Hell on us escrita por Sami


Capítulo 48
O mundo é ainda maior


Notas iniciais do capítulo

Como estou com pressa então só vou me limitar em dizer que Negan finalmente apareceu em twd e meu deus do céu ainda ouço aquele assobio desgraçado quando vou dormir.

Boa leitura!



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 [...]

Depois da conversa com Jesus, David e Abraham contaram sobre o salvador que havíamos encontrado mais cedo, Rick já sabia que ele havia conseguido fugir de Alexandria e mesmo que os dois estivessem insistindo para sair e procurar por ele, Rick achou melhor não fazer isso. Toda aquela conversa acabou meio que resultando na decisão de Jesus nos levar para conhecer Hilltop e resolver um problema que tínhamos em comum: Negan.

Seria cômico se o assunto daquele momento não fosse alguém tão temido como esse tal Negan era, mas assim que Jesus começou a contar um pouco mais sobre ele e o que seu grupo estava fazendo com Hilltop quando ouvimos o som alto do trovão fazer com que todos que estavam ali olhassem em direção a janela; isso incluiu a mim e a Carl também. Não levou mais do que alguns poucos segundos para que essa chuva logo ganhasse mais intensidade se transformando assim numa forte tempestade. Seria uma longa noite. Pensei já sabendo que eu não iria conseguir dormir com tanta facilidade assim.

Ainda olhando para a janela Carl se virou outra vez levando suas duas mãos para a cabeça fazendo cara de dor, me assustei com aquilo porque nunca o vi desse jeito e foi um pouco inevitável não ficar outra vez preocupada com ele e com o que poderia estar acontecendo com ele.

—Ai meu Deus o que você tem? — Perguntei com clara preocupação em minha voz. — Carl?

Ele demorou um tempo para responder, continuou com suas duas mãos na cabeça enquanto permanecia calado até que aos poucos seu rosto pareceu ficar um pouco mais relaxado e calmo.

—Não foi nada. —Ele disse tentando me deixar menos preocupada; o que não adiantou em nada. —Às vezes a cabeça dói um pouco, só isso.

Eu franzi minha testa no mesmo segundo que ouvi aquilo, foi estranho como ele tratou aquela dor de cabeça (que pareceu ser bem mais do que apenas uma simples dor) como se fosse algo sem importância alguma.

—Não foi nada, claro que é. —Falei já preocupada. —É melhor ir ver a Denise, essa dor pode acabar piorando e Deus me livre o que isso pode significar e...

—Ayla, eu vou ficar legal. —Carl me olhou mostrando que já não estava mais sentindo aquela dor. — É só uma dor uma dor de cabeça, não é pra tanto.

Não é pra tanto?  Pensei o olhando com desdém, esse projetinho de xerife deve estar de gozação com a minha cara né? Voltamos a ficar em silêncio e mais alguns minutos se passaram e Carl não voltou a sentir dor enquanto estávamos ali sentados e se ele em algum momento tornou a senti-la outra vez, se esforçou ao máximo para esconder isso de mim. Ele disse que às vezes sua cabeça doía só que, desde o dia que ele levou o tiro eu não o vi reclamar dessa dor e comecei a achar que ele tenha mantido isso escondido de mim. Ele disse que não era nada, por favor, né, Carl deve achar que eu sou boba ou burra, claro que aquilo era alguma coisa. Se sua cabeça dói o mais sensato a se fazer é procurar um médico não é?

—Você mente muito mal, sabia disso? —Ele me lançou um olhar como se me dissesse ‘não se preocupe porque eu vou ficar bem sim’. Porém aquilo não me convenceu nem um pouco. —Se a sua cabeça doer de novo vamos falar com a Denise sim e você irá por bem ou por mal.

Carl me olhou, porém não disse nada, ele sabia que não poderia discutir contra aquilo, até porque eu estava com a razão ali e também porque ele não teria argumentos o suficiente para conseguir me convencer de que ele estava mesmo bem. Ele poderia repetir isso quantas vezes ele quisesse, eu sempre saberia que ele estava mentindo.

—Será que em Hilltop tem morangos? —Carl mudou de assunto rapidamente; assim como ele fazia quando não concordávamos com alguma coisa e isso parecia mesmo funcionar todas às vezes. —Pelo que parece Daryl e meu pai não trouxeram as sementes que você pediu mais cedo.

