Aprendendo a Amar escrita por Lina


Capítulo 14
Apostas


Notas iniciais do capítulo

Quase um ano depois...
espero que ainda tenham leitores



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~Narradora

É, dessa vez a Esquentadinha se surpreendeu.

O Pedro nem acreditou no que ele disse.

Karina ficou parada por alguns segundos, depois colocou os braços em volta do pescoço do guitarrista que sorriu. Talvez seu “plano” tenha dado certo... talvez

— Sabe quando isso vai acontecer? - Falou em seu ouvido – NUNCA!

A garota saiu da sala com tanta raiva (mais do que o normal), deixando um Pedro bastante confuso.

~No refeitório~

Karina chegou a mesa dos seus amigos, e nem os cumprimentou.

— João, se você quiser, vai levar o lanche pro idiota do seu amigo! – Falou porque percebeu que o nerd iria falar alguma coisa.

— Tá bom então – falou saindo dali

— Eu pensei que vocês estivessem se dando bem – Vicki comentou

— Eu e aquele garoto nunca nos daremos bem – falou irritada – Decorou?

— Acredito... – Bianca disse – Mas o que foi que ele fez dessa vez?

— Nasceu!

~Na sala do 2º ano~

João foi do caminho da cantina até o refeitório pensando no que o Pedro poderia ter feito pra ter deixado a Karina tão irritada. Ele pensou que eles já estivessem se entendendo.

João entrou na sala e encontrou um Pedro bem confuso. O guitarrista estava olhando pro lápis, parecendo está tentando entender alguma coisa.

— Toma – João falou entregando o lanche, sentando na cadeira ao lado do amigo.

— Não era pra ela me entregar o lanche? – Pedro perguntou pegando a comida

— Era, mas ela chegou toda irritada – falou – e eu que não ia ameaçar ela. Tenho amor a minha vida.

— Hum – falou comendo

— Mas fala aí – joão começou – o que cê fez dessa vez pra deixar a Karina nervosa daquele jeito?

— Melhor dizer o que eu não fiz – falou encarando o amigo

— Ãn? – agora quem está confuso é o nerd – me explica isso direito

— Antes me responde uma coisa: Só eu que achei que a Esquentadinha estava com ciúmes de mim?

— Se você estiver se referindo a Tainá, sim, a Karina estava com ciúmes. Agora me explica o que você não fez pra deixar a Karina daquele jeito

— Bom, a Esquentadinha falou que a Tainá tava dando em cima de mim, aí eu falei que eu só queria ficar com ela, aí eu me aproximei... e disse que só iria ficar com ela se ela pedisse, ou se ela tomasse a iniciativa.

— Tu tá maluco, Pedro? – Perguntou gargalhando

— Qual a graça? ¬¬

— Cê ainda pergunta? Pela sua cara, a Karina não te beijou. Velho, cê é muito burro! Só deixou a K com mais raiva.

— Sim, Jhonny, mas eu pensei que ela estivesse afim de mim.

— Pedro, ela tá afim de você – João falou como se fosse a coisa mais óbvia do planeta.

— Então?

— Cara, parece que você nem conhece a Karina. Lógico que ela não vai te beijar. É você que tem que beijar ela.

— Toda vez que eu a beijo, ela retribui, depois foge, me bate ou se irrita. Já tô de saco cheio.

— Essa parte eu já sei, só queria saber uma coisa: Se a Karina te beijar ou te pedir, o que eu acho muito difícil, depois você vai fazer o quê?

— É-é... uma parte por vez – gaguejou

~~ *-* ~~

O tempo do intervalo passou e todos voltaram para suas respectivas salas. Karina chegou na sala e colocou o fone de ouvido, esse era pequeno, o professor nem percebeu; João parou Vicki na porta da sala e disse:

— Então, será que não dá pra gente ir no Parque essa semana? Sabe, daquela vez não deu...

— Claro! – Vicki respondeu animada – Amanhã tem um que abrirá a partir da 10:00 da manhã.

