Smiths escrita por Breatty


Capítulo 13
Viagem - Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores! Vamos ao desfecho do sequestro. Mas antes eu queria dizer a vocês que estamos nos aproximando do fim da Fanfic. Antes de começar a escrever a fic eu já havia decido a quantidade certa de capítulos que ela iria ter e já tinha em mente também que essa seria uma fic pequena, mas com capítulos mais longos. E é com grande peso no coração que eu digo que esse capítulo é o antepenúltimo da fic. Enfim, vamos logo ao capítulo, espero que vocês curtam esses últimos momentos ao máximo!



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No dia seguinte John acorda bem cedo, tentou dormir à noite toda, mas sempre acordava assustado e não conseguia pegar no sono direito. Acorda pela manhã cansado, mas determinado, afinal após ligar para o Ed depois de ler o relatório, eles decidiram junto com a agência que iriam tentar resgatar a Jane naquele dia, mas antes precisavam descobrir em que lugar o Ben levou ela e isso sem dúvidas era a parte mais difícil, afinal eles não tinham uma única pista. De repente o celular de John toca e ele vira rapidamente na cama, batendo a mão no criado-mudo, pegando o celular e sentando na cama atordoado.

— Alô?

— John? – era Ben Tucker.

John suspira pesadamente e se enche de raiva.

— SEU DESGRAÇADO! – esbraveja. — CADÊ A JANE? SE VOCÊ FIZER ALGO COM ELA ACABO COM SUA VIDA SEU IDIOTA. CADÊ ELA?

— Calma, Smith... calminha aí. Abaixe seu tom de voz, no momento você não tem condições nenhuma de exigir nada. Entendeu? Eu que determino as coisas aqui. E você cala a boca e escuta.

— Diga logo o que você quer seu maníaco.

— Maníaco? Será que você e sua agência ainda não descobriram nada sobre mim? Vocês são bem espertos, acho que você está blefando e já sabe.

— Sim, eu já sei... já sabemos. E isso não muda o fato de que você é um maníaco nojento, e teu pai também. Na verdade, acho que você é o típico bebezão do papai.

— CALA A BOCA SEU PANACA. – grita. — Você quer ver sua princesa morta?

— Diga logo o que você quer, Ben. – sente um arrepio percorrer o corpo.

— Basicamente quero os códigos e as criptografias do sistema de inteligência da Swapte. Fácil.

— O quê? – ri sarcástico. — Acho que você enlouqueceu.

— Eu não estou brincando, John. Ou vocês me entregam isso, ou sua esposa vai pra merda, literalmente.

— Vocês não são capazes de desenvolverem códigos próprios? – provoca. — Já vi que são uma agência e tanto em. Incapacitados.

— Cara, qual o seu problema? Será que sua ficha não caiu ainda de que eu estou com sua esposa? Tenho uma arma e posso a qualquer momento apagar ela, mas antes claro irei aproveitar um pouco dela. Afinal ela é uma delícia.

— NÃO ENCOSTE NELA SEU DESGRAÇADO. EU APAGO VOCÊ, E NÃO VAI RESTAR NADA PRA CONTAR HISTÓRIA. – grita.

— Nossa, que medo John.

— Onde vocês estão? – pergunta com ódio.

— Vai me entregar o que estou pedindo?

— Como vou fazer para lhe entregar?

— Coloque tudo em um pen drive, todos os códigos e criptografias de segurança... e aí então eu retorno o contato. Você tem cinco horas pra fazer isso, e nem um minuto a mais.

— Cadê a Jane? – a voz falha.

— Está bem... está apagada no momento. Batemos um papo ontem, e ela é bem esquentada né? Garota impossível. – ri. — Quebrou meu nariz ontem, mas dei um tapa bem dado na cara dela. – diz satisfeito. — Depois apaguei ela novamente.

O estômago de John revira de ódio e ao mesmo tempo de pavor, imaginando aquele cara nojento batendo em sua esposa. Ele pensa no bebê e na saúde da esposa e não consegue manter a calma. Sente vontade de estrangular o Ben.

