Lembranças - Dramione escrita por Licia


Capítulo 14
Mansão Malfoy


Notas iniciais do capítulo

E aii povo!!! Sem criatividade para o título e saiu isso....
Quero agradecer a todos que comentaram e favoritaram... Muitoo Obrigada mesmo.
Mas esse capítulo vai mesmo para a Isisgomes que recomendou minha fic, muitooo obrigada mesmo!
Espero que apreciem.



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Mansão Malfoy, 1997

Quando Hermione avistou o local para onde Fenrir greyback e seus capangas levavam, ela e seus amigos, o achou nebuloso, frio e sombrio além de seu medo ficar ainda maior. Afinal ouvira bem quando eles falaram que aquele era o novo quartel general do Lord das trevas e, por isso, não pode deixar de pensar que estavam sendo levados direto para uma morte certa. Apavorou-se e assustou-se mais logo que chegou àquela conclusão. O que seria deles? Por que ela bem sabia que quando entrassem dentro daquele covil, nada e nem ninguém os ajudaria. Foi inútil tentar não pensar em Draco quando fez tal constatação, será que ele estaria ali? Será que ela o veria de novo? Não sabia e tão pouco importava. Fazia quase um ano que ele havia deixado ela em seu dormitório, nua e despedaçada por sua traição, desde então trancava aquele sentimento a sete chaves, pois precisava ganhar aquela guerra. Com tal pensamento fixou seus olhos no lobisomem que parava em frente a um portão de ferro alto, nele apareceu uma face retorcida perguntando qual era o proposito deles ali e quando Fenrir respondeu terem Harry Potter, Hermione entrou em um desespero ainda maior, precisava tirar seu amigo de lá custe o que custasse.

A castanha reprimiu o medo e passou a analisar a situação, precisava urgente pensar em algo para fugir, mas sabia que aquilo era inútil, pois estava sem varinha, amarrada e nunca fora lá a melhor pessoa do mundo em feitiços não verbais. Suspirou derrotada e olhou em volta. Havia um extenso jardim enegrecido e sem vida que vinha antes da imponente casa de dois andares em um tom cinza e preto. Hermione achou tudo muito mórbido e triste, como se aquela fosse à morada de dementadores e não duvidava que houvesse alguns por ali, já que aquele era o quartel general do maior homem das trevas que já existiu até então. Deus! Como os Malfoy eram doentes a ponto de seguir um homem tão cruel e horrível como Tom Ridlle? Ela não entendia. Todavia seus pensamentos sobre aquilo foram cortados, pois uma luz forte incidiu sobre eles que já estavam em frente à porta de madeira da imponente casa. Ela pode ver Draco com uma postura ereta e fria e Blaise ao seu lado. Eles não pareciam ter percebido a presença dela ainda.

– Quem são vocês? O que vocês querem aqui? – Quando a voz do loiro chegou aos ouvidos da castanha seu coração deu três pulos, sentia falta da voz dele. No entanto não podia dar ensejo àquilo que sentia pelo loiro naquela situação, duvidava muito que ele se quer se importasse quando a visse ali.

– Ora, ora Menino Malfoy não se lembra de mim?

– Greyback, claro. – A voz do garoto saíra fria e em asco total. Hermione reconhecia aquele tom. - O que querem aqui?

– Queremos ver o Lorde, achamos Harry Potter! – O homem e seus capangas empurraram-nos para que Draco pudesse ter uma visão mais nítida dos prisioneiros. Quando ela pode ver o loiro nitidamente em sua frente, sua figura pareceu-lhe sôfrega e maltratada, embora ainda ostentasse a altivez aristocrática que o nome Malfoy trazia consigo. Ele pareceu demorar a perceber que sua presença, não o culpava já que estava espremida com Ronald e seu corpo tremia pela ansiedade que tomava conta de si naquele momento, no entanto logo que seus olhos se encontraram, ela, que convivera com ele um pouco, pode perceber um leve vacilar de sua postura e este olhando Blaise que confirmou algo com um aceno, jogou rápido um imperius em Fenrir e seus capangas.

– Como vocês se deixaram serem capturados por esse porco acéfalo?! – Draco disse indo em direção a eles, porém parou bruscamente quando uma voz saiu de trás da porta alta de madeira negra, e a pessoa a abriu.

– O que esta acontecendo aqui Draco? – Era o odioso Lucio Malfoy, que havia fugido de Azkaban. Draco lançou um rápido feitiço de transfiguração em Hermione, mudando sua aparência minimamente. Ela olhou para os amigos que embora calados, estavam estupefatos com as ações de Malfoy. A castanha também ficou apesar das intenções do loiro ainda não estarem claras, não podia negar que uma centelha de esperança cresceu em seu coração. Talvez, tudo que haviam passado no sexto ano não fora totalmente em vão. Todavia se recriminou por isso no mesmo minuto, afinal Malfoy havia a humilhado transando com ela e a deixando nua e prisioneira em seu quarto. Precisava ser fria e racional naquele momento embora estivesse morta de medo. Viu Greyback se adiantando mecanicamente para Lucio, que tinha sua atenção prendida em Blaise que parecia começar a explicar-lhe algo.

– Achamos esses garotos na floresta e acreditamos que ele tem alguma ligação com o Potter e podem saber sua localização.

– Seu verme, como ousa vir até minha casa com suposições idiotas?

– Olhe você mesmo senhor. Aquele não se parece com o Weasley que sempre esteve com o Potter? – Lucio olhou para Rony que era para quem o lobisomem apontava. Hermione pensou que aquilo fora idiota da parte de Malfoy ou Blaise, não se lembrava direito quem havia jogado o imperius em Fenrir, afinal o lobisomem não sabia quem andava ou não com Harry, talvez soubesse pela guerra, mas achava as chances bem remotas, no entanto Lúcio não parecia ter percebido ou especulado nada daquilo.

– Draco. – O homem olhou para o filho que estava agora voltado para a figura do pai - O que me diz?

– Eu estava verificando no momento que o senhor chegou pai, e constatei que é sim, embora esteja um pouco sujo e machucado. – Hermione arregalou os olhos, assim como Harry. Malfoy acabara de entregar Ronald?!

– Traga-os para dentro.

