Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 9
Thrones


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Gente nem sei o que tá me dando. Tô escrevendo muito hoje (risos).
Acho que esse é o segundo capítulo que posto hoje. Ou é o terceiro? Sei lá!
Só sei que tô muito ansiosa pra chegar no ápice da história (falta MUITO, MUITO, MUITO POUCO). Ouso dizer que é o próximo capítulo (de acordo com meu roteiro que tenho seguido muito mal, preciso admitir... Se eu fosse seguir o roteiro toda essa história até agora só tinha rendido uns 4 ou 5 capítulos).
Ah! Postei o trailer (link: https://www.youtube.com/watch?v=QCECTjp63V0). Preciso dizer que amo assisti-lo toda hora e ficar imaginando se vocês sacaram os spoilers que eu deixei por lá. Eu amo a música do trailer, porque dá um ar meio Dark a história (risos). Dessa vez deu meio que um trabalhinho difícil montá-lo, porque a Taylor Momsen (a que usei nos outros trailers) nunca ficou ruiva e gravou vídeos. Então tive de me virar nos 30 pra montar o trailer (risos eternos lembrando de como eu amava e odiava toda vez que assistia o trailer antes). Bom. Espero que vocês gostem desse capítulo e espero vê-los nos comentários.



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Havia uma pequena parte em meu interior que queria voltar naquele salão e assassinar Semha com a primeira coisa que eu encontrasse.

E essa parte me assustava.

Não porque era uma parte assassina, claro. Mas porque se essa parte existe significa que os sentimentos estão tomando conta de mim novamente. Eu estou no limite e avançando sem sessar. Precisava retomar o controle ou iria cair novamente e tornar-me submissa a essa gente. Precisava recordar: Eu sou Ellizabeth Fury.

Quando os passos ecoaram atrás de mim não fiquei surpresa. Sabia que cedo ou tarde alguém viria atrás de mim para ajudar trocar de roupas ou simplesmente reclamar de qualquer atitude que tinha tomado. Só que me enganei quanto ao motivo de estar sendo seguida.

─ Ign... Ellizabeth, espere! ─ a voz de Ilidia ecoou por todo o corredor enquanto ela corria em minha direção.

Pausei brevemente só para lançá-la meu olhar mais afetado possível. Até ela devia saber dos planos de Odin e Semha, porém não me disse nada. E eu ainda pensei em algum momento dessa vida que podia confiar nela.

─ Por favor, compreenda. A mamãe está desesperada. ─ a garota usava um vestido azul-esverdeado esvoaçante que a cada passo dado sua calda voava pelos ares e movia-se sem parar parecendo água.

─ Eu já compreendi tudo muito bem. ─ voltei a andar sem virar-me para trás enquanto ela falava:

─ Não. Você não compreend-

─ Ela é a vilã da história, Ilidia. ─ finalmente parei e voltei-me para ela ─ Sabe esse conto de fadas que vocês vivem há anos? Ela é a bruxa má da branca de neve ou a madrasta da Cinderela. É ela. ─ percebendo que ela não entendia absolutamente nada revirei os olhos e resolvi revelar de uma vez por todas a verdade que eu já havia descoberto ─ Foi ela quem matou Haz.

Ilidia paralisou-se completamente com a notícia e suas feições travaram por um minuto. Um horror surgiu em seus olhos seguidos por algumas gotículas de lágrimas que não derramaram-se.

─ O que... O que você está falando? ─ sua voz soou fraca e um pouco ausente enquanto seu cérebro ainda raciocinava o que eu falava ─ Não! A mamãe nunca faria isso... Você não a conhece direito, Ellizabeth! A mamãe amava nosso pai.

Seu pai. ─ corrigi fria ─ Ela matou o seu pai. Ela nunca amou o seu pai. Se amou... foi por pouco tempo, porque foi ela sim quem o matou. Se duvida, vai lá e pergunta pro Iuel o que ele pensa disso. Eu é que não vou ficar aqui para descobrir o desfecho dessa história.

Voltei a caminhar em direção a primeira saída que encontrasse.

─ Espere! ─ ela voltou a correr em minha direção e logo me alcançou, forçando-me a parar com um puxão no braço e a virar-me em sua direção ─ Como você sabe disso? ─ seus olhos estavam pura confusão e sua testa franzida era de dar pena. De alguma forma bem horrenda e estranha conseguia encontrar similaridades entre eu e Ilidia. Como por exemplo o formato de nosso rosto e a finura delicada e expressiva de nossos narizes.

─ Somando dois mais dois. ─ fui irônica com a resposta, mas minha paciência havia simplesmente se esgotado com toda aquela gente.

─ Como assim? ─ a confusão em Ilidia só crescia e era visível cada vez mais em suas feições o que era digno de pena.

