Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 20
Our body on fire


Notas iniciais do capítulo

GENTE! Nem dá pra dizer que não to contente por ter recebido comentários novos!

Agradeço à Gabs e Mandy que ressurgiram das cinzas para alegrar minha tarde com seus comentários maravilhosos.
Vocês são lindas e, portanto, dedico este capítulo, sendo ele um dos meus capítulos favoritos, à vocês duas.

Espero que curtam e entendam a referência do título (risos).



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Não fui capaz de dormir.

A mínima possibilidade de refletir sobre meu futuro me forçou a passar a noite andando pelo quarto, quebrando coisas, gritando com as paredes e amaldiçoando as próximas 10 gerações de Ilídia.

A ira era tanta que algumas vezes me deixei levar pela necessidade e escaparam algumas fagulhas de fogo de meus dedos. Eu precisava queimar alguma coisa, já que não podia queimar alguém.

Ideias das mais mirabolantes surgiram e a possibilidade de matar Thor veio junto. Contudo, a necessidade de manter meu povo livre e salvo das garras de Odin gritaram mais alto e me vi debruçada no chão gélido, chorando o que pareciam ser lágrimas, contudo eram pequenas fagulhas de fogo que deslizavam sobre minha face, causando-me uma leve e rápida sensação de alívio.

Tudo parecia tão perdido, incerto, sem futuro.

E Loki? Será que ele já sabia sobre o rumo que nossos destinos seriam obrigado a tomar? Como será que ele reagiu ao saber de seu casamento com Ilídia? Eu precisava vê-lo, mas, infelizmente, três guardas estavam de prontidão em minha porta, impedindo minha saída ou entrada de qualquer membro da minha família.

Até que... a fagulha ousada da ideia cresceu e tomou proporção, enquanto me aproximava da janela de meu quarto. Minha torre era uma das mais baixas de todo o castelo e, por isso, ficava exatamente em frente a uma enorme cachoeira que fazia um tremendo barulho, assim que aberta minha janela.

Foi necessário muito cuidado para abrir ambas as partes da janela sem causar muito barulho e conseguir escapar para a pequena sacada ali disposta. Era uma ideia ousada, arriscada e que poderia pôr fim a tudo, mas... se eu não tentasse naquele momento, o meu tudo acabaria me matando uma hora ou outra.

Eu usava apenas uma leve vestimenta de dormir, o que facilitou bastante meus movimentos em direção ao parapeito. Subi de imediato e olhei para baixo, dando-me, pela primeira vez desde que tivera aquela ideia absurda, a sentir medo.

Contudo, não havia tempo para sentir medo. Eu precisava agir. E precisava agir bem rápido.

─ Por nossa imortalidade, Loki.

Me joguei na escuridão da noite, na expectativa de que meu plano desse certo.

 

 

Por sorte, a entrada dos empregados estava aberta, pois logo após cair dentro da piscina formada pela cachoeira, eu não pensei com eficiência sobre como encontrar o quarto de Loki naquele imenso lugar.

Minha mente não demorou a refletir sobre a possibilidade de os irmãos dividirem o mesmo corredor e, por fim, me dei por rendida à ideia de invadir o corredor ao qual séculos atrás eu visitara pela primeira vez.

Entrei no castelo por uma das entradas laterais e, felizmente, não encontrei nenhum funcionário por perto, contudo encontrei uma espécie de manta, que serviu muito bem para cobrir meu corpo encharcado.

Da forma mais ligeira que consegui, alcancei o outro lado do castelo, onde acreditava ser o aposento de Loki e pelas bênçãos do destino, não havia nenhum guarda por perto.

A cada passo que dava, acreditava estar mais próxima do meu destino e, portanto, eu precisava reunir coragem para conversar com Loki. Eu o amava mais que tudo no mundo, porém temia sua reação sobre a minha abordagem com seu pai mais cedo e, talvez por isso, fiquei tão receosa, de repente, enquanto caminhava pelo corredor.

Na verdade minha ideia foi bastante estúpida, já que eu não fazia ideia qual exatamente era o quarto de Loki. Por fim, resolvi tentar uma tática que eu já observara meu pai fazer para localizar minha mãe em nossa antiga casa.