— Deixe eu falar com ela. – a voz treme.

— Não. – retruca. — Vou desligar. Faço o que lhe mandei. – desliga.

John joga o celular na cama e dá um murro na parede, sente a dor ecoar por seus ossos, mas ignora sufocado e dominado por todas as coisas que o Ben acabou de dizer. Ele pega o celular novamente e liga para o Ed.

— Ele acabou de me ligar Ed.

— Bom dia, cara. Quem?

— O Ben. Aquele desgraçado.

— O que ele queria?

— Já sei o que ele e a agência dele querem.

— O que John?

— Os códigos e as criptografias de segurança da Swapte.

— COMO É? – Ed grita, surpreso. — Esse cara é maluco!

— Ele disse que se eu não entregar, vai matar a Jane. – sussurra.

— Calma, cara... ele não vai fazer isso, vamos dá um jeito.

— Que jeito Ed? – fala mais alto. — Ele disse que eu só tenho cinco horas, pra pegar os códigos e as criptografias e colocar em um pen drive pra entregar pra ele.

— Cara...

— Não posso pensar duas vezes Ed, não com a Jane em perigo na mão daquele maníaco...

— Os chefes não vão querer entregar, John...

— Eu sei Ed, para eles o que importa é o sucesso da agência... eles pouco se importam com os agentes e associados. Mas eu não tenho escolha.

— Não é assim também cara... aposto que eles vão sugerir armar um plano pra resgatar a Jane, mas obviamente não vão pretender entregar os códigos e as criptografias assim de bandeja. Vai ser um resgate de agentes, como qualquer outro. Só que dessa vez os sequestrados estão exigindo algo, mas podemos enganá-los.

— Enganá-los? Como? – John escuta atentamente.

— Podemos colocar criptografias e códigos falsos no pen drive.

— Ed, você acha mesmo que eles vão ser enganados por esse truque barato?

— John, presta atenção, o cara parece ser um inexperiente... a agência é nova, e se eles querem roubar o nosso sistema de inteligência é porque provavelmente não são capazes de desenvolver um tão eficaz e seguro como o nosso, e logo não vão ter como avaliar completamente o que estão recebendo, até conseguirem fazer uma análise mais profunda.

— Entendi... mas estou achando isso muito fácil Ed. E se ele souber? Não posso correr um risco desse tipo, não posso deixar que algo aconteça com a Jane e com o... – ele lembra que o Ed ainda não sabe da gravidez.

— Com o?

— E como vamos fazer isso, Ed? – desconversa.

— Vamos fazer uma conferência aqui, com todos e principalmente com o pessoal da inteligência da empresa... e aí vamos definir o melhor plano pra resgatar a Jane.

— Ok. – suspira. — Ed, por favor, não demorem... não sei se consigo aguentar essa angústia por mais tempo. – desliga o celular.

Após mais ou menos quarenta minutos, a conferência inicia e estão presentes além da Jas, que está mais do que angustiada com o sequestro da amiga, e do Ed, o “pai”, a “mãe”, o Thomas e algumas pessoas do TI da empresa e da inteligência. John está sentado na cadeira em frente à mesa do quarto e com o notebook sintonizado no programa interno de conferências da empresa, ele escuta tudo atentamente, e só quer que definam logo o que fazer para resgatar sua esposa. Após quase quinze minutos de conversa e suposições eles decidem incialmente que vão colocar dados e criptografias de segurança falsos em um pen drive que vai conter um sistema de identificação de localização, que vai ajudar a identificar o local da sede da agência inimiga no momento em que colocarem o pen drive no sistema para puxar os dados, mas isso é um plano secundário para liquidar com a agência concorrente posteriormente. No meio da reunião o celular de John toca e ele atende, era Ben novamente... ele passa instruções de como irá proceder o resgate, e todos na sede ficam em silencia ouvindo a conversa através do viva-voz do celular no telão da sala.

— COMO ASSIM? – John berra surpreso. — VOCÊ NÃO VAI SOLTAR ELA SEU DESGRAÇADO? VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COMIGO?