Na verdade não sabíamos ainda se eles haviam ou não trazido as sementes, nem sabíamos que eles estavam de volta e só descobrimos porque Jesus estava na casa e bem...Rick e Michonne apareceram de repente num momento realmente constrangedor para os dois.

—Não sei. —Respondi dando de ombros olhando para meus pés. —Acho que deveríamos ir junto para descobrir se eles têm ou não.

Virei meu rosto olhando para Carl e como se fosse um movimento combinado entre nós ele também virou seu rosto me olhando como se estivéssemos planejando alguma coisa, eu realmente estava querendo ir para Hilltop e assim que ouvi Jesus comentar como o lugar era uma curiosidade muito grande despertou dentro de mim; ele mencionou que Alexandria era completamente diferente do que Hilltop e isso só fez com que eu ficasse bem mais curiosa do que eu já estava para conhecer esse lugar. Mas a viagem em si não era exatamente para conhecer esse lugar, de acordo com Rick e Jesus eles iriam fazer um tipo de troca entre si; eu só não sabia qual tipo de troca seria essa que eles fariam.

...No dia seguinte...

Dormir depois de tudo o que havia acontecido em apenas um único dia não foi um problema, por ordens claras de Rick, Carl e eu meio que fomos forçados a ir dormir se quiséssemos mesmo ir até Hilltop no dia seguinte e como eu queria ir para conhecer esse lugar eu o obedeci. Estava um pouco cansada e iria de qualquer jeito; ele não precisaria nem mesmo pedir que eu fizesse isso. A chuva não havia dado uma trégua durante toda a noite, ela ficou mais forte depois um tempo e por causa do som estrondoso dos inúmeros trovões que eu ouvi durante toda a noite digamos que eu tive uma péssima noite de sono. Se eu consegui dormir por mais de duas horas foi muito, quando consegui mesmo fechar os olhos e relaxar para finalmente dormir já era de manhã e Carl entrou no quarto de supetão me acordando (como ele sempre fazia) para que eu me arrumasse para irmos até Hilltop.

Eu lavei meu rosto umas quatro vezes para conseguir afastar de vez a cara de sono que eu estava e mesmo não gostando nem um pouco de café fiz um esforço extra para tomar pelo menos tomar duas xicaras cheias. Depois do terceiro copo eu já me sentia menos cansada do que realmente estava e um pouco mais disposta do que eu estava aparentando naquela manhã.

Pelo que pude ver não seriamos os únicos a sair naquele dia, Glenn, Heath e um rapaz chamando Joe iriam sair numa busca por mais suprimentos; depois eu fiquei sabendo que a busca de Rick e Daryl resultou em apenas trazer Jesus para Alexandria e nada mais que isso. Um pouco antes de sair vi Glenn dar um rápido beijo de despedida em Maggie prometendo que voltaria ainda hoje e ela respondeu que o esperaria ansiosa; olhando para aquela cena era inevitável não imaginar os dois como aqueles casais de filmes românticos e clichês que existiam, os dois eram muito fofos juntos e um dia eu queria ter esse mesmo tipo de relacionamento que eles tinham. Se bem que, Carl não parece ser o tipo de garoto que quando está com uma menina deixa que seu lado fofo e romântico apareça; ele não era assim comigo e não iria exigir isso dele. Eu pensando em relacionamentos? Sacudi a cabeça começando a andar em direção a van em que usaríamos para ir até Hilltop, um pouco antes de entrar vi Carl carregando dois galões com o que seria gasolina dentro e o vi caminhar para a parte traseira da van; onde Rick estava junto com Padre Gabriel que tinha Judith em seu colo.

