Moments by Ares escrita por Benihime
— Ei, Ares, vai entrar no jogo? — Poseidon chamou.
— Não mesmo. — Respondi. — E tomara que você perca.
— Ah, qual é, Ares! Parece até que ficou molenga depois que casou! — Apolo provocou.
Minhas mãos coçaram de vontade de dar-lhe uns murros.
— Vai lá, fortão. Acabe com eles. — Lidya incentivou.
— Torça por mim, morena.
— De jeito nenhum. Vai ser mais legal te ver perder.
A essa altura, eu já estava na quadra com Apolo e Poseidon.
— Com uma esposa dessas, nem preciso de inimigos.
— Acabem com ele, rapazes, ou eu acabo com vocês.
— Sua víbora! — Acusei, rindo.
Apolo saiu com a bola. Ele correu quicando até a cesta, mas derrubei-o com uma cotovelada. Quando eu ia arremessar, Poseidon roubou a bola e me deu um soco no estômago. O Cérebro de Peixe lançou e fez uma cesta.
— Jogue direito, Ares. — Lidya gritou. — Está parecendo uma garotinha.
Dessa vez eu saí com a bola e Apolo roubou-a me dando uma rasteira. Ainda no chão, retribuí seu "favor", mas ele já havia lançado a bola para Poseidon, que iria marcar outra cesta se eu não tivesse pulado de pé e acertado um chute bem no traseiro daquele peixe podre. Consegui fazer uma cesta.
— Vocês jogam como maricas. — Lidya declarou — Aposto que ganho dos três sozinha.
— Ah, é? Vem cá e diz isso na minha cara, valentona! — Repliquei.
— Vai apostar contra mim, Ares? Isso realmente não é inteligente da sua parte.
— Aposto que ganho de você, morena.
Ela ergueu uma sobrancelha, num gesto de desdém.
— Apostado.
Ela roubou a bola de mim e correu para a cesta, mas Poseidon a interceptou com uma rasteira. Ela ergueu a perna e o acertou nos países baixos. Apolo, Lidya e eu morremos de rir.
A morena pulou de pé e pegou a bola. Tentei marcá-la, mas ela deu um salto fenomenal e fez uma cesta. O jogo foi ficando cada vez mais violento. Apolo chutava Poseidon e Poseidon socava Apolo. Lidya tentava me sacanear, e eu sacaneava Lidya.
— Vem com tudo, morena. — Provoquei, enquanto quicava a bola de uma mão para a outra, mantendo-a fora do alcance de minha esposa. Ela já estava com cara de quem me mataria com prazer.
A bola escapou de minha mão e me pegou de jeito na cara com tanta força que me derrubou. Óbvio que eu soube na hora que aquilo era coisa da peste da minha esposa. Passei-lhe uma rasteira e ela caiu por cima de mim. Aproveitei a chance para roubar-lhe um beijo.
— Ei, pombinhos, procurem um quarto! — Poseidon riu.
Nós nos levantamos e voltamos ao jogo. No final, Lidya venceu por três pontos.
— Como foi que você venceu? — Apolo quis saber, fazendo biquinho.
— Venci porque jogo melhor do que os "machões" aí.
— Isso é mentira dela, Apolo. Essa peste só venceu porque trapaceou. Sei que ela usou magia.
— Pelo menos não sou má perdedora.
— Mas é brigona.
—E você é retardado.
— Encrenqueira.
— Cérebro de minhoca.
Mostrei-lhe o dedo do meio e ela retribuiu.
— Ei, crianças, parem com isso. — Poseidon disse, do outro lado da quadra. Lidy aproveitou a deixa para sair de fininho.
— Peste. — Resmunguei baixinho. — Mulher insuportável.
— Vocês dois nunca mudam, Ares. Quando vão parar com essas brigas?
— Quando ela deixar de ser tão arrogante, irritante, chata, ciumenta, peste, insuportável ...
— Eu ouvi isso, Ares. — Lidy gritou de algum lugar.
Num segundo ela estava frente a frente comigo, e seus olhos brilhavam de malícia.
— Espere só. Eu vou dar o troco por essa.
— Mal posso esperar, peste.
Ela virou-se e mostrou o dedo do meio antes de desaparecer. Eu rosnei. Um dia, iria estrangular aquela mulher.
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