Pov. Marcelina

Havia se passado uma semana desde que a noticia chegou ate mim, as coisas pareciam ter desabado de tal maneira que não conseguia mais me controlar, Raquel tentava me animar, porem percebia que nem a mesma conseguia superar tal noticia. Era tudo tão sem sentido para mim, ter que olhar para o meu passado, depois de anos tentando supera-lo, olhar para pessoas que a muito havia me machucado.

Estávamos no aeroporto, Aguardando a Hora do embarque quando percebi que alguém me chamava.

— Marce... Marce terra chamando – era Anita, percebi que ela estava chorando, pois seu olho estava vermelho.

— desculpa Anni – disse, tentado controlar minhas próprias lagrimas, ainda não sabia como seria ficar longe delas.

— tudo bem e que... – ela começa falar.

Passageiros do Voo 325 destino são Paulo Brasil, por favor, ir em direção à plataforma oito.

Uma voz ao longe anuncia meu voo, meu coração acelera e o medo me toma.

— então agora e um adeus – disse chorando, olho para todos que ali estavam a Diretora Raquel que foi como uma mãe para mim, Anita e Paola minhas melhores amigas, Arthur, Leonardo e Gustavo os três mosqueteiro, não estavam todos mais uma parte das pessoas mais importantes pra mim estava ali, eles eram minha família agora e eu estava sendo obrigada a deixa-los – Não se esqueçam de mim.

— Nunca... - disse Paola chorando, a abracei ela era a mais teimosa e a mais sensível mesmo com a pose de durona, sinto braços me envolverem e percebo que estamos em um abraço coletivo, ali sinto que se cria um elo que vou levar pra vida toda.

Ultima chamada para o voo 325 destino São Paulo – Brasil, Por favor, ir em direção a Plataforma oito.

Começo a caminhar em direção ao portão de embarque, olho pra trás e percebo que todos estão abraçados, sorrio por que sei que independente onde eu estiver nunca me esquecerei deles e dos momentos mais felizes da minha vida, atravesso o portão e entro no avião. Após me acomodar resolvo ouvir musica, meus pensamentos começa a vagar pelo meu passado ate que adormeço.

Pov. Raquel

Logo após o embarque da Marce, Resolvo voltar para minha casa estava sem cabeça para trabalhar, pedi ao motorista do colégio para levar os alunos e dei o dia de folga para ele. Arthur estava bem abalado com a partida de Marce assim como eu ele havia criado um laço paternal com ela, ele era o motorista do colégio desde que eu me tornei diretora, tínhamos uma amizade de anos.

Quando estacionei o carro em frente a minha casa, percebi um carro Jac J5 preto estacionado do outro lado, me preparei para o que estava por vir e desci e entrei.

— Você não me aviso que veria... – disse colocando minha bolsa em cima do sofá e olhando para a pessoa a minha frente -... eu só acho que você deveria ter impedido o retorno dela.

XX: Não poderia fazer isso, muita coisa veria a tona e no e isso que queremos...  – disse de maneira fria e seca

— às vezes penso que você não possui sentimentos. – disse indo em direção à cozinha.

XX: não se preocupe Raquel... Vou ficar de olho nela

— eles iram atrás dela você sabe muito bem disso... – disse servindo o com uma xícara de café.

XX: por isso estou viajando amanha... Quero que prepare tudo, pois vou precisar de você daqui seis meses.

— tudo bem... Prepararei tudo.

XX: Levarei ele comigo... Assim ficara mais fácil cuidar dela.

— me de noticia – disse assim que o vi na porta, ele acena e foi embora. Sabia do perigo e de tudo que aguardava mais espero que Marce não sofra mais...

Continua...