Entrei logo em seguida vendo David e Abraham conversar sobre o salvador que havia conseguido escapar na noite passada, não consegui prestar muita atenção em tudo o que estavam dizendo mas parecia ter relação sobre dobrar os turnos de vigilância que agora Alexandria possuía. Não levou mais do que uns cinco ou dez minutos para que mais gente também entrasse na van, dentre elas Maggie, Carl, Jesus, Rick, Michonne e Daryl. Todos que também iriam para Hilltop. Fazendo os últimos preparativos para finalmente partir, Rick sentou no banco do motorista enquanto Michonne sentou-se no banco do carona com Jesus logo atrás para guia-lo durante todo o trajeto que faríamos até chegar na sua comunidade. Ao ver Rick e Michonne juntos outra vez olhei diretamente para Carl que estava sentando no banco que ficava de frente para o meu e acenei na direção deles dois para que ele também olhasse, Carl olhou e voltando seu olhar para mim balançou a cabeça fazendo um sim com ela. Não me surpreendi muito ao perceber que Rick talvez tenha contado para ele sobre ele e Michonne; uma parte de mim já sentia que eles dois acabariam juntos uma hora ou outra e bem, isso finalmente aconteceu. Não vou mentir, eu fiquei feliz por eles dois, Michonne era ótima e além de ter uma katana (o que a deixava ainda mais legal) ela parecia realmente se importar com Carl e Judith; assim como Rick também se preocupava com eles dois.

...

Por causa da forte chuva na noite passada Rick precisou fazer vários desvios para conseguir continuar seguindo o caminho até a comunidade de Jesus, um pouco antes de sairmos de Alexandria ele nos avisou que essa viagem até Hilltop seria um pouco longa e acabou se tornando mais longa por causa dos tantos desvios que Rick estava sempre fazendo. As primeiras duas horas que passamos ali pareceram voar, porém depois de um tempo ficar ali dentro começou a ficar muito entediante, já me sentia desconfortável por estar passando tanto tempo sentada e mesmo mudando várias vezes de posição e ficando numa que fosse mais confortável ainda sim continuava entediada. Acho que veria o tempo passar mais rápido se talvez tivesse trazido o livro comigo e me arrependi profundamente por tê-lo deixado sozinho em Alexandria.

Sentei-me de um jeito que eu conseguisse olhar para a paisagem que passava enquanto a viagem continuava, o céu estava claro naquele dia, porém mesmo assim ainda se via algumas poucas nuvens cinza espalhadas; torci mentalmente para que não chovesse outra vez naquele dia porque isso poderia fazer com que aquela viagem demorasse um pouco mais. Continuei observando o cenário passar na mesma velocidade que Rick dirigia a van e comecei a pensar no que Elizabeth Bennett estaria fazendo naquele momento se caso ela estivesse vivendo também no meio de um apocalipse, tentei imaginar como seria Orgulho e Preconceito se talvez os errantes fossem também incluídos na história; acho que talvez assim os meninos iriam se interessar um pouco mais em ler o livro.

Fechei meus olhos tentando imaginar como estaria minha vida naquele mesmo momento se aquele apocalipse não tivesse acontecido, dependendo da hora com toda certeza estaria na escola ouvindo os professores chatos que minha antiga escola tinha falar sem parar. Um pensamento curioso passou pela minha cabeça, se nada daquilo estivesse acontecendo, se os mortos não estivessem caminhando pela terra será que mesmo assim eu teria conhecido David, Carl e os outros? Virei meu rosto olhando para as pessoas ali dentro da van, olhei para cada uma até chegar em David; que estava sentado ao meu lado ocupado demais enquanto encarava o teto do veículo, havia me encontrado com David por puro acaso, tive problemas com uns errantes e ele meio que me ajudou com isso. Mas, se nada disso tivesse acontecido ainda sim teria conhecido ele? Estaria eu hoje sendo a namorada de Carl mesmo que o mundo estivesse normal como era antes?

Mordi o lábio tentando pensar em como tudo aquilo seria diferente se aquele apocalipse não acontecesse, será que Paul se chamaria de Jesus mesmo assim? Ou esse apelido veio apenas por causa do apocalipse? Eu não saberia disso.

A van foi parando aos poucos chamando a atenção de todo mundo que estava ali dentro, me estiquei para tentar ver qual seria o motivo daquilo e então pude ver a estrada que seguíamos sendo bloqueada por exatos seis errantes que estavam presos entre si por alguma corda ou coisa assim. Rick foi o primeiro a se levantar sendo seguido por Michonne e Jesus que não tiraram seus olhares da estrada, o pai de Carl caminhou até chegar à porta e a abriu com cuidado já tendo sua arma em mãos. Ele nos olhou pedindo para que saíssemos e assim fizemos. Com a arma em mãos segui David até sair de dentro da van sentir um alivio em meu corpo por estar finalmente esticando minhas pernas depois de passar um bom tempo sentada.

