Loving can hurt sometimes escrita por Luna Lovegood


Capítulo 20
Make love your goal


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, aqui estamos a apenas um capítulo do fim (segura as lágrimas Luna!) e eu preciso dizer que cada palavra, cada frase, cada capitulo que eu escrevi nessa história é dedicado à vocês que estão sofrendo, sorrindo, chorando e amando essa história tanto quanto eu amo escrevê-la. Muito obrigada pelo apoio, carinho e seus comentários de incentivos, críticas ou apenas surtos! Amo cada um deles!
Agora Annah Paula, muito obrigada pela maravilhosa recomendação! É sempre uma surpresa saber o quanto alguém aprecia a história, isso me motiva cada vez mais!
Espero que vocês gostem desse capítulo, se bem que no fim.... Apenas não queiram me matar no fim ok?!
Beijos!



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Dreams are like angels

They keep bad at bay

Love is the light

Scaring darkness away

I'm so in love with you

Make love your goal

The power of love

A force from above

Cleaning my soul

Flame on burn desire

Love with tongues of fire

Purge the soul

Make love your goal

(The Power of Love - Gabrielle Aplin)

 

Felicity Smoak

— Você está bem? - Laurel me perguntou assim que se aproximou. Pude ver que ela tinha um machucado bem feio na cabeça, onde o sangue já parecia seco e grudava no cabelo desgrenhado dela. Mas ainda assim me deixava enjoada, aquela imagem, aquele cheiro de sangue que parecia misturado com cheiro de maresia. Sacudi a cabeça afirmando, ainda um pouco confusa com tudo o que estava acontecendo. Até onde eu me lembrava Laurel estava desaparecida.

— O que aconteceu? - Perguntei me sentando no chão frio e tentando conter a náusea que estava cada vez pior. Eu sentia como se tudo ao meu redor estivesse balançando.

— Moira. - Ela não precisava dizer mais nada porque eu já havia me lembrado. Moira era a pessoa por trás de tudo, a pessoa que sabotou o meu carro e mentora da armação que fez com Oliver e eu nos separássemos três anos atrás. Apesar de tudo eu ainda me perguntava o que a levara a fazer isso, o que eu tinha feito de tão ruim à ela para que me desejasse tanto mal. Não podia ser simplesmente porque ela não me achava digna de carregar o sobrenome Queen, como certa vez ela me dissera. Isso tinha que ser algo maior, mais doentio.

— O que você faz aqui? - Perguntei ainda um pouco receosa. Laurel podia ter me convencido da sua inocência na delegacia, mas eu não podia ignorar a sua presença aqui.

— É meio óbvio não acha? Ela planeja matar você e me culpar por isso. - Sua voz saiu um pouco arrastada.

— Ela te sequestrou...? - Comecei meu raciocínio.

— E fez parecer que era uma fuga, assim aumentariam as suspeitas sobre mim. - Completou com a voz triste. - Ela armou a minha prisão pagando à um homem para dizer que eu havia sabotado o seu carro, depois na delegacia me ameaçou para que não contasse que havia sido ela. Moira é uma víbora, me arrependo do dia que deixei me convencer a separar você e Oliver. - O olhar de Laurel ficou perdido. - Quando eu aceitei os termos dela ela conseguiu desaparecer com as provas que eles tinham contra a mim... Eu aproveitei a liberdade por cinco minutos antes de Moira a tirar.

— Eu sinto muito. - E sinceramente eu sentia mesmo, afinal estávamos juntas nisso. Ambas tendo as vidas manipuladas pela megera da minha sogra. - Principalmente agora que você e Tommy estavam começando uma vida.

— Você falou com o Tommy? - Perguntou, e seus olhos verdes imediatamente ganharam vida ao falar o nome dele.

— Eu o vi no dia da sua prisão e Oliver e ele conversaram depois. - Seus olhos me fitaram em expectativa. - Ele realmente ama você. - Percebi um pequeno sorriso surgindo nos lábios dela.

— Eu tenho muita sorte. - Suspirou e logo seu sorriso desapareceu. - Não mereço esse amor.

— Não diga isso Laurel. - Tentei confortá-la.

