Our Imortality escrita por Vingadora


Capítulo 13
The people.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa!
Que vergonha. Quase uma semana sem postar nenhum capítulo novo e por isso peço desculpas.
A explicação pode não ser tão satisfatória, mas foi uma boa causa. Meus amigos resolveram me tirar de casa, porque nas últimas semanas eu fiquei um pouco "viciada em estudar", afinal foram muitos e muitos dias longe da escola que fiquei. Fora que como estou nas últimas semanas de aula antes da formatura (yeah!), o que tenho de trabalho pra entregar... Não é brincadeira não! Tenho prova marcada até no dia 14 de dezembro!
Enfim.
Explicações a parte, venho primeiramente agradecer a linda, fantástica, fabulosa, meiga, maravilhosa recomendação que O.I. recebeu da leitora Renata. MUUUUUUUUITO OBRIGADA! Melhorou a beça minha semana!
E, é claro, deixar claro minha paixão pelos comentários de vocês. Sintam-se abraçados por uma ruiva de farmácia descabelada, com seu melhor pijama de gatinhos e um par de pantufas de vaquinha neste exato momento!
Bom, deixarei-os agora com esse capítulo que demorou mais do que devia para ser escrito.
Até lá embaixo! õ/



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Nunca pensei que sentira tanto medo em toda minha vida.

Até o jantar há uma noite, eu imaginava que a única intensão do príncipe asgardiano era ter-me como sua esposa... Só que... agora... tudo que ele havia combinado com meu pai havia perdido o sentido.

Ele convidara não só a mim para viajar até sua terra. Convidara toda a minha família.

E agora estávamos ali.

Atravessando a tão famosa ponte Bifröst, protegida pelo deus guardião Heimdall, cercados por uma guarda composta de alguns cavalheiros de nosso castelo e a grande maioria da guarda de Asgard.

Iuel, meu doce irmão, achara aquilo maravilhoso e uma oportunidade única de aprender a guerrear com os melhores treinadores dos nove reinos ─ o não era nenhuma surpresa ou novidade entre todos. Os asgardianos eram os melhores quando se tratava da boa e velha guerra. Não era atoa que quase todos os reinos foram pacificados graças às forças de Odin.

Ilidia, como sempre, gabava-se por ter uma irmã que irá tornar-se rainha, então não me surpreendia nada vê-la saltitante a nossa frente conversando com uma de suas damas sobre todas as regalias e desejos seus que seriam realizados na terra de deuses.

Mamãe achava graça naquilo tudo, apesar de estar sempre com aquela ruguinha de preocupação na testa. Compartilhava tanto da animação de Ilidia, como das expectativas de Iuel. Diferente de papai, ela sempre achou que Iuel já estava mais que pronto para aprender a ser um guerreiro. Fora que a alegrava mais ainda o fato de conhecer de perto o palácio dourado que abrigava os deuses mais importantes de todo o Yggdrasil e saber que sua filha estava destinada a governar toda aquela nação.

─ Veja, Iggy! Você irá morar aqui! Irá governar tuuudo isso! ─ Iuel crescera pouco nos últimos anos. E era isso que preocupava meus pais, pois ele possuía uma descendência direta com o sangue real, portanto era natural que ele crescesse mais rápido que a maioria dos meninos de sua semelhante idade. Mas não era o que acontecia, afinal Iuel ainda aparentava um menino frágil e todo necessitado de amparos e proteção.

Não consegui assentir ou, se quer, compartilhar da animação de meu irmão. Ao invés disso, virei-me rapidamente para trás, atrasando um pouco o meu andar para fitar meu pai. Ele estava exatamente do jeito que eu imaginava. Tenso. Preocupado. Pensativo.

Eu possuía uma estranha ligação com papai que fazia com que eu, quando desejava, sentisse tudo o que ele sentia e vice-versa. Ás vezes nem precisávamos nos comunicar com palavras. Era só ativarmos nossa ligação e pronto. Já estávamos compartilhando histórias ou até mesmo comentários internos sobre algo que assistíamos ao mesmo tempo.

Talvez por isso Ilidia me odiasse tanto.

Isso e o fato de que, de acordo com seus pensamentos, ela deveria ser a herdeira, ela deveria ser a deusa da ressurreição, ela deveria casar-se com Thor e viver do luxo de Asgard. Ela deveria ser a favorita de nosso pai.

Soltei um profundo suspiro, o que chamou a atenção de minha irmã. Ela reduziu seus passos até que estivesse em seu devido lugar na formação que havíamos sempre de fazer quando caminhávamos em conjunto: ao meu lado direito.

─ Iggy, você consegue se imaginar como rainha? ─ diferente do que há poucos ela fazia, agora sua voz soou mais calma, tentando manter o equilíbrio de sua tonalidade e parecer uma verdadeira princesa ─ Você será tratada como rainha, Iggy! Ra-i-nha! ─ suspirou sonhadora ─ Nem consigo pensar em algo que possa ser melhor do que rainha de Asgard. ─ e lá estava sua euforia novamente.

─ Lidy. Modos! ─ mamãe repreendeu minha irmã finalmente, percebendo que Ilidia já havia passado dos limites ─ Não se esqueça que sua irmã estará passando por testes a todo instante. Precisamos passar a melhor aparência possível para aliviar o lado de Ignis.