O medo de Hermione cresceu dentro de si novamente, ela realmente achou por um instante que o loiro os soltaria. Todavia ao que tudo indicava não era essa sua intenção, afinal porque Draco havia delatado Ronald? O ruivo sofreria por isso! Suspirou, ela talvez só estivesse deixando a raiva e falta de confiança no loiro anuviar seus pensamentos. O sonserino não podia simplesmente os tirar dali, afinal tinha certeza que aquela casa devia ter inúmeros feitiços que impedissem aparatação, porém ele poderia ter feito Fenrir dizer que aquilo fora um engano e estavam ali atoa. No entanto tais pensamentos eram em vão, já que ela nunca entendia realmente o que Draco fazia e por que fazia, só podia esperar para ver qual seria sua jogada desta vez. Assim, o capanga de Greyback a puxou com força para dentro da imponente casa dando a ela um vislumbre do que parecia uma mansão fúnebre. Se por fora tudo parecia mórbido, por dentro nada realmente mudava. As peças em ouro, prata e verde, apesar de lindíssimas, davam à casa um ar de castelo do Conde Drácula. Narcisa Malfoy estava sentada na poltrona em frente à lareira e sua irmã, a louca Belatrix, estava em pé e parecia entretida no fogo. Ela se virou quando percebeu o movimento na sala.

– Lúcio, como deixa que esses imundos entrem na sua casa? – disse olhando com asco para Fenrir Greyback que não parecia prestar nem um pouco de atenção. Hermione sempre teve nojo e raiva daquela mulher, pois além de parecer realmente louca, ela matara Sirius Black e aquilo fora com certeza um ato terrível para todos da Ordem e principalmente para Harry.

– Se acalme Belatrix. - Lucio disse ríspido – Eles parecem ter trago pessoas que podem nos levar até Potter e se isso for me fazer achar aquele garoto e obtiver o respeito do Lorde novamente que seja! – Hermione odiou aquele homem no minuto que terminou sua fala, já sabia que ele nunca teve caráter nenhum, porém desejar o respeito de um assassino era, em sua cabeça, no mínimo insano! Como ele podia ser tão horroroso? Belatrix, porém, parou de dar atenção ao cunhado quando pareceu pousar os olhos no objeto que o terceiro capanga de Greyback trazia. Ela foi direto a ele e arrancou-o de suas mãos.

– Onde conseguiu essa espada? – ela disse com a varinha já em punhos.

– Estava com eles. – respondeu o homem automaticamente. Hermione que tinha o vislumbre total de Draco percebeu que ele pareceu levemente desconfortável. A louca mulher ficou na frente dos três apontando a varinha ameaçadoramente.

– Quem são vocês? Onde acharam? – ela gritou exaltada.

– Tia bela. – Draco se adiantou em direção da mulher com uma pose altiva e cara de deboche – Acabei de ouvir meu pai dizer que são amigos do Potter e que aquele ali é o Weasley como eu mesmo confirmei.

– Ótimo um traidor de sangue, servira! – Ela puxou o braço de Ronald fortemente e o jogou no chão já estendendo a varinha para um cruciatos.

– Não Belatrix, não vai tortura-los atoa. Preciso interroga-los antes sobre Potter! – Lucio disse duramente.

– Calado Lúcio! Não ouse falar comigo neste tom. Você não tem mais respeito algum desde que perdeu a varinha e essa espada estava em meu cofre, obviamente que aqueles duendes de Gringotes estão do lado errado da guerra ou não é a espada verdadeira! Vamos digam!– Ela disse a última parte em um desespero contido, apontando a varinha para eles novamente. Hermione estranhou aquilo.

– Esta é minha casa Belatrix e eu farei o que bem me aprouver! – Malfoy disse alto e ríspido, o tom se parecera muito com aquele que Draco usara na briga que tiveram no banheiro. – Draco e Blaise os leve para baixo, e comece o interrogatório. Faça o necessário, eu e sua tia estaremos lá, mas antes tragam o elfo para saber se esta espada é verdadeira. Afinal Bellatrix tem um ponto que precisamos discutir.

Draco não pareceu hesitar nem um segundo e pegou o braço de Hermione que estava amarrada junto a Ronald enquanto Blaise pegava o de Harry e adentrando mais a casa. O caminho fora percorrido em silêncio, porém o ruivo tentava a todo custo se desfazer das amarras que o prendia, até Zabine se irritar.

– Fique quieto seu Weasley burro, vai machucar a Granger com essa sua tentativa inútil de desamarrar a porcaria das cordas.

– Como se você se importasse Zabine. – Rony soltara zombeteiro. Draco o olhou com seu desprezo habitual e o empurrou levemente sem que Hermione pudesse se machucar. Quando, finalmente chegaram a uma salinha onde havia uma escada de pedra que se abria no chão, forçaram Ronald seguido por ela e Harry a ir à frente enquanto os dois ficavam para trás com as varinhas em punho. A castanha ao pisar no último degrau pode ver que estavam em uma espécie de calabouço da Idade media. O cômodo era oval com paredes de pedra havia, também, uma grande porta gradeada de ferro em sua frente, várias outras de madeira espalhadas pelo recinto e tochas acesas para todos os lugares o que lhe dava um ar sombrio. Eles foram, assim, levados para uma das portas de madeira ao final do lugar onde os dois os jogaram e entraram. Malfoy fechou a porta, colocou a mão nos cabelos e os jogara para trás no que a castanha achou ser um sinal de nervosismo e impotência.

– O que vamos fazer Draco? – Blaise soltara segundos depois quando Draco tinha seus olhos fixos nos dela. Ele desviou olhando para o garoto moreno.

– O nosso trabalho.

– O que você é louco? Vai tortura-la? – Zabine disse em urgência e Hermione percebeu que estavam falando dela.

– Por que você não grita mais alto, acho que minha tia Bella ainda não escutou Blaise. Vá levar o duende e volte rápido – o garoto disse ríspido agora andando de um lado para outro e esbravejando algo baixo. O moreno assentiu já se adiantando para porta. – E Blaise de um jeito de minha tia ficar bem entretida. – a voz de Draco saiu dura e Zabine tornou a repetir o gesto saindo apressadamente.

– Vocês são realmente idiotas! Nem para proteger a porcaria da amiga de vocês, servem! – o loiro desdenhou depois de alguns segundos de silêncio, a castanha quis sorrir, mas se renegou a tal ato. Nunca tinha certeza do que o loiro queria ou pensava, por isso tinha que ser cautelosa. Harry o olhou inquisitivo e Ronald enrugou as sobrancelhas não entendendo o que Malfoy dizia.

– Bem façamos um trato. Vocês me dão informações relevantes, eu finjo que torturei vocês e os deixo um pouquinho machucados porque meu pai não é otário e dou um jeito de tira-los daqui. – ele pegou uma cadeira velha, apontou a varinha para porta fazendo alguns feitiços e olhou para eles.

– Por que esta fazendo tudo isso? – Harry perguntou confuso. Hermione queria tanto sorrir, porém não o fez permaneceu quieta e olhando para Draco.

– As minhas motivações não são da sua conta Potter. Então podem começar! Quem será o primeiro? E Aquela espada eim? Digam-me onde acharam? – Ronald soltou uma gargalhada de asco.