Resolvi então contar uma versão resumida de toda a história e ela ouviu tudo atentamente sem me interromper ou emitir qualquer som enquanto eu relatava. Era estranho, mas de alguma forma esquisita ela realmente estava acreditando em tudo o que eu falava, ao contrário de Thor que simplesmente disse: Preciso falar com meu pai.

─ Se tudo o que você disse for verdade... Só existe uma pessoa capaz de nos ajudar. ─ Ilidia finalmente falou.

─ E quem seria?

─ Ignis.

↜❁↝

─ A localização do lago é desconhecida pela maioria, porém podemos encontrar algum mapa ou qualquer coisa no aposento de nossa mãe. Ela é uma das poucas pessoas que sabe sua localização ─ Ilidia explicava enquanto corríamos descalças por corredores do castelo.

─ Tem certeza de que isso vai funcionar, Ilidia? ─ perguntei pela sei lá qual vez a loira à minha frente.

Tem que funcionar, Ellizabeth. Caso contrário... ela irá ganhar.

Com poucos minutos ao seu lado acabei percebendo que tínhamos mais do que o rosto semelhante. Ilidia sabia lutar. Era uma das poucas princesas naquele lugar que conseguia executar bons golpes, de acordo com ela. Para chegarmos aquela parte do castelo precisamos derrubar alguns guardas ansiosos por nos levarem de volta ao jantar.

Quando Ilidia contou sobre o lago das memórias eu simplesmente achei que estava fácil demais. Mergulhar em um lago e ter minhas memórias de volta? Por que não fizeram isso comigo antes?

─ Foi esse o lago que Semha comentou assim que cheguei? ─ resolvi perguntar a Ilidia assim que ela me contou toda a história profética do espaço onde o lago se encontrava.

─ Sim. Mas Odin recusou-se, pois o lago perde suas forças toda vez que é utilizado. Ele foi usado apenas duas vezes até hoje. E todos os casos são de extrema importância.

Era óbvio que Odin desconsideraria a ideia de me entregar as memórias, já que assim que eu as recuperasse, voltaria acusando a ele e Semha da morte de Haz. Tudo parecia fazer sentido agora!

Quando chegamos ao quarto de Semha, Ilidia não perdeu tempo e entrou lá como se fosse sua propriedade. O quarto era incrivelmente organizado e em um único tom. Branco. Parecia quarto de gente louca, o que combinava bastante com Semha. Toda a mobília e adereços eram brancos e quase doía os olhos olhar. Era um quarto simples. Com uma única cama de casal, um armário gigantesco que parecia abrigar todas as roupas e joias da mulher, uma penteadeira totalmente fazia acompanhada de uma banqueta. Vagando pelo quarto acabei percebendo que havia sim algo ali que possuía cor. Era um quadro emoldurado escondido atrás de uma cortina. Puxei-a para ver o quadro melhor e deparei-me com a imagem de uma família feliz e sorridente. Haz era o mais alto e estava sentado em um trono de cristal negro. Semha estava ao seu lado, pousando uma das mãos em seu ombro e com um sorriso imensamente feliz. Havia um projeto de criança sentado ao chão, próximo ao trono que logo identifiquei como Iuel. Ao seu lado uma menina de cabelos loiros e olhos arregalados. Aquela era Ilidia. E ao lado do pai da família havia um outro trono. Dessa vez decorado em prata e bronze e alguns adornos florescidos. Sentada nele estava uma jovenzinha de cabelos encaracolados e alaranjado. Os olhos esverdeados eram o destaque de todo o quadro e a felicidade em seu sorriso parecia surreal.

─ Só os herdeiros ganham um trono. ─ Ilidia logo se aproximou de mim e comentou ─ Nem mesmo a mamãe possuía um. Somente os herdeiros. ─ ela parecia um pouco afetada com a história ─ E você sempre gostou do fato de ser a favorita dele, sabe? Ele sempre gostou de se gabar por possuir uma filha tão poderosa e bonita... Na verdade ele gostava de brincar que o seu poder vinha unicamente da beleza. ─ um sorriso fraco e com uma pitada de inveja surgiu nos lábios dela, o que fez com que ela logo voltasse ao trabalho de buscar por um mapa.

Nós procuramos por todos os locais possíveis. Até mesmo por locais disfarçados ou entradas secretas. E nada. Por fim nos jogamos no chão do lado de fora do corredor e encaramos a parede dourada a nossa frente buscando por algum tipo de resposta.

─ O que vamos fazer agora? ─ Ilidia murmurou pensativa.

─ Thor me disse que você seria capaz de me ajudar com as lembranças. ─ recordei, por fim, o motivo de eu estar naquele lugar ─ O que ele queria dizer com isso?

