Lembranças - Dramione escrita por Licia


Capítulo 10
O Acordar


Notas iniciais do capítulo

Oiee pessoas.. Leiam as notas finais!!!
Estava sem criatividade para o nome do capitulo e coloquei isso ai.. rsrrsrs
Apreciem..



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– Senhorita, você está no Banheiro masculino. – Aquela fala que soara atrás de Hermione foi o suficiente para trazê-la de volta a realidade e como se aquelas lembranças fossem indigestas demais, seu enjoo voltara com força, fazendo com que não desse atenção ao homem que estava atrás dela, mas corresse para o vaso e despejasse todo seu café da manhã e almoço. Talvez aquela memória tivesse explodido algo nela que não se lembrava há tempos, algo como a inocência de acreditar que Draco podia ser de outro modo. Tinha saudade daquela velha Hermione, daquela que acreditava e que tinha esperança. Antes que pudesse se conter um choro baixo saíra de sua garganta e ela pode perceber alguém afagando a suas costas e abaixando na sua altura. Não queria parecer fraca para ninguém, assim esfregou os olhos fortemente e tratou de tentar parar o choro que lhe prendia a garganta, o que se mostrou inútil.

– Tudo bem querida eu estou aqui. – A voz foi reconhecida na hora por Hermione, era Adeline e aquilo a deixou mais tranquila por estar desabando perto de alguém conhecido. A curandeira esperou cinco minutos até que Hermione se recompusesse e pudesse finalmente se levantar e com a ajuda dela foi levado até uma pequena salinha onde Adeline chefiava as demais curandeiras. Lá ela deu-lhe água e um remédio para beber que dissera ser um calmante

– Obrigado Adeline... – A grifinória disse com a voz rouca, depois de passado todo aquele constrangedor momento - Esses pequenos enjoos já estão se tornando rotineiros. - A curandeira sorrira de lado a olhando de maneira maternal.

– O minha querida acho que foi um pouco mais que isso, não?! – Ela lhe deu um sorriso e olhar amável. - Nós mulheres ficamos muito sensíveis quando estamos grávidas. – A castanha acenara em confirmação, ficando grata por ela não especular e forçar uma conversa que não queria ter. Ficar pensando e se lembrando de Draco a beijando pela primeira vez só faria o choro voltar mais forte e aquela dor aguda em seu estômago apoderar-se de si.

– Sim, ficamos. Encabulo-me por sempre estar com um emocional demasiadamente mutável. – a castanha sorriu forçadamente para a curandeira. Sim, ela tinha que ser forte e ficar feliz por ela, por seus filhos e seus pais por mais que seu coração não quisesse, precisava pensar nas coisas boas que tinha a sua volta. Aquilo fez se lembrar do jantar que teria na casa da mulher a sua frente e tratou de comentar com ela, e como já passava das seis e meia Adeline quis ir logo para casa, para que Hermione pudesse conhecer sua família. Ficou grata por ter algo para distrai-la e tirara-la daquele estado de tristeza que queria a acorrentar. A curandeira terminara de organizar tudo em sua sala e depois segurando a mão de Hermione aparataram. O puxão forte no umbigo e a sensação de incomodo fora o sinal de que já haviam chegado e dando o braço a amiga caminhou pela estrada de pedra no meio de uma densa floresta.

A casa de dois andares era grande e rodeada pela vegetação que as acompanhara durante o pequeno trajeto de onde aparataram até ali. Tinha um estilo clássico vitoriano e cores neutras com janelas brancas. Pareceu-lhe ser extremamente bonita e bem cuidada com um jardim na frente e um alto portão de ferro. Adeline se apressara para dentro da casa levando Hermione com ela. Quando adentraram a residência, não pode deixar de notar o quão sofisticado e maravilhoso era a arquitetura de seu interior, os cômodos não deixavam a desejar sendo composta por objetos harmoniosos e quadros que se mexiam em paisagens extremamente belas. O Marido de sua recente amiga que estava sentado à bela sala de entrada pareceu ser um homem educado e elegante nada que lembrasse Lucio Malfoy, embora ostentasse a mesma altivez aristocrática. Ele a cumprimentou comentando de sua juventude, ao seu lado Hermione percebera estar o filho mais velho da família que era o herdeiro e seguira o ofício do pai que ela logo descobrira ser um industrial do ramo de vassouras. Não perguntou por Alexander e ninguém tocara no assunto, ela decidira então ficar quieta sobre o fato. Fora um jantar maravilhoso em uma família tradicional bruxa, Hermione ponderou o que eles diriam se soubessem que com apenas dezessete anos estava grávida de gêmeos. Adeline não pareceu realmente se importar, porém a tratara como uma verdadeira filha, pelo menos fora o que parecera a castanha e nos próximos três dias que se seguiram após o jantar pode constatar isso com a preocupação da curandeira. Ela sempre vinha perguntar se precisava de algo ou tinha alguma dúvida, se estava alimentando-se direito e tomando um banho de sol todos os dias por volta das dez da manhã. Aquilo fez com que a castanha adquirisse um carinho imenso pela bruxa e querer ter ela em sua vida para sempre.

