Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 29
Semha


Notas iniciais do capítulo

Olá amoras do meu coração!

Antes dos agradecimentos, tenho que dar um aviso:

Sempre que tiver um capítulo pronto, ele será postado, a partir deste aqui, pela madrugada (às 02:30am). O motivo? Bom, isso dará à vocês 1 dia inteiro para lê-lo e não ficarem ansiosos, aguardando ao longo do dia algum capítulo. Essa agenda é pra facilitar a vida de vocês e a minha também. Então, recapitulando: 1 capitulo por madrugada. Preciso fazer isso, pois com a volta às aulas, estou com menos tempo para escrever (isso mesmo, queridos, a menina que antes cursava Ensino Médio há 3 anos, hoje está na faculdade).

Agora, quero agradecer, de todo meu coração e repleto de amores, aos comentários lindos que vocês têm feio em OI. De verdade, pode parecer bobeira, mas toda vez que abro o Nyah e vejo um comentário novo, me emociono só de pensar que vocês estão realmente levando a sério o meu pedido. O carinho de vocês comigo tem o mesmo efeito de um abraço apertado e quentinho num dia gelado. O.B.R.I.G.A.D.A.!

Aproveitem esse capítulo e aguardem os novos avisos nas notas finais.



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Entrar novamente naquele lugar, agora tendo a absoluta certeza de que eu conhecia cada mínimo detalhe, cada salão, quarto, banheiro, cozinha, sala de jantar, salões de reunião, enfermaria... , trazia uma nova perspectiva sobre o ambiente.

Antes, desconhecendo qualquer segredo, mistério, história, eu me sentia uma lesma rastejando, sendo lançada aos leões. Mas agora, que eu sabia de tudo, uma espécie de poder surpreendente estava em minhas mãos e eu ainda não sabia o que fazer direito com aquilo.

Eu tinha poucas certezas do que realmente eu poderia afirmar com certeza.

A primeira delas era que eu realmente era Ellizabeth. Sem nenhum fragmento de Ignis dentro de mim, agora eu sentia poder completo sobre meu corpo, meus movimentos e, principalmente, pensamentos. Não havia mais aquele medo de, de repente, cair num corredor e começar a colocar fogo em tudo. Ellizabeth não era tão descontrolada a esse ponto. Ter controle me fazia sentir segurança de meus passos e isso me deixava mais relaxada.

A segunda era que Ignis não voltaria. Pelo menos, não se eu tivesse que sair para que ela viesse. Ignis estava morta. Não sabia bem de onde vinha aquela afirmação, mas era o que meu coração fazia sentir. Ela morreu naquele dia, naquela ponte. Entregou sua vida, confiou que sua mãe seria capaz de trazê-la de volta. Mas cometeu um erro, pois parecia que ela não conhecia muito sobre o poder da fênix. Ressuscitar, nem sempre, significava voltar à vida.

E essa era a terceira coisa que eu sabia a meu respeito.

Eu ainda era a fênix.

Não contei para Frigga, pois queria deixar aquele detalhe só sob meus conhecimentos, por enquanto, mas o calor que emanava do poder da fênix ainda corria por minhas veias e a sensação não era tão ruim quanto eu esperava. Era boa. Muito boa.

Eu tinha uma vantagem agora, adquirida graças às memórias de Ignis. Assim como ela sabia, agora eu também compreendia a extensão surpreendente de meu poder. Eu era forte. Muito forte. Extremamente forte. Absolutamente forte. E compreendi o porquê de Odin ter medo de meus poderes. Aquela força me dava poder sob as coisas e, principalmente, as pessoas. Ignis não soube aproveitar isso, mas ela não conseguiria, coitada, já que foi criada para ser rainha e não uma guerreira. E, por sorte, eu era uma guerreira.

Diante da situação lamentável que me encontrei ao chegar aqui, agora, eu me sentia em perfeito estado para voltar à Terra. Contudo, havia um certo peso em meu coração. Algumas pontas soltas que Ignis deixou para trás que eu me sentia responsável e, acima de tudo, algumas dúvidas que eu tinha a respeito da relação entre Asgard e o trono de fogo e gelo que só havia uma pessoa capaz de responder: Semha.

