Kate depositou um beijo carinhoso na testa do marido e em direção a porta para ir ao trabalho.
Castle não parava de andar de um lado para outro pensativo e angustiado na proposta coagida do promotor. Como ele irá explicar a Kate e ao seus amigos da NYPD que o promotor o contratou para investigar desvios de verbas e para isso todos os policiais teriam suas vidas reviradas de cima para baixo para procurar um menor detalhe que seja de entrada de uma grande quantia dinheiro. E quem fez isso foi bastante esperto e encobriu os rastros. Como explicar principalmente a Kate sua fiel companheira e namorada por três anos, eles compartilham sorrisos tristezas e até as coisas. Beckett se soubesse daquilo nunca mais sequer olharia na cara dele, e onde estava a confiança e o respeito evaporou pelos ares. Se soubesse por terceiros seria ainda pior ela o desprezaria para sempre e ele não seria capaz de conviver com aquilo. Ele não suportaria vê-la ferida de novo não por causa dele.
–Droga por que eu? Existem investigadores especializados nessa área. Por que a vida te dá tudo e depois tira sem restar nada?
Castle se recordava das últimas palavras do promotor lembre-se não poderá dizer nada a ninguém principalmente a Kate porque se não você já sabe. Já sabe o que? Irá matar o próprio Castle, matar a Kate os seus amigos e familiares.
Castle já estava com os arquivos no escritório e o primeiro sem dúvida é da Katherine Beckett os outros que seguiam eram de Javier Esposito, Kevin Ryan, Lanie Parrish,Pelmutter, e claro não podia faltar o do Capitão Montgomery,os outros ele não sabia de quem eram já que ele não tinha convívio direto com aqueles policiais.
Ele se permitiu descarregar algumas lágrimas deixando-as cair sobre o arquivo da amada Kate.
Decidiu guardá-los em uma das gavetas com chave, aquela não era a hora certa de abri-los e até lá iria enrolando o promotor. Se é que algum dia ele iria mexer naqueles papéis.
–Castle posso entrar? - disse ela batendo na porta.
–Pode sim meu amor. - respondeu ele enxugando o rosto.
–Eu estava te procurando por toda a casa só então percebi que você só poderia estar aqui.
O semblante dela havia mudado quando percebeu algo no rosto dele.
–Castle você andou chorando? Quanto tempo você passou trancado nesse escritório? Lembrou de comer e tomar os remédios? - a expressão dela era de preocupação.
–Sim eu estava chorando, eu senti muito a sua falta. Eu não sei quanto tempo passei trancado aqui.
–Castle foi só umas 12 horas que eu fiquei fora. Imagina quando eu tiver que fazer plantão? Vamos fazer assim amanhã você vai comigo e nada de me desobedecer. Eu posso te dizer pela sua cara você passou o dia todo trancado dentro desse lugar e sequer saiu para comer ou tomar os remédios.
Agora levanta a bunda dessa cadeira e vamos tomar um banho.
O banho foi tranquilo exceto pelo fato do Castle estar distante e Beckett estar percebendo.
–Castle tem alguma coisa que está querendo me contar?
–Não é nada amor. É só saudade mesmo. Sabe de uma coisa eu não consigo viver sem você.
–Você que nunca que ouse a viver sem mim. Porque eu tenho um contrato que me dá o direito de ter você como propriedade exclusiva minha.
–Por que eu não me lembro de ter assinado esse contrato? Pensei era eu quem tinha essa propriedade.
–Porque você é muito espertinho e quer me dar o calote. Mas para a sua informação não sou tão burra quanto pareço e posso entrar com a ação contra você e também contra a espertinha que também for assinar esse contrato.
–Você gostou de assinar esse contrato né?
–Sim. A sua inocência me fascina sabia?
Ele a beijou carinhosamente um beijo lento apaixonado e quase surreal.
Ambos decidem que o melhor a se fazer nesse momento é ir dormir foi um dia cansativo e agitado especialmente para Kate. E os próximos dias prometiam.
Castle estava suando frio e estava exausto com o pesadelo que tivera envolvendo o caso com o promotor.
"Era um inverno bastante rigoroso e ainda não havia terminado o trabalho que o promotor lhe dera, já havia investigado Lanie, Esposito, Ryan e Pelmutter todos estavam limpos só faltavam Kate o Capitão e alguns subordinados a ele.
Kate não se sabia como havia descoberto da pior maneira possível e estava ameaçando deixá-lo com o filho deles. Ele implorava para ela não fazer aquilo mas a decisão dela já estava tomada. Iria embora hoje mesmo para Washington e ele sequer teria a oportunidade de conhecer o filho."
Castle tentava acordar mas não conseguia tudo o que conseguia era chorar copiosamente de dar dó e gritar pelo nome dela sem parar. Kate acordou muito assustada e chamava carinhosamente pelo seu nome mas nada, como não queria jogar um balde de água fria achava um pecado fazer aquilo, foi até a cozinha e pegou alguns cubos de gelo. Já de volta ao quarto passou na própria mão até ficar suficientemente gelada e passou no rosto dele na tentativa de despertá-lo. Foram várias tentativas até que finalmente ela conseguiu.
Já com a mão quente ela acariciou o rosto na tentativa de acalmá-lo.
–Está tudo bem foi só um pesadelo. Vulnerável ele chorava copiosamente deitado com a cabeça no colo dela e ela fazia carinhos no seu cabelo.