Loving can hurt sometimes escrita por Luna Lovegood


Capítulo 12
Nothing to Prove


Notas iniciais do capítulo

SmoakQueen (Loh), garota você quer me matar do coração? Que recomendação mais perfeita foi essa? Eu só tenho a agradecer por você ter gostado tanto da história a ponto de fazer uma conta no Nyah! só para comentar aqui. Eu fico realmente muito feliz *_____________* Muito, muito, muito obrigada mesmo por todo o carinho! Espero não desapontá-la com o desenrolar da história. Beijos e abraços!

À todos vocês que deixaram aqueles comentários lindos meu muitíssimo obrigada! A quem tá só lendo e não comenta, espero que esteja gostando!!!! :P

E cá estamos nós no capitulo 12, cada vez mais próximos do fim :( . Não sei o que fazer depois que a fic acabar... :’(

Vou deixar de choradeira, espero que gostem do capitulo novo! Nos vemos nas notas finais!



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'Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do, nothing to prove

And it's you and me and all of the people and

I don't why I can't keep my eyes off of you

Something about you now

I can't quite figure out

Everything she does is beautiful

Everything she does is right

(You and Me- Lifehouse)

 

Felicity Smoak

— Nós precisamos falar com vocês. Poderiam nos acompanhar até a delegacia? — Barry questionou.

Aparentemente aquilo era apenas um pedido ou teríamos sido obrigados a ir no banco de trás da viatura, certo?! Mas ainda assim eu estava nervosa. O que poderia ser tão importante a ponto de requerer a nossa presença?

Oliver ficou calado o caminho todo até a delegacia, com o pensamento longe, eu não podia culpá-lo por isso, eu também não estava muito falante. A forma como Barry e o os outros policiais nos abordaram demonstrava que a situação era realmente séria. Minha mente já estava criando um milhão de teorias. Nenhuma delas fazia o menor sentido.

Eu só queria que tudo isso acabasse logo, que eu pudesse seguir a minha vida com Oliver tranquilamente. Sem ex-namorados dos quais eu não me recordo.  Sem ex namoradas malucas. Sem policiais. E definitivamente sem tentativas de assassinato. Era pedir muito? Dei um suspiro cansado.

Oliver deve ter percebido a direção dos meus pensamentos, porque imediatamente uma de suas mãos deixou o volante do carro e procurou a minha mão apertando-a, e embora ele estivesse com o olhar atento na pista eu vi um sorriso tímido se formando em seu rosto. Um único toque foi o suficiente para eu entender o que ele queria me dizer. Ele estava comigo, eu não precisava me preocupar com nada.

Chegamos à delegacia de Central City ao mesmo tempo em que Barry e os outros dois policiais, Eddie Thawne e Joe West, fomos acompanhados até um salão amplo com muitas escrivaninhas. Aquilo era uma grande confusão. Policiais, pessoas que iam e vinham, trombadinhas sendo fichados... Não sei como alguém conseguiria se concentrar no trabalho ali.

— Precisamos conversar com vocês dois. Separadamente. — Barry me disse, medindo Oliver dos pés a cabeça. Me incomodei com aquele pedido, e principalmente com a forma que Barry olhava para Oliver parecendo desconfiado. Qual o motivo daquilo? 

— Por quê? — questionei, me recusando a soltar a mão de Oliver.

— Está tudo bem, amor, tenho certeza que a polícia está apenas fazendo o seu trabalho. — Me acalmou dando um rápido beijo no rosto e saiu seguindo os dois policiais enquanto eu fiquei ali com o Barry.

***

Oliver Queen

Isso estava ficando cada vez mais estranho. Eu não estava nenhum pouco bem com essa ideia de me separar de Felicity, mas eu  percebi que precisava me esforçar  e demonstrar calma já que a minha loira estava quase surtando. Mas eu percebia que algo não parecia certo. Se isso era para ser apenas uma conversa para esclarecer algumas dúvidas, porque eu estava sendo levado à uma sala que mais parecia ser reservada para interrogatórios policiais enquanto Felicity ficava do lado de fora com o Allen?

— Senhor Queen. — O detetive West disse, me indicando uma cadeira para sentar. — Preciso que responda algumas perguntas.