Frigga foi muito gentil em me acomodar em um espaço que não fosse o quarto de Ignis. Sem nem mesmo que eu pedisse, eu estava em uma sala de recepção de convidados, com uma enorme bandeja de frutas típicas daqui, uma farta quantidade de carne de búfalo e uma salada deliciosa. Além disso, também pude beber um pouco de vinho asgardiano, porém me limitei a pequenas quantidades, já que queria manter minha mente sã. O álcool humano não tinha muito efeito em mim, porém aqui as coisas eram um pouco diferentes.

Pensei que teria mais tempo para ficar sozinha, contudo meu momento privado e especial com a comida foi interrompido por Thor, que invadiu a sala e olhou-me demoradamente, incapaz de dizer uma palavra sequer.

─ Você era um escroto. ─ falei depois de engolir um belíssimo pedaço de carne. Limpei meus lábios com o guardanapo e esperei algum movimento seu. Como ele prosseguiu estático, encarando-me, dei continuidade sozinha ─ Um baita escroto. Ainda bem que Ignis era sensata para não se casar com você. Ou nós duas estaríamos presas num casamento escroto.

─ Eu...

─ Relaxa, Thor. São águas passadas. Ignis te odiava, eu não. O homem que ajudou a salvar meu planeta não é digno de ódio. Além disso, você é bem mais legal hoje em dia. ─ pisquei antes de voltar-me para mais um pouco da salada glamorosa.

─ Então você se lembra. ─ estupidamente parecia ser a única coisa que ele tinha para me dizer.

─ É óbvio, não? Eu mergulhei no lago e bum!, tudo estava de volta. Infelizmente o processo demorou longos três meses, mas foi como se eu tivesse vivido muito menos. ─ relatei brevemente ─ Uma experiência única que não recomendo. Principalmente nos momentos finais. ─ minhas feições de desprazer o fizeram se aproximar e tomar um lugar ao meu lado na mesa.

─ E então?...

─ Que foi? ─ questionei, olhando-o seriamente ─ Eu ainda sou eu, Thor, se é o que está perguntando. Ainda sou Ellizabeth.

Um suspiro de alívio escapou do homem e o olhei curiosa.

─ Que foi? Está contente que eu tenha voltado e não sua noiva?

Ele sorriu, condescendente.

─ Assim meu pai não tentará mais investir em nosso noivado.

─ Isso nunca aconteceria, colega. Nem pensar. ─ resmunguei ─ Eu tenho meu próprio capitão na Terra que, eu espero do fundo do coração, que ainda esteja esperando por mim.

─ Pelo que ouvi do homem, imagino que nem mesmo 1000 dias o fariam desistir de esperar por você, Ellizabeth. ─ Thor proferiu as palavras, parecendo mais amigável do que quando entrara ali.

Fiquei mais uns minutos em silêncio, pois preferi aproveitar o restante do meu banquete. Thor seguiu-me e aceitou um pedaço ou dois de frutas e atacou o que eu deixara da carne.

Enquanto terminava de estufar minha barriga com toda a comida que ainda coubesse, refleti sobre o que viria a seguir. Eu tinha planos, mas precisava de ajuda. Será que Thor, que outrora não confiara em mim, seria um bom aliado?

─ Ouvi falar que você esteve com Ignis nos momentos finais antes de sair do lago.

─ Sim, sim. ─ concordei e o fitei curiosa ─ Ela pediu que eu falasse primeiro com uma pessoa em especial. ─ joguei verde e esperei que ele caísse na isca.

─ Imagino que seja Loki. ─ Thor murmurou mais baixo, como se estivesse contando um segredo.

─ Na verdade, ele é o último da lista. ─ Havia uma lista? ─ Ela queria primeiro falar com Semha.

─ Ah... ─ seu suspiro e sua testa franzida foram o suficiente para que eu me calasse e esperasse por uma resposta melhor do que aquela ─ Acho que agora você pode fazer o que quiser pelo castelo, Ellizabeth. Você já conhece cada cômodo e não é uma prisioneira.

─ Verdade? ─ fui surpreendida com aquela resposta ─ Então posso ir até ela agora mesmo?

─ Sim, claro. ─ ele afirmou ─ Mas, se possível, queria ir junto. Não confio nela o suficiente para deixa-las sozinhas.