– Que foi Malfoy? Percebeu que está do lado perdedor e agora quer dar uma de idiota bonzinho? Jamais falarei qualquer coisa para um comensal da morte.

Draco fechou a face e olhou com raiva para Ronald. Ele lançou um feitiço e fez o garoto ficar mudo.

– Sim a espada é verdadeira e encontramos ela na floresta. Alguém a deu para nós. – Harry emendou sem dar atenção ao ruivo que parecia gritar de raiva. Harry era esperto e Hermione entendia porque ele escolhera rápido dar o que Malfoy pedia, estavam em território inimigo e a qualquer hora o feitiço estúpido que ela jogara nele perderia o efeito, precisavam sair dali o mais rápido possível e dar a sorte de Voldemort não resolver visitar seu quartel enquanto estivessem lá. Mas ainda sim, não sabia se podia confiar em Malfoy, porém não era como se tivessem realmente outra bendita escolha. - O que mais quer saber?

– Qualquer coisa que faça Belatrix não querer vir torturar vocês pessoalmente. – ele disse neutro. Blaise já estava de volta, ao lado de Draco e quando percebeu que ela olhava acenou em comprimento e a castanha devolveu o sinal.

– Ótimo! – O amigo tinha uma expressão séria, e o feitiço se desintegrava aos poucos - diga que Harry Potter estará em Hogwarts em breve tem algo que ele procura que Voldemort guardou lá!

– Harry! – Hermione exclamou exasperada. Eles ainda não tinham nenhuma certeza daquilo, foram só especulações que ela fizera, porém mesmo assim ele não podia entregar algo tão precioso ao inimigo, sabia que de burro Voldemort não tinha nada e não demoraria a perceber o que eles estavam fazendo. Era arriscado demais embora parecesse ser a única opção.

– Hermione, precisamos sair daqui ao menos inteiros para continuarmos a lutar essa guerra. Malfoy tem razão precisamos dar algo realmente concreto ou ela vira até aqui, tivemos sorte dela não perceber quem você realmente era ou já estava lá em cima sendo torturada ou morta, então não seja boba. – Hermione se contorceu em raiva, sabia que ele estava certo, no entanto dar informações importantes a Malfoy que provavelmente passaria a Voldemort, não sabia se essa era uma saída muito inteligente. - Tem como nos tirar daqui hoje Malfoy? – Mas Draco não prestava atenção, ele olhava para Hermione.

– Achei que tinha perdido a voz Granger. – O loiro disse olhando para ela com um cinismo carregado em sua voz.- Blaise faça o feitiço!

–Não é como se eu quisesse falar– disse olhando ferida para ele. Sim ela estava feliz por vê-lo ali ajudando eles e sendo aquilo que ela esperava que ele escolhesse ser, um cara diferente do resto de sua família. Porém não podia se dar ao luxo de acreditar em seu coração, tinha que ser racional e pensar no loiro com clareza, não queria ser enganada de novo. Então, ela desviou a atenção de Draco para Blaise que proferia palavras antigas e uma luz vermelha envolvia Ronald. Quando a luz vermelha se dissipou o estado dele pareia deplorável com hematomas que pareciam que havia sido torturado por horas.

– Que tipo de feitiço é esse? – Zabine começara a responder, porém Draco foi mais rápido.

– É algo que você não conhece Granger. Magia antiga, muito usada na última guerra. Ela causa um pouco de dor, mas faz parecer que a pessoa realmente foi ferida e torturada.

– A dor não é nada insuportável, então não se preocupe! - Blaise emendou terminando o feitiço em Harry.

– Por que está nos ajudando Malfoy? É algo que nunca imaginei.

– Não te interessa Potter, e pare de perguntar isso. Vou enrolar minha tinha o máximo que puder e dar um jeito de tirá-los rápido, talvez não seja necessário dizer essa informação crucial para não prejudicar demais seus planos. O lorde não é burro e seja lá o que vocês estejam escondendo ele vai descobrir logo. – Malfoy terminou a fala abrindo a porta, Blaise o seguiu deixando um Ronald mudo, um Harry confuso e uma Hermione com expectativas que não se permitia ter a tempos.

Ronald continuara sem fala e ela e Harry ficaram em um silencio mórbido por um tempo tentando ouvir alguma movimentação fora do cômodo. Depois de se sentirem minimamente seguros, Harry pareceu arriscar a iniciar um diálogo.

– Você não acha estranho Malfoy nos ajudar assim?

– Sim – Hermione sussurrou com medo de que Lucius ou Belatrix entrarem por aquela porta e perceber que Draco não fizera seu trabalho direito e que eles estavam bem.

– Será que ele só esta nos enganando de alguma forma?

– Não acho Harry! Ele não se arriscaria em mentir para o pai e a tia louca. Pelo menos eu acho que não. – Harry assentiu como se concordasse com a linha de raciocínio da amiga.

– Mas é estranho.

– Sim, Harry. Porém temos que nos preocupar em cooperar e sair daqui logo. Já perdemos a espada e isso já é bem ruim.

– Verdade. Mione? – ele chamou fazendo com que levantasse os olhos para o amigo. – Você não acha estranho terem escondido aquela espada no cofre de Belatrix. Afinal é só uma espada, certo? E Aquela louca – Harry contorceu a face em uma careta, talvez se lembrando de Sirius. – Pareceu realmente desesperada por isso.

– É realmente esquisito. Quer dizer, Voldemort não deve ter nem ideia de que estamos procurando aquilo que estamos não é?! – ela olhou inquisitiva para Harry. Ronald permanecia mudo prestando atenção.

– Não, acho que não. Provavelmente pensa que ninguém sabe realmente que elas existem e os que descobriram foram mortos, como Régulos.- Ela assentiu. Antes que pudessem terminar a conversa Blaise entrou pela porta.

– E ai? Estão bem acomodados. – Ele perguntou debochado.

– Você é um babaca Zabine. – Ronald soltou. Parecia que o feitiço de Malfoy papara de fazer efeito.

– É lisonjeiro ouvir isso de você Weasley.

– Zabine – Hermione chamou – O que está acontecendo lá em cima?

– Favores e mais favores. Granger sua conta só esta ficando maior. – o moreno rodou a varinha em sua mão e sorriu debochado. Viu Harry enrugar as sobrancelhas. A castanha olhou Blaise brava, afinal ele que não ousasse falar sobre nada daquela noite, ela praticamente gritou mentalmente como se aquilo pudesse de alguma forma atingir o moreno. O que pareceu fazer efeito de algum modo, pois o garoto rodou os olhos e tratou de contar. – Belatrix está a ponto de matar o tal duende. – ele se aproximou mais dela. – o enfeiticei antes de leva-lo para cima e ele disse que a espada é falsa. Mesmo que o feitiço não dure muito tempo, porque Belatrix não é burra e já percebeu que ele está sobre algum feitiço, vai mantê-la entretida por um tempo. Então, por nada Granger.

