Uma Babá Perfeita escrita por issiawa


Capítulo 11
Três Anos


Notas iniciais do capítulo

Esse cap é dedicado a Grazi que fez a capa com tanto carinho!!!!
 
Obrigada florrrrrr!!!!
 
Mega bjus!!!!!



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Bella

 

 

Quarta-feira. A primavera em Nova York sempre é a melhor época para casamentos, as noivas ficam afoitas com o tempo quente e com as flores por todos os lados, é uma época romântica, e o Central Park fica cheio e lindo com todo aquele verde. Há três anos eu voltei para Nova York, para fugir de um amor que no final acabou por sempre estar comigo, crescendo a cada dia. Hoje, aqui no meu escritório, lembro dos dias que passei em Forks com certa saudade.

 

- Bella, sua mãe no telefone. – Ângela me fez desviar dos meus pensamentos.

 

- Obrigada, Ang. – atendi ao telefone. – Alo?

 

- Oi filha, como está?

 

- To bem, mãe, e você?

 

- Oh, estou bem, querida. Sabe acabei de vir da casa dos Mc Callister, e você não vai acreditar! A filha deles irá se casar! Claro que falei de você para eles, e como eles foram ao casamento dos Humphreys, eles adoraram a idéia de você ser a organizadora deles.

 

- Mãe isso é ótimo! Com uma mãe tão bem relacionada, quem precisa de publicidade? – Brinquei. Quando voltei para NY encontrei um trabalho de assistente de eventos, e em menos de um ano consegui montar um pequeno escritório com Ângela, uma grande amiga dos tempos de faculdade, minha mãe como sempre tentava me ajudar, como não aceitei sua ajuda financeira para montar o escritório, ela tentava o fazer me indicando seus amigos socialites, o que estava me ajudando muito. – Obrigada mãe!

 

- Oh, de nada minha querida, mas e você, quando vai organizar o próprio casamento? – E estava demorando para ela tocar nesse assunto.

 

- Mãe, a senhora sabe que não tenho pressa, ainda está cedo para se pensar em casamentos.

 

- Bells, amor, já faz anos, e um partido desses, lindo, rico e inteligente não se fica enrolando como você o está fazendo.

 

- Eu sei mãe, mas ele me entende, e eu também só estou começando o meu negocio agora, não quero ter que depender de homem nenhum. Agora esse assunto está encerrado por aqui. – Falei já um pouco brava pelo assunto, já estava me incomodando.

 

- Tá, mas só lembre-se que não é só em você que tem que pensar, afinal ainda quero ver minha filha casando. – Ela falou chorosa. Conversamos por mais alguns minutos e desliguei.

 

Saí da minha sala já um pouco atrasada, tinha que encontrar alguns clientes, não poderia me atrasar para chegar em casa hoje, e como sempre o transito de NY estava caótico.

 

Edward

 

 

- Edward que horas você vai passar aqui?

 

- Não sei, Em, o transito tá horrível, sabe como é Manhattan no final do dia, o que está planejando?

 

- Ah estava pensado em tomar umas cervejas, você sabe? Relaxar um pouco.

 

- Ah, Em, combinei de jantar em casa hoje.

 

- Edward deixa de ser chato, desde o dia que você se mudou para NY não saímos, só fica com a namorada, vamos lá? Ter uma noite de homens. – Eu ri da observação dele.

 

- Tá bom, Em, vou ligar em casa para avisar e depois passo aí, ok? Mas não vamos ficar até tarde, tenho que trabalhar amanhã.

 

- Tá ok! – Ele respondeu tão animado que até parecia Alice no telefone.

 

- Em, vou desligar antes que algum guarda me multe por estar dirigindo falando no celular, daqui a pouco estarei aí.

 

Liguei em casa e a Sra. Smith atendeu, eu a avisei que não iria para jantar e que era para avisar que eu estaria com Emmet. Depois de algumas horas lá estava eu e meu irmão em um bar na sétima avenida.

 

- Então Ed, vai pedi-la em casamento mesmo? – Ele perguntou.

 

- Vou sim.

 

- Hum, e quando você irá fazer isso?

 

- Ainda não sei, ainda tenho que falar com Ness, mas será logo.

 

A noite transcorreu calma, e após alguma conversa jogada fora e algumas cervejas a menos no estoque do bar, Emmet avistou alguém e falou:

 

- Hey, cara, o que tá fazendo aqui?

 

O homem loiro, alto, de terno vinha em nossa direção com um sorriso no rosto – E aí Em? Como você está?

 

- To bem, e você?

 

- To bem, cara, sabe como é, muito trabalho, família, as coisas de sempre. – Ele parou e me olhou. – E aí, tudo bem?

 

- E aí. - falei

 

- Ah, esse é o meu irmão Edward Cullen. – Emmet apontou para mim, e depois apontou para o cara que já estava ao meu lado. – Esse é o meu advogado, James Grey.

 

O cumprimentei e ele se sentou conosco e conversamos por mais algum tempo, James era um cara divertido, parecia ser um cara legal. Depois de algum tempo ali conversando, me despedi e fui para casa, minhas meninas já deveriam estar me esperando.

