Tatsumi: Onde eu estava mesmo? – O mordomo não precisou ser lembrado, pois teve um insight repentino. – Ah, é, nos escorpiões… Os índios decidiram levar os escorpiões, eles não tinham escolha mesmo né, igual meu episódio com a lasanha.

Seiya: Chega dessa lasanha Tatsumi! Eu quero saber o que aconteceu.

Tatsumi: Apressado come cru e quente, passa mal, tem disenteria e morre.

Shun: Nossa, Tatsumi, que coisa gore…

MdM: Peraí, você caga correntes e isso aí que é gore?

Shaka: Ikki, to te dizendo pra levar essa coisa pra o psiquiatra. O menino não é normal! E eu não vou dar a minha armadura enquanto isso não for resolvido.

Tatsumi: O Shun é uma bicha, acostumem-se. – Ikki teria interrompido Tatsumi, se isso não fosse verdade. – O fato é que os índios levaram os escorpiões até a ilha e lá encontraram um homem. Esse homem era o pai deles.

Afrodite: O Saga de novo?                                                                                          

Saga: Essa praga gostou de mim, hein... – Falou enquanto apontava para Tatsumi.

Tatsumi: Não é o pai dos índios. É o pai dos escorpiões.

Camus: Mas como pode um homem ser pai de escorpiões?

Tatsumi: Era o pai adotivo. De qualquer jeito, os escorpiões correram para o homem gritando: “Papai! Papai! Papai!”- Enquanto imitava os escorpiões, Tatsumi fez uma vozinha bem gay.

Shiryu: Os escorpiões falam?

Tatsumi: Sim, eles são mágicos.

Hyoga: Grande novidade…

Tatsumi: Se você não calar a boca, eu calo e aí quero ver alguém mais contar um estória tão boa quanto essa! –Isso foi o suficiente para fazer o russo se calar. Por mais esdrúxula que a estória fosse, estava distraindo a todos e mesmo que o trânsito estivesse andando, não estava lá nenhuma maravilha. Quer dizer, provavelmente uma tartaruga manca conseguiria ultrapassá-los sem grandes problemas.

Miro: Agora todo mundo tem de ficar quieto, pois essa é a melhor parte da estória.

Tatsumi: O homem virou para os índios e disse: “Muito obrigado por terem trazido os meus filhos. E como eles prometeram, não irão machucar vocês. Mas eu não prometi nada, então preparem-se para morrer.”

Aldebaran: Pô, mas que filho da puta, hein...

Tatsumi: É... é… Isso aí. Um filho da puta. Ahhh… Os índios derrotaram o cara e passaram.-

Miro: O que? Mas isso é impossível. Não vai me dizer que um cavaleiro de ouro foi derrotado por cinco cavaleiros de bronze.

Saga: Lá vai... – O geminiano pareceu perdido em uma memória distante.

Shun: Mas, Miro, são índios e não cavaleiros...

Miro: Mas sério? Mas não vai dizer que um guardião poderoso foi derrotado por cinco meros índios!

Tatsumi: Mas foi o que aconteceu! Já aconteceu antes, qual foi a surpresa?

Miro: Mas é impossível um guardião poderoso ser derrotado por cinco meros índios!

Saga: CHEGA!!! Eu me recuso a ter essa conversa novamente! Sou seu chefe, to mandando você derrotar os merdinhas e é o que você vai fazer! E se disser que é impossível um cavaleiro de prata ser derrotado por cinco cavaleiros de bronze, de novo, eu te arremesso na dimensão mais remota que eu conseguir criar, tranco a porta e jogo a chave fora! (*1)

 Todos olharam chocados para o cavaleiro de gêmeos. Para um homem razoavelmente calmo, Saga tinha se estressado para nunca mais se estressar na vida. Ele estava de pé, meio curvado, pois havia batido a cabeça no teto ao se levantar.

Mu: Tá tudo bem... Saga...? – O ariano expressava preocupação com o amigo. Mas também estava querendo saber se seria necessário se teletransportar para o mais longe possível. O ex-mestre do Santuário suspirou, irritado, antes de responder.

Saga: Tá, tá tudo bem… - Dizendo isso, sentou-se novamente, observando o rombo que tinha feito no teto durante sua explosão.

Aioros: Ohhhkay… E aí, o que aconteceu? – O salvador de Atena tentava disfarçar mas estava curioso em relação a sua participação na estória.

Tatsumi: Bom, os índios chegaram na próxima ilha e descobriram que era um deserto, um deserto bem grande e não dava pra ver nada além de areia para qualquer lado que eles olhassem.-

Afrodite: E os bichinhos?

Tatsumi: Que bichinhas? O Shun tá aqui!

Shun (com lágrimas nos olhos): Ikkiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – O cavaleiro de Andrômeda sacudia o ombro do irmão desesperadamente, esperando algum tipo de defesa.

Ikki: Shun... vai dormir… - A verdade era que o cavaleiro de fenix estava tão irritado que não se importaria se chamasse a mãe dele de vadia, o pai de bicha, a tia de velha e a avó de gorda. A essa altura do campeonato, ele só queria sair da van e voltar para o seu esconderijo obscuro, SOZINHO.

Seiya: Mas o Afrodite também está aqui. O Misty é que eu não sei onde está.

