Quando ele não terminou o que ia dizer eu vi que tinha algo errado.

— Tudo bem, podemos mudar de assunto.

Ele não respondia. Estava preso no pensamento. Eu precisava tirá-lo de lá porque ele não prestava mais atenção na estrada.

— Paul, ei.

Instantaneamente as lágrimas começaram a jorrar.

— Paul! — insisti.

Meu coração gelou, minhas mãos ficaram dormentes. A pista era direta, mas ele continuava ali, no limbo de seus pensamentos.

O descuido do moreno tinha durado pouco mais de quinze segundos, mas ele recobrou a consciência tarde demais para notar a árvore que estava no caminho. E eu estava preocupado demais em fazê-lo acordar que nem reparei também.

Batemos.