Apenas fiz que sim com a cabeça e me sentei. Joe puxou a cadeira a minha frente enquanto Eddie Thawne ficava na porta, me encarando com cara de poucos amigos. Como se estivesse garantindo que eu não iria fugir.

— O senhor e a senhorita Felicity são casados? — O policial mais velho perguntou fingindo um desinteresse, que não me enganou.

— Sim. Há quatro anos — respondi, sem entender o objetivo daquela pergunta.

— Há três anos a sua esposa o deixou se mudou para Central City, recomeçou a vida e nunca mais voltou para Starling. — Ele começou a dizer ao mesmo tempo em que checava alguns papéis dentro de uma pasta branca. — Os seus advogados estavam cuidando do divórcio, mas ele nunca foi assinado. — continuou. E eu comecei a ficar incomodado com o rumo daquela conversa. — Qual foi o motivo que levou a essa separação? — Me questionou com um olhar sério.

— Foi apenas um mal entendido. Nós já resolvemos tudo. — eu respondi secamente.

— Claro que já. — ele disse dando um sorriso cético. — O nome desse mal entendido era Laurel Lance, por acaso? — o detetive perguntou, estreitando os seus olhos escuros enquanto analisava a minha reação.

— Como eu disse foi apenas um mal entendido. — eu estava gostando cada vez menos desse cara.

— Sabe o que é interessante, senhor Queen. O senhor é um homem muito rico e um divórcio seria realmente vantajoso para a sua esposa e péssimo para a sua empresa, considerando que não assinaram nenhum pacto pré-nupcial, estou deduzindo que ela teria direito a 50% dos seus bens, estou correto? — dei de ombros. — responda a pergunta, rapaz. — exigiu, e eu suspirei irritado.

— Eu suponho que esteja certo, eu nunca me importei em verificar os valores do divórcio. — eu sequer havia olhado aqueles papéis, desde que Felicity os enviara, eu apenas me concentrei em fingir que eles não existiam e paguei aos meus advogados apenas para protelar o máximo possível — Tudo o que eu queria era consertar tudo e ter a minha esposa de volta.

— Então o senhor não queria se divorciar? — seus olhos se estreitaram em minha direção me fitando com interesse, tentando ver se havia algo mais por trás das minhas palavras.

— Eu não estou entendo, detetive, aonde o senhor pretende chegar. — devolvi, começando a me sentir incomodado como tudo aquilo. Porque estavam tão interessados na nossa separação?

— Eu estou dizendo que a morte da sua esposa, seria algo realmente vantajoso à você. — prendi a respiração ao escutar a palavra morte, eu não gostava de associar ela a Felicity. —Não causaria nenhum dano ao seu patrimônio e ainda te permitiria ficar com a sua amante. — concluiu como se aquilo fosse o óbvio.

Aquilo me tirou do sério. Ele estava me acusando de tentar matar a Felicity? Isso era sério? Não medi minhas ações naquele momento, imediatamente me levantei batendo com força minhas mãos na mesa encarando-o com raiva e praticamente gritei.

— Eu nunca faria nada para machucá-la. Eu a amo!

Eles ficaram um pouco chocados com a minha reação exagerada, tanto que Eddie veio imediatamente na minha direção. Mas logo me sentei de volta, tentando me acalmar. Discutir com eles justo agora que me tinham como suspeito, só causaria mais problemas. Se eles me prendessem, ainda que fosse por desacato a autoridade, Felicity ficaria lá fora sozinha, com o verdadeiro assassino a solta e sem mim para mantê-la protegida.

— E também tem essa amnésia dela que é bem conveniente para você. Ela não se lembra da infidelidade e você a engana fazendo a achar que ainda estão juntos. Isso que amor! — disse com ironia. Apertei minhas mãos em punhos contendo a raiva, era difícil escutar esse tipo de acusação absurda e não demostrar toda a ira que eu sentia.

— Ela já sabe tudo isso, foi escolha dela continuar comigo. E não houve infidelidade, — eu expliquei — e eu não preciso provar nada disso a vocês, mas se não acreditam em mim podem perguntar diretamente à  Felicity.