— Não grite, John. É feio. – suspira. — Não é que eu não vá entregar ela para vocês, mas primeiro vou precisar testar o pen drive que vão me entregar... você sabe né, talvez vocês queiram passar a perna em mim. Não sou tão burro assim.

— E o que você pretende fazer, Ben? Já não é suficiente ter o pen drive? O acordo não era esse!

— Primeiro, eu não tenho acordo nenhum com você, afinal quem manda aqui sou eu e você apenas obedece. Se eu estou dizendo que vai ser assim, é porque vai ser assim.

John sente vontade de gritar e berrar, mas pensa na Jane e se controla vendo o pessoal na sede encarar atentamente o telão escutando tudo. Ben continua.

— Então vai ser assim: A Jane vai comigo no carro até o nosso ponto de encontro, vou levar um aparelho comigo e vou testar o pen drive na hora, se estiver correto entregarei ela a você, do contrário você já sabe o que vai acontecer. Por isso, não tente fazer nenhuma brincadeirinha... sei que você já deve ter falado com sua agência de merda, e que provavelmente vai envolvê-los, mas eu digo: cuidado John, qualquer passo fora da linha, sua esposa vai rodar. É a vida dela que está em jogo.

— Eu já entendi. Não se atreva a fazer nada com ela, o que você pediu vai estar nas suas mãos. – tenta ser cauteloso.

— Eu espero, John, afinal seria um desperdício fazer algo com sua esposa... ela é maravilhosa, gostosa, atraente e bem cheirosa. Acho que devo deixar ela tomar um banho, não? – sorri. — Mas não pense que isso significa que ela não está cheirosa, de maneira alguma, o perfume dela é doce e já está impregnado nela, ela é sempre cheirosa. – John engole em seco e suas mãos se apertam, nervoso.

— Cadê ela? Ela está bem? – ele fica vulnerável por alguns segundos.

— Deve estar. – ri. — Então vamos ao que interessa, vou aumentar um pouco o prazo pois tive uns imprevistos, então hoje as 21h na estrada abandonada na saída da cidade... quando chegar lá me espere, você verá na hora que eu chegar. E se quiser tua esposa viva mantenha descrição, pois ali às vezes passa carro e as pessoas são curiosas... só pra deixar claro nem me preocupo com a polícia, afinal sei que você também não, pois polícia não pertence ao nosso ramo. – ri. — Só pra reforçar: ou você faz o serviço certo ou mato sua princesa. Ok? Não me leve a mal, mas faz parte da negociação eu reforçar isso, só pra você ficar mais prestativo, digamos.

— VOCÊ É UM BABACA. – John estoura. — VOCÊ MEXEU COM A PESSOA ERRADA, BEN.

— Já disse pra não gritar. – John escuta passos do outro lado da linha. — Olha John, sua mulher acordou novamente. Linda como sempre, mas o rosto está meio marcado ainda do tapa.

— JANE? – berra desesperado. Todos na sala de reunião da sede arregalam os olhos apreensivos, Jas olha pra Ed e aperta disfarçadamente a mão dele por baixo da mesa.

É o John? Me deixa falar com ele! – John escuta Jane falar, com uma voz ansiosa, ao fundo da linha, e os saltos do sapato ecoam pelo piso que provavelmente é de madeira.

— Não, querida. Vai querer ser sedada novamente? – Ben diz sarcástico para ela e John sente uma vontade enorme de segurar a garganta dele e estrangular até conseguir esmagar seus ossos com suas próprias mãos.

— JANE, JANE AMOR, VOU BUSCAR VOCÊ. AGUENTE FIRME, VOU BUSCAR VOCÊ. – grita, enquanto escuta passos ecoando pelo piso do outro lado da linha e coisas caindo no chão. A ligação é finalizada.

— DROGA! – John grita e bate na mesa e o notebook pula com a pancada.

— John, calma, vai dá tudo certo. – Jas tenta tranquilizar ele.