– Por que fez isso?

– Não tenho interesse nenhum que Voldemort ganhe essa guerra. – emendou casualmente e antes que ela ou Harry pudessem colocá-lo contra a parede para perguntar o porquê aqueles dois estavam sendo tão ante Voldemort. Ele os cortara falando. – Bem é melhor vocês irem dormir e torcer pelo plano de Draco dar certo, e amanha de manhã todo mundo some e ninguém leva a culpa. – E então ele saiu deixando ela confusa, bem deixando todos confusos. Porém tão cansados que logo Hermione encostou a cabeça na parede e dormiu. Estava tão exausta que nem percebera que aquilo realmente acontecera. Só acordou com alguém desamarrando suas cordas e a carregando para algum local. Teve muito medo e seu primeiro instinto foi tentar se soltar, porém a pessoa sussurra no seu ouvido baixinho.

– Hey, sou eu! – ela reconheceu a voz de Draco instantaneamente e quis abraça-lo fortemente, mas limitou-se a ficar quieta, afinal ele a deixara nua e com o coração destroçado naquele quarto sonserino. Sim ela tinha que ficar lembrando-se disso o tempo todo, por que se não seu coração seria burro e daria ensejo a seus sentimentos pelo sonserino.

Draco parece empurrar uma porta com as costas e depois de deposita-la em algo macio. A garota se sentou no que lhe pareceu ser uma cama e pode ouvir o loiro fechar a porta e sussurrar alguns feitiços. Depois ele acendeu uma lamparina com a varinha, colocando-a na mesinha ao lado da cama. O cômodo era simples e tinha cor de areia e chão em alguma pedra negra. Quando o garoto veio em sua direção sentou-se na cama de casal de aspecto velho e acabado. Hermione o olhava com curiosidade, afinal porque ele a trouxera ali? Será que ela deveria agradecer por ele aparentemente tê-los salvado? Sim, aparentemente! Afinal eles ainda estavam naquela droga de mansão e Voldemort podia querer dar as caras a qualquer momento e isso sim seria o fim deles.

– Por que me trouxe aqui? E Por que você salvou agente e me protegeu? – Deus! Ela não entendia aquele homem...

– Puff não seja convencida Granger. Não salvei ninguém. Se você ganharem a guerra vai ser um depoimento a favor de minha total inocência! – Ela apertou os olhos para ele e bateu em seu ombro olhando ameaçadoramente.

– Pare de ser babaca Malfoy!

– Não sou babaca, sou inteligente! É muito diferente Hermione. – À medida que falava aquilo ele venceu o espaço que havia entre eles e quando dissera seu primeiro nome, já estava com sua boca perto do ouvido da castanha. O loiro dera um pequeno beijo ali em sua orelha, descendo até a boca de Hermione e quando a garota percebeu ele estava beijando-lhe com avidez e desespero contido. A castanha tinha a sensação de que seu coração ia explodir e derreter ao mesmo tempo. Sentia-se em êxtase e aquilo era a prova de que gostava mesmo do loiro, era total e irrevogavelmente apaixonada por ele! Todavia ela não podia deixar se envolver pelo encanto de Draco quando ele a machucara e a usara daquele jeito, mesmo que o loiro tivesse salvado seus amigos. Ela parou o beijo mesmo que ele tivesse tentado a todo custo fazer com que ela ficasse ali com ele totalmente entregue.

– Draco! – ela chamou baixinho se desvencilhando sorrateiramente do loiro. Ele parecia bravo pela relutância dela de voltar para a posição que estavam e a puxava pela cintura fortemente.

– Draco! Por que você está aqui fazendo isso? Por que você falou todas aquelas coisas e depois pediu para Blaise levar minha roupa e varinha? – A castanha sustentava o olhar cinzento do loiro que ao final dos questionamentos de Hermione desviou seus olhos do dela e passou a mão pelos cabelos em sinal de nervosismo.

– Nós não podemos voltar para onde estávamos? – ele perguntou matreiro tentando se aproximar dela novamente. Ah Hermione queria muito se entregar naquele sentimento maravilhoso que era estar nos braços daquele homem, porém ela sempre fora muito racional e embora o loiro despertasse um lado meio irresponsável e impulsivo em si, não podia deixar de ser lógica e centrada, tinha uma guerra para ganhar.

– Não, nós não podemos! – ela disse brava com ele...

– Você me questiona coisas das quais nem eu sei a resposta Hermione. – ele disse com o olhar sério para ela. Aquilo a assustou um pouco, pois o Malfoy que ela conhecera até o quinto ano era mimado, idiota, um verdadeiro menininho do papai, porém aquela figura mudara um pouco no sexto ano, e agora aquele olhar sério a mostrava que talvez ele já não fosse aquele garoto idiota a tempos, mas só talvez.

– Como não sabe? – ela perguntou inquisitiva já de pé – Uma hora você é cruel e idiota e me deixa nua em seu quarto trancada o dia todo e quando saio descubro coisa terríveis como você ter levado comensais para dentro do Castelo, que mataram pessoas, depois você salva a mim e meus amigos e não só vai nos ajudar sair daqui, mas também me acorda no meio da noite me trás para cá e começa a me beijar como se nada nunca tivesse ocorrido.

– Não preciso que ninguém jogue os meus erros na minha cara Hermione, mas eu temi pela minha mãe quando fiz o que Voldemort disse para fazer e não vou mentir para você parte de mim queria a glória, a devoção, o poder, o respeito e o temor que meu pai dizia que ser um comensal da morte podia trazer... Mas as coisas mudaram... –Ele disse já de pé também... Hermione sabia que Draco não era perfeito e nem nunca seria, não era altruísta e nada daquilo em que ela acreditava ser certo. O loiro passou a mão pelos cabelos novamente.- Eu não quero discutir nada disso agora e não posso te dar as respostas que você procura Hermione. Se os ajudei hoje foi porque parte de mim acredita veemente que vocês vão ganhar essa Guerra, que Voldemort não tem futuro e ponto. Além de que jamais me perdoaria se alguém a machucasse e eu ficasse assistindo como se fosse totalmente normal. – Ele abaixou a voz, fazendo com que ela quase não ouvisse o que ele disse no final, porém o quarto era realmente pequeno e o silêncio da noite fazia que um mínimo sussurro pudesse ser escutado e ouvir aquilo fora como um soco em seu estômago. Então ele se preocupava com ela?! Não ia mentir que aquilo aqueceu seu coração e trouxe uma sensação gostosa a si, afinal era verdade, ele a protegera mudando sua aparência. No entanto ela ainda não o entendia, pois se o loiro tinha tanta certeza que Voldemort ia perder porque continuava a sustentar a pose de comensal? Talvez Draco tivesse medo de dizer ou receio de estar realmente se importando e tinha o tal preconceito e sua família. Hermione não entendia e quanto mais tempo passava com ele percebia que Draco escondia coisas de mais, era sempre misterioso e evasivo de mais. Todavia ela gostava tanto de olha-lo e queria tanto que ele parece de agir desse jeito sempre mascarado perto dela.

