The Stupid, The Proud. escrita por carolina
Notas iniciais do capítulo
oi migass!! esse cap foi bem especial pra mim, em partes porque eu me baseei numa das músicas mais importantes na minha vida, que é How To Save a Life do The Fray. quem quiser ouvir (recomendo), está aqui o link: https://www.youtube.com/watch?v=Dddrq61sq4U
Steve P.O.V.
Onde que eu errei? Eu perdi um amigo.
Palavras martelam na minha cabeça. Não consigo me mover. Não consigo respirar. O que devo fazer agora? Por que deixei isso acontecer?
Peggy está morta.
O grande amor de minha vida está morta.
Não consigo pensar em vê-la petrificada em seu sono profundo, porque era pra eu estar com ela. Era para nós termos dançado.
– Steve, você está pronto? - uma voz fala, mas me permaneço de olhos fechados na frente do espelho.
Natasha quem fala com uma voz doce e triste. Abro os olhos e olho pro espelho. Ela está com um vestido preto justo.
– O que está fazendo? - pergunto.
– Só achei que iria precisar de um amigo. - olha pra baixo.
– Tudo bem. - digo, fechando meus olhos.
– Desculpe-me. - ela diz depois de um tempo. - Por ter tratado você daquela maneira.
– Tudo bem. - ouço suspirar.
– Temos que ir.
– Tudo bem. - abro os olhos e me viro.
– Você fica bem de terno. Peggy iria adorar. - ela dá um sorriso torto.
– Nós nunca dançamos. - falo de repente, com os olhos marejados olhando para seus olhos verdes assustados.
– Ah, Steve... - ela coloca a mão no meu ombro.
Eu faço uma coisa que nunca achei que faria. Pego seu ombro e a abraço bem forte, pondo-me a chorar de leve.
– Ela teve uma vida boa. Isso me deixa feliz. Mas eu queria ter feito parte de sua felicidade. - digo.
– Eu sei, eu sei... - Natasha fala dando tapinhas em minhas costas. - Temos que ir, Steve. - diz de novo.
Sem nenhuma palavra, desfaço o abraço e viro pro espelho. Olho pra ela e vou andando até a saída. Natasha me segue, colocando seus óculos escuros.
[...]
Chegamos no lugar do enterro. Há várias pessoas no lugar e avisto de longe um caixão com uma bandeira britânica, e logo em seguida uma foto de Peggy. Respiro fundo.
Natasha fica me olhando o tempo inteiro. Certamente pra ter certeza que não sairei fugindo e me atirarei em uma ponte.
– Senhoras e senhores, estamos aqui hoje por causa da trágica perda de uma amiga querida... Margaret, ou simplesmente "Peggy", Carter. - um homem começa a falar bem na frente, perto do caixão.
Peggy morreu por conta de uma pneumonia. Ou pelo menos foi isso que me disseram.
Olho para todos os cantos e consigo ver Sharon Carter sentada com seus olhos tristes e marejados. Ela era sobrinha de Peggy. Não sei por quanto tempo a fiquei observando, mas sinto Natasha me cutucando quando vejo todos olhando para mim. Inclusive Sharon.
– Vá lá na frente. - sussurra Natasha.
– O que? - antes que pudesse impedir, ela me belisca, fazendo-me levantar de uma vez.
Olho para ela que me olha com um sorriso cativante. O que me faz dá um meio sorriso. Vou caminhando até a frente, com todos me olhando.
– Ah, oi. - digo sem graça. - Sou um velho amigo de Peggy. - dou ênfase na palavra velho. – Ela foi uma grande mulher. Eu tenho certeza disso. E ela... Sempre me ajudou e foi uma tremenda companheira. Trabalhamos juntos por um tempo, até que tive que partir. Ela, então, deixou-me ir. O que me conforta é que ela teve uma boa vida. - suspiro e olho para Natasha, que escutava atentamente. - Peggy sempre será meu talvez. O meu primeiro primeiro talvez. E o meu último talvez. Sempre irei me lembrar de sua força e determinação. Ela sempre estará no meu coração e na minha memória. Fique bem, minha garota.
Quando termino, todos permanecem quietos. Natasha sorri e volto para meu lugar.
Chega a hora de levar seu caixão. Perguntam-me se quero ajudar e Natasha logo responde por mim.
– É claro que ele quer. - ela diz.
Vou em direção do caixão e o pego com mais outras cinco pessoas. Olho para ele e fecho os olhos. Mantenho-me firme e o levo para a cova. Fico observando pessoas chegarem até que vejo Natasha vindo. E com ela, mais pessoas.
– A filha de Peggy convidou os próximos de sua mãe até sua casa. Quer dizer, depois daqui. – ela fala, colocando seus óculos escuros. – Ela convidou você, Steve. Você vai?
– Você vem comigo?
– Se quiser...
– Eu quero.
– Tudo bem, então. – diz, por fim.
[...]
A cerimônia foi rápida. Já estávamos na casa da filha de Peggy. Ela se chama Angie, um nome bonito que Peggy escolhera.
Angie é simpática e bem parecida com sua mãe. Ela me contou que Peggy falava muito sobre mim e que me admirava bastante. Falei que também admirava sua mãe, mas ela apenas deu um sorriso triste.
– Tudo bem, Rogers? – Natasha fala atrás de mim.
Fico parado, olhando para o nada do lado de fora da casa. Coloco as mãos no bolso e suspiro.
– Sim.
– Sharon está procurando por você. – olha pra baixo.
– Sério? – pergunto olhando para ela.
– Sim. Ela está triste.
– O que acha que devo fazer?
– O que você acha que deve fazer? – cruza os braços.
– Não sei.
Permanecemos calados e Natasha fica inquieta.
– Ela é legal. – fala depois de um minuto. – Devia ir procurar por ela. Vocês dois compartilham da mesma perda.
– Não tenho certeza...
– QUAL É, STEVE?! Você precisa seguir com sua vida! Peggy foi seu primeiro amor. Eu entendo isso. E eu sei que se você pudesse trocar sua vida pela a dela, você o faria. Eu sei também que você queria salvar ela, mas você não pode. – suspira e pega o meu rosto, fazendo olha-la nos olhos verdes e brilhantes. – Nós temos que seguir em frente. Nós precisamos seguir em frente. Converse com ela e pergunte como está. Vá logo.
Caminho de volta a casa e procuro pela loira, sem nenhum sucesso.
– Steve? – uma voz doce e feminina me chama.
– Olá, Sharon. – sorri. – Como está?
– Ah, Steve! Que bom ver você. – me abraça. – Eu estou mais ou menos. E você? Está bem?
– Estou sim.
– Que bom. – dá um sorriso torto.
Ela está com os olhos vermelhos e o cabelo um pouco bagunçado. Seu vestido é preto de alças e é até o joelho.
– Sinto muito. – digo.
– Eu também. – diz triste. – Tia Peggy era maravilhosa.
– Sim, ela era. – dou um sorriso nostálgico.
– Tenho que preparar umas coisas. Vemos-nos depois? – fala, sorrindo.
– Claro, claro. – digo. – Até mais, Sharon.
– Tchau. – diz e sai.
Vou até a porta da frente, onde Natasha me espera pronta pra ir embora.
– Não foi tão ruim, foi? – passo por ela.
– Não. – falo, enquanto Natasha se posiciona ao meu lado.
– Ainda bem. Estava com medo de ter que levar você desmaiado para a Torre. – arqueia a sobrancelha.
– Hilária. – digo e entramos no carro.
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gostaram?? me deixem sabendo :)
eu não sei o nome dos filhos da Peggy, então eu coloquei Angie mesmo hahaha