— Vamos definir logo isso. – retruca determinado, e com os olhos cheios de ódio e medo ao mesmo tempo.

O plano principal é: John vai entregar o pen drive a Ben no local escolhido por ele, e uma dupla de dois agentes estará à espreita por perto na região do matagal. Enquanto Ben estiver testando o programa no tal aparelho que vai levar, os agentes irão cercar o carro e atirar nele, e o plano é atirar pra matar.

— Vocês não acham que isso tudo está muito fácil não? – John questiona impaciente. — Ele pode ser inexperiente e panaca, mas o pai dele e o pessoal da agência devem ter pelo menos um pouco mais de experiência e ele não vai estar sozinho nessa lá na hora.

— Então você acha que eles provavelmente vão levar alguém com ele? – é Thomas que fala.

— Claro, nós estamos levando os nossos, não estamos? Acredito que eles possam estar fazendo o mesmo. Provavelmente os caras devem se posicionar para me cercar, e para atirar caso as coisas saiam do controle.

— Bem, não vai ter jeito John, o plano não pode mudar, a única coisa que podemos modificar é a posição tática do Thomas e do Bryan. Eles precisam se posicionar em direção aos supostos outros agentes da outra agência, e ao mesmo tempo em direção ao Ben.

— Do Ben pode deixar que eu cuido. – John diz sombrio.

— Não acho que é uma boa ideia você participar dessa forma da missão, John. – a “mãe” se pronuncia, atraindo a atenção de todos. John revira os olhos.

— Vocês não vão me impedir de fazer isso... é a minha esposa, e aquele desgraçado é meu. Eu vou participar, eu tenho que participar, quer vocês queiram quer não. – diz sério. A “mãe” e o “pai” se entreolham e dão um ok a John com um aceno de cabeça de leve.

Eles terminam de acertar os detalhes: o Thomas e o Bryan que participarão dá missão vão pegar um voo privado de urgência até Atlanta e chegarão a tempo da hora combinada da operação. O plano basicamente permanecerá o mesmo, a diferença é que agora é John que vai ficar responsável por atirar no Ben enquanto os dois agentes vão monitorar os outros agentes rivais que provavelmente devem permanecer escoltando a área também. Eles encerram a transmissão e John decide descer para falar com os pais, e tentar comer alguma coisa afinal a barriga estava vazia e ele já se sentia meio fraco. Ele entra na cozinha e encontra sua mãe ao fogão, provavelmente preparando o almoço.

— Filho, bom dia ou boa tarde. Cadê a Jane?

— Ah, ela está dormindo mãe.

— Ah, então ela voltou ontem a noite?

— Claro mãe! Só que ela não dormiu muito bem a noite, aí acabou pegando no sono praticamente agora de manhã, então vai dormir por um longo tempo.

— Ah. – Sarah encara o filho. — Vocês se acertaram?

— Sim, mãe. Foi uma briga besta sabe. Estamos bem. – sorri sem graça.

— Que bom meu amor! – passa a mão delicadamente pelo rosto dele. — Quer almoçar já?

— Vou aceitar. Vou comer um pouco e depois como melhor quando ela acordar.

Sarah assente com a cabeça e serve o filho. Ele come rapidamente e depois se despede dizendo que vai dormir um pouco novamente. Ela franze as sobrancelhas, mas decide não questionar e apenas sorri.

A tarde se arrasta, John olha toda hora o relógio e as horas demoram a passar. Ele tenta se preparar psicologicamente para a missão, e isso nunca foi problema para ele, mas agora era diferente afinal sua vida estava em risco, e com vida ele queria dizer Jane.

Ás 19h ele recebe uma ligação do Ben, dizendo apenas: esteja preparado. Depois, ás 20h, ele recebe uma mensagem avisando que o Thomas e o Bryan já estão em Atlanta e esperam para encontrar ele em um café no centro da cidade. Ele se troca e respira fundo, abre a porta e saí na ponta do pé pelo corredor tomando extremo cuidado para não chamar a atenção dos pais, ao descer as escadas ele escuta um total silêncio e então saí em disparada pela porta da rua, pega o carro e saí devagar, quando se afasta mais da casa ele arrasta com toda velocidade. Após dez ou quinze minutos ele chega no bar, entra como quem não quer nada e senta na mesa do Thomas e do Bryan.