Deixando esses pensamentos de lado fixou seus olhos em seus pais que a que tudo indicava acordariam em vinte minutos ou meia hora. Sim, ela estava nervosa pelo que viria, mas também ansiosa. Oliver garantiu a ela que o processo ocorrera da melhor forma possível e tudo parecia ter dado mais que certo, porém Hermione só teria total certeza quando conversasse com seus pais e visse que eles se lembravam dela. Suspirou tentado acalmar sua perna que batia freneticamente e assim tentou voltar para seu livro recém-comprado de medibruxaria.

Naqueles três dias que se passaram depois do jantar na casa de Adeline ela fora se inscrever na Instituição de Medibruxaria Vileardium, porém como não tinha os Niems (Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia) fora submetida a uma prova que deixara a castanha nervosa, mas que no final ela fora bem e conseguira passar. Aquilo a deixara tão feliz que abraçara a diretora da instituição Senhora Madelaine a quem teve que dar uma exaustiva e constrangedora explicação o porquê de não terminar o último ano na escola e porque definitivamente não queria voltar para fazê-lo e como a boa sabe-tudo que sempre fora não demorara em ir direto à livraria comprar os exemplares de tudo que precisava já que as aulas começariam em duas semanas. Aquela lembrança à fez sorrir, não podia acreditar que estava um passo mais perto de ser medibruxa, e com avidez de saber mais daquela profissão voltou seus olhos para o livro de Anatomia humana na visão da Medibruxaria sem, no entanto parar de bater a perna freneticamente na esperança que isso acalmasse um pouco ela, afinal o tempo parecia passar muito lentamente. Não lera nem duas linhas quando a porta do quarto foi aberta e por ela passou Oliver.

– Senhorita Granger, eles já deram sinal de consciência? – Ele perguntou fechando a porta atrás de si.

– Nenhum. – ela mordera o lábio inferior em sinal de nervosismo – Será que vão demorar muito? – Hermione perguntara fechando o livro frustrada.

– Creio que não. Bem só passei para ver se eles estavam acordados. Por favor, pode pedir para alguém me chamar quando isso acontecer? – A castanha assentira se levantando e indo para a cama de seu pai que parecia em sono profundo. Sentara-se na beirada dela e ficara lá o que lhe pareceram horas olhando para o corpo inerte deles, porém uma fungada forte vinda da cama de sua mãe a tirara daquele estado de torpor. Afobada abrira a porta e pedira para a primeira enfermeira que avistara chamar Oliver e assim voltou seu olhar para a cama de seus pais, ansiosa. Sua mãe abrira os olhos e a castanha hesitara antes de chegar perto. Só pensava que tinha que ter dado certo e eles tinham que reconhecê-la. A grifinória imaginou que o estado grogue de Jane impedia que ela entrasse em desespero naquele momento. A conhecia bem demais para saber o quão histérica ela podia ser quando não entendia nada que estava a sua volta. Todavia para sua total surpresa ela conseguira sentar na cama.

– Que dor horrível na cabeça. – sua mãe disse com a voz rouca, seca, os olhos fechados e a mão na região da nuca. Quando ela abriu os olhos tão ambares quanto os de Hermione tentara focalizar quem via em sua frente e quando sua visão pareceu clarear um vinco se formou em sua testa e um olhar de confusão tomou sua face. Hermione teve medo que ela não fosse se lembrar. O meu Deus, e se ela não se lembrasse?!

– Hermione, o que aconteceu? – A voz de Jane preencheu os ouvidos da castanha e ela só pode abrir um enorme sorriso e correr para abraçar sua mãe. Ela se lembrara! Graças a Deus e as benditas poções e aos feitiços novos e a Oliver e como a grifinória se sentia grata por tudo. Não pode evitar chorar e ao sentir sua mãe a abraçar de volta aquilo só fez ter a certeza que ela se lembrava dela e que estaria ali para a castanha agora.

– Hey minha querida não chore. Eu estou aqui. Se acalme vamos e me conte porque estou em uma cama de hospital. – Hermione suspirou e afastou-se do aconchegante abraço de sua mãe. Ela merecia uma explicação e seu pai também a quem a castanha percebeu já estar se mexendo um pouco. Nessa hora Oliver apareceu na porta e soltou uma exclamação ao ver sua mãe com uma cara confusa olhando para Hermione que limpava as lágrimas.

– Ora vejam só, a Senhora Granger acordou! – ele chegou mais perto a analisando e levantando a varinha na direção da cabeça de sua mãe. Aquilo a assustara fazendo soltar um grito enorme e a castanha pode perceber seu pai abrir os olhos bruscamente.

– Hermione, o que é isso?

– Mamãe se acalme, eu vou explicar tudo. Mas tem que deixar Oliver examinar você tudo bem. – Sua mãe ainda receosa tirou o travesseiro que colocara em sua frente e sorrira para o medibruxo sem graça. Seu Pai, por outro lado, já estava tentando se levantar da cama por causa do que Hermione achou ser o grito de sua mãe. Porém a castanha se colocara na frente dele e pedira para se acalmar, pois tudo seria explicado, mas ele precisava deixar o medibruxo examina-lo. Richard, ainda que desconfiado, sentara de novo na cama e esperou pacientemente sua vez.


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Notas finais do capítulo

Gente decidi postar só aos domingos..
Fica avisado a todos então...Quero agradecer a todos que estão lendo e
comentem, favoritem e me digam o que estão achando do desenrolar da história....
Agradeço de coração a minha beta Isisgomes que tem me ajudado muitooo mesmoo!!!
Até domingo!!!