O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 38
Não poderia ser pior


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Espero que gostem do capítulo de hoje. Boa leitura e vejo vocês nos comentários. Não se esqueçam de comentar e me dizer o que acharam depois que terminarem de ler. Comentários sempre são importantes. Abraços



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Sansa

Logo cedo na manhã seguinte batedores do terreno chegaram avisando que uma pequena comitiva se aproximava. Os soldados estavam carregando uma bandeira de paz e escoltavam um casal e um bebê. Sansa estranhou quando soube disso. Não era esperada nenhuma visita.

A menina estava administrando tudo naquele dia enquanto Jon ainda estava fora, pois a rainha estava se sentindo mal e seu irmão Rickon também. Todas as tarefas acabaram ficando para ela.

Logo mais chegou um mensageiro com mais informações. As informações que ele trouxe fizeram o coração de Sansa se encher de alegria e surpresa. Era seu tio Edmure que estava vindo juntamente com a mulher e o filho. Ao lembrar que a mulher dele era uma Frey, Sansa sentiu um súbito rancor e a alegria inicial se afastou dela. Se lembrou que Roslin de certa forma contribuiu para o casamento vermelho em que seu amado irmão e a mãe morreram. A menina tentou afastar esses pensamentos. Não seria bom transparecer esses sentimentos quando eles chegassem. Iria manter o rosto como uma máscara.

Sansa gostava da bebê Bassie que tinha sangue Frey, mas sentia que nunca gostaria de Roslin, pois Bassie não havia nascido quando o casamento vermelho ocorreu, mas Roslin...

A menina também sabia que não era somente ela que se lembrava desse detalhe. Todo o Norte devia lembrar. Roslin não seria bem recebida pelos nortenhos.

Para tentar tirar essas coisas da mente, Sansa foi comunicar todos e cuidar dos preparativos. Eles estavam há algumas horas de Winterfell. Logo chegariam e tinham muitas coisas para serem feitas. Sansa estranhou o fato de não ter sido enviada nenhuma carta alertando da chegada deles. Talvez tenha sido enviada e tenha se perdido no caminho...

De todos os que Sansa avisou o que ficou mais surpreso foi o meistre. Que ficou pálido e disse que precisa falar com Melisandre urgentemente. Quando ele saiu a menina lembrou que precisava ajudar Robert Arryn a se arrumar, assim como seu irmão Rickon. Todos tinham que estarem prontos para quando eles chegassem.

Rickon

Rickon mentiu que estava doente para que pudesse ter um pouco de descanso naquele dia e tempo para ficar com Beth Cassel. Ele gostava da menina, principalmente porque ela tinha quase a idade dele. Seu primo Robert também tinha quase a idade dele, mas ele não gostava de brincar com ele. O menino era muito chato e não sabia perder. Queria ganhar em todos os jogos e além disso Robert começava a se tremer sem nenhum motivo e acabava com a brincadeira. Com Beth era diferente.

A menina tinha um ar triste e ninguém parecia reparar nela, mas quando ela estava com Rickon sempre sorria. O menino gostava de contar histórias para ela, as histórias que tanto amava e que ouviu dos selvagens. Beth ouvia tudo com atenção, mas não era de falar muito. Rickon lembra que certa vez ouviu alguns servos comentarem que ela ficou assim por causa das coisas que viveu no tempo que ficou como refém dos Boltons no Forte do Pavor. Realmente todos os que haviam sido resgatados de lá estavam quietos demais...

Ele estava no quarto falando com ela quando sua irmã Sansa chegou. Ela disse que ele parecia melhor e disse para ele se arrumar que estavam chegando visitantes especiais.

—Não quero me arrumar. Quero ficar aqui no quarto com a Beth! Ainda estou me sentindo mal! –falou ele com a voz alta. Rickon havia reparado que quando falava assim as pessoas atendiam mais rápido

—Rickon... Colabore, por favor.

—Não quero ver esses visitantes estranhos!

—Eles não são estranhos, são nossos tios.

