Imaginary Love escrita por Woodsday


Capítulo 12
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

Esse é mais curtinho, mas é só porque eu estou devendo o capítulo de ontem. ksoskaosas; Enfim, espero que gostem da revelação. E até as notas finais!



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Felicity.

– Você brigou com Ray? – Eu encarei a Oliver com a sobrancelha arqueada, ele inclinou a cabeça, parecendo constrangido.

– Talvez um pouco. – Respondeu finalmente.

Sorri, quase emocionada.

– Obrigada, Oliver. – Fui até ele, observando-o ainda de braços cruzados, a expressão amarrada em irritação. – Não fique tão bravo. – Murmurei com meu melhor tom doce passeando os dedos pelas linhas do seu rosto. Oliver relaxou imediatamente, a postura tornando-se menos tensa.

– Você está bem? – Perguntou suavemente, a mão quente pousando em meu rosto, eu sorri, inclinando-o e sentindo o carinho de Oliver. – Sinto muito. – Disse sincero, depois de alguns minutos fitando-me.

– Tudo bem, Oliver. – Eu deixei meus ombros caírem e Oliver delicadamente me puxou para si, suspirei, sentindo seu cheiro mais uma vez me invadir e passei meus braços por sua cintura, sentindo-me terrivelmente pequena perto dele e pior, terrivelmente confortável. – Ray... Ele sempre foi meu amigo e quando eu vim pra cá, tudo que eu pensava era em como eu queria que você estivesse aqui, sabe? Para me ver, para sentir orgulho de mim.

– Eu sinto orgulho de você, Felicity. – Oliver sussurrou, seus dedos fazendo um carinho suave em meus cabelos.

– Eu sei. Mas, quando você foi embora... Eu só era uma adolescente idiota. E então eu pensei que não podia me contentar com aquilo, eu seria só uma garçonete de cabelo tingido com tinta barata e passando pelas mãos de homens idiotas com o Connor.

– Felicity...

– Não, espere. Eu só queria que você se orgulhasse de mim, Olie. Mas você não estava aqui e eu nunca havia sentido tanta saudade como naquela época, entende? Era quase insuportável, eu sentia sua falta a cada minuto, a cada hora do meu dia, todos os dias. Foi quando conheci Ray. Nós ficamos amigos e depois desenvolvemos esse tipo de companheirismo e eu achava que era amor. Que realmente era amor... Eu não tinha muito com o que comparar, eu só era uma adolescente boba quando amei você, podia estar realmente imaginando coisas, não é? Então, achei que amava Ray de verdade. – Eu me afastei minimamente de Oliver, encarando-o seriamente. Queria que ele visse o quão certa eu estava dos meus sentimentos. – Até você voltar. Você voltou e eu... - Eu parei, sem saber como continuar a por em palavras o que senti.

– Você? – Oliver me encarou com a expressão séria. Não havia o medo que eu normalmente via em seus olhos sempre que eu revelada à pontinha do iceberg que eram meus sentimentos por ele.

– Eu me dei conta de que não era amor com Ray. E não vai ser com mais ninguém, Oliver.

Oliver suspirou, encarando-me com a expressão indecifrável.

– Eu sei. – Respondeu finalmente e minha boca se entreabriu em choque. – Eu preciso de tempo, Felicity. – Murmurou, ainda encarando-me. – Isso tudo, esses sentimentos, eles são novos para mim.

– Então você...? – Eu engoli em seco, sentindo meu coração se acelerar diante da possibilidade. As borboletas pareciam dançar dentro de mim e eu sentia que a qualquer momento, poderia cair no chão, de tão mole.

Oliver sorriu. – Sim. – Respondeu depois de alguns minutos. – Você me faz sentir coisas que eu não compreendo, coisas pelas quais eu nunca tive que passar antes. Eu presenciei muitas pessoas se apaixonando e vivendo o sentimento do amor. Mas nunca passei por isso, Felicity. Eu não deveria me sentir assim em relação à você.

– Oliver, não é errado. – Repeti o que dissera a ele na noite passada.

– Eu sinto que não é. – Murmurou, pegando uma mexa do meu cabelo entre seus dedos. – Mas para mim, é. Felicity, tudo que eu peço, é que tenha paciência.

– Para que? – Perguntei imediatamente.

– Para que eu possa entender, possa conhecer isso. – Ele agora passava os dedos pelo meu rosto, desconcentrando-me. ­– Para aceitar que me sinto assim... Como um humano.

Eu o encarei, entendendo o dilema de Oliver. Entendendo finalmente, o quão infantil eu fora anos atrás.

– Tudo bem. – Assenti com um sorriso confiante. Oliver precisava de tempo para entender como era o amor e como era amar, e eu daria isso a ele. E daria muito tudo de mim para fazê-lo me amar. Era tudo que eu precisava, afinal. Que Oliver estivesse disposto a me amar. – Você vai ficar então? – Perguntei ansiosa.

– Enquanto você quiser, Felicity.

Eu abri um enorme sorriso, sem conseguir me conter e então suspirei quando ocorreu a mim uma ideia que eu vinha martelando há várias noites.

– Bem, acho que isso pede uma coisa muito importante.

– Que é? – Oliver arqueou a sobrancelha, confuso. O que eu achei simplesmente uma graça.

Ergui o queixo, encarando-o sabichona. – Compras!

