Voz do Coração - Dramione escrita por Tsuno Hyuuga


Capítulo 1
Despedida


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que gostem da Fanfic, irei postar semanalmente sempre que possível, depende bastante do meu ânimo, e da parceria de vocês me deixando animado com comentários fabulosos, e favoritando a história! :)



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Perder um dos cinco sentidos me fez pensar que tudo estava perdido, meus sonhos dependiam da minha voz, o dom que recebi de Deus e o mesmo o retirou de mim sem demonstrar pena.

Deus é bom? Não, eu não acredito na bondade de Cristo, se você é um fanático religioso, por favor, tente me compreender, ele não acabou só com a minha fala, mas com todos os meus planos e meus desejos mais flamejantes, Deus é mal.

Obrigada Sol, que transpassa a janela e abre meus olhos todos os dias. Obrigada cobertor que me mantem aquecida durante todas as noites. Obrigada pensamento, que mesmo inaudível me faz companhia na reclusão sonora.

–xx-

Respiro fundo, enquanto mordisco uma torrada com manteiga. Olho para a foto no porta-retrato que está na prateleira atrás da mesa, a garotinha baixa de cabelos castanhos levemente encaracolados, possui uma expressão severa, suas mãos e o rosto estão melecados de chocolate, aquela sou eu com cinco anos de idade. A fotografia possui uma comicidade que sempre me deixa com um sorriso nos lábios, sinto falta da época onde escolher a brincadeira era a única preocupação existente.

Hoje com dezenove anos preciso arcar com as responsabilidades, trabalhar em um Super Mercado, sim um Super Mercado, pessoas mudas como eu não tem muitas opções, apesar de executar tudo o que alguém normal pode, somos considerados “Pessoas de Inclusão”.

–xx-

O W.C Market não está movimentado, a grande concentração de fregueses sempre acontece na segunda feira, isso se deve ao fato do empreendimento não abrir aos sábados e domingos, hoje quinta-feira não há grande movimentação, grande parte das pessoas já supriram suas necessidades no início da semana.

Diante de uma mesa, a qual chamamos de “ilha” inclino-me o máximo possível, para encaixar as últimas latas de ervilha na torre, á pelo menos uma ilha em cada corredor, e encima das mesmas há no mínimo duas torres, as quais estão expostas diversos produtos quê vão de enlatados até brinquedos infantis, sou repositora, minha tarefa é certificar quê as torres sempre estejam cheias de produtos, chamando assim a atenção do consumidor.

Sou surpreendida com um peteleco no braço, giro o corpo na direção onde se encontra a origem do toque. Era Srta. Rita Skeeter, a gerente do Super Mercado.

– Granger, poderia vir até a minha sala depois que terminar seus afazeres? – ela questionou, como se eu pode-se escolher não ir.

Acenei a cabeça em concordância, enquanto me redirecionava novamente para as latas, ouço os ruídos do salto agulha dela até quê por fim premedito que ela já se fora, pois os “Placs” do salto já não eram mais ouvidos.

Posiciono a última lata no topo e desço a caixa laranja que improvisei como escada, pessoas baixas tem problemas com objetos dispostos em lugares altos, e eu me encaixo nessa afirmação.

Caminhei tranquilamente até o segundo andar, e lá que está situado o depósito e também o escritório da Gerente. Não pude passar por aqui sem notar Sibila Trelawney (outra funcionária de Inclusão), ela me deixa um pouco nervosa, sempre que a vejo ela está repetindo o nome de algum produto incessantemente.

– Macarrão Marroquino, Macarrão Marroquino... – Wires repetia incansavelmente.

Quando fui contratada pelo W.C Market recebi o cargo de Sibila, como repositora, consequentemente ela foi colocada aqui no Depósito recebendo outras tarefas, uma garota muda no andar principal é muito mais aceitável do que uma problemática que não poupa palavras, acredito que esse é um dos motivos quê me mantem lá, e ela aqui.

Bato na porta, rapidamente ela se abre, e sou levada até a cadeira diante da mesa, Rita se senta a minha frente e indaga.

– Granger o empreendimento está passando por problemas financeiros críticos, e para recuperar a economia do W.C, tivemos que tomar decisões precipitadas para cortar as despesas. E uma dessas decisões é a demissão de um número X de funcionários. Sinto muito garotinha, mas seu caminho aqui dentro acaba aqui.

Arregalo os olhos, e faço um gesto que a fez intender que eu queria dizer “Como assim?”.

– Desculpe, é difícil para mim fazer isso, mas não fiz essas escolhas, elas foram tomadas pelo meu Superior, é ruim estar nessa situação, despedir alguém competente, calma, esperta e eficiente, e que já fora bastante talentosa também. - Ela respondeu a minha gesticulação com um sorriso na face.

Apontei o dedo para o vidro, do outro lado estava Sibila, ela tocava as caixas de Nuggets e gargalhava ao mesmo tempo, o som era abafado, mas com certeza eram gargalhadas.

– A Trelawney é necessária, precisamos manter um ou dois funcionários de Inclusão por aqui para cumprirmos com a lei, desculpe Granger, não temos...

Dei um soco no canto da mesa, e a arrastei-a até a outra extremidade fazendo com que tudo no caminho cai-se no chão fazendo mini estrondos. Esse ato não foi para atingi-la, mas sim uma tentativa vã de amenizar meu ódio e desprezo.

Girei a maçaneta de platina batendo a porta ao sair, Sibila, ou “Trelawney” como Rita prefere chamar, me encarou por causa do barulho emitido por aquele maldito pedaço de madeira dotado de dobradiças. Antes de descer as escadas abanei minha mão para a doida e armei um sorriso falso no rosto.

–xx-

Meus passos eram pesados e apressados, estava ofegante enquanto cruzava os canteiros de flores que enfatizavam a vaguês daquela rua semi-iluminada. Por um momento tudo estava tranquilo, já um minuto depois, o silêncio foi borrado pela voz de um rapaz que até aquele momento estava camuflado na escada do prédio vizinho ao meu, ele tinha um certo charme, cabelo loiro ligeiramente liso, olhos claros, estatura superior a minha e uma ligeira ausência de massa muscular.

– Olá – ele disse num tom desajeitado.

Apontei para o cartão de identificação de meu antigo emprego e me aproximei dele, sem demonstrar medo, nunca vi aquele ser desde que me mudei para cá.

– Hermione Granger, Repositora, Funcionária Inclusiva (Muda). Desculpa-me não sabia – Ele leu, e disse colocando as mãos em meus ombros e distanciando-me dele.

Balancei a cabeça e os braços para dizer-lhe que estava tudo bem.

– Bem eu moro aqui, se precisar ou se eu puder ajuda-la de alguma forma, me procure.

Fiz um sinal de positivo com meu dedo, reaproximei-me dele e depositei um beijo em suas bochechas que logo ficaram rosadas. Não sei por que o beijei, talvez para demonstrar gratidão por ser tão gentil.

– Preciso subir para meu apartamento, e a propósito meu nome é Draco, Draco Malfoy, prazer em conhecê-la Senhorita Granger – Ele falou as últimas palavras e adentrou a porta do prédio.

–xx-


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Notas finais do capítulo

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