O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 41
Futuro incerto


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Espero que gostem do capítulo de hoje. Desculpe a demora, é que a história está chegando em eventos importantes, por isso tenho que ter cuidado com os pequenos detalhes e tenho que preparar tudo para esses momentos. E esse capítulo deu um trabalho extra porque ele é tipo uma introdução do que vai ocorrer e tem algumas particularidades. Boa leitura e nos vemos nos comentários.



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Bran

Bran desejava que lorde Brynden, o corvo de três olhos ainda estivesse vivo. Apesar de ter aprendido muitas coisas ele sentia que ainda faltou muitas para serem aprendidas. Ele estava pensando nisso quando lembrou de uma frase que lorde Brynden havia dito:

“Uma parte do conhecimento é ensinada e a outra parte é descoberta sozinha”

O menino achava que ainda faltavam muitas coisas para descobrir principalmente em relação ao futuro. O que mais lhe perturbava era o fato de não entender porque o futuro podia ser tão confuso e as visões mudarem com uma certa freqüência. Principalmente as visões ligadas a Jon, Daenerys e Aegon e a próxima dança dos dragões. A última visão que teve mostrou um caminho diferente das anteriores e diferente da primeira que teve a muito tempo atrás, quando ele ainda era apenas um aprendiz.

Mas era bom o futuro ser tão confuso e mutável, pois se não fosse assim não seria bom. Se as pessoas não pudessem mudar o futuro os humanos seriam apenas peças nas mãos dos vários deuses. Mas infelizmente na maioria das vezes as pessoas trilham e constroem um futuro pior que o previsto. Bran sabia disso pois uma vez o corvo de três olhos lhe disse que a queda da torre não estava no futuro original de Bran, que aquilo foi uma mudança brusca no seu caminho. Algo que o marcou para sempre e de forma negativa. O futuro dos que amava muito o preocupava, assim como o futuro de todas as outras pessoas inocentes de Westeros.

As decisões de Daenerys,de Jon, do suposto Aegon,de sua irmã Sansa,de Melisandre e até do seu irmão mais novo Rickon influenciavam no futuro de muitas pessoas que estavam ao redor deles e até longe. Não apenas as deles, mas de todas as pessoas que de alguma forma podiam tomar decisões importantes. Quando se mexe uma peça no presente não se sabe quais outros podem ser atingidas no futuro.

Bran fechou seus dois olhos e abriu o terceiro. Com os dois olhos via somente o presente, mas com o terceiro conseguia ver o futuro. Demorou um tempo até que o menino conseguisse visualizar o que se escondia por trás do véu do futuro. Dessa vez tudo parecia envolto em uma forte neblina que tornava difícil distinguir as figuras. Ele via apenas sombras que se moviam ao redor dele. Duas sombras pertenciam a um homem e uma mulher respectivamente, a mulher estava caída morta no chão, perto do homem que estava abaixado e parecia chorar por ela. Bran sabia que a sombra que era o homem chorava muito, mesmo que não conseguisse ver nada a mais do que sombras sem rostos,ele  conseguia perceber a tristeza do homem e as lágrimas que caiam negras como as sombras. Ele via apenas as sombras, não conseguia ver se havia alguma arma ou algo que pudesse ter provocado a morte da mulher, assim como não conseguia ver o local em que a morte ocorria. Ele não conseguiu ficar olhando para eles por muito tempo, uma tristeza tomou o coração dele, como se sentisse o que o outro sentia. Mas não foi só tristeza que tomou o seu coração, ele também sentiu uma sensação estranha, como se uma parte dele soubesse quem eram as pessoas e achasse que aquilo era algo que tinha que acontecer com elas. Algo inevitável ou talvez até, mais estranho ainda, algo que já estava destinado a ocorrer há muito tempo.

Quando desviou o olhar viu uma outra sombra, essa parecia mais nítida que as outras, mas mesmo assim ele não conhecia a pessoa, apenas percebeu que ela se dirigia por uma estrada e em seu coração guardava um segredo de anos. Bran também sentiu uma crescente ansiedade nessa pessoa. Quando ele olhou para o outro lado viu outras sombras mais distantes que mostravam um conflito, um exercito atacando um castelo e tentado o devolver ao legitimo dono.