Rickon não conhecia, ou se conhecia não lembrava, nenhum dos tios. Para o menino eles não passavam de estranhos que apenas ouviu falar. Na mente do menino de seis anos não fazia sentido ter que deixar a companhia de alguém que ele gostava para ficar junto de pessoas que ele não conhecia. Foi isso que ele disse para Sansa.

Sua irmã não falou mais nada, somente o olhou de forma diferente. Sansa estava diferente. Ela parecia mais séria e ocupada. Todos pareciam diferentes.

—Tudo bem, você pode ficar no quarto, mas espero você no jantar.- falou ela sorrindo por um momento, que nem nos velhos tempos, mas somente por um momento. Depois ela assumiu a expressão cansada e disse-  Agora tenho que ir. Tenho muitas coisas para resolver.

Meistre Xhitos

Ele entrou no quarto com uma expressão assustada no rosto. Estava com medo de Melisandre. A previsão dela havia se realizado. Quando a mulher olhou para o rosto dele soube que a sua visão nas chamas havia se concretizado. Que visitantes estavam a caminho. Por isso ela logo disse com um sorriso:

—Espero que se lembre da promessa que fez. De me ajudar naquele assunto.

O meistre trancou a porta, pois sabia que haviam muitos ouvidos que poderiam ouvir aquela  conversa e isso seria perigoso.

— Senhora, eu gostaria de a ajudar. A levar até o rei, mas isso poderia custar minha vida. Ele me ameaçou da última vez que deixei a senhora sair e correr perigo. Se ocorrer algo...

Ele ainda se lembrava da ameaça que Jon fez, mesmo que tenha prometido ele não tinha coragem de a deixar sair.

—Não vai ocorrer. O meu deus vai me proteger. – falou ela com uma confiança invejável, mas mesmo assim em sua voz poderia ser sentida uma pontada de dúvida.

—Porque a senhora não vai somente quando o exercito de seu marido for para o auxiliar naquela batalha? Se essa batalha for tão grande como a senhora diz todo o exercito tem que ir para a Muralha.

—É porque tenho que está lá antes da batalha começar. Tenho que o ajudar a fazer as armas e acender a espada. Ainda falta um mês mais ou menos para o exercito do Grande Outro chegar com suas forças do mal vindo do coração do eterno inverno.- Melisandre fez uma pausa e depois continuou falando com uma voz mais calma, como se ele fosse uma criança que não entendia as coisas- Antes de algo ocorrer sempre tem que ter a preparação. Tenho que chegar lá e o senhor vai me ajudar. Não vou ir sozinha, vou levar uma pequena escolta. A minha maior preocupação é com a Lyanna. Sinto que ela pode correr perigo aqui.

—Que tipo de perigo, senhora?

—Perigos e não sei como a deixar segura sem mim. Essa é minha maior preocupação, por isso ainda não fui. Conto com sua ajuda para a deixar segura.

O meistre ficou se perguntando o que a mulher esperava que ele fizesse. Ele tinha dificuldades de se manter em segurança. Além disso, nem era preciso pedir para proteger Lyanna. Era sua obrigação proteger a herdeira do rei. Assim como a de todos do castelo.

—Porque confiar em mim? Nunca gostei muito da senhora...

—Porque o senhor mostra o que realmente sente em relação a mim, não finge. Eu me preocupo com quem finge que gosta de mim, mas trama pelas minhas costas. O senhor nunca se preocupou de fingir.- falou ela com um sorriso irônico – Mas vamos esquecer o passado.

Ele ficou em silêncio e não soube o que dizer.

—Proteja a Lyanna com todas as suas forças. Essa manhã consegui realizar um feitiço que conseguiu mudar a aparência dela e a deixar semelhante a Bassie. Porque assim é mais fácil a salvar. Ninguém vai querer fazer mal a Bassie. Se alguém intenciona fazer mal é contra a Lyanna que é a herdeira. Você é o único que sabe desse feitiço, por isso em caso de perigo já sabe. A Lee não pode saber disso. Ela gosta das bebês de forma igual, por causa disso ela acha que a vida das duas são igualmente importantes, mas nos dois sabemos que a da minha filha é mais importante. Esse feitiço somente vai funcionar enquanto a Lyanna estiver usando o rubi que coloquei nela. A Bassie quer dizer. O rubi está nela. Proteja minha filha!

