XX: Levarei ele comigo... Assim ficara mais fácil cuidar dela.

— me de noticia – disse assim que o vi na porta, ele acena e foi embora. Sabia do perigo e de tudo que aguardava. Meu maior medo era que Marce não sofresse mais.

Continua...

Pov Paulo

Havia se passado oito anos desde que minha irmã foi embora do país, muita coisa havia mudado. A turma cresceu alguns estavam namorando outros apenas se curtindo como eu e a margarida, nossa amizade prevaleceu e se fortaleceu cada ano que se passou, koki e eu continuamos inseparáveis, assim como outras pessoas da turma. Nesse momento estava me arrumando para encontrar o pessoal para mais uma reunião da patrulha, estávamos no final das férias de verão, e íamos nos encontrar para planejar atividades para o ano escolar, além de claro as festinhas.

— MÂEEEEE – chamei, não estava conseguindo encontrar meus fones amarelos e já estava atrasado.

— não precisa gritar Paulo – disse dona Lilian ao entrar no meu quarto com a mão no ouvido esquerdo.

— desculpa, não estou encontrando meu fone amarelo, e já estou atrasado para encontrar o koki e os outros. – disse me jogando na cama com os braços aberto rendido ao cansado de procurar o fone.

— acho que agatha deve ter guardado em outro lugar – disse olhando minhas gavetas. Agatha era a nova empregada da casa, a alguns meses minha mãe descobriu que estava doente e que teria que fazer um tratamento que lhe gerava muito cansaço físico e mental .

— a senhora sabe que detesto que mexam na minhas coisas – disse me levantando e indo em direção a porta – AGATHAAAAAAAAAA

— Paulo já disse para não gritar – disse minha mãe andando ate mim. – não somos surdos, além de morarmos em um prédio.

— ok ok só quero meu fone para encontrar a galera – disse me preparando para gritar novamente, quando vejo a Agatha saindo do quarto da minha irmã.

— pois não, senhor Paulo – disse arrumando seu uniforme e parando diante de mim, Agatha não era velha, ela tinha a idade da professora helena quando começou a dar aula na mundial. Ela não havia terminado o estudo após engravidar na adolescência, por esse motivo trabalhava como domestica, por falta de oportunidade.

— estou a horas procurando meu fone amarelo, estou atrasado, preciso dele agora – disse estendendo a mão. Em segundos agatha entrou em meu quarto e apanhou uma caixa do lado da escrivaninha e de dentro tirou meu fone amarelo.

— aqui esta senhor Paulo – disse me entregando o objeto.

— Obrigado agatha – disse dando um beijo na sua bochecha e pegando meu skate que estava atrás da porta – tchau para vocês.

— PAULO NÃO SE ESQUEÇA DE ESTAR EM CASA HOJE AS 15 horas – gritou minha mãe da porta do meu quarto. Não respondi, sabia que meus pais estão programando algo para hoje, mas devido ao meu compromisso com a turma não sei se chegarei a tempo.

POV marcelina

— SENHORES PASSAGEIROS APERTEM O CINTO, ESTAMOS PRESTE A POUSAR EM SEU DESTINO – acordei com a voz da aeromoça anunciando que havíamos chegado, meu coração acelerou, percebi que era realmente verdade, estava voltando para minha antiga casa após anos fora. Apertei meus cintos e peguei meus fones que haviam caído durante meu sono, guardei em minha bolsa, olhei para a janela e vi os prédios minúsculos.

Um aperto no coração me fez imaginar como estaria a turma, a professora helena, meus pais, minha mente começa a vagar em momentos felizes que passei com eles antes do maldito acidente. Percebi pessoas ao meu lado se levantando e de repente me toquei que havíamos pousado, levanto, pego minhas malas saio em direção ao portão de desembarque.