A verdade era que se Draco tinha ou não medo de se importar e se envolver ela não tinha e o faria pelo dois, ao menos ali. Ela o amaria de todo o coração e mostraria para ele o que era ser amado por ela. Abrandou a face e chegou mais perto do loiro. Ele tinha um olhar meio perdido e era tão alto e tão loiro. Ela o achava tão lindo, ficou nas pontas dos pés e depositou um casto beijo em seus lábios. Ele pareceu sair daquilo que o prendia em pensamento e abaixou a cabeça na altura da castanha tomando os lábios dela com calma e lentidão. Sentou-se na cama de novo com Hermione em seu colo e a castanha sentiu quando ele desceu até a base de seu pescoço. Ela só podia o amar por deixar se envolver de novo e querer tanto fazer algo assim por ele.

Hermione sempre se questionou sobre o amor. Ela já havia lido muitas coisas e viu muitas pessoas tentando descrever, no entanto ali ela sentia algo a preenchendo tanto e uma vontade louca de cuidar de Draco e sempre estar presente para ele. De lutar para que ele fosse um pouquinho diferente mesmo que ela soubesse que ele jamais perderia aquele jeitinho sonserino e arrogante dele. Gostaria de mostrar outro caminho a ele e fazer com que conhecesse a felicidade de ser amado. Ali ela escolhera lutar por ele, escolhera se entregar a ele mesmo que suas palavras a pouco não fossem românticas e tão incoerentes. Por que para a castanha se apaixonar era algo do acaso e que acontecia assim sem agente perceber, porém amar era escolher estar ali apesar de tudo que Draco já fizera ou iria fazer, era ama-lo apesar daquilo que ele tinha de defeitos. Era humana, é claro, e hora ou outra iria pedir algo em troca, todavia por agora ela iria só ama-lo. Assim, não hesitou em levantar os braços para que ele tirasse sua blusa mais uma vez e que ele fosse dela e ela dele.

– Eu amo você. – Hermione sussurrou quando já não havia mais roupa nenhuma separando o corpo dos dois e ele estava a levando a loucura pelas carícias e avidez que passava as mãos pelas curvas da castanha. Percebeu que os movimentos do loiro estancaram e a castanha também parou esperando o que o loiro faria a seguir. Ele retirou o rosto da curva de seu pescoço e olhou para ela. Trouxe-a para perto de modo que seus rostos ficassem a centímetros e assim, retirou cada mexa de sua face e olhou bem para ela. Sabia que Draco jamais responderia algo nem perto daquilo que ela falara, porém a reação a deixou intrigada. Esperava que ele passasse reto por aquilo e continuasse, mas não ele estava lá a olhando curioso e acariciando sua bochecha com o a mão.

– Eu não mereço nada disso Hermione – Draco disse sério e não penoso ou dramático. Como se estivesse se fazendo de vítima ou coitado. Parecia um fato saindo da boca dele, simples e direto, assim como dois mais dois eram um e talvez ele estivesse certo, mas ela não se importava. Pelo menos não ali, não agora e não iria se permitir ficar remoendo o amanhã. Sorriu para ele tombando a cabeça em direção a sua mão querendo por mais daquele toque carinhoso do loiro.

–Não importa! É fato e você não pode fazer nada sobre isso! –sua voz saiu empolgada e falsamente brava. Ele riu um riso que ela achou verdadeiro e gostoso de ouvir trazendo-a para mais perto a beijando e consumando o ato que iniciaram ali. Aquele ato daria fruto a suas preciosidades e ela jamais se arrependeria dele mesmo que coisas amargas estivessem por acontecer.

Hermione acordara com Draco a chamando meio desesperado. Demorara um pouco para abrir os olhos, no entanto quando os abrira pode ver o loiro estava com uma face de preocupação.

– Hermione, se apresse! Dobby já esta aqui levando o pessoal que estava no calabouço. Belatrix esta lá em cima com o Weasley e meu pai acabou descobrindo que o potter é o potter – Ela arregalara os olhos e pulara da cama pegando as roupas e a vestindo com pressa

– Como descobriram que não estou aqui no quarto com você Draco? Você chamou o Dobby? Como?

– Sim eu o chamei e não tenho tempo de explicar como agora. Sobre não te descobrirem inventei alguma desculpa idiota e Blaise acobertou. – ele disse e Hermione fora abrir a porta.

– Onde Harry está Draco?

– Estão todos lá em cima. Chamaram o Lorde. – ele disse frio. Dobby aparecera no meio do corredor e olhou de Hermione para Draco.

– Leve-a Dobby e depois dou um jeito de levar os outros dois.

– Não! Eu vou buscar Harry e Rony! – Hermione disse brava olhando para ele. O loiro devolveu o olhar.

– Você é louca. Estão todos lá e se o Lorde chegar será o seu fim Hermione. Não deixarei que faça isso, é estupidez! – Ele olhava ameaçadoramente para ela como se a encorajasse a contraria-lo. Entretanto ela era teimosa e amava demais os amigos.

– Jamais deixaria meus amigos para trás Draco, nem que fosse perder minha vida para que eles fossem salvos. – E sem dar atenção a reação do loiro subiu as escadas com Dobby em seu encalço. Não andou muito até chegar à sala onde Belatrix já torturava Rony que soltava gritos de pavor, além dela, Ronald e Harry estavam no cômodo somente os pais de Draco, provavelmente ele dera um sumiço em Greyback e seus capangas. Hermione precisava causar uma distração para que pudesse ir rapidamente até os amigos e Dobby aparatar com eles. Pensou, pensou e quando colocou os olhos no vaso lindo e adornado ao seu lado seu cérebro pareceu formar um plano. O quebraria causando uma distração que provavelmente chamaria atenção deles e desacordaria os que viessem, depois estuporaria os demais. Era um plano improvisado que tinha inúmeras lacunas, porém Rony já estava sendo torturado e ela não tinha tempo para elaborar nada mais concreto e assim fez... Quando estourou o vaso Narcisa e Lúcio vieram rapidamente para onde a castanha se escondera e Belatrix não dera muita atenção, pois parecia possessa com o provável cofre violado e continuava a gritar inquisitiva para Ronald onde ela achara a espada. Aquilo fora um golpe de sorte os dois de uma vez virem, ela achou burrice também, porém eles eram prepotentes o bastante para nunca deduzir que alguém fugiria ou atrapalharia seus planos em sua própria casa.