— Eu não acredito em você. — o detetive Joe West retrucou se erguendo e inclinando sobre a mesa para me fitar com um olhar intimidador — Você mentiu para ela uma vez, fazendo-a acreditar que ainda estavam vivendo juntos, que eram um casal feliz. Pode estar escondendo várias outras mentiras. 

— Eu não preciso que você acredite, a única pessoa que me importa já acredita em mim — eu disse irritado, me levantando. Já estava cansado daquilo, eu não iria ficar ali e escutar aquelas acusações absurdas — E se o senhor não tem mais nenhum motivo para me manter aqui, eu vou embora, na próxima vez pode falar diretamente com os meus advogados.  — declarei, já pensando que teria mais esse problema para resolver. Os dois policiais trocaram olhares entre si, e o mais velho assentiu. Eddie se moveu da porta desbloqueando a saída.

Me levantei e deixei aquela sala de interrogatório. Queria encontrar Felicity para que pudéssemos sair dali o mais rápido possível. Já que a polícia iria se negar a ir atrás do verdadeiro assassino, eu precisava pensar em um modo de manter a minha esposa segura e descobrir quem estava tentando tirá-la de mim.

***

Felicity Smoak

Eu estava nervosa, Oliver já estava dentro daquela sala há quase meia hora e ninguém me explicava o que estava acontecendo. Barry tinha me trazido um café, mas eu estava tão apreensiva que não consegui bebê-lo, e eu acabei derramando nele fazendo-o ter que trocar de blusa.

— Barry... O que está acontecendo? — perguntei assim que ele retornou do banheiro, não conseguindo mais conter a minha curiosidade. Ele suspirou se apoiando sobre a mesa e olhando para mim com uma carinha de pena.

Não gostei disso.

— Felicity você tem certeza que conhece bem o seu marido? — ele me devolveu.

— O quê? — eu praticamente gritei, atraindo atenção de várias pessoas ao meu redor. — Que tipo de pergunta é essa? Eu me casei com ele, eu com certeza não teria me casado se não soubesse exatamente o tipo de homem que ele é — completei um pouco mais controlada dessa vez.

Barry seguia me encarando com aquele olhar de compaixão.

— Eu preciso te mostrar algo. — ele disse, parecendo apreensivo.

Barry se levantou e me colocou sentada na cadeira em frente ao seu computador e inseriu um pendrive, abriu um arquivo e um vídeo começou a tocar. A filmagem mostrava o que parecia ser a antessala da vice-presidência da Palmer Technologies, eu sabia disso porque dava para ver Jerry meu assistente executivo ali. Ele adiantou um pouco o vídeo e eu pude ver Jerry saindo, e logo depois outra pessoa aparecendo no elevador.

Cabelos castanhos com reflexos loiros nas pontas. Laurel Lance. Ela caminhava diretamente para a minha sala e abriu a porta sem sequer bater, esse era um péssimo hábito dela. Minutos depois eu aparecia saindo de dentro da sala totalmente descontrolada e com lágrimas nos olhos, Laurel me seguia e chegou a puxar o meu braço na tentativa de me parar.

Era uma pena que o vídeo não tivesse áudio e na posição em que estávamos ficava difícil fazer uma leitura labial. Mas dava para notar que nós duas discutimos mais um pouco e  depois eu fui embora.

— Essas filmagens foram feitas no mesmo dia do seu acidente. — Barry disse observando atento a minha reação.

— No mesmo dia do meu acidente. — apenas repeti assimilando aquilo.

Eu conseguia compreender o pensamento de Barry, Laurel ia me ver nós discutimos e para se vingar ela sabotava o meu carro. Uma reação um tanto exagerada em minha opinião... Mas era o melhor que eles tinham.

— Ela é a nossa maior suspeita, nós checamos tudo a respeito dela. Checamos o registro médico dela e descobrimos que ela deu entrada em uma clínica psiquiátrica há dois anos e o tratamento durou três meses, ela teve algumas recaídas voltando lá algumas vezes. — isso não era novidade, nós já havíamos descoberto que Laurel não batia bem da cabeça — No dia do seu acidente ela estava hospedada em um hotel aqui em Central City, que era próximo a sua casa. Mas depois do acidente ela voltou para Starling City e depois simplesmente desapareceu. — Barry me contou, analisando a minha reação.