 

 

Bella

 

 

Já era quinta-feira de manhã, a semana estava voando, e eu havia marcado de encontrar Irina, minha cliente, ela iria se casar dentro de alguns meses e a maior parte já estava organizado, mas uma organizadora de eventos, quando este se trata de um casamento, acaba virando quase uma madrinha, então eu a ajudava escolher praticamente tudo das flores da cerimônia até o lingerie que ela usaria no dia. Ela estava me aguardando em um café próximo ao meu escritório, então não vi a necessidade de ir de carro, hoje ela me apresentaria uma de suas madrinhas, o programado para o dia seria de ir ao mesmo ateliê que estava fazendo o vestido de noiva para vermos o da madrinha. Estava no sinal aguardando para atravessar, o transito estava horrível, eu demoraria horas para chegar em casa hoje. Quando o sinal de pedestres abriu uma avalanche passou por mim, esses nova-iorquinos sempre tão apressados, eu não iria correr, fui atravessando com calma, afinal, eu estava mais que adiantada para o compromisso.

 

Fui caminhando e vendo toda a loucura de carros e pessoas, mas dentro do carro parado em minha frente vi um brilho diferente que me fez estancar no lugar em que eu estava. O brilho dos olhos verdes dentro do carro, ao mesmo tempo em que eles me fitavam me fez sentir um calafrio conhecido e que há muito tempo não sentia, o mundo pareceu parar em volta daquela troca de olhares carregados de sentimentos. Não podia ficar ali, o calafrio se apoderou de mim e eu fiz a primeira coisa que passou em minha cabeça: corri. Tive sorte, pois ao encostar os pés na calçada pude perceber que o farol havia aberto e que os carros começavam a andar furiosamente pelas ruas, não me virei para ver se ele ainda estava me olhando, somente entrei no primeiro lugar que vi.

 

As lembranças iam tomando conta de meus pensamentos todos de uma vez, nem tinha visto onde eu estava, até uma senhora tocar em meu ombro.

 

- Hey moça? A Sra. está bem? – A olhei por alguns segundo sem saber de fato o que responder a ela, depois olhei ao redor, pude ver que era uma velha livraria e que ali dentro não havia ninguém, talvez pelo fato das compras online estarem se tornando tão popular, ou até porque no centro de Manhattan haver diversas livrarias séculos a frente aquela em que eu me encontrava.

 

- Não desculpe o incomodo.

 

Sem me despedir fui embora, tinha que me recompor antes de ver minha cliente, porém o brilho verde daquele olhar assombrava os meus pensamentos. Fui direto para o café que havia marcado o encontro com Irina. Chegando lá me sentei em uma cadeira próxima ao balcão e pedi uma água, poucos minutos depois duas moças extremamente bonitas entraram pelo café. As duas loiras, altas, estavam vestindo vestidos de alta costura, com seus saltos agulha que era impossível me imaginar em cima de algo como aquilo. Definitivamente as novas donas de Upper East Side. Acenei com o meu melhor sorriso para que viessem até mim. Irina tinha os cabelos curtos e loiro platinado, de intensos olhos azuis, era uma mulher muito inteligente, seu futuro marido, Laurent Garganier é herdeiro da rede de hotéis mais famosos do mundo, ele mesmo comandava os negócios e ela, por sua vez, o comandava. Era o sonho de filha para minha mãe, ela era rica, bonita, inteligente e interesseira.

 

- Olá Isabella – Me deu dois beijinhos sem encostar-se ao rosto. – Essa é a minha madrinha, Tanya.

 

- Olá, prazer Isabella, sou a organizadora do casamento. – Vi que seu olhar foi de meus pés a cabeça, verificando milimetricamente cada centímetro de meu corpo, e não só dele, pude ver que ela olhava para bolsa encostada na cadeira onde eu estava sentada. Tanya, que diferente da noiva, tinha longos cabelos loiro queimado, semelhante a um vermelho muito claro, tinha os olhos verdes claros, e o rosto perfeito, era realmente uma mulher que eu me preocuparia em deixar o meu namorado por perto. Seu corpo que trajava um sinuoso vestido salmão, ela era perfeita, e deveria estar me analisando da mesma forma, porém com as opiniões totalmente diferentes. – Sentem-se, por favor.

 

As duas se sentaram e podemos começar ali a conversa. No começo Tanya, a madrinha, fazia perguntas de questões que há muito tempo tinham sido resolvidas, era visível que estava desconfortável, mas eu não havia como saber com o que era. No final da manhã fomos ao ateliê para que Tanya escolhesse o modelo do vestido. Demorei todo o começo da tarde naquele lugar, só a vendo recusar modelo atrás de modelo. July, o estilista, já estava ficando roxo de raiva, até que finalmente ela escolheu um vestido lindo de alças e um grande decote, tinha minhas duvidas com relação à escolha no corpo dela, talvez tenha ficado um pouco vulgar, mas eu não ia dar minha opinião.

No final da tarde fui direto cama casa, ao chegar notei que não havia ninguém no primeiro andar do pequeno sobrado onde eu morava, subi correndo as escadas e ao entrar no quarto, senti que braços me seguravam pela cintura, senti seu perfume misturado com o cheiro de sabonete.

 

- Oi amor, que bom que chegou cedo! – Ele me falou no ouvido. Me virei e beijei a sua boca.


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Notas finais do capítulo

Gente obrigada pelo apoio!!!!



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