Fechei meus olhos, coloquei minhas duas mãos no centro do peito e tentei me recordar do que eu sentia quando estava ao lado de Loki e da falta que ele deixava quando estávamos separados. Depois, imaginei uma linha fina que ligava meu coração ao seu e, instantaneamente, e comecei a dar passos lentos em direção ao puxar desta linha.

Não demorei muito até chegar à frente de uma porta e, mesmo que com um pouco de medo, resolvi dar duas batidas.

O impacto da minha mão na porta foi quase que inaudível, mas pude ouvir uma rápida movimentação atrás da porta e foi o suficiente para meu coração parar de bater. E se não fosse o quarto de Loki? E se mais alguém estivesse lá com ele? O que eu iria fazer?

─ Iggy?

Não tive tempo para responder, pois imediatamente ele me puxou para dentro de seu quarto.

De relance, pude observar seu corpo esbelto e pálido à minha frente e, pela primeira vez em todo o nosso tempo juntos, pude vê-lo sem camisa. Parte de mim gritava para que eu parasse de olhar, pois era extremamente inadequado, contudo uma parte maior simplesmente não conseguiu parar de encará-lo, imaginando quando teria essa oportunidade novamente.

Certamente ele não era repleto de musculoso como seu irmão, que parecia um armário, mas seu corpo era extremamente definido e chamaria muita atenção se realmente se vestisse inapropriadamente, assim como Thor gostava de se vestir, exibindo o máximo possível de seu corpo. Loki era belo. Um verdadeiro deus. Extremamente perfeito em todos os sentidos. E aquela imagem perfeita que me foi presenteada ficaria comigo para sempre.

─ O que está fazendo aqui? ─ ele indagou enquanto me deixava plantada no centro do quarto enquanto ia fechar a porta ─ Alguém a viu chegar? Espera! Como saiu do seu quarto? Tentei visita-la, mas não deixaram que eu entrasse.

Meu coração se alegrou só pela notícia final de que ele havia, ao menos, tentado me ver naquele dia.

─ Eu precisava vir vê-lo... não importa muito quais os meios que usei para vir, mas... tudo que importa é que e estou aqui.

Ele veio diretamente ao meu encontro, tomou-me em seu abraço e beijou-me da forma mais desesperada, ansiosa e apaixonada que há anos não tínhamos o prazer de desfrutar. Dei-me a liberdade de aproveitar cada momento permitido e, portanto, deslizei minhas mãos por suas costas, acariciando-o da melhor maneira que conseguia, apesar da força que seus braços tinham em imobilizar meu corpo. Nunca, em todo o tempo que nos foi permitido, pudemos ter tal liberdade para ficarmos juntos e, por este motivo, sentia-me totalmente livre para levar minhas mãos até seu cabelo e puxá-lo para ainda mais perto de meus lábios de uma forma um tanto quanto ousada.

Não sabia bem como, mas de alguma forma muito rápida e despercebida, me vi deitada em sua cama, com o peso de seu corpo sobre o meu e sua boca passeando por meu pescoço enquanto depositava leves beijos em minha pele que queimava de desejo.

Deixei que meus dedos se perdessem em seu cabelo, enquanto eu acompanhava o ritmo de seus beijos e carícias, ansiando cada vez mais que aquele momento se estendesse até a eternidade.

─ Você é tão linda. ─ ele deixou as palavras escaparem por seus lábios enquanto depositava alguns beijos próximos em meu ombro esquerdo já livre da manta que antes me protegia, escondendo meu corpo e a vestimenta molhada que, neste instante, deixava aparente muito mais do que era permitido.

─ Loki... ─ minha voz soou falhada, mas o desejo que ela emitia foi o suficiente para que ele voltasse sua atenção aos meus lábios e voltasse a me beijar.

Minha veste já estava subindo pelas pernas e os meus membros inferiores já estavam descobertos, facilitando ainda mais meu contato com a pele ainda coberta de Loki.

─ Iggy... eu te amo tanto.

Não sabia se era toda a emoção do momento, a facilidade e liberdade que tínhamos naquele instante, porém todo o meu corpo ardia em brasa viva. Acho que Loki também sentia-se assim, pois, em um rápido movimento, percebi que sua calça começara a ceder na cintura e descer alguns centímetros.

Eu o desejava mais que tudo.