Ficamos atentos a qualquer movimento suspeito enquanto Rick e Michonne cuidavam dos errantes presos, com Jesus próximo de onde estávamos ele olhava para os mortos com uma clara preocupação em seu rosto coberto pela barba. Ele parecia ficar cada vez mais preocupado conforme olhava ao seu redor; parecia estar procurando alguma coisa ali na estrada, porém não havia nada além de algumas árvores e uns carros queimados mais pra frente. Depois de liberar a estrada dos mortos subimos outra vez para a van e com rapidez Rick deu partida continuando a seguir caminho pela mesma estrada; passar mais um bom tempo sentada. Viva.

—O que você tem barbudo? —A voz grossa e autoritária de Abraham cortou todo o silêncio que se fazia ali dentro fazendo com que todos o olhassem por poucos segundos, Jesus olhou para o grandão ruivo logo voltando a fixar seu olhar na estrada.

—Aqueles mortos, —Ele finalmente o respondeu. —já vi a mesma coisa antes e ele não é um bom sinal.

Isso pareceu deixar todo mundo preocupado no mesmo instante.

—Como assim? — Perguntou Maggie virando o rosto para Jesus. —O que quer dizer com isso?

O barbudo respirou fundo.

—Os salvadores costumam fazer isso, geralmente como um alerta para alguém ou algum grupo. —Ele virou o rosto nos olhando. —Geralmente eles só aparecem quando vão cobrar os tributos, o que é estranho pois eles já passaram em Hilltop uns dias atrás.

Imediatamente eu olhei para Maggie que parecia pensar no que havíamos acabado de ouvir, ela me olhou brevemente e lembrei-me da conversa que tínhamos tido uns dias atrás sobre estarmos preocupadas com um possível ataque dos salvadores em Alexandria, Carl havia dito que o grupo já havia enfrentado esse tipo de grupo hostil uma vez e que tudo daria certo. Eu queria mesmo acreditar naquilo, eu queria mesmo, mas após ouvir o que Jesus havia nos dito aquela mesma sensação de que tudo aquilo se transformaria numa grande merda voltou a tomar conta de mim e pelo modo como Maggie me olhou ela parecia sentir o mesmo que eu.

—Estamos preparados para qualquer tipo de coisa. —Daryl resmungou no fundo da van. — Conflitos não é um problema para nós.

Jesus pareceu estuda-lo por um momento, eu apenas abaixei minha cabeça olhando para o piso marrom do veículo me sentindo outra vez preocupada, respirei fundo encostando-me no banco e tentei ao máximo continuar aquela viagem sem pensar em salvadores ou em qualquer outra coisa que me causasse preocupações.

...

A viagem durou por mais duas horas e era óbvio que eu já estava cansada de ficar sentada, o banco até que era confortável, era estofado mas mesmo assim cansava passar horas sentada e eu já estava cansada. Me perguntei se já estávamos chegando ou se aquela viagem até Hilltop iria demorar mais do que já estava demorando, vi Jesus caminhar até as janelas da van e olhar para o lado de fora com bastante atenção  fechei meus olhos outra vez respirando fundo para conseguir aguentar mais tempo de viagem até que levei um susto quando Jesus praticamente gritou:

—Rick já pode parar!

Endireitei-me no banco vendo-o caminhar até a porta e logo em seguida a abrir sem fazer nenhum esforço, ele colocou uma parte do corpo para fora e então se voltou para todos nós olhando-nos com animação.

—Bem vindos a Hilltop.

Aquilo pareceu musica para meus ouvidos, havíamos finalmente chegado em Hilltop depois de passar um tempão enfornados dentro daquela van, isso era bom. Isso era muito bom mesmo.

Um por um descemos da van vendo um extenso campo aberto e um curto morro mais a frente, o lugar estava claramente livre de qualquer errante e não havia nem mesmo sinal de que eles estavam se aproximando do lugar. Jesus começou a andar e pediu para que o seguíssemos, ele parou de frente para um muro feito com troncos de árvores (é o que?) e incrivelmente alto, com toda certeza possuía o dobro do tamanho dos muros de Alexandria.