— Mas é verdade eu não mereço. Tommy é uma pessoa incrível, não sei como ele pode amar alguém tão ruim quanto eu. - Divagou com a cabeça baixa. - Eu fiz algo horrível à você Felicity - Completou erguendo seus olhos para mim e a intensidade daquelas palavras me pegaram totalmente desprevenida. - Eu não espero que você me perdoe. Depois de tudo o que eu passei, tudo o que eu fiz, eu aprendi que devo pagar pelos meus erros e que o perdão é algo que deve ser merecido. - Seu sorriso era triste, assim como toda a expressão em seu rosto. Finalmente eu percebi a verdade: Laurel era uma pessoa infeliz.

Senti meus olhos arderem com as lágrimas que eu não deixei cair. Laurel tinha sido uma vadia no passado e realmente seus atos foram os piores, mas eu já a perdoara. Desejar-lhe mal, não apagaria o passado, e muito menos consertaria o presente. Eu acreditava na redenção dela, eu acreditava que ela merecia uma segunda chance. E, além disso, apesar de tudo o destino se encarregara de me colocar no caminho de Oliver outra vez.

— Então... Onde nós estamos? - Mudei radicalmente de assunto antes que tudo isso ficasse muito emocional e eu acabasse me distraindo do que era importante.

— No Queen’s Gambit. - Laurel respondeu.

— O barco do pai do Oliver? - Questionei e percebi que devia ser por isso que eu me sentia tão tonta e enjoada.

— Esse mesmo. - confirmou.

— Estamos parados ou em alto mar? - Questionei.

— Parados. Porquê? - Seus olhos se estreitaram na minha direção.

— Eu acho que tenho uma ideia para nos tirar daqui. - Falei e Laurel me olhou esperançosamente.

***

Oliver Queen

— Oliver? Oliver? - Sara me chamou pelo telefone, mas eu estava ainda em choque para responder. - Tem mais. - Senti meu corpo gelar com a possível nova informação. - O corpo que acharam não é da Laurel. Então ela ainda está desaparecida... Oliver diga algo eu estou ficando preocupada!

— Ela não está aqui. - Foram as únicas palavras que consegui dizer.

— Ela... Oh meu Deus! Felicity sumiu? - Perguntou apavorada.

— Nem ela nem minha mãe estão na Mansão. - Falei me sentando na escada da entrada. - Ela se foi Sara, se foi. Se eu a perder... - Eu estava angustiado, apenas sentei no degrau da escada, abaixei minha cabeça e deixei as lágrimas caírem. Eu a havia perdido dessa vez, e não fazia ideia de como encontrá-la. E o pior: era tudo culpa minha.

— Oliver, fique calmo. Nós iremos encontrá-la. Viva. - Ouvi a voz de Sara bem longe no telefone, eu não estava realmente a ouvindo. Tudo o que eu conseguia era pensar era se ela e o nosso bebê estavam bem.

Eu não poderia perder Felicity, sem ela eu me perderia também.

— Ela está grávida. - Soltei desesperado.

— Oh Oliver... - Começou a dizer, mas Sara não pareceu encontrar as palavras certas. - Eu sinto tanto. - A voz dela soou trêmula, ela estava chorando também, mas tentando se controlar para não me assustar. - Nós daremos um jeito. - Tentou soar esperançosa, mas no fundo eu sabia que Sara estava tão perdida quanto eu.

— Espero que sim. - Eu disse, sentindo a pressão em meu coração apertar. Eu não lidava bem com um talvez em relação a Felicity, eu precisava de uma certeza de que a encontraria, bem, viva e sem nenhum arranhão. 

— Oliver, eu vou passar a ligação para o detetive. Ele vai nos ajudar. - Eu ouvi uma voz masculina conhecida ao telefone, mas eu estava muito preocupado para associar a voz à um rosto. Logo ele começou a me fazer perguntas, sobre o horário do desaparecimento, qual o carro que foi usado, eles já estavam tentando rastreá-la. Inclusive a polícia já estava enviando uma viatura para a Mansão e avaliariam o local, mas eu não iria esperar que  eles resolvessem isso, toda essa situação era minha culpa. Eu não deveria ter deixado Felicity aqui, tudo o que eu fiz na minha ânsia de protegê-la foi colocá-la ainda mais em perigo, tudo o que aconteceu à ela foi minha culpa. Eu a expus a isso, era meu dever salvá-la.