— Mas a gente tem aula, esqueceu?

— Não, eu não esqueci – ela respondeu – Faz assim: vem com a farda e sua mochila, a gente se encontra aqui, mas nem entra no colégio, porque o parque fica muito longe.

— E as nossas mochilas?

— Pra que servem os amigos? – falou sorrindo – A gente entrega o Pedro e a Karina, assim eles anotam qualquer coisa de importante.

— Beleza – João sorriu – Bora entrar porque já estamos atrasados.

~ Na sala do 3º ano ~

O professor de química havia faltado, então eles estavam sem a quarta aula. Por isso, poderiam ficar circulando pelo colégio.

Bianca ainda não podia ser chamada de amiga da Jade, mas elas eram bem próximas. E essa história da Jade querer de defender treinando, não fazia nenhum sentido.

— Vai, me explica – falou sentando no banco no corredor do pátio.

— Falar o quê?

— Jade, você quer ser uma bailarina, e agora, vem com essa história de treinar... isso não faz sentido.

— Olha, não liga, não – Jade falou – Eu só tô fazendo isso pra me defender mesmo, porque a cidade tá muito violenta. Além do mais, não é sacrifício nenhum ficar cercada de homem bonito e sarado.

Bianca sorriu, mas não acreditou no que a colega falou. A jade estava muito estranha.

~Na sala do 2º ano~

— Pessoal, eu vou escolher as duplas, e vocês irão fazer um trabalho para me entregar amanhã.

— Tá maluco, professor?

— enlouqueceu, foi?

— Não adianta reclamar, o trabalho será muito simples: Vocês terão que ler esse texto, corrigir todos os erros ortográficos e fazerem uma redação sobre esse assunto. Detalhe: a redação tem que ter a opinião da dupla. As duplas serão:

Tainá e Vitor

Camila e Felipe

Flavio e Carlos

Samara e Patrícia

Kelly e Anderson

Breno e Luinne

Daniele e Erik

João e Victória

Pedro e Karina

— Essas serão as duplas. Não adianta reclamar nem fazer cara feia. Essa atividade será ¼ da nota de vocês. A menos que tenham o atestado médico em mãos, terão que me entregar amanhã.  Abram seus devidos cadernos.

E a aula prosseguiu assim: Karina P. da vida, por ter que fazer esse trabalho com Pedro. João e Vicki pensando em algo para poder irem ao parque e Pedro, que não sabia o que pensar depois do que ele falou pra Karina.

*Casa dos Duarte*

Não havia ninguém em casa quando as meninas chegaram do colégio. Bete já tinha deixado o almoço pronto, Bianca só precisava esquentá-lo.

— ô K, o que foi que o Pedro fez pra te deixar assim? – Bianca perguntou enquanto ambas almoçavam – Já sei. Te beijou de novo, né?

— Justamente o contrário – Karina falou encarando o prato

— Oi? Quer dizer que você tá assim porque ele não te beijou?

— Não, Bianca, nada haver – revirou os olhos – Aquele idiota estava quase me beijando, mas falou que só vai ficar se eu pedi ou se eu tomar a iniciativa.

(Risos) – Cara, esse Pedro é maluco. E você? Fez o quê?

— Claro que eu não o beijei, né, Bianca! E nem vou beijar. – Afirmou

— Se você tá dizendo... quero ver quem vai ceder primeiro – A mais velha falou rindo

— Bi, lava os pratos que eu tenho que esperar a Jade lá na academia – Karina falou indo ao banheiro.

*Na Academia*

— Perdida, gata? – Cobra perguntou assim que viu a Jade circulando pela academia

— Não, só tô esperando a Karina – respondeu sorrindo – vou ter aulas de autodefesa.

— Mas nisso eu posso te ajudar – sorriu cafajeste – Já está tudo resolvido com o mestre?

— Tudo certo – a garota respondeu

— Vem cá – ele falou a puxando para um canto, onde ele a ajudou colocar uns instrumentos necessário para as aulas.