Quando os dois estavam longe da visão de todos da sala ela viu um feitiço atingi-los e ambos caírem descordados no chão. Olhou para trás e viu Blaise sorrindo para ela dando os ombros. Claro que seria Blaise e não Draco e aquilo há machucou um pouco, no entanto concentrou-se em Belatrix e a estuporou. O feitiço a derrubara, no entanto quando estava chegando perto do corpo dos amigos outro feitiço verde passou perto de sua orelha, olhou para trás assustada e pode ver Lucius espumando de raiva com uma Narcisa impassível e um Draco frio apontando a varinha para eles. Ela pensou que ele tinha que manter a pose, pois ficaria no covil das cobras e por isso estava ali com Blaise atrás na mesma posição de ataque. Assim, contra-atacou derrubando Narcisa. Harry já de pé jogara o velho e bom expelliarmos em Draco o desarmando, este não oferecera resistência alguma. Logo que Lucius ia lançar lhes o contra-ataque já estava com as mãos nos corpos dos amigos e Dobby aparatou. A última coisa que viu foi do olhar de Draco sobre ela. Hermione sorriu para ele, não sabia qual seria a explicação dele e como ele se safaria daquilo, no entanto o loiro era esperto e o importante era que estavam são e salvos. Assim, sentiu o puxão forte no umbigo e tudo desaparecer.

Hermione não sabia para onde estava indo e quando aparataram em uma praia na qual mais a atrás havia um pequeno chalé, a castanha não se lembrou de nada que pudesse se ligar aquele lugar. No entanto suas dúvidas foram sanadas quando viu Fleur correndo na direção deles e ponderou que provavelmente aquela era a casa dela e de Gui. Rony parecia meio atordoado e desanuviado, ela se preocupou sobre o que aquela louca havia feito ao amigo e abaixou na direção dele.

– Você esta bem Rony?

– Sim.– ele disse piscando os olhos e sacudindo a cabeça. Harry se abaixou e o ajudou a levantar. O ruivo parecia estar em um estado caótico e Hermione duvidou que ele realmente estivesse bem. No entanto preocupou-se com Dobby e voltou-se para o elfo.

– E você Dobby, está bem? – A castanha disse olhando para o elfo que parecia um pouco cansado, pelo que ela pensou ser a quantidade de aparatações que ele havia feito, já que ouvira Draco dizendo sobre ele ter tirado as outras pessoas do calabouço.

– Sim senhorita, Dobby está bem só um pouco cansado. Mas Dobby faria tudo de novo pelos amigos de Harry Potter! – o elfo disse com aqueles grandes olhos cheios de devoção a Harry, Hermione realmente gostava daquele elfo e sorriu amavelmente para ele.

– Hermione por que você sumiu? – a castanha reprimiu o nervosismo que viera com aquela pergunta. Se Rony soubesse.

– Malfoy queria refazer o feitiço de transfiguração, afinal ele achou que se Belatrix me visse ali ela não hesitaria em matar-me e tirar mais algumas informações para beneficio próprio.- ela inventou rapidamente. Fora uma péssima desculpa.

– Isso não importa agora Rony! – Harry emendou apoiando o amigo ruivo que parecia ter a perna machucada – Você conseguiu pegar algo dela? - Rony assentiu abrindo a mão, a castanha pode ver um emaranhado de fios negros, Hermione quis perguntar, porém foi interrompido por uma ofegante Fleur.

– Arry, Rony, Hermone! Vocês estam bem?

–Sim, estamos. – Hermione se adiantou para a mulher...

– Graças a Deus! Estavam demorrando tante e os outros já estam todos aqui, fiquei realmente preocupade...

– Quem mais Dobby trouxe?- A castanha perguntou..

– Luna, Olivaras, Dedalo... – quem respondeu fora Harry que apoiava Ronald... Droga, Hermione nem sabia do que eles estavam falando, pode sim entender porque pegaram o cabelo de Belatrix provavelmente para polissuco, todavia não tinha ideia do que acontecera aos amigos enquanto estava fora... Fora uma péssima hora para deixar seu coração comandar a razão, afinal estavam em Guerra...

– Como você sabe Harry? – a castanha indagou

– Belatrix fez-nos uma visitinha naquela sala para qual Malfoy e Zabine nos levou. Não se deu por satifesita com minha resposta da espada ser dada a nós e queria interrogar Ronald!- ele fez uma brusca pausa, olhando para ela- Bem é melhor entrarmos, acho que Ronald não vai aguentar muito tempo de pé, lá eu explico tudo...-Hermione assentiu e seguiu os amigos para dentro do chalé das conchas.

A casa tinha um ar aconchegante e uma umidade gostosa, típica de um chalé a beira mar. Os tons azuis e cremes o assemelhava mais ainda àquela paisagem de mar e praia. Luna estava sentada em um canto no sofá, ela parecia ter o mesmo olhar de sempre, sonhador e desanuviado. Hermione achou aquilo bom e confortável, pois remetia a casualidade de Hogwarts quando tinha amiga perto de si. O duende que Lucio Malfoy falara se sentava na poltrona, esse tinha uma cara fechada, ar carrancudo e sério que todos de sua espécie pareciam trazer consigo. Gui Weasley, que descia as escadas, deu um pulo quando viu o irmão mais novo sendo apoiado por Harry, e uma face de preocupação tomou conta de si. As marcas feitas por Greyback já não eram tão visíveis embora Hermione achasse que ele nunca mais teria a face limpa de quando o conhecera, esperava que Draco e Blaise tivessem dado um jeito de sumir com aquele lobisomem maldito, ele merecia pagar pelo que fizera a pessoas inocentes.

– Rony, você está bem? – Gui perguntou um tanto aflito.

– Sim, estou. Aquela louca da Belatrix precisa mais que alguns cruciatus para me derrubar... – O ruivo disse tentando fazer piada, porém Hermione achou que ele só quis dar uma de durão na frente de todos. Maldição cruciatos deixava as pessoas loucas e ela já lera sobre depoimentos de pessoas que a descreveram, parecia ser uma sensação horrível. Teve sorte de Draco poder ajudá-los a sair daquilo. Mas também se sentiu culpada pelo amigo, afinal enquanto ela se preocupava com Draco os amigos estavam passando por apuros que podiam ter sido bem piores.

– Então, por que você está mancando? – A voz doce e sonhadora de Luna preenchera a pequena sala de entrada.

– Tentei chutar Belatrix, mas ela parece saber algum contra feitiço estranho que pareceu que eu estava levando milhões de chutes de uma vez.

– Oh Meu Deus! Que horror! – Fleur emendou em um sotaque não tão forte quando Hermione a conhecera. Harry sentou o ruivo no sofá marrom e caiu ao seu lado, ele parecia esgotado e cansado.