— Tudo certo, John? Nós estamos prontos já. – Thomas aperta a mão do John, e Bryan faz o mesmo.

— Sim. Estou pronto. Vamos indo?

— Sim. O armamento está no carro, vamos até lá para a gente te passar o colete, a arma e as munições – agora é Bryan que fala.

— Agora, me escutem por favor, se algo der errado eu quero apenas que vocês se preocupem em salvar a Jane, ok?

— John...

— Eu não quero ouvir, e eu não quero saber... eu só peço que vocês escutem o que eu digo. Se algo der errado esqueçam todo o resto, e apenas corram para resgatar a Jane. Eu conto com vocês.

Thomas e Bryan se entreolham e assentem com a cabeça. Eles levantam determinados e vão até o carro, John carrega a arma com munição e coloca o colete. Guarda a arma nas costas e o resto das munições no bolso do colete. O colete era dos bem finos, desenvolvidos especialmente para serem totalmente camuflados dentro da roupa, e ninguém conseguia perceber de fora. John entra no carro e o Thomas e o Bryan seguem em outro carro. Chegando na estrada John reduz a velocidade e vai se aproximando do ponto de encontro, o local estava escuro e apenas o farol do carro iluminava a frente da estrada. Thomas e Bryan vem por um outro caminho, deixam o carro do outro lado da estrada e andam pela mata já equipados e se escondem no meio do mato. John encosta o carro e desliga, deixa o farol ligado e o ar condicionado também, ele observa a estrada deserta e lembra dos filmes de terror, olha para o lado tentando achar Thomas e Bryan pelo mato, mas está tudo muito escuro e as plantas estão muito altas. Faz frio e ele esfrega as mãos tentando se aquecer, permanece dentro do carro tenso e ansioso, atento a qualquer barulho diferente. Os minutos passam e finalmente o relógio marca 21h, ele sente o coração apertar e bater mais forte, sente como se fosse sua primeira missão e estivesse totalmente despreparado e angustiado. De repente ele escuta um barulho de motor de carro e observa um carro vir lentamente com os faróis apagados, o carro para em frente ao seu e ele não consegue distinguir nada dentro dele, pois os vidros eram muito pretos e a iluminação não ajudava. Ele permanece com o farol ligado e o Ben desce do carro vestido com um terno casual e com o cabelo revolto, ele caminha calmamente até a frente do carro sob a luz do farol e John então solta do carro e anda na mesma direção. Apesar da iluminação ele consegue distinguir perfeitamente as feições estranhas e o olhar estranho do Ben. Ele sente suas mãos coçarem e seus olhos tentam achar a Jane dentro do carro, sente o coração quase sair pela boca e cada vez que olha para o Ben o ódio domina cada canto do seu corpo.

— Cadê ela? – diz apreensivo, mas por fora está com uma aparência impassível.

— Primeiro o pen drive.

— Traga ela aqui pra fora, então.

— Não é você que dá as ordens aqui.

— Eu trouxe o que você pediu, e não vou mais aturar suas determinações. – encara ele. — Traga ela aqui pra fora. Agora.

— Nada verdade eu não a trouxe comigo. – sorri.

— O QUÊ? – John arregala os olhos e esbraveja. — CADÊ A JANE SEU MISERÁVEL?

John já estava quase partindo pra cima dele, mas na hora o Ben levanta as mãos e dá um passo pra trás, balançando a cabeça negativamente com um sorriso vitorioso no rosto.

— Calminha aí John. Sua mulher está comigo, esqueceu? Qualquer coisa que você fizer contra mim, vai atingir a Jane lá onde ela está. Eles estão sob aviso.

— Eles? Mais agentes? Ou capangas de seu pai, igual a você?