—Parem aí mesmo! —Alguém gritou fazendo com que todos logo ficassem em posição de ataque e com suas armas apontadas; como fui lenta demais quando dei conta do que estava acontecendo, Jesus já estava com seus dois braços levantados para o alto pedindo que abaixássemos nossas armas.

—Jesus o que é isso? —Outro gritou e então logo eu pude ver dois rapazes com lanças apontadas para nós, os dois estavam no topo do muro.

—Cal, abra os portões! —Jesus gritou também se virando para encarar os dois que ainda apontavam suas lanças para nós. —Desculpe por esses caras, eles ficam nervosos por não fazerem nada o dia todo.

Ele se virou nos olhando rapidamente e voltando sua atenção para os dois no muro.

—Falem para eles abaixar as armas e aí abrimos!

Levou um tempo, Rick pareceu desconfortável com aquilo, porém foi o primeiro que abaixou sua arma a guardando no cinto e então todos os outros fizeram o mesmo, depois de alguns segundos os portões finalmente começaram a se abrir revelando aos poucos todo o lugar que estava escondido por trás daquele muro alto.

—Puta que o pariu... —Deixei escapar assim que os portões foram abertos para que pudéssemos entrar naquele lugar que parecia mesmo incrível. Arregalei meus olhos conseguindo ver pouca coisa ali dentro, porém ainda sim era possível notar que aquele lugar era ainda maior do que parecia.

Começamos a entrar e fiquei ainda mais impressionada com tudo o que estava vendo, havia vários trailers além de uma cara realmente grande mais a frente, resumindo tudo aquilo que eu via em poucas palavras: Hilltop era realmente incrível. David estava caminhando ao meu lado e olhando-o de esguelha pude ver que ele parecia realmente animado com aquele lugar. Ele era não era o único que estava desse jeito. Jesus estava dizendo alguma coisa sobre o lugar, porém eu não estava prestando muita atenção em nada do que ele dizia, estava surpresa demais com Hilltop não só por saber que ele era mesmo real, mas também pela grandeza daquele lugar. Qualquer um ficaria impressionado com o que eu estava vendo ali.

—Essa é a casa Barrington. —Eu finalmente comecei a prestar atenção no que ele dizia, Jesus estava apontando para a enorme mansão que havia ali dentro; uma mansão que além de grande era muito bonita e bem cuidada. —A família que era dona a doou ao estado nos anos trinta. O estado a transformou num museu de história viva, a escola primária fazia excursão aqui.

Ele fez uma pausa olhando também para a mansão.

—A casa funcionava muito antes do mundo moderno crescer ao seu redor. As pessoas vieram até aqui pensando que ela continuaria funcionando depois do mundo moderno. —Ele agora apontou para o alto. — Nas janelas de cima, dá pra ver a quilômetros de distância, é perfeito para a segurança. —Ele nos olhou novamente. —Venham, vou mostrar a parte de dentro.

Continuamos seguindo até o interior daquela mansão e só consegui ficar ainda mais impressionada, o lugar era todo limpo e arrumado; ali dentro era fácil se esquecer de que estávamos vivendo num mundo dominado pelos mortos. Abri minha boca deixando o ar sair dela, não conseguia acreditar que aquilo era mesmo real e que eu estava ali dentro daquela mansão; será que Hilltop teria mais surpresas?

—Jesus! Você voltou! —Um homem que parecia já ter chegado em seus quarenta ou cinquenta anos saiu de um dos tantos salões que haviam ali dentro, ele estava bem vestido, usava uma roupa social e até parecia andar com um pouco mais de classe do que eu estava acostumada a ver. Ele olhou para Jesus e depois nos olhou como se nos medisse de cima abaixo. —Voltou com convidados.

Pude notar uma mudança em seu tom de voz, mas deixei isso de lado, não era assim tão importante.

—Pessoal esse é o Gregory.

Rick fez menção para cumprimenta-lo porém assim que ele se aproximou o tal Gregory recuou um passo olhando novamente para todos nós com uma cara de nojo ou algo do tipo. Já não gosto nem um pouco dele.

—Por que não toma um banho? —Ele olhou para Jesus e depois para Rick que continuou parado na sua frente. —E depois podemos realmente conversar.


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Notas finais do capítulo

Tentarei ao máximo postar o outro capitulo ainda hoje mesmo, mas não tenho certeza se vou conseguir.



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