Afrodite: COMO ASSIM?! Tá insinuando que eu sou bichinha?! Saiba que bichinha é a mãe.

Aldebaran: Mas Dite, você tem que entender que não é um homem muito másculo.

Afrodite: Eu sei que eu não sou másculo. Eu sei que eu sou gay! Eu já tentei conquistar todos vocês aqui! – Olhares de nojo passaram pelos cavaleiros. – Mas eu não aceito que me chamem de bichinha. Eu não sou bichinha! Eu sou um homem gay, homossexual, bicha louca, muito diva! Mas não sou bichinha!

Aldebaran: Pior que é mesmo.

Tatsumi: Dá pra ser...? – O mordomo olhava para a cena com cara de cú. – E de que bichinhos você tava falando?

Afrodite: Ué, os bichinhos mágicos.

Hyoga: Você vai ter de ser mais específico…

Afrodite: O cavalinho, o dragãozinho e a mulherzinha estranha pequena.

Tatsumi: Ahhh os bichinhos do sexto sentido!

Afrodite: É, isso mesmo.

Shaka: Mas a anã é uma inútil. Ela não fez nada, nem falar ela fala.

Tatsumi: É porque ela é surda e muda.

Shaka: A privação de sentidos não torna a pessoa um ser inútil. Ela poderia ajudar com as lutas.

Tatsumi: Não, mas ela não pode ajudar nas lutas-

Camus: Mas por que não?

Tatsumi: Porque... porque… ela não tem braços.

Mu: Ela não tem braços?! Como assim ela não tem braços?!

Kanon: Mas ela ainda pode chutar. Ou vai dizer que ela não tem pernas?

Tatsumi: Pois é... ela não tem pernas também não.

Shura: A mulher é um cotoco?

Tatsumi: Ahhh, é.

Shura: Mas como ela andava?

Tatsumi: Ela ia rolando.

Shura: Rolando? Jura? Você tá de sacanagem...

Tatsumi: É, rolando... tanto faz… posso continuar? – Quando os ânimos se acalmaram, continuou. – Bom, Alê, Alex, Alexei, Alexan e Alexia caminharam nesse deserto. E tava muito quente, mas eles continuaram caminhando. E mesmo sentindo muito calor, eles caminharam mais.

Kanon: Mas porra, eles só fazem caminhar! Daqui a pouco o pé deles fica podre e cai.

Tatsumi: Mas eles continuaram caminhando, só que o pé deles não caiu. Eles tavam quase chegando no final do deserto e Alê disse: “Não é possível. Isso está fácil demais! Tem que ter uma pegadinha.” Então eles chegaram no final do deserto. E era isso aí e eles foram embora. – O cavaleiro de sagitário encarava o mordomo com um sorriso paralisado, de forma assustadora.

Kanon: Jura, Tatsumi, é isso?

Tatsumi: É.

Saga: Você não vai dar nem uma ilha pro coitado? – Os gêmeos riam escrotamente.

Aioria: Mas ele salvou a Atena!

Tatsumi: Ué, não é minha culpa que ele morreu! Não tenho material o suficiente para fazer um capítulo sobre ele. (2)*

Aioros: VOCÊ PRECISA ESTAR DE SACANAGEM COM A MINHA CARA! – O sagitariano descongelou repentinamente, e seu sorriso se transformou em uma ira implacável. – EU SALVEI ATENA! EU SOU A PORRA DE UM MÁRTIRE! SE NÃO FOSSE POR MIM, NÃO TINHA HISTÓRIA! TÁ BOM, AQUELES DOIS ALI AJUDARAM, -  apontando para os gêmeos. – MAS VOCÊS SÃO UNS MERDAS E CADA UM GANHOU UM CAPÍTULO, - Mu tentou se pronunciar nesse momento, mas Shaka segurou seu ombro, impedindo-o de fazê-lo. – E EU NEM ISSO! AS AUTORAS TIVERAM QUE ME EXPREMER NO FINAL DESSE! MEU IRMAO É UM BOSTA E TEVE UM CAPÍTULO PRÓPRIO! – Aioria pareceu surpreso e ofendido. – NEM AS MINHAS ARMADILHAS APARECERAM, NEM ISSO! E EU TIVE UM TRABALHO DA PORRA PRA COLOCAR AQUELAS MERDAS SÓ PRA NÃO DEIXAR A CASA DE SAGITÁRIO DESPROTEGIDA! – Todos, exceto os gêmeos que ainda riam escrotamente, olhavam surpresos para Aioros.

Seiya: Tio, quer um biscoito...? – Aioros olhou para o pacote de biscoito estendido, pegou um, colocou na boca, o engoliu sem mastigar, porque ele é macho assim, e fixou seu olhar na paisagem, serenamente.

Shiryu: O pessoal tá começando a se estressar né... que tal uma parada para respirarmos um ar puro?

Dohko: Ótima idéia! Assim todos se acalmarão.

Mu: Nossa que gentinha bipolar… - E dessa forma a idéia de parar foi acatada por Tatsumi pois precisava de um tempo para ter inspiração para o resto da estória e estava com medo da ira dos cavaleiros de Atena.

Tatsumi (pensando): Eles podem ser assustadores quando querem... até o bichinha, quer dizer, o bicha. Louca. Diva.