Eu o queria mais que tudo.

Eu precisava daquilo mais que tudo.

─ Não podemos! ─ simplesmente ele se distanciou, de forma ab-rupta e sentou-se na cama, me encarando exasperado enquanto subia sua calça e voltava a esconder o que começara a aparecer de sua nudez. Sua face de pálida, pela primeira vez em toda minha vida, estava vermelha feito minhas chamas ─ Me perdoe, Iggy... Eu... me deixei levar pelo momento.

─ Não! ─ eu sentei-me de imediato, sentindo-me totalmente constrangida ─ Não foi você quem invadiu meu quarto na madrugada, Loki...

Ele soltou uma risada rouca, parecendo achar graça enquanto eu embarcava em uma tentativa frustrante de proteger minhas pernas com o tecido de minha vestimenta e enrolar meu corpo na manta roubada dos empregados.

─ Acho que antes de eu ataca-la, você tinha algo para conversar comigo. ─ Não sei de onde surgiu aquela ideia, mas, de repente, Loki estava usando uma camisa e caminhando para o mais distante da cama possível, em direção à um criado-mudo que possuía um jarro com água e uma taça prateada.

─ Sim, é... Eu tinha mesmo que conversar com você. ─ ergui-me da cama, assim como ele, só que tomei direção oposta. Fui para perto da janela ainda aberta, na tentativa de refrescar todo o calor que ainda sentia.

─ Tem haver com o decreto de meu pai? ─ Loki se materializou atrás de mim e me ofereceu sua taça de água, enquanto o seu eu real ainda estava distante de mim.

─ Ele vai obrigá-lo a se casar com Ilídia, Loki. ─ por fim, falei o que mais me angustiava, evitando causar mais rodeios.

─ E seu casamento será em... bom, seis luas. ─ ele esperou que eu bebesse um pouco da sua água e que eu lhe devolvesse sua taça para voltar a falar ─ Quando deseja partir?

Um rubor cresceu em minha face, pois, no fundo, tudo o que eu mais desejava na vida era fugir para o mais longe possível dali, ao lado do meu único amor.

─ Se Odin não tivesse ameaçado meu povo, Loki... Juro por meu sangue e o fogo que em mim habita que fugiria neste mesmo instante com você. ─ precisei admitir a mais cruel das verdades à ele: fugir estava fora de questão.

─ Compreendo. ─ o tom de sua voz mudou e precisei virar-me e olhá-lo nos olhos para que pudesse entender o que se passava em sua mente.

O brilho que eu tanto amava não estava ali e, tomando seu lugar, uma amargura e tristeza acomodou-se em sua face. Loki estava pensando em que?

─ Por favor, não me odeie por isso. ─ pedi suplicante, desta vez encarando o verdadeiro Loki, que ainda permanecia afastado ─ É meu povo, Loki. Eu tenho obrigações com aquelas vidas e-

─ Shhhh. ─ sua real forma se aproximou, desfazendo sua materialização enquanto seu dedo gélido tocava meus lábios ainda em brasa, sessando minha fala ─ Não estou julgando suas ações, meu amor. Eu compreendo seu dever. Essa é uma das coisas que mais respeito em você: seu amor para com seu povo.

─ Queria que pudesse ser diferente. Queria não ter que me casar com Thor. Queria não ser a herdeira. ─ abracei-o o mais forte que consegui e ele imediatamente respondeu à altura.

─ Não diga isso, Iggy. Eu a amo do jeito que você é. Apesar de todos os infortúnios de nosso destino, eu não mudaria nada em nossa história. ─ ele sussurrou entre meus cabelos enquanto acariciava minhas costas.

Tinha medo do rumo que aquela conversa tomaria. No fundo, sentia que parecia mais uma despedida do que o que eu realmente planejava para aquela visita ao quarto de Loki. Nada conseguiria tirar de mim o amor que sinto por ele e a conexão que tínhamos um com o outro. Seja neste mundo ou em qualquer outro, nem nesta ou em outras vidas.

─ Case-se comigo, Loki. ─ foi então que a ideia simplesmente saiu, fácil e prática. Como um sopro de esperança. Parecia tão fácil e prático naquele momento e era exatamente o que precisávamos.