Aquilo também não era novidade para mim, Sara estava procurando a irmã há tempos, e não conseguia achá-la. Talvez agora com a polícia envolvida fosse mais fácil.

— Felicity... — Barry começou a dizer com delicadeza ao perceber a apatia com a qual eu recebi a informação. — Você sabia que Oliver e ela mantinham um relacionamento extraconjugal? Eu quero dizer, ela era amante dele.

Ele me lançou um sorriso condescendente e doce de menino.

— Isso foi apenas um mal entendido — respondi dando de ombros, já havíamos superado isso. Barry pareceu surpreso com a minha reação. Ele provavelmente pensou que eu não soubesse e que fosse ser um grande choque para mim.

— Felicity, você não encontra o seu marido com a amante na cama e pode seriamente acreditar que foi só um mal entendido! — Barry falou como quem explica algo a uma criança de dois anos. O fuzilei com os olhos, me sentindo incomodada com sua intromissão em minha vida, ele não me conhecia, ele não conhecia Oliver, não sabia nada sobre a nossa história, como ele ousava se meter desse jeito?!

— Eu sei o que aconteceu naquele dia, Barry! Eu me lembro disso! Mas a questão é que Oliver nunca me machucaria desse modo. Eu confio nele. — eu esclareci, eu não iria passar por toda aquela dúvida outra vez. Por Deus! Isso era algo já solidificado na minha mente.

— Não tem como você saber disso, você perdeu três anos e muita coisa aconteceu... — Barry começou a dizer.

— Eu sinto isso! Eu sinto que o amo, eu confio nele e acredito no amor dele por mim — O interrompi — E isso é o suficiente para mim, Barry! Eu não preciso de pessoas tentando desacreditá-lo, até porque não vai funcionar. — rechacei, dando aquele assunto por encerrado. 

— Felicity ele e a Laurel podem estar juntos nisso...

Eu quase ri, do quão absurdo aquilo parecia, mas eu estava irritada demais com o caminho que isso estava tomando.

— Eu não acredito que você me fez vir aqui para acusar Oliver de tentativa de assassinato! Onde ele está? — perguntei tão alterada que as pessoas ao redor já estavam começando a me olhar como se eu fosse louca.

— Felicity, você precisa ver os fatos com racionalidade: Ele te traiu, mentiu pra você e... — Barry tentava me convencer daquilo. Apenas revirei meus olhos, minha vontade era de tapar meus ouvidos e cantar uma música bem alta para não precisar escutar o disco arranhado que era Barry.

— Eu não vou discutir isso com você! É a minha vida, eu sei em quem devo confiar! — me levantei pronta pra procurar Oliver e sair logo dali quando minha mente se tornou ciente de algo. — Quem contou à você todos esses detalhes da minha separação com o Oliver? — Inqueri duramente.

— Foi uma denúncia anônima. — Barry respondeu se remexendo inquietamente na cadeira.

Estreitei meus olhos e ele começou ficar vermelho como um tomate,  a brincar com as mãos e evitar contato visual comigo. Como a péssima mentirosa sobre pressão que eu era, eu imediatamente eu reconheci os sinais clássicos.

— Barry Allen — chamei seu nome com certa reprimenda — Assim como eu você é um péssimo mentiroso. Você obteve essas informações no mesmo lugar que conseguiu esses vídeos. — eu concluí apontando para o monitor do computador. — E eu aposto que foi com o Ray Palmer. — acusei me sentindo furiosa.

Barry abriu a boca para falar, mas não emitiu nenhum som. O que soou como uma confirmação para mim.  Aquilo me irritou, eu sabia que  Ray estava chateado com a forma como as coisas terminaram entre nós. Quer dizer como eu posso ter terminado com ele se eu nem me lembro de ter começado? Aff... Isso era confuso! Enfim, ele estava chateado com o nosso término (se bem que eu poderia apostar que ele estava muito mais chateado com o soco que levou do Oliver), mas nada disso justificava o que ele fez. Ele induziu a polícia a pensar que Oliver era um suspeito.

Eu realmente namorei esse cara mesquinho?

