Loving can hurt sometimes escrita por Luna Lovegood


Capítulo 18
Just to keep you safe


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, desculpem o meu atraso aqui? Simplesmente ando muito ocupada.
Enfim aqui estamos nós no capitulo 18, e cada vez mais perto do fim. A fic vai até o capitulo 21 e terá o epílogo no capitulo 22.
Muito obrigada pelos comentários no capitulo anterior, me divirto muito lendo! Vou para de enrolar agora.... Boa Leitura!!
No vemos nas notas finais!



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They say before you start a war

You better know what you're fighting for

Well baby, you are all that I adore

If love is what you need, a soldier I will be

I'm an angel with a shotgun

Fighting til' the wars won

I don't care if heaven won't take me back

I'll throw away my faith, babe, just to keep you safe

Don't you know you're everything I have?

and I, wanna live, not just survive, tonight

(Angel With a Shotgun – The Cab - Acustic)

 

Oliver Queen

Deixar Felicity na Mansão Queen com a minha mãe foi uma das coisas mais difíceis para mim, eu sabia que ela não estava contente com essa decisão. O que eu mais queria era ficar ao lado dela, mas primeiro eu precisava garantir que a minha família estava segura. O dia anterior ainda voltava a minha mente e eu só conseguia pensar que eu havia chegado muito tarde, se Sara não tivesse aparecido bem a tempo eu não sei o que poderia ter acontecido. Com certeza Felicity não estaria aqui agora. Eu precisava proteger a minha mulher e o filho que agora eu tinha ainda mais certeza de que ela carregava. Eu precisa proteger o nosso futuro.

Eu sabia que polícia estava fazendo o trabalho deles, mas eles estavam indo muito devagar e eu precisava ter certeza que aquele monstro nunca mais iria e colocar as mãos sobre a minha Felicity outra vez, e acima de tudo eu precisava fazê-lo pagar pelo que havia feito à ela.

Logo depois do ocorrido com o Palmer eu entrei em contato com uma empresa de segurança e investigação. Eles eram famosos por serem discretos e eficientes no trabalho, então não demoraram a me darem um retorno ainda hoje pela manhã enquanto eu tomava café com Felicity eles me ligaram e informaram onde o filho da mãe estava se escondendo.

Eu tinha que acertar as contas com o desgraçado.

Por isso eu a levei até minha mãe, porque eu sabia que não havia local mais seguro do que a casa em que eu cresci. Ninguém a tocaria ali. Eu estava indo em direção ao endereço que a empresa havia me passado, quando passei em frente à uma loja de bebês e uma ideia surgiu em minha mente. Parei o carro e desci.

A loja era pequena, mas aconchegante e repleta de bichinhos de pelúcias, roupas e sapatinhos de bebês das mais variadas cores. Eu olhava cada detalhe da loja, tentei resistir ao impulso de comprar tudo o que havia ali, mas no fim acabei encontrando algo que prendeu a minha atenção. Algo que me fez sorrir, aquilo seria perfeito.

— Posso ajudá lo? - Uma jovem vendedora se aproximou de mim perguntando.

— Eu vou levar este. - Respondi sorrindo segurando o presente escolhido na palma da minha mão, era tão pequeno.

— Pai de primeira viagem? - Questionou-me com um sorriso.

— Sim. É tão óbvio assim?

— Todos tem esse mesmo brilho no olhar e um sorriso bobo no rosto, e também um certa dúvida sobre o que comprar. - Sorriu.- Não se preocupe eu tenho certeza de que a sua esposa vai amar o que você escolheu.

Saí da loja pensando no que a vendedora havia me dito, guardei o pequeno embrulho no porta luvas do carro, e sorri ao pensar na reação de Felicity ao abri-lo e quase desisti do meu “compromisso”. Pensei em apenas ligar para a polícia denunciar onde o Palmer se escondia e voltar correndo para Felicity e fazer-lhe esta surpresa. Mas eu tinha aquela raiva dentro de mim, um fogo que eu não conseguia conter. E eu precisava de respostas.