Quando Bran abriu os dois olhos ficou pensando no que viu, a última visão entendeu que se tratava de seu tio Edmure tentando tomar Correrrio,o castelo que era seu por direito, Bran havia o acompanhado com o olhar através de alguns represeiros que ficavam no caminho até Winterfell. Seu tio devia ter pedido ajuda no Norte e deve ter sido atendido, pelo menos era o que mostrava a nova visão, a segunda visão, apesar dele não conhecer a pessoa e não a ver com total nitidez sabia do que se tratava, ou pensava que sabia. Mas essa visão não chamou sua atenção. A que realmente chamou foi a primeira. A do homem e da mulher.

Quem eram aquele homem e aquela mulher? Como a mulher havia morrido? Aquela visão faria parte das que se realizam ou faria parte das que são mudadas? E mais importante,as pessoas que ele viu somente como sombras eram pessoas conhecidas por ele? Se a visão tivesse tido mais detalhes ele poderia avisar as pessoas e talvez evitar que a mulher morresse, mesmo sabendo que ele não devia se meter muito no futuro das pessoas faria isso, principalmente se fosse alguém que amasse. Mesmo sentindo que aquilo era algo inevitável.

Ele se concentrou mais e tentou ver mais detalhes daquela visão, mas por mais que se esforçasse conseguia ver as pessoas somente como sombras sem rosto. Porém em uma das tentativas conseguiu ouvir a voz da mulher, ela parecia está brigando com o homem, a voz não lhe soou familiar, assim como o rosto não era nítido a voz também não era, parecia somente um ruído e ele teve dificuldade de entender a maioria das coisas, somente entendeu que a mulher brigava com o homem.

Bran não entendia porque aquela visão estava tão confusa. Uma das possibilidades eram as pessoas serem distantes dele, pessoas que ele conhecia somente por nome, pessoas que nunca foram próximas no seu passado ou desconhecidos  que moravam perto de alguma árvore-coração. As vezes ocorria dele ter visões do futuro de pessoas que não conhecia. Geralmente eram pessoas comuns que moravam em locais em que os deuses antigos estavam presentes. O corvo de três olhos lhe avisou que isso ocorria. Ele sempre descartava essas visões, principalmente porque geralmente se tratavam de coisas simples como uma camponesa que iria ter um filho ou um roubo de propriedade. E além de tudo não eram pessoas que ele conhecesse. Talvez fosse isso.

Ou talvez fosse algo que não pudesse ser mudado, por isso não viu com clareza. Ou talvez fosse por causa da proximidade das forças do Grande Outro. Ele sinceramente não sabia o que a visão realmente queria dizer e quem eram aquelas pessoas.

“Quando a visão ocorrer você a entenderá em sua totalidade”- ele conseguiu ouvir a voz de lorde Brynden, o corvo de três olhos, falar em seu mente. Bran iria fazer exatamente isso. Não havia nada que pudesse fazer além de esperar que as coisas seguissem o seu curso e que o futuro chegasse com todas as suas conseqüências e acontecimentos que mudariam o rumo das coisas.

Aegon

Alguém estava espalhando um boato pelo reino, seus informantes haviam lhe dito. O boato dizia que ele não era realmente quem dizia ser. Que ele era descendente dos Blackfyres e não dos Targaryens, por isso ele tinha as características de um Targaryen, mas não era um. Esses boatos eram um absurdo. Ele sabia que tinha que fazer algo em relação a isso, pois muitos estavam acreditando nisso. A bem da verdade, muito senhores queriam apenas uma desculpa para o deixar.

Para piorar segundo outros boatos sua tia e o rei do Norte tinham feito uma aliança contra ele. Alguns senhores, segundo diziam, tinham até se dirigido ao Norte para se juntar a eles. Esses senhores haviam levado até uma parte de seus exércitos para o Norte. Se essa notícia tivesse chegado a seus ouvidos mais cedo teria impedido que essas pessoas saíssem das terras da coroa.