— Irei proteger. Quando a senhora volta?

Um silêncio estranho se instalou no local.

—Quando dê. Quando a batalha acabar e a gente vencer.- falou ela com uma voz triste. Como se não tivesse certeza da vitória ou do retorno.

O meistre sentiu uma estranha sensação na garganta. Como um aperto e não soube explicar o porque. Seria medo da derrota ou de outra coisa?

—Vou ter que me arrumar para os nossos convidados. Talvez hoje vista um vestido com as cores da casa Stark e ainda tenho que arrumar a Lyanna. Vou suspender o feitiço por um tempo. Não quero ficar o resto do dia carregando uma criança que não é minha.

O meistre concordou com a cabeça e se direcionou para a porta, mas antes de sair, Melisandre lhe perguntou:

—O senhor já leu sobre a Luminífera e a Batalha pela alvorada?

—Nunca acreditei nessas coisas. Aprendemos na Cidadela a não nos prender a misticismos. Por que?

—Por nada.O mundo ainda vai lhe surpreender. Se  prepare para ver tudo que dizem que não existe ocorrer.

O homem nada disse e se retirou.

Sansa

Sansa tinha a sensação que o dia não poderia ser pior. Rickon não quis se arrumar e continuava no quarto conversando com a pequena Beth, Robert Arryn teve um ataque dos tremores, um forte como a tempos o menino não tinha, talvez fosse nervosismo pelos visitantes. Ele também não poderia se apresentar.

Os cozinheiros se irritaram devido ao aviso em cima da hora para que preparassem uma refeição especial. Muitos falaram que não seria necessário fazer toda essa arrumação somente para receber uma mulher de sangue Frey e um homem que não passava de um refém dos Lannisters. Muitos soldados estavam irritados de receber soldados Lannisters no castelo, mesmo que eles tenham vindo em paz.

A menina não estava fazendo aquilo pelos soldados ou por Roslin. Sansa estava fazendo tudo aquilo pela memória da mãe. Edmure era seu tio e tinha o sangue de sua mãe. Ele merecia ser bem recebido. Além de tudo ele deve ter sofrido muito e deve doer ter ficado tanto tempo como refém e longe de Correrrio. E saber que Correrrio estava sob o domínio de oportunistas, se as histórias forem verdadeiras.

Para piorar, Arya parecia irritada com alguma coisa. Com toda certeza tinha alguma relação com Gendry.Mas Sansa não ia se prender nisso. Tinha que pensar no tio.

Melisandre pelo menos havia melhorado e iria para a chegada deles. O mais surpreendente era o fato dela até está usando um vestido com as cores da casa Stark, uma coisa que ela raramente fazia. Ela carregava sua pequena filha que estava enrolada em um manto da casa Stark e parecia mais bonita naquele dia.

Quando chegou a hora,quando avisaram que estavam perto do portão, Melisandre se sentou no cadeirão de Winterfell com Lyanna em seu colo. Sansa estava de um dos seus lados e Arya do outro. Os soldados estavam todos em posição. Sansa teria preferido ter recebido o tio nos portões, mas eles tinham que os receber assim. Para demonstrar o poder que eles tinham e também, a menina pensou com tristeza, que os soldados e a Frey, não eram tão bem-vindos assim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Me digam.
Importante: Ah, estava pensando em fazer um capítulo com hentai(sexo bem detalhado digamos assim rs), porque umas amigas minhas pediram e algumas leitoras. Estou planejando fazer um capítulo todo sobre isso, com hentai dos vários casais da história, tudo dentro da trama. Vou fazer somente um capítulo porque tem gente que não gosta muito, então vai poder pular o capítulo que tiver hentai. O que acham?



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