─ Sem problemas, colega! ─ arrastei a cadeira para trás e já me posicionei para sair ─ Desde que você não se intrometa em minha conversinha particular, pode ficar de guarda na porta.

Na verdade, tive medo de que Semha não quisesse revelar nada por saber que Thor ou qualquer outra pessoa estivesse por perto. Mas não podia perder a oportunidade de, ao menos, afrontar aquela mulher que me atacou em um momento de fragilidade.

Caminhar pelos corredores do castelo me fazia sentir-me independente e aquilo era bom pra caramba! Eu conhecia cada direção, porta, entrada e escada que eu precisava tomar até chegar em meu objetivo final. Fui informada por Thor que ela estava em seu quarto e era lá que passava a maior parte do tempo, pois fora “exilada” ali dentro até meu retorno.

Haviam dois guardas, que eu tinha certeza de que eram asgardianos e não de Niflheim, em frente à porta e eu sequer esperei que eles fizessem qualquer movimento. Invadi o espaço e encarei Thor, alertando que ali somente eu passaria.

Ela estava lá.

Impassível, em sua melhor postura, encarando-se no espelho. Quando meu reflexo nele a alertou de minha chegada, ela virou-se em minha direção, ainda mantendo a mais impecável das posturas e soltou:

─ Pensei que você demoraria menos.

─ Desculpe. ─ sorri seca ─ Eu precisei recuperar os três meses sem comida. ─ dei lentos passos em sua direção, avaliando sua ação a seguir.

─ Falando assim você se parece uma verdadeira asgardiana. ─ ela rebateu, erguendo-se da cadeira, para ficar do mesmo tamanho que o meu.

─ Não. Falando assim, eu afirmo ser da Terra e não daqui. ─ mais alguns passos e eu estava a poucos metros de distância dela ─ A propósito, agradeço por ter me colocado lá e não em Jutenheim. Acho que você imaginou que meu corpo iria preferir o calor humano do que o frio proporcionado por Lafey e seus escravos*.

─ Ou você iria se adaptar muito bem, já que seu amado também veio de lá.

─ Amado de Ignis, não meu. ─ eu já sabia qual era aquela história, por isso joguei aquele assunto. Jutenheim era a terra de Lafey, o pai de Loki e o local que ele planejou destruir para provar seu valor à Odin e, assim, ter direito ao trono e, em seguida, me recuperar da Terra, eximindo-me do banimento. Não precisava ser um gênio para saber qual eram os planos reais de Loki com a coroa.

─ Então você se assume como Ellizabeth agora. ─ ela sorriu friamente, dando dois pequenos passos em minha direção ─ Vejo que todos os meus planos foram por água abaixo.

─ Deveria me agradecer por ter derrotado Ignis. ─ rebati ─ Ela iria voltar e matar a todos.

Suas feições endureceram, mas não parecia surpresa com o que eu revelara.

─ Então, muito obrigada, Ellizabeth. ─ a última palavra saiu mais desdenhosa do que eu gostaria, porém não me abati com aquele ataque.

─ Mas eu não vim até aqui para trocar abraços, beijos e desculpas com você. ─ finalmente segui até o ponto que eu queria ─ Quero saber exatamente o que significa Ragnarok.

Semha olhou-me estranhamente surpresa, parecendo não esperar essa minha pergunta.

─ Ignis não entendia os significados por trás daquilo. Ela acreditava que toda a Ygdrazil sofreria pela fúria de Surt... Mas algo me diz que existe algo mais complexo por trás dessa história. Se não, Haz não insistiria tanto em um casamento com Thor, assim como Odin não insistiria o mesmo depois que eu voltei para Asgard. Há mais por trás dessa história do que pretendem revelar. O que exatamente Surt fará caso volte? E o que ele depende para seu retorno?

─ Ele depende de você. ─ esperei que ela demorasse para revelar, mas não. Foi direto ao ponto, surpreendendo-me novamente ─ Na verdade depende do fogo eterno que foi concedido à você, como uma bênção.

─ Eu não entendo... Achei que Ignis tivesse nascido com esse poder e não que foi concedido.