Na reunião do conselho que ouve mais cedo, seu mestre dos sussurros falou que os senhores que se dirigiram ao Norte fizeram isso após uma carta que receberam. Segundo alguns as cartas falavam de criaturas sobrenaturais feitas de gelo e de como isso ameaçava o reino, outros já falavam que as cartas enviada continha mentiras e boatos sobre quem Aegon realmente era, outros já diziam que a carta falava das duas coisas e ainda prometia vantagens e uns poucos até diziam que não houve carta alguma. O que realmente ocorreu era um mistério. Assim como o futuro que parecia se desenhar a cada dia mais.

Aegon estava tranqüilo. Ele era quem dizia ser. Ele foi criado como filho do príncipe Rhaegar por um amigo próximo do príncipe Targaryen e sempre foi lhe dito que ele era digno de governar. Ele não entendia o porque de algumas pessoas de seu conselho estarem tão nervosas, principalmente Illyrio. O homem parecia temer alguma coisa que somente ele conhecia e que não quis compartilhar com os outros.

Além de tudo ele tinha Dorne e Jardim de Cima ao seu lado. Sem falar na Companhia Dourada que tinha uma dívida eterna com ele, pois foi por meio dele que eles conseguiram realizar o sonho deles de voltar a Westeros.

Ele estava pensando nisso quando chegou um informante com cara de nervoso dizendo que o Alto Pardal, o homem máximo da Fé, havia se dirigido ao Norte e que essa ida havia sido descoberta somente naquele momento, pois ele havia deixado um substituto em seu lugar e se misturou no meio de pessoas comuns.

“Era somente isso que faltava acontecer”-pensou ele irritado. Ele sempre desconfiou do líder religioso. A atitude do homem apenas piorou tudo.

—Preparem a companhia dourada e o restante de meus homens. Vamos para o Norte.

Arya

Depois que voltou a Winterfell constantemente Arya tinha momentos em que parecia não saber ao certo quem era. Esses momentos duravam pouco, mas eram o suficiente para bagunçar a mente dela. Durante o treinamento na casa de preto e branco algumas partes dela se perderam. Ela ficou tanto tempo tentando ser ninguém que algumas coisas acabaram sumindo...

Essa confusão mental se instalou na mente dela no momento em que ela viu o tio. Ela não sabia ao certo o que sentir. Era como se na sua parte emocional houvesse somente um vazio. E quanto mais o tempo passava e Melisandre demorava a tomar a decisão mais a confusão se instalava. Uma parte interna dela continuava sendo Ninguém, mas já a outra... Ainda tinha o fato de Correrrio lhe lembrar da mãe e do atual estado de morta-viva dela e do tempo de sofrimento que passou longe da família.

Ela olhou para ela várias vezes para a apressar a tomar a decisão. Quando ela tomou a decisão um alivio invadiu Arya. Melisandre tomou uma decisão muito boa e que agradou as duas partes. No tempo em que ela ficou em silêncio devia está falando com seu deus, pois a decisão foi melhor que o esperado. Quem quisesse lutar pelas Terras Fluviais era livre para ir e os que quisessem ficar não seriam obrigados a lutar. Assim ninguém era obrigado a ir ou a ficar.

Pelo que Arya reparou a maioria queria ficar. Os que queriam lutar pelas Terras Fluviais eram uma minoria, o que era uma coisa curiosa, já que antes da decisão ser tomada muitas vozes eram ouvidas a favor da ida. Mas a pequena quantidade não seria um problema, Sansa iria ceder alguns cavaleiros do Vale e ainda tinham os Frey que iriam lutar também.

Com toda certeza o número seria suficiente para espantar os foras da lei e os vassalos oportunistas que tomaram castelos que não eram seus, porém o maior problema não era esse. O maior problema era reconstruir tudo depois das batalhas e com o inverno tão perto. E também o fato de talvez a ajudar estiver indo tarde demais. O futuro se mostrava incerto para as Terras Fluviais.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Parece que o futuro está meio incerto... Qual é o palpite de vcs sobre os próximos eventos e o futuro? Não percam o próximo capítulo, ele vai ser muito importante e vai ser também, como posso dizer, um momento de cumprimento de profecias e muita tensão e até quem sabe uma surpresa.
Ah, sobre o capítulo com hentai vou fazer, mas só mais pro fim da história, ainda tem muita coisa para ocorrer.
Abraços e até o próximo.



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