– Felicity. – Reclamou imediatamente e eu fiz um negativo com os dedos. Ele era muito inteligente, claro. Era só dizer meu nome daquele jeito que eu me derretia por completo. Aquele jeito em que a frase poderia ser completa com algo como "venha para cama" ou "eu te amo" ou pior ainda - o pior que minha mente maligna pode imaginar "eu quero tanto você". Afastei os pensamentos com pressa, corando ao admitir para mim mesma que eu os tinha de vez em muito.

– Sem essa de "Felicity" Oliver, você não pode achar que ao dizer meu nome desse jeito eu vou desistir. De jeito nenhum, quero dizer, você precisa de roupas se vai continuar por aqui e você vai continuar, claro. E não pode ficar usando as roupas do Tommy, mesmo que elas fiquem muito, muito bem em você, tipo, muito bem mesmo... – Eu parei, fechando minha boca repentinamente. Um, dois, três. – Eu realmente estou falando muito, não é?

Oliver me encarou risonho e eu segurei um suspiro.

– Droga, droga, droga. – Murmurei dando as costas para ele, quem sabe assim, eu conseguia focar minha mente em algo. – Porque tão bonito?

– Felicity?

– Oliver! – Resmunguei quase birrenta. – Você podia ter tipo, um defeitinho né? Um dente torto ou sei lá, dedos dos pés grandes... Ou ter calvice.

– Dedos dos pés grandes? – Oliver riu e eu revirei meus olhos. Tão bonito rindo. – Acho que na verdade, eu tenho um defeito sim. – Murmurou se aproximando de mim, o andar de um felino pronto para dar o bote.

Ok, onde está o anjo gentil e bonzinho?

– Qual é? – Inquiri, cruzando os braços e tentando ficar alheia ao seu olhar atordoante.

– Bem, eu posso ser especialmente grudento. Lembro-me de você reclamar muito disso quando era mais nova.

Eu ri, dando um passo para estar ainda mais perto dele. – Bem, isso não é muito justo. Eu fiquei mais inteligente que antes.

– É mesmo? – Arqueou a sobrancelha, me encarando divertido e eu sorri, sentindo meu coração se aquecer ao olhá-lo. Isso era tão idiota.

Quero dizer, estar apaixonada dessa forma era possível? Se sentir tão bem perto de uma pessoa? Oliver me fazia sentir tantas coisas ao mesmo tempo... Havia todo esse amor que parecia quase não se conter e a alegria genuína somente por ele estar aqui, junto de mim. Eu ignorava sempre, com mais sucesso do que esperava, a frustração por não poder beijá-lo. Era o que eu queria, desde que era uma adolescente. Oliver me dissera que eu faria sexo com quem eu amasse, Deus, ele não podia estar mais errado.

– É sim. – Respondi, o gelo em minha barriga se fazendo presente, como se eu voltasse a ter quatorze anos e estivesse em meu primeiro encontro. Era quase impossível de tirar o sorriso do meu rosto.

Eu me sentia tão boba.

Mas, Oliver me queria. Estava disposto à isso e só isso me bastava. O resto, eu podia esperar e ver o que aconteceria.

– Eu vou me arrumar pra gente ir pro shopping comprar suas roupas... Pra você vestir, claro... Não seria para você comer... E eu to fazendo de novo, não é? – Murmurei envergonhada. – É, é claro, porque você me deixa muito nervosa, até parece que eu tenho quinze anos, ai... Eu vou ficar em silêncio! – Fechei meus olhos com força, até a enxurrada de palavras pararem de tentar sair.

Foi quando eu senti. Os lábios de Oliver contra os meus, fora rápido demais e com a minha surpresa, eu simplesmente cambaleara para trás, caindo de encontro ao meu sofá. O encarei com os lábios entreabertos e Oliver sorriu, constrangido, estendendo-me a mão para ajudar a levantar.

– Você... acabou de me... você me...

– Fe-li-ci-ty. – Ele disse lentamente, parecendo inabalado pelo selinho que acabara de me dar. Poxa vida. Parte do meu cérebro pensou que ele podia ter caprichado mais, mas a outra, ainda estava chocada por ele ter dado esse passo.

Se tratando de Oliver, era um grande passo.

– Oliver... – Murmurei ainda atônita.

Oliver me encarou com o mesmo olhar divertido. - Vá se trocar. – Murmurou finalmente, puxando-me do sofá e segurando contra seu peito até que eu estivesse bem equilibrada. O que era difícil, minhas pernas pareciam gelatinas. – Afinal, eu preciso começar a ter uma vida normal, se quiser ficar aqui com você.

Assenti lentamente, dando as costas para ele.

Meu Deus! Minha nossa.

– Droga, droga, droga, droga. – Murmurei escorada contra a porta. – Oliver me beijou. – Levei meus dedos até os lábios, lembrando-me da maciez e do calor do toque rápido de seus lábios.

E então eu sorri. Oliver me beijou!


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Notas finais do capítulo

O que acham gente? Um pequeno, bem pequeno passo sabe? Achei que era válido uma coisa bem fofa como um selinho. Me digam o que acham disso ta? Adorei os comentários do outro capítulo, vocês são as melhores! Como eu tô no trabalho, assim que chegar em casa responderei todas. Amo vocês, olicity's lindas!!