Não uso palavras bonitas. escrita por Stherphany


Capítulo 16
Quinze


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :3



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–Onde a Mitty está?! -Perguntei Léo enquanto abria meu sanduíche.

–Ela não gosta de passar o intervalo sentada...Na verdade ela nem come nada. -Ele disse, enquanto me oferecia seu salgadinho.

–Sério?! -Falei colocando vários salgadinhos na boca. -Porque?!

Depois que fiz as pazes com Mitty, decidi que ia fazer de tudo pra voltar a ser amiga dela como eu era antes. As pessoas mudam, eu também mudei um pouco, e por isso que iria fazer de tudo pra consegui me acostumar com essa nova versão da minha amiga.

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No fim das aulas Léo não pôde voltar pra casa comigo. Ele teve que ficar na escola e fazer uma prova que tinha perdido, ele disse pra não lhe esperar, já que pelo visto ia demorar.

Já ia embora quando senti alguém puxar meu braço. Me virei e vi Felipe, me fitando com aqueles seus olhos de cor enigmática, como sempre fazia.

–Que foi, perdeu alguma coisa? -Falei, puxando meu braço com força.

Desde daquele dia no quarto do Felipe eu tenho lhe evitado, o que não é tão difícil já que quase não saio do meu quarto pra nada.

Aqueles beijos...Como uma forma de pagamento pelo que fez...Isso não foi nada certo.

–Calma! -Ele sorriu, colocando as duas mão pra cima como se estivesse se rendendo à alguém. -Seu pai disse para você não ir sozinha pra casa. Já que seu amiguinho não está com você, eu que tenho que te acompanhar.

–Quando ele disse isso? -Falei desviando o olhar.

–Acho que quando você tentou fugir de casa! -Ele pegou minha mochila e começou a andar. -Vamos!

–Eu acho que consigo levar minha própria mochila! -Falei, pegando-a de volta, e andando com passos largos.

Porque eu estava tão nervosa? Eu deveria está com raiva dele isso sim! Foi porque ele me beijou? É porque ele não para de tentar me acompanhar? Foi seu sorriso ou seu olhar que fez meu coração bater tão forte?

–Ei?! Me espera! -Ele me puxou, me fazendo olhar em seus olhos. -Não sabia que era uma competição!-Ele falou com um tom de sarcasmo.

–Olha...Você não precisa me acompanhar. Meu pai nunca vai saber que eu volto sozinha. E se ele ficar sabendo e digo que foi culpa minha, e nada vai cair pra você, tudo bem?! -Dei um sorriso nervoso.

Me soltei novamente dele e corri, corri o mais rápido que pôde. Por que eu estava assim? Nem eu mesma sabia...

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­­­­­No jantar meu pai me obrigou a comer na mesa, Susy já vestia roupas de marcas e já usava várias jóias, com certeza todas ganhadas do meu pai.

Como sempre Felipe não olhava pra ninguém enquanto comia, isso era bom, pois não sabia como encará-lo mais.

–Filha, Felipe... -Falou meu pai, enquanto colocava a mão sobre o braço de Susy. -Queria que você soubessem que já marcamos a data do nosso casamento. -Ele sorriu.

–Você não acha que tá muito cedo pra isso? -Perguntei, pouco ligando pra expressão de Susy.

–Ah, querida! -Exclamou ela. -Pra que adiar o inevitável?!

Me calei imediatamente, percebi que ia começar mais uma discussão se continuasse, tinha prometido a mim mesma não brigar mais por esse assunto.

–Descidimos que iremos casar nas férias, pra não atrapalhar nada na empresa. Por isso, você terá que voltar mais cedo da casa de sua mãe, filha. -Ele disse.

–Quê?! Pai você sabe que só posso ver minha mãe nas férias! -Me levantei da cadeira. -Você quer me tirar até isso?!

–Filha, sente-se, eu não quero tirar sua mãe de você, até porque é o direito dela! -Ele parou Susy, que já ia falar algo. -Mas é só uma semana a menos. Eu quero que você esteja aqui quando isso acontecer.

–Porque? Você sabe muito bem que eu não estou contente com isso! -Sai da sala de jantar, subindo as escadas com raiva, entrando no meu quarto e caindo na cama.

Até eu estava cansada dessa ceninhas que eu dava, mas era o única forma que eu tinha pra mostrar como estava me sentindo.

Eu não via minha mãe desde o natal, e bom, queria passar o máximo de tempo que tinha com ela...

Tomei um banho e vesti uma camisa comprida pra dormir, prendi meu cabelo e fui ouvir música, desejando que me pai desistisse de me fazer ir pra seu casamento e me deixar passar meus trinta dias com minha mãe.

Alguns minutos depois e alguém bate a porta, como achava que era meu pai não fui atender.

–Sou eu garota, o Felipe! -Alguns segundo depois Felipe falou, ainda batendo na porta. -Vim trazer sua sobremesa.

–Eu não quero! -Falei, abrindo a porta e logo fechando de novo.

–Ei pera! -Ele impediu que eu fechasse e entrou.

–Anda, passa essa sobremesa logo e vai embora! -Disse, tentando pegar o doce de sua mãos.

–Ei...Porque você está me evitando? -Ele falou me encarando.


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Notas finais do capítulo

Sem reviews, sem capítulo! ( Brincaderinha! ^W^)



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