Não estava mais na casa dos gritos, Dunch e Victorie não estavam por perto e definitivamente aquilo em sua roupa era sangue.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam? Estou super curiosa para saber o que acharam da mesma forma que muitos estão para entender bem o que anda acontecendo hehe. Não deixem de comentar e dar um alô sobre o que estão achando, muito obrigada por terem lido e até o próximo!



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