─ Não podemos fazer isso, Ignis. Por mais que eu deseje, por mais que meu coração necessite... Não posso fazer isso com você. Condená-la a um destino pior do que qualquer um já imaginado. Odin destruiria tudo e todos.

─ Sim... ─ sussurrei em concordância ─ Mas, e se simplesmente tentássemos de novo, Loki? Ou melhor: pela primeira vez. E se tentássemos, pela primeira vez, juntos, argumentarmos com Odin? ─ Finalmente o brilho que eu tanta amava em Loki ressurgiu e tomou o lugar da escuridão que há poucos se apossara dele ─ Ele é seu pai! Minha mãe compreendeu nosso amor, tenho certeza de que meu pai também compreenderia... Devemos dar uma chance para que Odin também compreenda e aceite nossa união. Não seria diferente, para falar a verdade. Eu me casaria com um asgardiano, a bênção e proteção de nossa família cairia sobre suas terras e Surt seria obrigado a perdoá-los, já que sangue do seu sangue viveria aqui.

─ É uma possibilidade. ─ ele finalmente concordou ─ Não tentamos antes por medo de sua reação, mas... agora que ele sabe, não temos mais que nos esconder. Podemos ser sinceros quanto à nossos sentimentos, Iggy. Nós temos uma chance! ─ seu melhor sorriso surgiu, como se toda sua existência tivesse sido iluminada por uma possibilidade perfeita de futuro. ─ Nós temos a chance de seguir com nossa imortalidade, Iggy. Juntos.

─ Então, está decidido. Vamos falar com Odin.

 

 

Essa era minha chance.

O melhor vestido. A tiara mais reluzente e as joias mais brilhantes possíveis. O melhor penteado e os sapatos combinando com o tom dourado. Uma maquiagem perfeitamente em concordância com o contraste necessário para aquele momento. O mais asgardiano possível. Extremamente chamativo e reluzente.

Essa era a minha chance.

Conseguir uma audiência com Odin, depois de todos os acontecimentos, apesar de ser algo muito complicado, não chegou ao nível de dificuldade que tive para conseguir escalar as paredes de meu quarto. Por sorte, Loki me acompanhara e conseguira me auxiliar enquanto eu escalava minha torre.

Essa era minha chance.

Não ousei perder um segundo sequer e solicitei que algum dos guardas de prontidão na porta de meus aposentos levasse meu pedido ao seu líder. Em seguida, passei a dedicar toda minha atenção a ensaiar um discurso perfeito, seguido pela escolha de uma vestimenta completa que chamasse a atenção total daquele rei para minhas necessidades.

Essa era minha chance.

O guarda não tardou a voltar, acompanhado da confirmação de que dali há duas horas, Odin estaria a meu aguardo no salão do trono, como já era de se esperar.

Essa era minha última chance.

Andei em passos firmes, de cabeça erguida e postura impecável, seguida por quatro guardas armados da cabeça aos pés, até o meu destino fatal. Minha mãe ficaria eternamente orgulhosa de mim naquele momento. Uma verdadeira líder nata.

Última chance.

No meio do caminho, esbarrei com Loki e mais quatro guardas que, fatalmente, nos impediam de nos aproximarmos o suficiente. Apesar do infortúnio, nada me impediu de sorrir para ele da maneira mais terna que consegui e, em retribuição, ganhar uma de suas piscadelas brincalhonas. Finalmente ele estava animado.

Nossa última chance.

Odin já estava lá. Dessa vez, acompanhado apenas de seus guardas, organizados em uma fileira perfeita, prontos para nos receber enquanto atravessávamos o corredor ali formado.

Os oito guardas que nos acompanhavam, foram ficando no caminho e permitindo uma aproximação maior cada vez mais entre mim e Loki.

Tudo o que eu mais queria no mundo era estender a mão para meu amado, segurá-la e nunca mais soltá-la, contudo não poderia fazê-lo. Seria afrontar demais ao pai de todos com um ato tão imprudente e desrespeitoso assim. Principalmente, sendo um dia depois de minha revolta ao trono. Portanto, eu tive que me conter.

─ Então, Ignis Surtson, aqui estou, como solicitado, presente em sua reuniãozinha. ─ Odin pronunciou as palavras com desdém, mas, no fundo, consegui perceber nele uma certa curiosidade ─ Algo me diz que o que você tem para me dizer não vai, de fato, me interessar. ─ Ou talvez eu só estava enganada, mais uma vez.

