Um maravilhoso dia nascera na antiga Hogwarts. Eu estava absolutamente (in)feliz. Meu dia não poderia ter começado melhor. Atrasada para o café da manhã, eu mau consegui comer um pãozinho. E agora eu estou indo para a primeira aula do dia, Poções com a Grifinória. Nada melhor para o meu dia do que Rony Weasley logo de primeira.

As masmorras estavam tão frias quanto de costume. Assim como seu mestre, professor Severus Snape. Eu particularmente adora as aulas do professor Snape. Talvez porque eu tenha talento para poções, e também porque o professor adore agradar seus alunos e tirar pontos, principalmente, da Grifinória.

– Muito bem, senhorita Volsttag, dez pontos para a Sonserina. – Eu disse que era boa.

– Parece que encontramos alguém mais inteligente que você Hermione. –mesmo sendo um sussurro, eu pude ouvir, já que estava ao lado de Rony enquanto ele falava.

– Calado, Ronald. – espinhou a garota azeda. Ah, o amor, o amor.

– Parabéns Volsttag, já está sendo citada nas briguinhas do casal. – senti um ar quente na minha nuca e um arrepiou percorreu minha espinha quando senti aquele hálito de hortelã tão próximo a mim. Recusei a responder, porém, não me contive e acabei virando o rosto, nossos lábios estavam tão próximos... eu podia sentir seu hálito quente batendo contra meus lábios... tão próximo...

– Sua poção, senhor Malfoy. – pigarreou o professor Snape. Despertando-me dos meus impulsos incontroláveis, virei-me para frente e pude sentir quando ele se afastou, deslizando as mãos propositalmente nas minhas costas. O que foi isso? Estou tão surpresa quanto vocês, acreditem. Virei meu rosto para o lado distraidamente, já havia terminado minha poção e estava esperando a aula chegar ao fim. Porem quando virei minha cabeça lentamente para a esquerda, pude sentir alguém me observando as costas. Virei o rosto e vi que era O trio de ouro. Sorri para Rony. E ele desviou os olhos voltando a encarar a poção. Aquilo me deprimiu, não sei o porque, mais fiquei triste por ele me ignorar daquela maneira. Hermione e Harry ainda me observavam, encarei aqueles olhos verdes brilhantes e ele sorriu de leve, eu sorri triste e virei o rosto, podendo ver antes Hermione juntar as sobrancelhas, em sinal de raiva talvez?

Enquanto descia as escadas que davam nas masmorras, para ir para minha próxima aula, senti mãos em minhas cinturas. Ótima, por mais estranho e rápido, acho que meu plano de ignora-lo estava dando certo. Que ágil. Muito rápido isso. Chega a ser suspeito.

– O que você quer? – perguntei seca, por fora, por que eu estava começando a ficar completamente viciada com seu toque.

– Apenas mostrando aos Grifinorios minha querida e apaixonada amiga. – ele sussurrou sombriamente gentil. Ótimo, eu sabia que ele estava aprontando alguma. Quem ainda não percebeu o que esse irritante está fazendo? Deixe me ver se consigo explicar da melhor maneira possível: Grifinorio. Weasley. Potter. Sonserina. Compreenderam? Aquele Malfoy, arrogante e belo, querendo fazer com que os grifinorios não confiem em mim, ou sei lá, aquela rixa estúpida entre eles, Sonserina e Grifinória, é estúpida, estúpida, estúpida.

– Malfoy, é muita gentileza de sua parte. Mas acho que eu sei me mostrar sozinha para os Grifinorios. Principalmente pro Ron, ele é tão fofo, não acha? – sorri ingenuamente, estava louca para ver a cara dele, mas tinha que continuar com a pose – ah, mas não se preocupe, acho que ele não da muita bola pra mim, mas o Harry... hum, que pedacinho de mau caminho, hein? – senti suas mãos apertando violentamente minha cintura. Ui, ele ficou ressentido. Não pude evitar sorrir, mas logo desfiz meu sorriso bobo e transformei-o em irônico. – Que foi Malfoy? Você está tão tenso. – virei-me de frente para ele, ele estava com um rosto não muito amigável, só para provoca-lo cheguei o mais perto possível, quase encostando meu rosto no dele, podia sentir sua respiração quente e aquele cheiro inebriante, ah... Foco, foco. – Por que está tenso, Draco? – falei seu nome, bem lentamente. Ele me encarava de uma maneira tão assustadoramente excitada que eu não pude controlar minha vontade de sorrir por ver que eu realmente tinha poder sobre ele tanto quanto ele tinha sobre mim. Não que isso fosse tornar as coisas mais fáceis, não, é claro que não.

Assim que ele se viu naquele “enrascada”, afinal não é todo dia que alguém deixa Draco Malfoy absurdamente “domado” – se posso dizer que ele estava realmente sobre meu poder – ele se foi. Apenas me olhou de um jeito estranho e me deu as costas. Ah... Eu não sei o que está acontecendo, mais Draco não é assim, ele sempre revida. O que deu nele? Eu tenho que achar uma maneira sutil de descobrir o que deu naquele mimado do Malfoy.