O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 23
Sorrisos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Queria agradecer aos leitores fantasmas, sei que tenho muitos, por lerem e acompanharem. E queria pedir que comentassem, comentários sempre são especiais.
Obs: Esse capítulo vai seguir a história do livro. Vou falar um pouco da Senhora Coração de Pedra que é a versão revivida da Catelyn que aparece somente nos livros.



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Melisandre

Melisandre estava muito chateada de está voltando para Winterfell e de Jon está voltando também. Para ela o rei tinha que ter a ouvido e ter alterado seus planos de guerra. Agora não daria para ele conquistar o trono de ferro antes da batalha contra o Grande Outro. Isso teria que ficar para depois, talvez até para depois do inverno.

Dentro da carruagem, que os familiares de lady Joyeuse haviam lhe dado de presente, ela pensava sobre isso e sobre as visões que ela havia visto nas chamas. Uma delas, a mais recente, mostrava a vitória de Jon. Isso não foi surpresa para ela, pois a vitória já era esperada.

A visão da chamas realmente surpreendente foi uma que mostrava um anão, uma mulher de cabelos prateado chegando a Pedra do Dragão com três dragões. Melisandre sabia que essa mulher era a noiva de fogo que estava destinada a ser de Jon.

Enquanto pensava nisso, Melisandre se lembrou de algo que Jon havia lhe dito há tempos atrás. Em uma noite que ela havia falado sobre essa noiva. Ele havia dito que poderia ficar tanto com a noiva quanto com ela, pois ter duas esposas era um antigo costume Targaryen. Pensar nisso por algum motivo a fez sorrir.

Arya

Arya estava voltando para Winterfell. A carruagem já estava há alguns dias de distancia do castelo do qual saíram e parecia que nada de incomum iria ocorrer. Naquele momento um silêncio dominava o local e parecia ser a prova disso. Leena, a ama de leite de Bassie, havia conseguido fazer a bebê dormir e a própria moça parecia cochilar. Melisandre parecia perdida em seus próprios pensamentos e em um dado momento até sorriu sozinha. Um sorriso estranhamente sonhador.

Esse clima foi quebrado quando a carruagem em que estavam parou de repente. E vozes estranhas e irritadas surgiram do lado de fora.

Arya logo sentiu o perigo. Em um instinto desceu com a sua espada Agulha na mão. Melisandre tentou a segurar e alguns guardas também, porém nenhum conseguiu obter sucesso.

Quando estava do lado de fora. Arya logo entendeu o que ocorria. Eles estavam sendo atacados por foras da lei. Haviam lhes alertado quanto a isso. Eram tempos difíceis e grupos de foras da lei andavam a espreita.

Antes que percebesse Arya estava no meio da luta. Mas em um dado momento os fora da lei pararam de lutar e uma mulher usando um longo capuz se aproximou. Ela claramente tentou falar algo, mas tudo que se conseguiu ouvir foram barulhos ásperos que não diziam nenhuma palavra. Um homem traduziu o que ela disse, as palavras fizeram Arya se arrepiar:

– Filha.

–Mãe- falou Arya. A menina demorou a acreditar que aquela era sua mãe. Sua mãe que há tempos atrás fora tão bonita agora estava com o rosto desfigurado e andando com foras da lei. Mas apesar de tudo isso quando sua mãe estendeu os braços ela correu e a abraçou.

Os braços antes quentes agora estavam frios e pegajosos. Os cabelos antes de um ruivo brilhante estavam agora brancos e quebradiços. Arya ainda estava abraçada a ela quando viu um menino que a encarava. Gendry ainda possuía a mesma rebeldia em seus olhos. Arya tinha certeza que havia sido ele que tinha a reconhecido antes de todos.

Ela o abraçou por um longo tempo. Sob o olhar atento dos guardas e de Melisandre que havia descido da carruagem. Quando parou de o abraçar reparou que sua mãe estava indo embora para dentro da floresta. Juntamente com os outros foras da lei. Arya correu atrás dela e disse:

– Mãe, volte comigo para Winterfell! O Rickon e a Sansa estão lá. Eles não morreram.

A mulher que um dia foi sua mãe parou. E mesmo de costas, Arya podia reparar que ela estava chorando.

– Não posso. Você viu meu rosto, filha. Não posso voltar. É melhor eles acharem que morri... Porque no fundo aquela pessoa que eu era realmente morreu. – traduziu o homem que a acompanhava com tristeza na voz – Adeus filha, mas saiba que onde estiver estarei protegendo vocês.

Arya ainda tentou correr atrás dela, mas Gendry a segurou com mais força. A única alternativa que teve foi ver sua mãe se afastar aos poucos até virar somente uma sombra ao longe, entre as árvores.

– Você devia ir comigo para Winterfell. – falou ela para Gendry de forma repentina, ainda com lágrimas nos olhos.

– Posso até ir, mas você não pode me obrigar a virar um senhor.- falou ele com seu sorriso desafiador

– Não posso mesmo, até porque ainda não virei uma dama- falou Arya com um sorriso triste e dando um soco de brincadeira em Gendry.

Tyrion

Naquela noite quando Tysha finalmente dormiu ao seu lado, Tyrion sonhou com Rochedo Casterly. Sonhou que era novamente uma criança que brincava nas passagens secretas que somente ele conhecia. Passagens que levavam a toda parte.

Quando acordou desse sonho ainda estava escuro e todos no navio dormiam. Tysha parecia está tendo algum sonho ruim e se mexia muito ao seu lado. Olhar para ela o fez se perguntar sobre o quanto ela havia sofrido nesses anos.

Para afastar a mente desses pensamentos, ele passou a refletir sobre o sonho. Ficou pensando se no presente ele ainda conseguiria entrar em Rochedo Casterly por essas passagens secretas. Ficou pensando nisso até que amanheceu e eles chegaram em Pedra do Dragão.

Enquanto olhava para a terra que se aproximava Tyrion pensava a que casa pertencia Pedra de Dragão no presente momento. Mas depois de um tempo parou de pensar nisso, pois saber a que Grande Casa pertencia Pedra do Dragão naquele momento não tinha grande importância, pois durante a guerra os lugares passavam de mão em mão e nunca tinham um mesmo dono por muito tempo. O importante era conquistar o local o mais rápido possível.

A conquistar foi rápida. Bastou os responsáveis pelo castelo verem os dragões para se renderem e abrirem os portões. Naquela mesma noite todos estavam comemorando a vitória. A reunião que iria decidir os próximos passos seria somente no dia seguinte.

Tyrion abriu mão da comemoração e tirou esse tempo para ficar com Tysha em um dos quartos. Ficar com seu amor era mágico. Ele se sentia um grande homem quando estava com Tysha.

Mas ficar com ela também despertava seu desejo de vingança, pois se lembrava de como havia sido separado de forma tão cruel dela. Porém, Tyrion não sabia exatamente de quem se vingar, pois seu pai estava morto. Obra dele. Ele amava Jaime apesar de tudo, pois de qualquer forma foi ele que lhe falou a verdade. E Cersei, bem Cersei de qualquer forma iria pagar sem ter a mão dele. A única coisa que ele podia fazer era assistir.

Enquanto pensava nisso se lembrou de seu sonho com Rochedo Casterly. Talvez a maior vingança contra seu pai fosse ser senhor de Rochedo Casterly e tornar Tysha a senhora sua esposa, pois seu pai sempre abominou as duas coisas e tratou pessoalmente de tentar garantir que elas não ocorressem. Naquele momento soube que ele tinha que fazer isso e sorriu, um sorriso sonhador.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Obrigado a todos que leram, comentaram, favoritaram. Abraços