– Bem é melhor eu pegar algo para comerem. Olivaras está lá em cima acamado se quiserem vê-lo podem ir até lá, mas duvido que ele acorde tão cedo. - Harry e Rony assentiram e a menção de comida fez Hermione salivar, não ingeria nada descente há tempos. Gui seguiu para a cozinha e Fleur pareceu querer examinar a perna de Ronald. Hermione caiu no sofá ao lado de Harry que parecia muito concentrado em algo.

– Então você é Harry Potter. – O duende carrancudo chamou atenção de seu amigo que saiu do seu estado de transe e olhou para o homenzinho. Harry se limitou a assentir e olhar fixamente para ele.

– Devia estar a milhões de quilômetros daqui, a Inglaterra não sobrevivera muito mais a Voldemort.

– Então você sugere que fujamos e fiquemos assistindo as pessoas morreram? – Ronald estourou gritando com o duende. Ele sempre era assim impulsivo e estourado. Hermione teve uma mera lembrança de quando ele mesmo os deixara sozinhos e ela e Harry quase morreram com o ataque daquela cobra nojenta de Voldemort. No entanto o ruivo estava sobre o efeito do colar e bem juntando a sua natureza um pouco explosiva ela não poderia realmente culpa-lo. Mexeu-se no intuito de fazer o ruivo se sentar novamente e acalmar-se, porém Fleur fora mais rápida e colocou a mão em seus ombros fazendo-o se sentar brigando com ele por ter atrapalhado seu curativo quase terminado. Um clima estranho se instalou no ressinto e logo foi quebrado com Gui chegando com comida. Não demorou muito para todos estarem com a boca cheia, enquanto Luna começara um assunto de como sabia que Malfoy a libertaria porque ele tinha zonzobulos demais em volta de sua cabeça significando que era uma pessoa boa. Hermione não usaria essa palavra, talvez razoável, mas boa não. Enquanto todos estavam absortos na conversa de Luna Hermione deu uma olhada inquisitiva para os amigos, queria saber o que havia perdido enquanto estava com Draco, assim Harry acenara fazendo um movimento com os lábios ‘ Depois’.

Após comerem como porcos já que não se alimentavam há dois dias. Fleur improvisara uma cama para o duende que fora descansar e Ronald parecia muito fechado em uma conversa com Gui, Harry puxara Hermione para um canto.

– Hey! Malfoy te machucou de alguma forma? – ele perguntou olhando para ela.

– Não! Ele só tentou me dissuadir a dar alguma informação importante. – ela mentiu olhando para o amigo que assentiu.

– Mesmo assim não confio nele e você sabe disso. É estranho que ele estivesse querendo tanto te proteger.

– Sim Harry, mas o importante não é o Malfoy aqui. Quero saber por que Ronald deu-se o trabalho de pegar o cabelo da Belatrix! – Hermione desviou o assunto rápido.

– Bem depois que você sumiu, Lucio Malfoy veio ver a gente pessoalmente. O feitiço que o Zabine usou pareceu bem convincente, porque ele pareceu a provar o serviço deles – Como aquele homem podia ser tão doentio ao ponto de aprovar que o filho torture pessoas, Hermione pensou – Depois Belatrix entrou e começou a lançar cruciatos em Ronald, perguntando a toda hora sobre a espada e onde a achamos, quem nos deu, Zabine foi rápido em esconder meu rosto, para que ninguém percebesse que eu era, bem eu. Logo ele mesmo deu um jeito de tirarem eles dali, não sei como, depois nos levou para uma cela onde encontrei o resto do pessoal, e eu e Ronald, que parecia bem já que Belatrix usara a feitiço só uma vez, pensamos em quanto ela ficou desesperada com o fato de alguém ter entrado no cofre dela.

– E então vocês deduziram que talvez ela esteja escondendo um horcruxe. – Hermione emendou entendendo a linha de raciocínio do amigo. – Mas e depois?

– Isso! Então eu e Ronald achamos que teremos que invadir Gringotes e ver o que Belatrix tem tanto medo que agente encontre. Bem depois, Rabicho veio pegar Ronald só que o feitiço do Zabine parou de fazer efeito, assim quando aquele rato traidor me reconheceu não hesitou em levar-me também, ai tudo ficou de cabeça para baixo quando me viu Lucio chamou Voldemort, e Belatrix ainda estava possessa, porém era a nossa chance de pegarmos algo dela para a polissuco, depois disso você chegou e o resto você já sabe.

– Bem, isso é estranho, pois Zabine deveria ter cuidado para que nada disso ocorresse. - A castanha disse e o amigo assentiu.

– Talvez, porém quando tudo isso estava acontecendo não vi Malfoy em lugar algum e depois Zabine também não. Enfim não importa, ainda não entendo porque ele nos ajudou. Mas sobre as horcruxes. Hermione, temos que invadir Gringotes.

– Mas Harry Gringotes é um banco bruxo, extremamente protegido. Eu já li sobre os métodos de segurança deles, são extremamente seguros com margens de erro mínimas, quase que inexistentes.

– Sim eu sei! Mas talvez o duende queira nos ajudar e também – Harry tirou uma varinha encurvada e estranha do bolso de suas vestes, Hermione a achou familiar de algum modo – Peguei a varinha de Belatrix quando você a estuporou.

– Brilhante Harry! Talvez tenhamos uma chance, porém para isso teríamos que ter polissuco e também esperar a poeira baixar afinal Belatrix com certeza dará um jeito de ver o cofre para ver se está tudo em ordem.

– Você por acaso não teria polissuco ai teria? – Harry olhou para a amiga em expectativa.

– Acho que não Harry, usamos tudo que eu tinha quando invadimos o ministério. Mas tenho os ingredientes para fazê-la.

– Brilhante Mione! Mas você acha que pode fazer essa poção mais rápida? Não podemos demorar muito aqui.

– Vou tentar Harry. Acho que em duas ou três semanas ela pode estar pronta. – Hermione ao menos iria tentar a todo custo fazer o mais rápido que pudesse. Evitou pensar em Draco e voltou para a sala onde todos ainda estavam reunidos, teriam agora que convencer um duende incrédulo a ajuda-los. Isso seria totalmente trabalhoso.

Passara-se um tempo desde que Hermione começara fazer a poção, Harry e Ronald ficaram com a tarefa de convencer Dedalo a ajuda-los e o duende pediu a espada de Griffindor em troca, foi um preço muito caro e tiveram muita relutância em aceita-lo, porém precisavam achar as horcruxes e dar um fim naquilo tudo. Já Hermione vinha se sentindo estranha há muitos dias, nas primeiras duas semanas tudo parecia estar normal, ela achava que os enjoos, tonturas e sonolência eram algo banal e corriqueiro provindos de alguns mal estar, porém quando suas regras atrasaram, seus seios começaram a ficar muito sensíveis e doloridos, ela se preocupou. Foi em uma noite quando se levantou com muita vontade de comer carne e achou Fleur ainda sentada na mesa comendo avidamente em uma tigela, que teve coragem de admitir a si mesma.