Soltei um suspiro desanimado e logo senti os olhos do meu pai queimarem em minha nuca. Aquilo era inadequado a se fazer rodeada por tantos guardas de Asgard assim.

─ Anime-se, Iggy! Você vai se sair bem, tenho certeza de que o príncipe Thor vai adorar sua companhia. Eu tenho certeza disso! Você é a melhor princesa que ele poderia ter! ─ Iuel tentava soar-se carinhoso, mas as expectativas que ele possuía acabaram que se sobressaíram na frase e aquilo acabou me roubando um rápido sorriso.

─ Assim espero, meu pequeno príncipe, assim espero. ─ apertei minhas mãos, segurando a vontade de afagar os cabelos de meu irmão, afinal aquilo seria outro deslize, pois não podíamos demonstrar esse tipo de afeto ali. Estávamos cercados de guardas e, caso algum deles viesse a perceber minha preferência contra Iuel, isso poderia ser usado futuramente se Thor desejasse me manipular.

─ Bem vindos, finalmente, a Asgard! Terra dos deuses e casa de Odin. ─ a voz de Thor soou forte, orgulhosa e decidida mais a frente enquanto ele abria os braços e apontava para toda a construção que nossos olhos podiam contemplar.

Realmente tudo aquilo era demais para ser considerado simplesmente só mais uma das terras da árvore de Yggdrasil. Todos os edifícios eram pontiagudos e semelhantes entre si, com tons variantes entre ouro e bronze ancestral. A flora do lugar era muito bem conservada, abrigando variados tipos de árvores e plantas exóticas ricas em detalhes. Mal havia colocado meus pés para fora da ponte Bifröst e já pude contemplar três águias voando em conjunto sob nossas cabeças. Eram magníficas! E eu sabia que elas podiam sentir a minha presença, pois todas as três atrasaram seus vôos só para sobrevoarem próximas a mim e reverenciarem-se rapidamente.

Aquilo não passou despercebido pelo príncipe Loki, que logo voltou-se em minha direção e rapidamente deixou escapar um sorriso maravilhado por ter contemplado aquela ação das aves.

Era errado, eu sabia, mas o sorriso de Loki me deixara encabulada, fazendo com que eu desviasse meu olhar em direção a minhas mãos que agora se espremiam em um aperto forte o vaso que abrigava a única muda de Moto Malawa que eu permitira entrar em Asgard. Era um tipo raríssimo de flor que surgiu exatamente no dia de meu nascimento. Meu avô contou-me que quando eu nasci, ele viu que uma das cinzas que caía da lua tocou o solo de Muspelheim, afundou-se e de lá brotou o primeiro ramo daquela flor. Seu tom era branco, tão branco como a minha pele e, quando ela se aproximava de mim, suas pétalas transformavam-se em um lindo vermelho sangue, belíssimo, porém o mais incrível era a luz solar que ela produzia quando eu tocava qualquer que fosse sua pétala.

Quando finalmente atravessamos os portões principais de entrada, pude ouvir um coro regozijante exclamar pelo nome do príncipe Thor que estava gabando-se de toda atenção que recebia.

Um trovão forte e impressionante atravessou o céu e causou ainda mais alvoroço no povo que empurravam-se entre si para conseguir um pouco de atenção do príncipe tão maravilhoso. O que mais me assustou foi que quando aquelas pessoas perceberam minha presença, mudaram automaticamente o foco de exclamações, transformando os gritos e vibrações para Thor em um coro uníssono: Princesa Ignis!

Não estava preparada para tanta atenção assim, então senti meus braços encolherem-se ainda mais enquanto meu pai pousava uma das mãos em meus ombros, sentindo a minha total insegurança através de nossa ligação. Encarei-o de forma breve, pois fui pega de surpresa com um olhar repreensor. Eu não devia me encolher diante de tantas pessoas assim.

Foi depois de receber a bronca de meu pai que puxei mais um pouco de ar para meus pulmões, endireitei minha postura, estampei o melhor sorriso no rosto, entreguei meu vaso a Iuel e passei a dedicar um pouco de tempo a algumas pessoas que imploravam por atenção.

O que deveria ser um trajeto rápido, acabou levando mais tempo do que o necessário, pois eu me obriguei a cumprimentar a todos, pegar crianças no colo e receber presentes adiantados de casamento. Apesar de toda hospitalidade que eles pareciam me apresentar, ainda sim sentia-me como uma completa estranha. Não era para menos, afinal eu estava em um mundo completamente desconhecido, com pessoas desconhecidas, leis desconhecidas, culturas desconhecidas... Mas não ia me entregar tão fácil assim, afinal de contas eu era Ignis, a deusa Phoenix.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo.
Eu sei que é curtinho, porém foi escrito de coração.
Eu não tenho revisado muito bem os últimos capítulos, então me desculpem se houver algum erro de digitação ou ortografia.
Amo vocês! (pois é, eu amo mesmo!)
Até nos comentários e próximos capítulos!
Aos leitores fantasmas: Não se acanhem! Eu sinto que estão aí.