O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 35
A pessoa por trás da voz


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Queria agradecer a todos os meus maravilhosos leitores que sempre me dão forças para continuar. Seus comentários alegram o meu dia e me deixam muito feliz. Amo todos vocês. Espero que gostem desse capítulo. Fiz com carinho para vocês. Boa leitura e nos vemos nos comentários. Abraços!



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Bran

Bran sentiu uma tristeza o invadir quando Melisandre perguntou se era Jon. Uma saudade dele o invadiu. Não somente de Jon, mas de todos os outros parentes também. Tanto dos que já tinham ido como dos que ainda viviam.

O menino conseguia ver todos através de seus muitos olhos. Conseguia ver o passado e o presente, porém, para sua tristeza não conseguia participar de nada. Ele via tudo como um fantasma.

Ele logo tentou afastar isso de sua mente. Ele havia feito a sua escolha e tinha sua missão a cumprir. Pelo menos durante seus sonhos e visões seu corpo mudava. Uma força antiga se apoderava dele e tudo mudava, até a sua voz, mas principalmente ele podia andar.

Melisandre

–Como você sabe meu nome? – perguntou antes que pudesse se controlar. Precisa falar alguma coisa pois o silêncio estava a perturbando ainda mais. A voz não havia dito mais nada depois de dizer que não era Jon. E a escuridão a deixava ainda mais aflita.

–Estive lhe observando através dos olhos dos represeiros. – disse a estranha voz –Observando todos vocês em Winterfell.

Um calafrio percorreu o corpo de Melisandre. Ela se lembrou do vento frio que havia apagado todas as velas e relacionou isso com o que a voz havia dito. Ficou com medo pois achava que a voz pertencia ao grande inimigo de seu deus. Talvez por isso ele não mostrasse o rosto e estivesse tudo escuro.

“Quando eu voltar para Winterfell,se voltar, vou mandar o Jon queimar todos os represeiros. Assim não vão poder ficar nos observando. Já devia ter feito isso...”- pensou Melisandre

–O tempo está acabando.- continuou a voz diante do silêncio dela – O mal está cada vez mais próximo. A batalha se aproxima. A Muralha não vai suportar por muito mais tempo, o inverno enfraquece os feitiços que a mantém erguida.

–Sei disso. E você vai perder. – falou ela com a voz firme, ou o mais firme que conseguiu, não iria demonstrar medo ou fraqueza na frente do inimigo.- O azor ahai renascido vai derrotar o seu exercito de mortos.

Bran

Bran não conseguia acreditar que a mulher havia achado que o Grande Outro era ele. Ele pensou que isso talvez tivesse ocorrido por causa de sua voz que estava grossa ou por causa do frio do local. Desde o começo algo lhe dizia que falar com ela não seria tão fácil e nem uma boa idéia, mas o tempo estava acabando e ele não tinha opção.

Antes de recorrer a ela, o menino tentou falar com Jon através dos sonhos dele, mas não deu muito certo, primeiro porque a mente dele estava cheia de preocupações e segundo por causa das diversas forças, tanto do bem como do mal, que povoam a Muralha. Por esse mesmo motivo ele não conseguiu falar com Daenerys através dos sonhos dela.

Na Muralha as forças do Grande Outro estavam fortes, apesar das magias que foram usadas para manter essa força do mal afastada, ela conseguia adentrar o local. E isso piorava cada vez mais com a aproximação da batalha.

Bran também pensou em falar com Arya, mas a mente da menina estava muito confusa. Ela havia mudado por causa do treinamento da casa de preto e branco e talvez ela não entendesse. Ele logo descartou seus outros irmãos, Sansa e Rickon, eles ainda não estavam prontos para o que viria. No fim restou somente Melisandre.

Foi meio difícil entrar em contato com a mulher, pois o poder de Bran vinha dos deuses antigos e o da mulher do Senhor da Luz. Quando ele entrou em seus sonhos a força do outro deus teve que sair. Isso com toda certeza gerou algumas conseqüências ruins para Melisandre. Principalmente o frio que surgiu com a ausência do calor do deus dela.

–Não sou o inimigo que pensa que sou. Estou do mesmo lado que você. Quero ajudar você e o Jon na batalha que está para ocorrer. – falou Bran e pensou na possibilidade de dizer logo quem era e mostrar seu verdadeiro rosto, mas não era seguro. Se ele falasse quem era para a mulher, quando ela acordasse iria contar para Jon e o primo, que ele considerava irmão, tentaria o encontrar. Bran sentia falta dos irmãos, mas não queria ser encontrado.

–Não sei quem você é, mas sei que não precisamos da sua ajuda. Tudo que precisarmos o Senhor da Luz nos dará.