─ Na verdade não são com as lembranças que eu posso ajudá-la. O termo curandeira que você utilizou foi bem específico. Eu apenas curo. Foi por isso que Thor disse que eu poderia ajudá-la. Caso suas chamas viessem a machucá-la ou até mesmo matá-la, eu poderia curar seu corpo físico.

Bufei, agora dez vezes a mais irritada com Thor.

─ Que ótimo! ─ resmunguei descontente.

Mais alguns minutos se passaram e a sensação de desistência percorria a nossa volta nos seduzindo a abandonar nossa mais recente missão. Até porque não fazia sentido buscar por algo que muito provavelmente não existia. Quem é que guardaria um mapa de um lugar tão desejado assim em seu quarto? Semha era esperta demais para isso.

─ Tem que haver uma maneira de... Espera! ─ ela deu um pulo e logo estava de pé ─ Eu sei quem pode nos ajudar. ─ e começou a correr, sem esperar por mim.

Parecia que correr rápido era um dom de família, pois Ilidia era veloz e quase uma mancha pelos corredores enquanto eu a seguia sem sessar ou perder o fôlego. Se quer sabia que ideia ela havia tido ou quem é que poderia nos ajudar, porém a sensação de esperança voltou a mim e eu não ia desperdiçá-la com mais dúvidas.

Uma vozinha dentro de mim gritava errante, implorando que eu desistisse dessa ideia louca de recuperar minhas memórias e voltar ao plano inicial de me mandar daquele lugar. Mas eu a aniquilei com um soco direto e a lancei para fora de meu corpo num instante. Chega de pessimismo por um dia.

Não demorou muito para nos encontrarmos fora do castelo e seguindo em direção ao portão principal que daria direto na ponte Bifröst.

─ Heimdall. ─ logo assimilei quem iríamos encontrar.

Era óbvio que ele deveria saber a localização! O cara sabia de tudo.

Apesar de ser uma ponte longínqua, o trajeto em si não demorou mais de um minuto. Assim que adentramos na capsula que dias antes que trouxera a Asgard, deparamos-nos com o alto homem negro de semblante sério e impotente.

─ Altezas. ─ uma rápida reverência foi feita pelo homem que não parecia nem um pouco surpreso com a nossa visita.

─ Precisamos da sua ajuda, Heimdall. E precisamos agora. ─ Ilidia soprou as palavras, parecendo um pouco sem ar, de forma desesperada e ansiosa por auxilio.

─ O lugar que buscam eu não posso levá-las. ─ ele simplesmente disse.

─ Eu sei. É protegido por uma força que impete o poder de Bifröst de adentrar ao local... Mas ainda sim... Eu sei que há uma forma de ir até lá apé. ─ ela aproximou-se do homem aos poucos ainda mantendo seu tom de voz.

─ Somente um senhor pode ordenar-me a dar a origem do local. Perdoe-me alteza, mas não poderei fazê-lo por sua graça. ─ explicou de forma breve e um tanto quanto confusa, mas algo em meu interior saber exatamente o que falar, então deixei aquela força emanar em meu ser e disse:

─ Então faça pela minha. ─ quando disse as palavras, a atenção dele voltou-se completamente a mim ─ Faça pela minha graça. Eu sou sua senhora. Herdeira do trono de meu pai, Haz. E eu ordeno que nos dê a localização do lago das lembranças. ─ ergui o nariz e mostrei meu melhor olhar ao homem na expectativa de que aquilo funcionasse.

Um sorriso satisfeito surgiu nos lábios de Heimdall. Parecia que aquilo era exatamente o que ele esperava de mim.

─ Mas é claro, minha senhora. ─ outra reverência ─ Providenciarei imediatamente sua estadia ao local. ─ ele ergueu a espada e uma luz densa refletiu da mesma.

Não demorou muito para que eu ouvisse um relinchar de cavalo atrás de mim e fui surpreendida com uma espécie de pégaso com pelugem dourada aguardando-me ao lado de fora.

─ É isso que eu chamo de providenciar um veículo. ─ zombei rapidamente enquanto montava no animal e aguardava Ilidia subir atrás de mim.

─ Muito obrigada, Heimdall. ─ Ilidia agradeceu da forma mais gentil que conseguiu.

─ Espero que encontre toda a resposta que busca, alteza. ─ outra reverência de Heimdall eu pude assistir antes que o pégaso começasse a trotar e lançar-se em direção ao mar de estrelas a nossa frente e tudo tornar-se turvo e confuso.


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Notas finais do capítulo

Eu só queria dizer que o nome do pégaso é Gulltop. E que ele pertence ao queridíssimo Heimdall.

Não sei se irei conseguir terminar o próximo capítulo a tempo de postá-lo hoje, então não irei prometer nada.

Vejo vocês em novos comentários?
Até breve! õ/



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