Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 2
Have I a family?


Notas iniciais do capítulo

Olá!
(que vergonha, eu não segui nem um pouco a agenda)
Mas tudo bem!
Como estão? Espero que bem!
Eu estou exausta, cansada, morrendo, mortinha da silva... Porém estou sobrevivendo melhor do que eu esperava.
Sei que dei as explicações aos que comentaram, porém tenho certeza que existem leitores que não comentaram ainda e que querem uma explicação: Eu estou estudando M-U-I-T-O!
Então, não tenho tempo para escrever, por isso me ausento tanto assim.
Dessa vez o desenvolvimento da spin tá tão lento que estou me sentindo mal a beça. Então me desculpem!
Se deixei alguém sem resposta nos comentários, pode me cobrar que eu respondo (foram tantos comentários recentes nas outras fics e nessa que eu me perdi {risos}).
Estou imensamente feliz em saber que já tenho leitoras novas :D Isso me deixa muito, muito, muito emocionada e inspirada.
Enfim.
Deixo vocês com esse capítulo curtinho e bem básico.
Até nas notas finais õ/



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Eu estava sentada, rodeada de pétalas verde escuro e uma água que brilhava a cada movimento que eu dava.

Sentia-me estranha, não parecia certo nada daquilo. Não mesmo. Principalmente a imagem do vitral a minha frente. Entalhado no vidro estava um imenso pássaro vermelho com asas de fogo e olhos tão verdes que me deixava tonta. Tive de fechar os olhos para não tentar a cada minuto enxergar além do vitral para verificar se alguém estava me espiando ─ além, claro, das duas empregadas que ficavam jogando sais na água.

Fazia um pouco mais que uma hora desde que eu pousara em Asgard, mas já aprendi várias lições.

A primeira delas? Bom. Curve-se sempre quando encontrar um velho de barba branca e caolho. Esse cara pode ser o líder de uma nação muito zangado e que desconfia de você de forma sutil. Fora que este mesmo cara pode ser o responsável por você ter perdido séculos de memória e ter sido jogada em um planeta em exílio.

Uma hora antes.

Apesar de minha lembrança ser falia, eu sentia que Odin não estava nada satisfeito quando me aproximei dele ao lado de Thor, Loki e um batalhão de guardas.

Todos eles se curvaram e eu continuei a ficar em pé, admirando as paredes decoradas em dourado e prata.

─ Ignis, vejo que esqueceu seus modos em Midgard. ─ a voz do velho portador do trono soou irônica, mas não me pareceu uma repreensão até em tão.

─ Na verdade você quis dizer, perdi os modos, não é mesmo? Ou... Confiscaram meus modos? ─ ergui uma das sobrancelhas enquanto o encarava. De cara eu havia compreendido que minha volta não parecia ser tão amistosa assim.

─ Chame por Semha! Diga que ela está de volta. ─ o velho ordenou a algum lacaio que respondeu às pressas, saindo de seu posto na parede e correndo em direção a saída mais próxima.

O lacaio não demorou mais que vinte segundos, já que uma mulher de cascata arruivada entrou acompanhada de uma menina tão loira que o seu tom de cabelo chegava dar inveja ─ que saudades que tinha de meu cabelo loiro.

Quando a mulher arruivada colocou os olhos em mim, desmoronou no chão e começou a chorar, enquanto a loira simplesmente me encarou de cima a baixo e não se movimentou um centímetro se quer para ajudar a outra que quase desfalecia em lágrimas.

─ Minha menina! ─ a mulher que chorava ergueu um dedo em minha direção e gritou entre lágrimas ─ Minha doce menina. Minha pequena princesa...
Eu simplesmente não sabia o que sentir, e então percebi que aquela era a segunda lição do dia: eu acho que tenho uma família.

De repente, a mulher ergue-se do chão e corre em minha direção, já pronta para me abraçar. Mas apenas um passo meu para trás e meus ombros reprimidos foram capaz de lançar minha mensagem telepática: "Sai pra lá, estranha."