Ben fecha a cara e tira do bolso um pequeno aparelho portátil, para leitura do pen drive e decodificação dos códigos.

— Passa pra cá logo esse pen drive. Vamos acabar logo com isso.

John segura o pen drive, mas continua na mesma posição.

— E a Jane?

— Assim que eu verificar os arquivos do pen drive, e se estiver tudo correto, digo a você onde ela está e você vai buscar sua gatinha.

John fica preocupado, pois no momento que o Ben plugar o pen drive e fizer os testes que provavelmente devem ter ensinado a ele, vai descobrir que os arquivos não são verdadeiros e consequentemente ele não vai conseguir saber onde a Jane está. Ele fica confuso e tenta pensar em uma solução, mas a única sem dúvidas é atacar e fazer o Ben de refém para que ele o leve até a Jane, e quando chegar lá ele, o Thomas e o Bryan vão atacar quem quer que esteja lá protegendo o lugar. Ele então entrega o pen drive ao Ben e ele pluga no aparelho, enquanto permanece encarando a tela, John observa Thomas se aproximar e faz um sinal com a mão: ele fecha a mão em formato de murro, e na linguagem dos agentes isso significa que é hora de atacar o inimigo. Bryan então levanta e faz a cobertura de Thomas, de repente algo aparece na tela do aparelho e o Ben faz uma cara feia e no momento que olha para o John para dizer alguma coisa, o Thomas dá um tiro na perna do Ben e ele caí se segurando no capô do carro.

— MERDA! – Ben esbraveja de dor. — EU DISSE PRA VOCÊ NÃO FAZER NENHUMA MERDA SMITH!

John se aproxima e coloca o cano da arma na testa dele, pressionando com força até fazer a cabeça dele inclinar.

— E VOCÊ FAZ O QUE AGORA, SEU PANACA? VAI AVISAR A QUEM? – pressiona mais a arma. — SE VOCÊ FIZER QUALQUER COISA, EU ESTOURO SUA CABEÇA AGORA MESMO.

Bryan e Thomas revistam Ben, enquanto ele permanece agachado na frente do carro.

— Você é bastante burro mesmo. Não é possível que você veio até essa estrada desprotegido desse jeito... não imaginou que eu iria trazer alguém, Tucker?

— A missão era exclusivamente minha, eu precisava provar para o meu pai que era capaz e ele só designou alguns agentes para vigiar a Jane. Mandou eu vir sozinho. – diz pensativo. — Mas eu não ligo, eu sou capaz. E vou acabar com vocês.

— Ah vai é? Como?

Ben faz menção de que vai pegar uma arma, mas John pisa na mão dele e depois dá um murro no nariz dele. O nariz que já estava quebrado começa a sangrar e é possível ver o osso fora do lugar.

— Vamos logo, você vai me levar até a Jane.

John puxa Ben pelo braço com a ajuda de Thomas, joga ele no banco do motorista e se acomoda no lado do carona, aponta a arma pra testa dele e manda-o dirigir até o local. Thomas e Bryan permanecem no banco de trás de guarda.

— Quando chegar lá eles vão acabar com vocês. – Ben dirige.

— Ok, vamos ver quando chegar lá.

O local era muito perto, depois de cinco minutos o carro se aproxima de uma casa com uma aparência acabada e antiga, com as paredes mofadas e as luzes de fora todas apagadas. John manda ele ir devagar e que estacione na frente da casa, normalmente. Thomas e Bryan sobem rapidamente e silenciosamente a escada de madeira da entrada, com metralhadoras em punho, enquanto John vem atrás com o Ben em sua frente sob a mira de sua arma. Eles chegam na porta e John manda ele bater e anunciar que é ele, e de repente na hora que passos ecoam perto da porta, Ben grita para quem está lá dentro: Matem ela! E tudo acontece muito rápido: Thomas e Bryan invadem a casa, arrombando a porta e as janelas, John dá um tiro no pescoço do Ben e ele caí apagado na porta. Eram dois caras que estavam dentro da casa, e Bryan e Thomas entram em luta corporal com os dois até John entrar na casa e atirar na cabeça de ambos os caras, depois ele corre pela casa e grita o nome da esposa procurando nos primeiros cômodos. Ele então chega em um quarto escuro e abafado com cheiro de mofo e encontra a esposa deitada no sofá apagada, ele sacode ela desesperado e o pânico toma conta de seu corpo quando ele pensa que ela pode estar morta. Ele carrega ela até a sala e a coloca deitada em outro sofá. O rosto dele está tenso, ele verifica o pulso dela e a respiração e fica aliviado ao perceber que ela provavelmente está só desmaiada.