“Está sendo mais difícil do que eu pensava. Essa mulher é teimosa. ”- pensou Bran tristemente, mas ele não iria desistir.

–Uma guerra não se ganha sozinho. Há apenas um inimigo e todos tem que se unir contra ele, pois caso contrario todos perecerão. Os filhos da floresta foram importantes na última batalha que teve contra os Outros e serão igualmente importantes nessa.

–Filhos da floresta? Eles não foram extintos?- a mulher perguntou meio confusa

–Não. Eles apenas se esconderam para baixo da terra... A eles pertencem a magia da terra e da vida. A eles pertencem o poder de controlar os animais e de compor a canção da vida. O Jon tem que se unir a eles e assim a vitória será mais fácil. Mas temo que o tempo esteja perto do fim.

–Também temo...- falou a mulher mais para si mesma do que para ele. – Perdemos muito tempo.

– Mas nem tudo está perdido. Você tem que se encontrar com o Jon o mais rápido possível. E acender a Luminífera enquanto há tempo. – falou Bran deixando transparecer um certo tom de censura pela espada ainda não está acesa.

A teimosia da mulher parecia ter sido substituída por uma súbita curiosidade. Ela parecia ver nele a chance de ter as respostas que ainda não tinha, isso se comprovou quando perguntou:

–Como faço para acender a espada?

–O dragão é a chave.

–O senhor da luz providenciou um dragão. O que da rainha Daenerys.- a mulher disse ainda tremendo de frio. O raciocínio dela parecia está ficando mais lento. Estava na hora daquele sonho acabar, a mulher estava lá tempo demais.

–Vá para a Muralha e encontre com o Jon e a Daenerys. Quando chegar lá saberá o que fazer, a Daenerys a ajudará a acender a espada lendária. Depois de feito isso a questão é encontrar os filhos da floresta, mas isso eu vou providenciar. - Bran fez uma pausa antes de continuar, pensando se realmente devia fazer o que ia fazer – Antes de ir queria que visse uma coisa. O local da morada do Grande Inimigo. O coração do eterno inverno.

O medo se apoderou dela, mas não somente dela. Bran ficou um pouco de medo. Ele ainda se lembrava da primeira vez em que havia visto o que se escondia atrás da cortina do fim do mundo. Além das terras mapeadas ao norte. Isso havia ocorrido um pouco depois da queda que deixou o menino aleijado. Na primeira vez em que o corvo de três olhos o visitou, mas mesmo tendo se passado um bom tempo as lembranças ainda estavam vivas.

–Antes de ir ver queria saber quem é você.

–O último vidente verde e responsável por cuidar dos filhos da floresta. – falou Bran com certa tristeza, pois falar isso o fez se lembrar da morte de Brynden,o corvo de três olhos e de toda a responsabilidade que tinha agora. Por isso logo tratou de mudar de assunto – Olhe para a frente. Mantenha seus olhos fixos para a frente e não desvie. Essa visão será importante.

Melisandre

Melisandre sem saber ao certo o porque obedeceu a voz e olhou para frente, sempre para a frente. E como em um passe de mágica tudo mudou.

A primeira coisa que ela viu foi a Muralha, onde Jon e Dany estavam. A visão que ela tinha era meio aérea, por isso conseguiu ver os patrulheiros andando por lá e Jon conversando alguma coisa com um deles. Ele tinha uma cara preocupada. Dany estava por perto, cercada de seus soldados e também parecia preocupada com algo.

Ao olhar para Daenerys, Melisandre se lembrou de quando ela a viu pela primeira vez. Naquele dia em que ela e Jon haviam chegado apressados em Winterfell. Do ciúme que nasceu em seu coração. Com o tempo ela havia aprendido a gostar de Jon, mesmo sabendo que Dany era mais digna dele do que ela. Por sorte a visão da Muralha não durou muito. Logo ela começou a ver as terras depois da Muralha. As vilas abandonadas, as florestas que diziam ser assombradas e tudo mais. Depois começou a ver ainda mais para o norte, até que chegou no coração do inverno, na cortina que separava a morada do temível deus do mundo dos mortais. Ela olhou além daquela cortina e gritou com o que viu.

Ela acordou de volta no quarto e sua cabeça doía muito. Abriu seus olhos com dificuldade e se viu cercada de pessoas que a olhavam de forma preocupada. Os dois meistres que estavam em Winterfell estavam lá. Assim como vários servos e servas.

Ela ainda sentia frio, porém sentia que o calor de seu deus voltava a preenche-la pouco a pouco. A visão da morada do inimigo ainda estava em sua mente e ficaria por um bom tempo, assim como aquela misteriosa voz presente no sonho.


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Notas finais do capítulo

Oiii, agradeço a todos que leram. O que acharam? Abraços e até o próximo.



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