Levantei-me da escada, me lamentar não a traria de volta pra mim.

Peguei a chave do carro e sai dirigindo, eu era filho dela, eu vivi grande parte da minha vida com essa mulher, eu deveria saber para onde minha mãe a levaria, onde ela consideraria um lugar seguro. E havia só um lugar que vinha a minha mente.

Agora eu iria salva-la ou perder minha sanidade tentando.

***

Felicity Smoak

Laurel ficou um pouco apreensiva com a minha ideia a princípio, e eu confesso que não era uma das melhores, mas dada as circunstâncias nós não tínhamos muitas opções. Poucos segundos após termos decidido tudo, Moira adentrou no quarto eu não esperava vê-la com aquela expressão fria e controlada e o olhar gélido em minha direção, eu estava habituada a uma certa cordialidade ainda que forçada, então foi meio que uma surpresa vê-la assim, despida da sua máscara e mostrando a verdadeira face.

— Querida. - Cumprimentou-me sarcasticamente. - Você finalmente acordou, acho que já podemos acertar as coisas entre nós. - Ela sorria, e balançava uma arma em sua mão direita.

Olhando para aquela arma, meu plano parecia bem estúpido agora.

— Moira. - Laurel a chamou se levantando. - Eu pensei melhor e acho que eu deveria fazer isso.

— Isso o quê? - Perguntou com um olhar astuto.

— Matar a Felicity. Não é o que você quer? Assim eu levo toda a culpa. E você sai como heroína da história.

Moira sorria para Laurel e caminhou até ela a erguendo a arma na direção dela, como se fosse entregá-la de bom grado. A vi erguer uma das sobrancelhas desafiadoramente. As mãos de Laurel se esticaram em direção a arma, quase a tocando.

— Nunca mais me subestime querida. - Falou, atirando na mão de Laurel que caiu ao chão segurando a mão junto ao peito num urro de dor. E eu não consegui conter o grito horrorizado que saiu da minha boca. - Eu não sou burra. E isso foi o primeiro aviso, não serei tão condescendente no segundo.

O tiro não havia sido fatal, Moira apenas queria provar que não estava ali pra joguinhos. Me aproveitei da distração dela e fui em direção à porta que estava aberta, eu precisava sair dali urgentemente e chamar por alguma ajuda. Eu estava quase alcançando a cabine do condutor quando senti um puxão em meu rabo de cavalo e caí batendo a minha cabeça com toda a força no chão. Tudo ficou escuro por alguns segundos. Levei minha mão até o corte na minha cabeça, tentando parar o sangramento. Abri bem meus olhos tentando focalizar a figura à minha frente, Moira tinha um sorriso cruel no rosto. Minha única satisfação foi ver Laurel passar correndo por nós em direção à saída. Moira não iria me deixar para ir atrás dela, pelo menos uma de nós estava livre.

— Não é curioso como circunstâncias extremas nos fazem aliar à quem menos imaginamos? - Perguntou se sentando em uma cadeira e mantendo à arma apontada na minha direção. - Mas não pense que Laurel demonstrará a você a mesma compaixão que você concedeu a ela. Eu conheço bem essa garota, ela diz que o amor a mudou. Mas na essência ela continua a mesma mimada e egoísta, e ela não pensará em você. Ela é fraca e facilmente influenciável, uma vez que você esteja fora do meu caminho ela será apenas um peão no meu tabuleiro.

Eu odiava o fato dela estar certa. Laurel não era confiável, mas ainda assim era a minha melhor chance. Eu esperava que ela tivesse sido honesta comigo mais cedo e que ela realmente estivesse em busca de perdão.

— Você não teme que ela conte o que você fez? - Falei, ignorando o latejar na minha cabeça e tentando iniciar uma conversa.

— E em quem eles acreditarão? - Falou com prepotência - Em uma fugitiva com histórico psiquiátrico ou em mim, uma pobre mãe que ama desesperadamente seus filhos? - Sorriu. - O dinheiro compra tudo querida.