Quando ela, de repente, engoliu o choro eu imaginei que fosse um tipo especial de poder mítico que os asgardianos ─ ou o que quer que ela seja ─ possuíam, mas percebendo através de minha visão periférica que Thor e até mesmo Loki ficaram surpresos com a mudança de humor súbita da mulher tirei minhas conclusões adiantadas e logo observei que ela não parecia ser perfume que se cheire. A confirmação veio a seguir quando ouvi Odin dizer:

─ Espero que perdoe sua mãe, Ignis. Ela fez o que teve de fazer para manter nosso acordo intacto.

Precisei de uns minutos para me recompor de toda a cena e soltar as palavras:

─ A única coisa que eu espero de vocês é que me mostrem a tal curandeira Ilidia, que ela arranque os poderes de mim de uma vez por todas para que eu possa voltar para casa e nunca mais pisar aqui.

Odin considerou minhas palavras uma afronta, já que rapidamente me rebateu:

─ Isso é um ultraje! ─ ergueu-se do trono para dizer ─ Você perdeu seus modos completamente, mulher. Componha-se! Com quem você pensa que está falando? Curve-se a mim, garota petulante. Eu sou seu rei!

─ Você pode até pensar que é meu rei, mas eu cresci em um mundo onde a democracia reina... ─ minha frase foi interrompida quando ele ergueu seu cetro e direcionou uma força invisível lançou-me pelo ar em direção a um pilastre próximo a uma parede.

─ Por favor, por favor! ─ a ruiva direcionou-se para o velho e começou a implorar ─ Ela ainda não se lembra! Ela não conhece nossas tradições! Deixe-me levá-la para longe por um tempo, soberano. Ignis precisa descansar no rio das memórias o quanto antes... Precisa recuperar seu lado...

A essa altura eu já estava de pé e interrompendo o discurso da mulher.

─ Não! Eu não vim atrás de recuperar minhas memórias. Vim atrás de me livrar delas. ─ apontei para Thor ─ Ele me prometeu. ─ assim que soltei as palavras, todos no salão encararam o homem forte com expressão de surpresa.

Um momento de silêncio se instalou, então Thor imaginou ser um bom momento para as explicações.

─ Pai... O que ela diz, é verdade. Ela não é mais a mesma Ignis que conhecemos antes do exílio... Quando ela foi enviada a Terra, algo aconteceu com sua memória e ela não lembra-se de nada.

─ Como isso é possível? Imaginei que assim que ela despertasse, suas memórias retornariam... ─ a loira meteu-se no assunto.

─ Sim, sim... Elas estão retornando aos poucos, mas... há efeitos colaterais quanto a isso ─ assim que ele explicou, os olhos da loira pareceram arder em curiosidade quando se direcionaram a mim ─ Bom, meu pai... Há a possibilidade de Ignis não sobreviver ao procedimento e...

─ Falecer. ─ Odin completou a frase pelo filho e, dessa vez, me olhou com outros olhos ─ Eu gostaria de dizer que sinto muito pelo inconveniente, Ign-

─ É Ellizabeth. ─ corrigi o homem, tentando manter um tom calmo ─ Do lugar onde eu vim... quer dizer... no lugar onde vocês me deixaram, recebi o nome de Ellizabeth.

─ Muito bem, Ellizabeth. ─ Odin automaticamente se corrigiu ─ Se prefere ser chamada assim...

Apesar da mudança repentina de humor do rei, não me deixei levar por sua calmaria. Eu ainda estava com minha guarda invisível de pé e pronta para atacar qualquer ofensa.

─ Eu tenho sua permissão para abraçá-la? ─ a ruiva encarou-me suplicante enquanto dava passos curtos em minha direção.

Perdi a respiração no mesmo instante e precisei respirar fundo antes de respondê-la:

─ Não.

A palavra a cessou e um enorme ponto de interrogação surgiu em seu olhar.

─ Ignis! ─ a voz de alguém ao fundo da sala surgiu e um par de braços abraçou-me por trás.

Por um segundo, eu quase derrubei quem quer que fosse ao chão e massacrasse o ser alienígena. Mas algo, no fundo de meu peito, me deteve.

─ Príncipe! ─ a voz de um guarda que estava de prontidão ecoou pelo salão enquanto ele saia da sua posição e vinha livrar-me do abraço.