A Jade estava tão concentrada na aula que nem viu quando a Karina chegou. No começo, até que as dicas do Cobra estavam “normais”, mas depois ambos, digamos... estavam se agarrando demais.

— Ricardo – Gael o chamou.

— Sim, mestre – o aluno respondeu

— Deixa que a Karina ajuda a Jade – Falou com olhar de reprovação

— Claro mestre – respondeu indo para o outro lado da academia.

— porquê que o seu pai tá com essa cara, machinho? – jade perguntou

— Você e o Cobra estavam se agarrando demais pra uma primeira aula – Karina falou sorrindo.

Depois de pouco mais de 35 minutos de treino, Jade foi para a Ribalta e Karina continuou treinando. Assim que Jade subiu, João e Pedro chegaram. O moleque estava de muletas.

— Esquentadinha, vem aqui rapidinho – Pedro a chamou e Karina revirou os olhos

— Fala – respondeu mal humorada

— Na minha casa ou na sua? – Pedro falou e João gargalhou

— Do quê que cê tá falando, moleque?

— Do trabalho de Português – sorriu – mas se você quiser...

— Nem termina essa frase! – a Esquentadinha falou irritada – Umas 7:00 eu vou lá na sua casa. Tchau.

— K, espera aí – João chamou – Eu preciso de um favor de vocês dois. É que a Vicki e eu vamos no Parque amanhã e eu queria saber se vocês podem entregar nossa redação.

— Por mim, tudo bem – Pedro se pronunciou

— Tá bom – Karina respondeu e saiu.

Pedro e João estavam subindo, quando avistaram Tomtom na entrada da fábrica.

— Pirralha! – Pedro a chamou

— Pê, onde que a Bianca estuda? – Tomtom perguntou

— Lá em cima. Porque? – O irmão perguntou

— Só preciso falar uma coisinha com ela – respondeu e subiu correndo em busca da Bianca.

— Essa sua irmã vai aprontar – João avisou

— Tô até vendo – falou subindo com o colega.

*Na Ribalta*

~Narradora

Bianca estava andando pelos corredores da ribalta, quando é parada pela Tomtom.

— Oi, pequena – A mais velha cumprimentou – se você veio ver a K, ela fica lá em baixo.

— Oi, Bi – A mais nova respondeu – Não. Na verdade, eu quero falar com você mesmo.

— Pode dizer

— Você acha que a K e o Pê formam um casal bonito?

— Acho sim – respondeu sorrindo – Pena que eles não veem isso.

— É sobre isso que eu vim falar com você. Eu quero que eles fiquem juntos logo.

— Eu também quero, mas acho que vai ser meio difícil, ainda mais depois de hoje – a aspirante a atriz falou. Puxando Tomtom para sentar num banquinho com ela.

— Como assim?

— O Pedro falou que só vai beijar a K de novo se ela pedir ou se ela beijar ele primeiro – informou

— ARGH! Meu irmão é muito burro! A K é muito tímida, ainda mais com a “raiva” que ela diz ter do Pedro.

— Também acho – concordou – mas eu acho que a K gosta do Pedro. Ela só precisa confirmar isso de alguma forma.

— Bi, e se a gente fizesse eles conviverem mais? Tipo, aí eles vão perceber que se gostam de verdade! – Respondeu animada – Só não sei como fazer eles aceitarem isso.

— Ótima ideia, Tomtom! – a mais velha animou-se – Que tal se você fizesse uma aposta pro Pedro e eu pra Karina?

— Adorei! Mas como vai ser isso?

— Bem, você fala pra ele conviver mais com ela, assim ele iria ver as coisas que ele não gosta nela e iria “desgostar” rapidinho. E verse-versa.

— Adorei, Bi! Assim eles vão ver que se gostam de verdade! – a mais nova falou – Na hora eu invento o que apostar com ele! Tchau!

A menina saiu de lá toda animada, pois sabia que iria convencer o irmão rapidinho. Só não sabia se sua futura “cunhada” aceitaria.