Cheguei ao endereço marcado, era um hotel bem barato em um bairro duvidoso, desses que não requerem nenhum tipo de informação sobre o tipo de cliente que estão hospedando. Devia ser degradante para alguém com o dinheiro e a posição de Palmer se sujeitar a esse tipo de lugar, ele devia estar se corroendo de raiva por dentro.

Me encontrei com os dois seguranças que agência havia me enviado, bem na entrada do local. Eles trabalhavam bem e realmente eram discretos, me indicaram o número do quarto e me deram uma cópia da chave (como eles conseguiram isso eu não faço ideia).

— Você tem trinta minutos lá dentro, depois entramos e resolvemos tudo. - Um dos seguranças me disse. Eu me senti um pouco sujo pelos meios nada lícitos que eu estava utilizando, mas eu precisava disso, girei a chave na maçaneta e a primeira coisa que vi assim que abri a porta foi Ray Palmer.

Ele tinha um certo olhar de pânico em seus olhos quando me viu, provavelmente pensando que a policia viria logo atrás de mim. Mas pareceu relaxar ao perceber que eu estava sozinho.

— Você me achou, meus parabéns. - Seu rosto tinha um sorriso cínico. - A que devo a honra dessa sua visita amigável? - Disse sentando em um sofá velho e cruzando as pernas como se estivesse se preparando para uma conversa.

— Você sabotou o carro dela? - Questionei.

— Direto ao ponto. Pensei que iríamos começar com alguns socos, sei que você faz o tipo que prefere agir ao invés de dialogar. É por isso que eu não entendo como ela pode ter escolhido um troglodita como você. - insultou.

Ignorei a ofensa dele, ele só estava tentando ganhar tempo.

— Responda a minha pergunta. - Estava ficando difícil me controlar.

— Claro que não, eu precisava dela viva para o que eu tinha em mente.- Me provocou. Meu sangue ferveu sob as minhas veias, me segurei para não acabar com a vida desse desgraçado antes que ele me disse o que eu precisava saber. - Ela tem um beijo doce, não é verdade?

Não me contive e fui em sua direção apertando as minhas mãos ao redor do pescoço dele, e observei ele arfar por ar.

— Você nunca mais vai encostar um dedo nela. - Ameacei. - Pode não ter sido você quem sabotou o carro, mas você sabe quem foi. - Constatei, toda a aquela presunção tinha que ter um motivo. - Me diga quem foi? - perguntei ainda com seu pescoço entre minhas mãos.

— Você não sabe mesmo? Você nem desconfia... Você vai ficar surpreso. - Apesar de claramente estar arfando por ar ele ainda mantinha um sorriso de escárnio no rosto.

— Sobre o quê você está falando? - O interroguei extremamente irritado, eu já estava no meu limite, se ele não me desse logo as respostas que eu buscava eu iria para o plano B: Socá-lo até a minha raiva passar.

— Você acha que ela está segura? Eu posso não tê-la no final das contas. Queen, mas ela vai ser tirada de você! E isso vai me deixar imensamente feliz. - Falou com aquele sorriso de escárnio na boca. E naquele momento eu perdi todo o controle que eu ainda tinha, o segurei pelo colarinho e comecei a socar a cara do desgraçado com toda a raiva que fervilhava em meu corpo.

Eu estava tão descontrolado que nem percebi o momento em que os dois seguranças abriram a porta e entraram no quarto.

— É o suficiente Senhor Queen - O homem disse colocando sua mão sobre o meu ombro e me afastando do Palmer - Nós assumimos a partir de agora.

Olhei bem para a cara ensanguentada dele, estava satisfeito com o estrago que eu havia feito. Provavelmente dessa vez eu consegui arrancar um dente daquele sorriso. Com sorte talvez tenham sido dois. Mas eu percebi que eu não obtive o alívio que eu esperava, a sensação de segurança não veio. Eu apenas tinha extravasado a minha raiva.

Os seguranças da agência me orientaram a sair do local, que eles entrariam em contato com a polícia para que esta fizesse o seu trabalho. Mas eu precisava ver aquele babaca sendo preso, eu precisava ter certeza que isso havia acabado. Por isso eu fiquei esperando do lado de fora da delegacia pelo momento em que a polícia chegaria com ele.