─ Ignis não nasceu poderosa. Ela nasceu fraca ─ a voz de Semha falhou, como se estivesse se contendo para não chorar ─, quase sem vida, na verdade. Quando pensamos que iríamos perde-la, Haz levou-a até o jazigo de Surt e implorou que ele fizesse algo para fazê-la continuar a viver. Surt disse que havia apenas uma maneira e que quando fosse necessário, ele cobraria o favor. Foi então que Haz soube sobre as essências do fogo eterno e sobre o que Ignis teria de fazer pelo avô.

─ Espera! Eu não entendo. O que o fogo eterno significa? Como Haz encontrou ele? E porque raios Ignis conseguiu absorvê-lo? ─ eram perguntas demais, porém não conseguia mais me controlar. A cada trecho da história, eu estava mais curiosa e ansiosa pela resposta.

─ O fogo eterno era propriedade dos asgardianos. Haz fez um trato com Odin, que estabelecia um trato: Surt não lançaria sua ira nos asgardianos, caso Odin lhe entregasse o fogo eterno. Além disso, um casamento entre o primeiro filho homem e a fênix selaria o trato. ─ ela informou, saciando algumas indagações ─ Quanto à suas outras perguntas... O fogo eterno dá o poder da vida, ou melhor, da ressurreição à alguém. Surt o almejava, pois ele enfrentou e perdeu uma longa e terrível guerra contra os Asgardianos. Odin roubou do nosso povo muito ouro e riquezas e, além de tudo, matou nosso líder e quase destruiu por completo Surt. Antes que ele perdesse todo seu poder, ele conseguiu gerar em uma mulher um filho, Haz. Assim, estreitando laços com o lado de gelo, Niflheim, as terras de fogo, Muspelheim, proclamaram-no rei do limite das terras, onde forjaram o enorme trono de fogo e gelo. Haz fez de tudo para manter a promessa, pois sabia que as consequências de contradizer um tratado com um asgardiano são desastrosas. Por isso, Ellizabeth, ele se tornou o monstro que Ignis foi forçada a matar. Ele sucumbiu à loucura de ter entregado sua filha à um rei tirano, e entrou em desespero quando percebeu que, caso o casamento não ocorresse, Asgard não sairia impune da ira de Surt e, por fim, uma nova e terrível guerra seria instaurada.

─ Mas como Surt pode voltar se o fogo eterno está comigo?

─ Você é apenas uma arma, um receptáculo. Quando chegar a hora, você será levada até ele e, assim, a profecia se cumprirá. ─ suas palavras eram confusas, mas não queria mais saber sobre aquela parte, já que eu havia acabado de retornar de mais de um milênio de história.

─ E quanto à Ragnarok?

─ Ragnarok é o fim dos tempos. ─ ela explicou ─ Para Asgard.

─ Então tudo era uma mentira? Os ataques à Ygdrazil e tudo mais foram apenas invenções para que todos apoiassem a união entre Thor e Ignis?

─ Exatamente.

─ E por que raios não contaram pra Ignis? ─ foi aí que parti em defesa da minha outra “eu” ─ Vocês são retardados? A menina quase morria só de pensar em largar o trono, porque Haz não aprovava sua relação com Loki. Por que simplesmente não contaram à ela a merda que tinham feito com seu futuro? Você matou sua filha, dando esperanças à ela de que, algum dia, ela voltaria para casa. Que voltaria para a família!

─ Eu matei minha filha, pois sabia que ela nunca teria um futuro! ─ Semha passou na minha frente e gritou mais alto ainda ─ Você não é mãe, criança. Não entenderia o que uma mãe é capaz de fazer para ver os filhos livres.

─ Ignis está morta! ─ eu revidei, olhando-a incrédula.

─ Mas está livre. ─ ela retribuiu, diminuindo o tom de voz, mas sem perder as emoções atribuladas espelhadas em seu olhar ─ Ela nunca será usada como arma em uma guerra sem fim. Ela nunca será castigada pelos pecados dos asgardianos. Ela nunca será escrava de um casamento por conveniência.

Aí então tudo fez sentido.

Como se uma porta fosse aberta em meu cérebro, consegui compreender Semha pela primeira vez em toda a existência do universo.

─ Foi por isso que você se tornou o que tornou. ─ falei e antes que ela dissesse qualquer outra coisa, completei ─ Você se tornou essa pessoa fria, bruta, grosseira, porque está sofrendo pela decisão que precisou tomar. Você matou Ignis, sabendo que ela nunca voltaria. Você matou sua filha para libertá-la do futuro que Haz e Odin programaram para ela.