O restante do dia foi bem normal. Karina continuou seus treinos. Cobra treinava junto com os colegas. Pedro, João, Vick, Bianca, Vitor e Jade tivera aula de teatro, que eram umas das coisas que todos faziam muito bem.

João avisou a Pedro que só iria em sua casa depois que saísse da casa da Vick, para entregar a redação. O guitarrista sorriu malicioso pro amigo e disse que ele deveria aproveitar esse momento com ela. O nerd apenas ignorou o que o amigo disse.

Karina avisou ao Cobra que não iria lutar no QG já que iria fazer o trabalho da escola. O lutador aproveitou a oportunidade para chamar a Jade para “treinar”, usou o argumento de que ela não treinou o bastante hoje, e que deveria melhorar. A bailarina aceitou.

— Bianca, o que foi que a minha irmã queria com você hoje? – Pedro perguntou enquanto descia a escada com a atriz.

— Era coisa de criança – respondeu – porque, Pedro?

— Sei não – duvidou – aquela dali só apronta.

— YOW! – gael gritou quando eles chegaram na academia – Você!

— Eu juro que não fiz nada dessa vez. – Pedro falou

— Não é com você que eu tô falando – gael disse – não dessa vez... Você não é o Vitor?

— É sim, pai – Karina falou olhando pra escada de onde Vitor vinha chegando na conversa.

Vitor cumprimentou Gael, que perguntou sobre os pais do garoto. Desde que vieram pro Rio, Vitor e seus pais conhecem a família Duarte.

— Só um aviso: espero que aquela história de você e a Karina serem namorados tenha ficado no passado, decorou? – Gael perguntou, Vitor arregalou os olhos, Karina ficou vermelha, Pedro revirou os olhos e Bianca riu

— Claro, seu Gael – Vitor respondeu

— Pai! – repreendeu Karina

— Vitor, você não quer ir jantar lá em casa hoje? – Gael propôs – Eu, você, a Karina e a Bi?

O garoto já iria responder, quando Pedro interrompeu

— A Esquentadinha não pode.

— Não posso porquê?

— A o quê, garoto? – Gael perguntou – Quem é essa “Esquentadinha”?

— Foi o apelido que esse idiota me deu, pai – Karina informou – Posso saber que eu não vou poder ir?

— Porque você vai lá pra minha casa hoje. – o guitarrista respondeu

— Que história é essa? – Gael perguntou pegando no colarinho do garoto

— Caal-ma, mees-tre – gaguejou – é só pra fazer o trabalho de escola.

— É verdade, Gael – Vitor falou e Gael soltou o garoto – Aliás, eu já tenho que ir pra casa da Tainá. Deixa o jantar pra próxima.

— Avisa para os seus pais – o mestre sorriu ao avisar

— Pode deixar. Tchau, Bi, Pedro, mestre – despediu-se

— Tchau, Vitor – Karina falou

— Tchau, Pequena – falou lhe dando um beijo e um abraço.

Pedro, novamente, revira os olhos. Bianca o cutuca.

— Disfarça – falou bem baixinho

— É-éé tchau, gente – falou saindo dali – até ás 7, Esquentadi... Karina – Não terminou o apelido porque recebeu um olhar de repreensão de Gael.

— Tô de olho – Gael avisou fazendo aquele típico gesto dele

— Bora pra casa, K? – Bianca perguntou

— Bora.

*Na casa das Gardel*

Lucrécia ainda estava na Ribalta, pois estava tendo uma reunião com o Ed. Na verdade, eles estavam organizando toda a papelada da Sol. A garota havia passado em primeiro lugar num concurso musical, e como prêmio, vai gravar seu primeiro disco.

Eram 18:30 quando Jade chegou no quarto da Vick.

— Vi, tô saindo. Avisa a mãe, por favor – A bailarina pediu

— Posso saber aonde você vai? – perguntou enquanto passava perfume

— Eu lá no QG aonde o Cobra trabalha – respondeu sorrindo maliciosa

— Jade, Jade – Vick sorriu

— É só uma oportunidade pra você ficar a sós com o João, já que a mãe só chega mais tarde.