Eu vi Ray Palme chegar algemado à delegacia e ainda assim eu não sentia que a minha família estava segura. Decidi voltar para casa, encontrar Felicity e entregar a pequena surpresa, precisávamos de um momento de luz no meio à tanta escuridão. Eu já estava saindo com o carro quando vi Sara passar correndo, ela parecia desesperada. Resolvi checar o que aquilo poderia ser antes de voltar.

Entrei na delegacia e a vi na sala de espera apoiada no ombro de Nyssa, ela estava chorando. Notei que os pais dela também estava ali mais afastados juntamente com Tommy.

— Sara, o quê aconteceu? - Verbalizei minha preocupação. Ela pareceu confusa com a minha presença ali, mas ainda assim me respondeu.

— Eles encontraram um corpo com as características de Laurel. Estava irreconhecível, estão fazendo o DNA nesse momento. - A voz dela soou fraca.

— Eu vou pegar um copo de água para você, enquanto vocês dois conversam. - Nyssa falou e Sara apenas assentiu.

— Eu sinto muito Sara. - Disse com sinceridade, eu podia odiar Laurel pelo que havia feito, mas nunca desejaria a ela um fim como esse.

— A ironia é que a polícia de Central City conseguiu achar a testemunha que havia reconhecido a Laurel. E ela confessou que foi paga para mentir, eles estão fazendo um retrato falado do responsável pelo acidente da Fel. - Falou me olhando - Daqui a pouco saberemos quem foi. - Suspirou.- Justo agora que conseguimos provar a inocência da Laurel ela aparece morta. Eu nem conversei com ela, eu nem permiti que ela se desculpasse. Que tipo de irmã eu sou?

Não falei nada apenas puxei Sara para um abraço, eu sabia que ela estava precisando disso. Nós éramos amigos, e apesar de tudo o que aconteceu no passado ela esteve presente quando eu precisei. Eu estaria aqui por ela.

— Oliver, onde está Felicity?- Sara me perguntou soltando-se do meu abraço, com uma voz alarmada - Você a deixou sozinha outra vez? - Seu tom era recriminador.

— Não se preocupe, Palmer está preso e eu a deixei na casa da minha mãe. - Respondi.

— E ela concordou com isso? - Sara me perguntou claramente preocupada, seus olhos se estreitaram na minha direção.

— Ela está segura lá. Minha mãe vai cuidar dela - Respondi não entendendo o porquê da preocupação dela.

Sara deu um bufo de raiva.

— O que foi? - Questionei, intrigado com sua reação.

— Oliver você é muito lerdo! Sua mãe odeia a Felicity! - Soltou. E eu pisquei confuso, o que Sara me dizia não fazia o menor sentido.

— Claro que não! - Defendi, as duas se davam bem. Claro, não eram melhores amigas, mas isso era porque minha mãe era uma pessoa reservada.

— Oliver, sua mãe tentou pagar à Felicity para se afastar de você na época que vocês ainda namoravam! - contou. - E depois tentou novamente para que ela desistisse do casamento! Felicity nunca entrou em detalhes, mas ela ofereceu milhões de dólares para que ela sumisse da sua vida.

— Como? - Perguntei chocado. As palavras de Sara foram como um tapa na minha cara. Minha mãe não seria capaz disso.

Eu ia perguntar a Sara mais sobre essa história de pagamento, mas Nyssa havia voltado e ela estava se afastando para ficar com os pais. Em contra partida eu vi um Tommy transtornado se aproximar de mim.

— Podemos conversar? - Perguntou-me seus olhos estava inchados eu tinha certeza que ele havia chorado. Fiquei triste por ele, Tommy já perdera os pais e agora perdeu outra pessoa que ele amava.

— Claro. - Respondi num tom suave. - Eu lamento sobre a Laurel. - Falei com toda a sinceridade.

Ele apenas absorveu as minhas palavras e assentiu. Ele parecia procurar pelo jeito certo de abordar um assunto. Depois de alguns minutos ele finalmente disse.

— Sua mãe esteve aqui visitando Laurel no dia que ela foi presa, eu não sei o que elas conversaram, porque Laurel não quis me contar. Mas eu sei que ela ficou com medo. - Falou olhando diretamente para os meus olhos.

— O quê? - Qual era o problema de todos com a minha mãe?