Lágrimas.

Foi exatamente o que vi fugindo de seus olhos desenfreadamente.

Lágrimas.

Ela teve de se sentar, pois parecia ter começado a convulsionar de tanto que chorava e eu fiquei ali, feito estátua, parada observando aquela alma revelar, pela primeira vez, em 24 anos, toda a dor que sentia.

Ela não era o monstro que eu esperava que fosse. Na verdade, ela era uma vítima. Uma vítima capaz de fazer qualquer coisa para proteger a família.

─ Antes de partir, Ignis olhou nos seus olhos e tinha a certeza de que tudo o que você fazia era para o bem dela. ─ proferi as palavras, sabendo que seriam pouco para amparar a do que Semha sentia naquele instante ao ficar tão exposta com todas aquelas revelações. ─ Ela confiava em você e sabia que você não erraria. E não errou.

─ Não precisa mentir para me aliviar, Ellizabeth, eu-

─ Não! ─ interrompi-a e me aproximei alguns passos ─ É verdade! ─ e continuei ─ Ela sentia que merecia pagar pelo que fez ao próprio pai. De certa forma, acho que ela sabia que ele estava contaminado por alguma coisa muito cruel. Ela sentia que aquilo era necessário para pagar o que havia feito ao próprio pai. Uma vida por outra vida, acho que era assim que tinha que ser.

Semha olhou-me desnorteada por alguns curtos segundos. Depois da situação passar de sensível para estranha, percebi que seria um bom momento para deixa-la a sós, com o próprio sofrimento.

─ Eu tenho algumas coisas para resolver, então... ─ ela impediu minha partida, quando levaou-se de imediato e ergueu a mão, fazendo um sinal para que eu esperasse.

─ Antes que você vá, por favor, preciso lhe pedir algo. ─ aguardei seu pedido pacientemente, esperando que não fosse para que me casasse com Thor ou qualquer loucura similar ─ Poderia manter em segredo a verdadeira história sobre a morte de Haz? Isso afetaria muito mais do que você imagina. Tem muita coisa em jogo, Ellizabeth.

Ponderei que tipo de resposta mais adequada eu poderia dar àquele pedido, até que encontrei as palavras perfeitas:

─ Tenho certeza de que esse seria o último desejo de Ignis, caso ela tivesse tempo para fazer algum. ─ sorri suavemente e caminhei até a porta, negando-me a prosseguir com aquele diálogo.

 Ao sair daquele lugar, deixei lá dentro uma enorme carga pessoal e me senti estranhamente leve após todas as revelações. Infelizmente ─ ou não ─, senti-me condescendente com sua dor e angústia também, coisa que jamais esperava sentir.

Thor estava me aguardando e olhava-me de uma forma estranha, quando me aproximei dele que estava de pé do outro lado do corredor.

─ Você ouviu o que falamos? ─ questionei.

─ Somente quando você gritou algumas vezes. ─ ele admitiu, parecendo preocupado ─ Tiveram momentos que pensei em entrar, mas os guardas me garantiram que você daria conta.

Encarei os homens desconhecidos à postos e uns pontos de conceitos subiram em relação à guarda de Asgard. Eles deveriam reconhecer uma boa guerreira.

─ E agora, qual a próxima parada? ─ Thor perguntou, incisivo e se acrescentando em meus planos.

─ Agora temos Ilidia. ─ revelei.

Era um bom momento para confrontar aquela que considerava a maior das traidoras de Ignis.


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Notas finais do capítulo

*Referência à Thor 1, onde Loki descobre ser adotado.

Antes de mais nada, outro aviso sobre os capítulos: Os próximos receberão o nome em homenagem a algum personagem de grande impacto na vida da Ignis e que a Lilly considera importante conversar ou resolver as situações que ela entende serem pendentes (como foi o caso da Semha).

Espero que tenham gostado e que as dúvidas deixadas acerca das mudanças de personalidades tenham sido sanadas. QUALQUER outra dúvida, sintam-se a vontade para questionarem nos comentários, bem como sugestões.

Vejo vocês nos comentários?

Até breve!



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