– Oh Hermione! Você está bem? – a castanha enrubesceu um pouco, não queria falar que estava quase desmaiando de tanta vontade de comer carne.

– Sim estou. – A loira sorriu, e Hermione protelou sem coragem de pedir a tal carne do almoço.

– Você quer alguma cosa?

– Bem, na verdade não teria sobrado alguma carne do almoço? – perguntou com muita vergonha, porém sua vontade era maior. Fleur riu e se levantou sumindo em uma portinha e voltando com um pote com papel filme por cima.

– Aqui está Hermione, sobrou algume carne. – ela lhe sorriu amavelmente, já a castanha pegou o pote avidamente e saboreou aquilo como se tivesse tendo orgasmos múltiplos. Deus! Ela não sabia como um simples prato podia trazer tanto prazer. Quando enfim não havia mais nada para comer a castanha finalmente olhou para a francesa sentada em sua frente. Fleur tinha a face e olhar preocupados, no entanto logo que percebeu o olhar da castanha tentou disfarçar e sorriu engatando uma conversa.

– Então os enjoos melhorrarram depois da poção que te dei?

– Um pouco, mesmo assim obrigada Fleur! – ela lhe sorriu já a loira só acenou.

– Sabe Hermione não querro ser intrometida, mas você já teve um namorrado ou algum tipo de relacionamento? –A castanha estranhou a pergunta da loira, afinal por que diabos ela estava lhe perguntando aquilo.

– Não Fleur. – Ela pareceu aliviada de alguma forma e lhe sorriu se levantando, em seguida, e colocando as louças sujas na pia. Hermione, no entanto ficara extremante curiosa.

– Por que a pergunta?

– Ah querrida, me desculpe à intromissão, mas a poção que te dei é na verdade vinda de um kit que minha mãe me deu que abrandam sintomas de gravidez! Mas com certeza deve ser só algo que você comeu, como eu pensei de início, quando lhe dei a poção e já passou, certo! – Fleur sorriu novamente para ela. Sim, ela nunca teve coragem de realmente pronunciar tal palavra, afinal não poderia ser poderia? Porém Hermione era inteligente demais para continuar protelando o assunto e ignorando os fatos. Ela ficara com Draco, não usara nada de proteção e se esquecera, totalmente, de tomar alguma poção ou ao menos fazer, estava concentrada demais organizando o plano para entrarem em Gringotes. Deus! E se ela realmente estivesse?

– Hermione – a loira chamou e ela pode sair de seu transe e dar atenção à mulher em sua frente – Você está bem? – A castanha fixou seus olhos na mulher.

– Você disse que era uma poção que combatia a sintomas de gravidez.

– Sim! Toda grávida, minha mãe me explicou, tem uma serrie de sintomas meio inconvenientes, ela disse que seja o que acontecesse nesses próximos meses eu teria como estar preparrada. Hermione você não acha que está, você acabou de me dizer que nunca?! – ela olhou preocupada. Hermione abaixou os olhos, claro que todos aqueles gestos quase que a entregara. Então se limitou a assentir para a loira. A hora com certeza não poderia ser mais horrível para algo assim acontecer. Fleur colou a mão em cima das suas e a olhou ternamente.

– Ronald já sabe? – Por que ela perguntara sobre Ronald? Ela não gostava dele fazia tempos.

– Não! Ronald não é o pai e eu também não posso ter realmente certeza, ainda não fiz teste nenhum, ou seja, lá o que os bruxos fazem para confirmar a gravidez. – a sua voz saiu baixa e sussurrante com medo de que alguém ouvisse.

– Eu posso resolver isso. Esperre um minuto.

Hermione viu a loira sair rápido da cozinha, será que ela tinha algum meio de ter certeza que a castanha estava mesmo grávida? Droga! Por que ela fora tão descuidada, e se ela realmente estivesse?! Hermione colocou as mãos no rosto e abaixou na altura dos joelhos, o que eu ela faria? Tinha a droga da Guerra e tinha que derrotar Voldemort! Não iria chorar, simplesmente não iria. Logo ouviu passos vindos da sala e a loira entrou carregando um frasco com um pequeno vasilhame redondo.

– O que é isso? – A castanha perguntou

– É um teste de gravidez bem útil e mágico, portante muite eficaz. – Ela derramou o liquido vermelho do frasco no vasilhame e estendeu a castanha que pegou hesitante.

– Esperro que esteja com vontade de ir ao banheiro. Você só precisa derramar algumas gotas e se a poção ficar verde você realmente está, e se não ficarrá azul. – A castanha assentiu seguindo para o pequeno Lavabo que tinha na sala. Quando urinou sobre o vasilhame não pode deixar de fazer uma ponte com testes de gravidez trouxa, no entanto ao contraria daqueles que não eram lá muitos eficazes, este era mágico e ela duvidava muito que errasse. Sim na hora ela torceu para que a coloração azul aparecesse e pediu a quem quer que fosse que ela não estivesse mesmo grávida de Draco. Afinal quem sabia que rumo àquela guerra ia tomar e quem garantiria que ela ao menos sairia viva ou mesmo Draco, quis fechar os olhos para não ver o resultado, porém se obrigou a ser corajosa, era uma grifinória e precisava fazer, assim olhou para o vasilhame. Seu coração rápido, suas mãos suadas, suas lágrimas e sua vontade enorme de gritar foram quase como confirmações da cor esverdeada da poção. Não demorou muito para que Fleur entrasse no banheiro a abaixasse na altura da castanha que em meio às lágrimas e o desespero que tomaram conta de si conseguiu falar.

– Prometa que não dirá a ninguém. – Fleur titubeou retirando a poção das mãos de Hermione que tremiam muito. – Prometa! - Ela disse um pouco mais alto levantando o rosto. Viu a francesa hesitar um pouco, mas assentiu e aquilo relaxou-a um pouco, porém muito pouco já que aquela fora uma longa noite de choro e desespero, afinal o que ela faria carregando um filho de Draco no meio de uma guerra daquela?


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Notas finais do capítulo

Gente não fui muito com a cara desse capítulo não, mas revisei ele umas mil vezes, e rescrevi um monte de parte umas mil vezes e saiu isso.. Enfim espero que tenham gostado.. A fic está chegando em um ponto bem crucial e já posso sentir cheiro de Draco por aqui.. Rsrsrsrsr até mais e me desculpem qualquer erro que deixei passar.