— Nem tudo. - Falei orgulhosa de não ter me vendido.

— Verdade. Mas isso teve suas consequências. - Seu sorriso ficou ainda maior.

— Você cumpriu a sua ameaça. - Lembrei-me de quando ela havia indo ao meu apartamento e exigido que eu não voltasse à Starling City.

— Então você finalmente se lembrou da nossa pequena conversa? Sabe, eu fiquei nervosa quando percebi que você havia sobrevivido ao acidente. - Levantou e começou a andar pelo local balançando a arma em sua mão. - Cogitei finalizar com tudo enquanto você estava no hospital, seria rápido e simples. Mas Oliver apareceu e resolveu brincar de casinha com você quando descobriu sobre a sua amnésia... Nunca vou entender o que ele vê de tão especial em você. - Me olhou como se eu fosse insignificante.

— Ele me ama, é simples assim. - Retruquei e vi o rosto dela se contorcer em desagrado.

— Então eu tive que ser paciente. - Continuou, ignorando completamente o que eu havia dito. - Chamei vocês para um jantar, eu precisava ver com os meus próprios olhos como estava a relação de vocês. E ver que Oliver voltara a ser o mesmo bobo apaixonado de antes me irritou. Eu precisava fazer algo, e então Thea me contou que você se lembrou da traição da Laurel e vocês se separaram, mas Oliver não queria me escutar, não queria deixar você ir embora dessa vez. - Falou em evidente desgosto - Durante os três anos que vocês ficaram separados eu o transformei em tudo o que eu desejei. Ele finalmente se tornou CEO, e aceitou o seu legado. E você volta e destrói todo o meu trabalho em alguns dias, bastou ele olhar para você e se esquecer de todas as obrigações.

— Você quer dizer que o transformou em alguém vazio por dentro que só se importava com o trabalho. - Eu não deveria provocar alguém com um ódio irracional de mim e que  ainda por cima tem uma arma na mão. Mas eu não conseguia ficar calada.

— Eu tinha um plano, e você não fazia parte dele. - Era latente a agressividade na voz dela.

— E Ray? Como ele se encaixou nessa história? - Questionei.

— Ray Palmer é só um babaca. Ele queria você. Simples assim. O plano era que você fosse para Central City e que ele te conquistasse, mas nem isso o idiota conseguiu fazer. - Falou dele com deliberada chateação. - Aí você descobriu tudo e eu tive dar um jeito na situação. Ele não queria que eu tomasse a atitude de sabotar o seu carro... Mas ele também não tentou me impedir.

Suspirei, eu já estava cansada disso. De todas essas pessoas amargas interferindo na minha vida. De todo o mal que eles me fizeram, nos fizeram.

— Mas agora tudo ficará bem. - Falou me lançando um sorriso doce.

— Ele me ama. - Ressaltei. - E ele nunca irá te perdoar por isso. - Moira me lançou um olhar frio e assassino, e eu ergui a minha cabeça desafiadoramente. Definitivamente eu havia perdido a noção do perigo.

— E eu amo o meu filho. E você só o está atrapalhando, então eu preciso o livrar do problema. - Ela tinha um semblante louco no rosto.

— Eu não entendo. Como você pode dizer que faz isso por amor ao Oliver? Você não se importa com a felicidade dele, você só quer controlá-lo. - Não fazia o menor sentido para mim, mães não agem dessa forma. Elas amam incondicionalmente e lutam pela felicidade dos filhos. Moira não se importava com Oliver, não de verdade. Ela apenas se importava com a preciosa imagem da família.

— Oliver costumava ser uma criança adorável. - Seu semblante ficou um pouco nostálgico e seus olhos perdidos. - Eu tinha um plano para ele. Ele seria CEO, se casaria com alguém apropriada. Como um Queen. - O tom de sua voz era esnobe, superior e eu não resisti a revirar meus olhos. - Eu tinha um certo controle com Oliver, até você aparecer. E então ele passou a questionar o meu plano e a fazer planos com você. Eu tentei fazê-lo perceber o erro que estava cometendo, mas ele não me ouvia. Ele só falava de você, e como ele via o mundo de forma diferente depois que te conheceu. Você o transformou em um outro homem. Você roubou o meu filho de mim. - Me acusou.  