— Sei não – falou em dúvida

— Só aproveita – falou antes de mandar um beijo e sair.

*Na casa dos Duarte*

Bianca e Karina chegaram, tomaram banho e comeram uma coisinha qualquer que a mais velha preparou.

Eram 6:45 quando Bianca decidiu colocar o seu plano e o da Tomtom em pratica.

— K, eu tenho uma proposta pra te fazer

— Fala

— Lembra quando você me falou que o Pedro te disse que só ria te beijar quando você pedisse?

— A não, essa história de novo?

— Eu acho que você ficou com raiva porque você gosta dele e queria que ele te beijasse

— Eu não gosto desse garoto – afirmou

— Gosta sim

— Não gosto

— Gosta sim

— Não gosto

— Gosta sim

— Ai, tá bom. Eu acho que eu gosto – se rendeu – mas é coisa da minha cabeça. Daqui a pouco passa.

— Eu aposto que não passa – a irmã mais velha desafiou

— Bianca, o que é que você tá querendo? – a casula perguntou

— Eu aposto que se você se aproximar do Pedro, você vai perceber que realmente gosta dele. E digo mais, você que vai beijá-lo – Falou sorrindo com uma leve pitada de certeza

— (risos) Nunca! – a lutadora respondeu – Beleza, eu vou me aproximar do Pedro, NÃO vou beijá-lo, muito menos pedir que ele me beije. E o que é que eu ganho em troca?

— Eu arrumo nosso quarto por um mês.

— E faz minhas comidas favoritas pelo menos uma vez por semana?

— Certo! Já sei que vou ganhar. – A atriz falou – Não vai perguntar o que eu vou ganhar quando você beijar ele?

— Não – a casula respondeu – impossível disso acontecer.

~Narradora

Karina saiu de casa com a certeza de que iria ganhar aposta. Não daria prazer a Pedro e Bianca. Muito menos a Pedro. A garota pensava o quão ousado o menino foi. Tinha certeza que ela jamais o beijaria. Só que toda essa certeza sumiu assim que ela chegou na casa do moleque. Talvez essa aposta vai ser mais difícil do que ela pensava.

— Entra, Esquentadinha – Pedro falou abrindo a porta para a menina

— Da licença – disse entrando

— Oi, K – Tomtom a cumprimentou – Eu sei que vocês vão fazer um trabalho e eu não quero atrapalhar. Então, tchau.

A garota saiu tão rápido que nem deu tempo da Karina falar alguma coisa.

~Tomtom

Eu sabia que iria ser fácil de convencer o meu irmão. Ele não admite, mas adora a ideia de se aproximar da K. Ele me disse que só aceitou porque sabe que vai deixar de gostar dela. Acho bom eles ficarem, porque eu não tô afim de arrumar o quarto do Pedro por um mês.

~Narradora

Jade chegou no QG e foi recebida pelo Cobra. A garota estava extremamente provocante; Roupa curta (como de costume); blusinha decotada; batom vermelho...

— Uau – Cobra falou boquiaberto – Cê é uma verdadeira dama

— É o que dizem, Vagabundo – sorriu maliciosa

— Só uma coisa: pra treinar precisa tirar o salto

— Jade colocou a bolsa no balcão e começou a deslizar sua mão até o salto – Fez pra tirar os sapatos. Segurou amos pendurados nos dedos.

— Já vi que o exercício vai bem melhor do que eu pensei – Cobra falou beijando-a

Os dois foram até o cantinho onde tinha um colchão. Cobra tirou a blusa de Jade e começou a distribuir chupões no pescoço e no colo da “Dama”. Ela, em contrapartida, tirou a camiseta do vagabundo enquanto arranhava as costas do mesmo. Pelo visto esse “treino” não terminar tão cedo.