Quando voltei-me para encarar a ameaça, deparei-me com um jovem menino, que aparentava, no máximo, 15 anos. Tinha um cabelo loiro similar ao da loira ao lado da mulher que eu assimilei ser minha mãe, olhos esverdeados e uma pele tão pálida quanto a minha.

─ Deixe-me abraçar minha irmã! ─ o jovem livrou-se do aperto do guarda e voltou-se novamente para mim, prendendo-me em mais um abraço.

Suspirei fundo, tentei controlar minha angústia e confusão, e acabei retribuindo o abraço, mesmo que por um curto segundo.

─ Senti tanto a sua falta! Viver em Asgard não tem tanta graça sem você aqui. Foram as duas piores décadas da minha vida, Iggy!

─ É mesmo? ─ forcei minha voz em um tom firme, mas no fim das contas ela saiu surpresa.

─ Iuel, largue sua irmã! ─ a ruiva ordenou ─ Ela... não é mais a mesma...

─ Como assim, mamãe? ─ o, então chamado Iuel, indagou deixando uma irritação eminente transparecer ─ Claro que a Iggy é a mesma!

─ Iuel, ouça a mamãe! ─ foi então que a loira falou e eu pude determinar que ela, pelo jeito, também era minha irmã.

Então eu tenho uma família inteira por aqui?

─ Cale a boca Ilidia! Você não sabe nada sobre nossa irmã! ─ quando Iuel deixou escapar o nome da loira, eu virei-me direito em sua direção e fiquei pasma.

─ Você é Ilidia? ─ indaguei apontando diretamente para a mulher que a pouco tempo reconheci como irmã.

─ Sim, eu sou... Por que pergunta? ─ a última coisa que consegui ver foi o franzir de cenho dela.

Meus sentidos começaram a falhar no momento em que meu coração bombeou desesperadamente meu sangue. Ela é Ilidia! Esse tempo todo esteve aqui e Thor não comentou nada sobre isso! Uma ardência tomou conta de meus olhos e tudo tornou-se escuro a minha volta até eu perder o controle minha visão e audição e desmaiar.

Uma luz turva despertou-me e, então, vi-me em mais uma lembrança de minha vida Ignis.

Dessa vez estava ao lado de uma criança com cabelos claros que sorria animado e apontava para a frente.

Ao meu outro lado podia encontrar a garota loira ─ também conhecida como Ilidia ─ que sorria animada para o que quer que estivesse a nossa frente e comentava as vantagens que teria só porque era irmã da futura rainha.

Aquela ideia, por um momento, pareceu vagar em nossa mente ─ na de Ignis e na minha.

─ Iggy, você consegue se imaginar como rainha? ─ a voz de Ilida soava mais calma do que há pouco tempo eu ouvira ─ Você será tratada como rainha, Iggy! Ra-i-nha! ─ suspirou ─ Nem consigo pensar em algo que possa ser melhor do que rainha de Asgard.

─ Lidy. Modos! ─ a voz da mulher ruiva, que agora eu já tinha a noção de que era Semha. ─ Não se esqueça que sua irmã estará passando por testes a todo instante. Precisamos passar a melhor impressão possível para aliviar o lado de Ignis.

Ouvi Ignis soltar um longo suspiro, desanimada.

─ Anime-se, Iggy. Você vai se sair bem. O príncipe Thor vai adorar sua companhia. Eu tenho certeza disso! Você é a melhor princesa que ele poderia ter. ─ a voz de Iuel soou mais infantil, afinal, nessa lembrança borrada, ele era uma criança ainda, porém seu discurso parecia tão maduro que me surpreendeu.

─ Assim espero, meu pequeno príncipe. Assim espero. ─ Ignis suspirou mais uma vez e continuou a caminhar ao lado da família rumo ao objetivo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram?
Querem mais? (óbvio que querem mais {risos})
Eu sinto muito mesmo por estar demorando a postar.
Até pensei que nesse fim de semana teria tempo, mas infelizmente minha família marcou uma penca de eventos (fora meus amigos que decidiram comemorar o dia dos solteiros amanhã {sim, eu tenho muitos amigos encalhados que são do contra}).
Eu só posso dizer que estou escrevendo o mais rápido que consigo.
Até o próximo capítulo e os comentários.



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