— Você sabe que no fim ele vai te odiar por isso. - Falei calmamente, tentando fazê-la perceber o erro que estava cometendo.

— Ele nunca saberá. Ele acreditará no que eu disser, e que eu bravamente tentei salvar a mulher que ele ama, mas falhei. E ele será eternamente grato a mim.

Eu não conseguia compreender a lógica distorcida dela.

— Eu não te entendo. Se eu tivesse um filho eu nunca...

— Para a nossa sorte você nunca terá. - Sorriu sadicamente enquanto levantava a arma e a pontava na minha direção. - Agora, chega de conversa, seu tempo acabou.

***

Oliver Queen

Meu pai faleceu há cinco anos em um infeliz acidente no Queen’s Gambit. Ele costumava me levar nessas viagens de barco dele, mas daquela vez eu recusei. Ele sempre dizia que um dia gostaria de largar a empresa e todas as preocupações, juntar a família e apenas navegar sem destino certo. Robert Queen tinha um espirito sonhador, aventureiro e as obrigações do sobrenome “Queen” sempre o impediram de ser quem ele gostaria de ser. Ele sempre me dizia para não ceder à isso, para que eu vivesse a minha vida da melhor forma possível, de uma forma que me fizesse feliz.

Minha mãe nunca compartilhou de seus planos, ela estava sempre o impedindo de viajar o forçando à fazer novas negociações. E definitivamente, ela odiava o barco. Eu sempre pensei que fosse por um certo ciúme, mas agora eu entendia. Era porque o barco trazia um lado do meu pai que ela não gostava, um lado que ela não conseguia controlar.

Era sádico trazer Felicity para o mesmo lugar da sua morte.

Encontrei o sedan preto da minha mãe encostado no píer. Meu coração deu um salto, ele sabia que Felicity estava ali. Eu estava orando para não ter chegado atrasado dessa vez. Corri para ela, para a razão da minha Felicidade. A minha Felicity.

***

Felicity Smoak

Ali com aquela arma apontada em minha direção eu sabia que eu não teria mais tempo, eu já havia esgotado todas as minhas ideias para atrasá-la, ou tentar convencê-la do erro que estava cometendo. Eu ainda era muito jovem para morrer, tinha toda uma vida pela frente e eu não conseguia parar de pensar na dor que Oliver sentiria ao me perder. Eu não deixaria isso acabar dessa forma, eu não poderia morrer sem lutar.

Não tive tempo para assimilar o que estava acontecendo, foi tudo tão rápido e inesperado. Em um momento em tinha uma arma apontada em minha direção e ouvi um eco surdo de um disparo. E no outro momento eu estava caída ao chão com o corpo de Oliver sobre o meu.

Me permiti ficar alegre por um momento ao perceber que ele havia me encontrado. Mas a sensação logo foi substituída por um pavor imenso ao notar a quantidade sangue que havia sobre mim, ergui meus olhos para a face de Oliver e ele tinha um pequeno sorriso nos lábios seu corpo saiu de cima do meu e ele levou uma das mãos até o peito.

Ele havia recebido um tiro. Ele havia recebido o meu tiro.

Ele tentou falar, mas a voz não saia e logo seus olhos se fecharam. Ele parecia dormir tão sereno, quase como se estivesse feliz ou em paz. Eu chamei o nome dele desesperadamente, várias vezes, mas ele não me respondeu. Eu precisava que ele me olhasse eu precisava me certificar que aquela luz em seus belos olhos azuis ainda esta lá.

Mas ele não abria os olhos.

 


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Notas finais do capítulo

Moira Evil Queen sendo a grande vilã da história, como muito de vocês já imaginavam! O próximo capitulo já trará o fim dessa história que eu tanto amei escrever, e depois teremos um salto no tempo para o epílogo. Muito obrigado por lerem!
P.s.: Não me matem por causa desse final, é como dizem: É melhor um fim trágico do que uma tragédia sem fim! ;) Até o próximo capitulo, ou até seus comentários!