~Vicki

Assim que a Jade saiu, em fui tratar de me arrumar. Sim, eu também acho estranho ter que me arrumar para fazer um trabalho de escola. Mas, sei lá, é com o João, o menino que eu gostei e ainda gosto... Não sei como ainda gosto dele, ele muito parecido comigo, mas ao mesmo tempo é muito diferente. Tipo, ele é muito LERDO! Sério que ele não percebeu que eu ainda gosto dele? Ou será que percebeu e não faz nada pra ser uma forma de dizer que o rola entre nós dois é só amizade? Ai, que Saco! esse nerd me enlouquece!

— Oi, João! – o cumprimentei assim que ele chegou – Pode entrar

— Oi, Vi – ele me deu um beijo na bochecha – Da licença

— É, pode ficar à vontade. Você quer comer alguma coisa? – Perguntei

— Não, obrigado.

— Então, vamos fazer logo esse trabalho – sugeri – quem sabe dá tempo da gente assistir um filme, hein?

— Desde de que não seja de terror, tá valendo – ele sorriu (esse sorriso)

— Bom, o trabalho é basicamente, corrigir os erros ortográficos e depois fazer uma redação sobre o mesmo tema – falei

— Bom, os erros ortográficos a gente corrige rapidinho – ele falou

— Como?

— é só a gente digitar o texto no Word, aí o computador faz o nosso trabalho – falou como se fosse a coisa mais genial do mundo

— Boa, João! – Fiz um gesto com as mãos e ele sorriu orgulhoso – Deixa eu pegar meu notebook.

— Faz assim, você ler o texto e eu digito, beleza? – ele perguntou e eu comecei a ler:

Você pode ter defeitos, viver anssioso e ficar irritado, algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empreza do mundo.
Só você pode evitar que ela vá à falênsia. Há muitas pessoas que precisam, admiram e torçem por você.
Gostaria que você sempre se lembraçe de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem assidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o suceço, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apezar de todos os desafios, incompreenções e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viagar para dentro do seu próprio ser.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própia história.

É atravessar dezertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma e agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios centimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter corajem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que imjusta.
É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deichar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ouzadia para dizer "me perdoi".
É ter sençibilidade para expressar "eu preciso de você". É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Desejo que a vida se torne um cantero de oportunidade para você ser feliz...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomesse tudo de novo, pois assim você será cada vez mais apaichonado pela vida.
E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Nas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obistáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo!!!
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo inperdível.
E você é um ser umano especial!!!

~Narradora

Pedro e Karina fizeram o trabalho, mas demoraram muito já que eles discutiam e implicavam por qualquer coisa. Tomtom, que estava em casa, sorria ao ver os dois discutindo. Pra ela, o Pedro não aguentaria ficar nem essa noite sem beijar a Karina. Era o que ela desejava, já que arrumar o quarto de Pedro não é uma missão muito fácil.

— Tchau, Tomtom – Karina falou dando um beijo na bochecha da pequena

— Tchau, K – A menina retribui o beijo

— Esquentadinha, espera aí que eu vou pegar seu caderno – Pedro falou indo em direção á mesa

* O CELULAR DE KARINA TOCA*

Karina

Oi, Cobra

Cobra

Loirinha, cê tá onde? Vou precisar de uma forcinha sua

Karina

Tô na casa do Pedro. Diz o que é

Cobra

Dá pra Jade dormir aí na sua casa, porque, né, tá meio tarde e agora não passa nenhum taxi... É porq...

Karina

Já entendi, Cobra, não precisa entrar em detalhes (sorriu)

Cobra

Tô te esperando aqui na praça, loirinha

Karina

Tá bom

*KARINA DESLIGA O CELULAR*

— Porque que cê tá me olhando com essa cara? – Karina pergunta ao Pedro já que ele está com a cara de quem estava pedindo explicações

— Cê vai se encontrar com o minhoca a essa hora? – Perguntou de cara fechada

— Vou! – Karina falou pegando o caderno da mão do garoto e saiu.


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Notas finais do capítulo

VOLTEI!



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