— Eu só achei que você deveria saber que eu não acho que a sua mãe seja uma pessoa confiável. - Avisou deixando-me atônito e logo depois se afastou, voltado a prestar apoio a família Lance.

Me senti um nada com as palavras dele. Laurel era inocente, eu estava quase certo disso agora. E Ray havia negado ter sabotado o carro, não que eu acreditasse na palavra dele, mas ainda assim era algo a ser considerado e também havia a forma com a qual ele zombou de mim, dizendo que eu a perderia e que eu não fazia ideia de quem estava por trás do acidente dela. Aquilo não parecera apenas palavras vazias.

Suspirei, não sobravam muitas pessoas, se não havia sido Laurel ou Ray... A não ser que... Não, não seria possível. Ou seria? Meu coração parou com o rumo do meu pensamento. Senti um aperto no peito uma necessidade de correr para Felicity, e foi o que eu fiz.

 

***

Felicity Smoak

Eu fiquei ali observando Oliver ir, sentindo meu coração apertar a medida que ele se afastava. Eu não gostava de ficar nessa casa ainda mais sem ele. Mas não havia uma maneira educada de dizer que Moira Queen me dava arrepios. E ainda havia esse novo segredo, o que ele tentava tanto esconder de mim? Conhecendo Oliver provavelmente estava tentando me proteger de algo, será que ele nunca aprenderia que a pior forma de me proteger era me mantendo no escuro?

— Vamos entrar, querida - O som da voz polida da minha sogra me chamou para a realidade.

Caminhei para o interior da imensa casa, tudo parecia tão frio e vazio sem Oliver.

— Onde está Thea? - Perguntei ansiosa por uma distração. Minha cunhada sempre era uma ótima companhia.

— Viajou com o namorado. - Moira respondeu e eu deixei um "oh" de decepção escapar pelos meus lábios.

Essas horas até Oliver chegar seriam um verdadeiro tormento. Mas para minha surpresa Moira estava sendo educada e gentil, de uma forma que ela nunca tinha sido antes, pelo menos não sem outras pessoas ao nosso redor. Nós tivemos um jantar agradável, embora eu não tenha comido muito. Estava ansiosa demais para que Oliver chegasse. Então eu esperei um pequeno tempo, que eu julguei educado e anunciei que iria para o quarto.

— Você está se sentindo bem, querida? Parece um pouco pálida.- Moira expressou uma preocupação um pouco exagerada.

— Apenas cansaço, toda essa situação é um pouco estressante. - Respondi, e subi as escadas em direção ao antigo quarto de Oliver.

Eu me deitei, mas o sono não vinha. Minha mente ficava pensando onde o Oliver estava, fazendo o quê. Ouvi uma batidinha na porta e em seguida Moira entrou trazendo uma bandeja, eu imediatamente me sentei na cama.

— Oliver logo estará aqui, não se preocupe. - Ela disse caminhando até mim, sentou-se na beirada da cama e me entregou uma xícara fumegante. - Trouxe um chá de camomila, irá te ajudar a dormir.

— Obrigada - Respondi, surpresa com a gentileza dela. Sorvi um gole do chá, estava bem doce do jeito que eu gostava, mas não parecia camomila. Moira sorria para mim de uma forma que nunca antes sorrira, na verdade eu nunca recebia sorrisos dela. Sorvi um pouco mais do chá, tentando identificar do que era.

— Sabe Felicity, eu sinto que nós duas começamos com o pé o esquerdo... - Moira começou a dizer, mas a voz dela foi ficando cada vez mais longe, eu senti o meu corpo amolecer e minhas pálpebras pesaram e eu fui puxada pela escuridão. Meu penúltimo pensamento racional foi que eu não deveria aceitar bebidas de pessoas nas quais eu não confiava. Meu último pensamento, não foi bem um pensamento, foram lembranças, todas elas me atingindo de uma única vez.

 


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Notas finais do capítulo

Espero muito que tenham gostado, então deixem suas opiniões!
Agora vem a notícia ruim... vou viajar e não sei se conseguirei postar com a frequência que gostaria, vou me esforçar muito pra isso mas não vou marcar nenhum dia para atualizar. Sinto muito :( Bjss