─ Agradeço por atender ao meu pedido tão cedo, majestade. ─ reverenciei-me rapidamente antes de prosseguir ─ Como já é de seu conhecimento, seu filho, Loki, e eu, nos envolvemos romanticamente.

─ Sim, sim... E você planeja mesmo voltar à este assunto? ─ ele indagou deixando transparecer sua raiva.

─ O que o senhor não sabe, meu pai, é a versão completa dos fatos. ─ Loki, por fim, começou ─ O que eu creio que a filha de Haz, Ilídia, tenha lhe contado, não chega a ser nem um quinto de toda a verdade por trás de nossa história.

─ Estão juntos desde o baile da neve, séculos atrás. ─ Odin contestou, revelando a informação preciosa que eu havia confidenciado à Ilídia ─ Desde então, os dois vêm se encontrando às surdinas, na cúpula presenteada por seu irmão, Thor, à noiva dele.

─ Eu a amo, pai. ─ Loki rebateu, impedindo que Odin continuasse com seu discurso de ódio ─ Com todo meu coração. A amo como parte de mim.

─ Amor? Tolo! Você não sabe o que é amor! ─ Odin gritou de volta, erguendo seu cetro, demonstrando que sua raiva só aumentava.

─ Séculos, pai! Séculos amando Ignis e o senhor acredita mesmo que não sei o que é amar? Passei por tudo me escondendo às sombras, aceitando apenas as migalhas que o tempo nos permitia. Eu. A. Amo!!! ─ Loki berrou de volta ao seu pai.

Nunca, em toda minha vida, havia visto-o tão irritado assim. Na verdade, não demorei muito para perceber que era desespero. Loki estava desesperado. Tanto quanto eu. Ou talvez até mais.

─ Pai, por favor. Tudo que eu te peço é uma chance para ser feliz. ─ Loki apelou profundamente, mudando seu tom instintivamente, como eu havia feito com minha mãe no dia anterior e pela feição de Odin, acredito que tenhamos quebrado alguma barreira inicial.

Tomei para mim a oportunidade de continuar a conversa e falei:

─ Darei minha palavra de que Asgard não sofrerá com ira de Ragnarok, nem que eu mesma tenha que mata meu avô para que isso ocorra.

─ Não prometa algo que não possa cumprir, princesa Ignis. ─ Odin disse apenas.

─ Mas eu prometo, mesmo assim. Darei minha vida por Asgard, se necessário, pois hoje os reconheço como parte do meu povo. Casando-me com Loki, Asgard será sangue do meu sangue, parte da vida que habitará em mim. Parte de minha responsabilidade.

─ Casando-se com Loki não seria rainha. ─ o deus rebateu.

─ Ainda sim me doaria de corpo, alma e virtudes em prol da necessidade dos asgardianos. Pois foi o que eu disse, Odin. Vocês são parte do meu povo. Todos.

O rosto o líder foi suavilizando aos poucos e uma gotícula de alívio se instaurou em mim, junto de uma possível esperança de que nosso plano havia dado certo.

─ Pai... Por favor... Peço que reconsidere. ─ Loki aproximou-se de mim o suficiente, tomou meus dedos entre os seus e os apertou enquanto me encarava, deixando explícito, pela primeira vez publicamente, todo o amor que sentíamos um pelo outro.

─ Se afaste da minha filha imediatamente. ─ uma voz grave rugiu não muito longe de nós e veio se aproximando às pressas ─ Afaste-se dela agora mesmo.

Virei-me em direção ao dono da voz e deparei-me com uma versão extremamente zangada de um homem que outrora chamei de pai.

─ Papai, por favor, deixe-nos explicar.

─ Loki Odinson, eu ordeno que se afaste de minha filha ou eu o matarei agora mesmo.

E, quando tudo parecia ir bem bem, vi meu mundo desmoronar ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Ignis derreteu o coração de Semha, Loki o de Odin... Mas e o coração de Haz??? Será que o casal precisará unir forças para fazer o pai entender o quanto ambos se amam???

Comentem e compartilhem comigo suas expectativas para o próximo capítulo! Estou aguardando! (sorriso colgate)



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