— Toma, John, coloca ela pra cheirar esse álcool aqui. – Thomas entrega a ele uma garrafinha pequena com um pouco de álcool.

— Os dois capangas estão mortos, e o maluco ali também. Tiro certeiro John. – Bryan diz parado na porta.

John assente com cabeça e coloca a garrafa de álcool no nariz da esposa, e aos poucos ela vai se mexendo até abrir os olhos, encontrando o rosto sorridente do marido encarando ela. Ele sorri e passa a mão pelo rosto dela, ela encosta a cabeça no peito dele e suspira.

— Vim buscar você, meu amor. – John sussurra emocionado. — Espero não ter demorado muito. – brinca, e ela sorri em seu peito.

— Não, tempo perfeito. – sorri.

Ela senta no sofá e eles se abraçam apertado, nesse momento Thomas e Bryan saem da casa para dar mais privacidade ao casal. John alisa as costas dela e enfia o rosto no pescoço dela, ela aperta os braços dele e respira tranquilamente se sentindo segura. Eles se beijam, um beijo delicado, suave e apaixonado, sem muita pressa... um beijo de reencontro cheio de saudades, um beijo leve e emocionado... seus lábios se encontram e se moldam tranquilamente. Depois de finalizar o beijo John alisa a barriga dela fazendo ela sorrir, ela coloca a mão em cima da mão dele e assente com a cabeça, dizendo que o bebê está bem e tranquilo dentro dela.

— Você está bem? Está machucada?

Ele observa o corpo dela, passando a mão pelos seus braços, procurando algum machucado ou coisa parecida.

— Estou bem... meu rosto doí um pouco do tapa que aquele maluco me deu, mas o resto está tranquilo. Estou morrendo de fome.

— Você não comeu nada?

— Não, não podia me arriscar comendo as coisas que ele me oferecia. Não sabia se ele tinha colocado algo dentro, fiquei preocupada por causa do bebê.

— Vamos então... vamos pra casa, e lá eu peço algo pra você comer. Acho que não é uma boa ideia irmos comer fora agora, você precisa de repouso.

— Sim... – olha na direção da porta. — Como foi que vocês conseguiram enganar ele?

— Não foi tão difícil Jan, ele é muito despreparado e tudo que fez foi motivado pela vontade de obter a aprovação do pai. Então o lado emocional dele estava muito envolvido, e eu não vou julgar ele por causa disso afinal o meu também estava, mas diferente dele eu sei conciliar as duas coisas. Ele é um maluco, instável e afetado. Estou morrendo de ódio dele, ele teve o que mereceu.

— Obrigada por me salvar. Provavelmente não conseguiria sozinha, dessa vez não.

— Por nada. – sorri. — Faço tudo por você, Jan. Sempre.

Ela sorri carinhosa e dá um selinho nele.

— Idem. – ela sorri.

— Vem, vamos logo. Vamos voltar pela estrada para poder pegar os carros que deixamos lá.

Eles saem da casa e Jane cumprimenta Thomas e Bryan e agradece pela força. Eles vão até a estrada no carro de Ben para pegar os dois carros que ficaram lá, Bryan e Thomas voltam direto para o aeroporto pois o jatinho da empresa esperava por eles, e Jane e John seguem para a casa dos pais dele. Durante o trajeto Jane cochila no banco do carona enquanto John dirige com uma das mãos apoiada protetoramente na coxa dela.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal, gostaram? Espero que sim, beijocas. ♥