Se eu o visse agora, eu provavelmente iria deixar seu rosto marcado com o tapa que lhe daria. Eu me lembrei da época em que nos relacionamos na faculdade, ele sempre foi assim, competitivo e não aceitava perder. Não entendo como eu posso ter voltado a me relacionar com ele! 

Bufei de raiva. Dando as costas para Barry, eu não queria mais escutar as bobagens que ele tinha para me dizer e quando eu me virei para ir embora bati direto em uma muralha quase caindo ao chão, só não cai porque mãos grandes e quentes seguraram a minha cintura me impedindo. É claro que não era uma muralha de verdade, era o corpo de Oliver que estava ali parado atrás de mim.

— Pronta para ir? — Oliver me perguntou, dando uma olhada rápida em Barry com desaprovação.

— Prontíssima! — respondi pegando a mão dele na minha, eu queria sair logo daquele lugar. Quando já estávamos na porta eu vejo Barry correndo em nossa direção, me olhando com olhos tristonhos.

— Nós estamos trabalhando em parceria com a polícia de Starling City então eu espero que você não deixe a cidade. — Barry disse ameaçadoramente para Oliver, foi algo engraçado de ver.

Oliver apenas lhe direcionou um olhar gélido.

Fiquei com pena dele, Barry realmente achava que Oliver podia ser um assassino em potencial, mas ele não conhecia Oliver do jeito que eu conhecia, não sabia que Oliver jamais me machucaria. Mas de qualquer forma achei fofo ele tentando me proteger, fofo, mas totalmente desnecessário.

***

Voltamos para o hotel e a essa altura eu já estava uma pilha de nervos, pensando em tudo o que acontecera naquele dia e tentando juntar as coisas. Oliver estava organizando a mesa com a comida que pedimos, mas eu já havia me esquecido da fome que eu sentia. Não conseguia comer, não conseguia sequer ficar parada, eu apenas andava de um lado para o outro enquanto pensava em várias coisas ao mesmo tempo. Oliver, por incrível que pareça, reagia bem a notícia de que era o suspeito número um do meu “acidente”.

— Eu não acredito que a polícia acha que você é um suspeito! Isso é um absurdo — eu dizia enquanto andava de um lado para o outro do quarto. Eu estava ficando furiosa. — E Ray contando para a polícia sobre a nossa separação. Quem ele pensa que é para se intrometer na minha vida? Não é possível que eu tenha namorado com alguém tão baixo e desprezível, eu não sou cega! Ele vai ver só, vou voltar na Palmer Tech e ter uma conversa com aquele...

— Mas não vai mesmo! — Oliver me interrompeu, vindo imediatamente na minha direção. — No que depender de mim, você não fica nem mesmo na mesma cidade que aquele babaca!

Oliver sentindo ciúmes quando não havia motivo para aquilo era extremamente fofo. Quase me fez esquecer a raiva que eu sentia.

— Você é minha Felicity! — Oliver disse com seus olhos azuis intensos em mim, aproximando aqueles lábios macios da minha boca e me beijando delicadamente. Suas mãos me puxaram pela cintura me apertando contra ele e as minhas se prenderam ao redor do pescoço dele se afundando em seus cabelos macios.

— Você está fazendo isso só para me distrair! — eu disse enquanto ele deixava beijos em meu pescoço.

— É claro que não! —  ele negou veemente, falsamente ofendido — Eu estou fazendo isso porque seus lábios são absurdamente tentadores. Te distrair é apenas um bônus. — sorriu enquanto deixava um beijo no canto de minha boca.

Oliver me distraia tão facilmente, era só sentir sua boca na minha que a minha mente sofria um curto circuito.

— Esqueça isso por um momento. — ele pediu, me levando até a mesa. — Foi um dia estressante e você precisa comer alguma coisa.

— Eu não quero comer nada! — reclamei — O cheiro dessa comida está me deixando enjoada. Nós podemos comer só a sobremesa no jantar? — Eu disse fazendo biquinho.

Oliver parecia sorrir com os olhos, ele estava realmente feliz. Feliz como uma criança na manhã de natal quando percebe que Papai Noel deixou exatamente o presente que ele queria.

— Você não pode estar ignorando isso. — ele disse sorrindo amplamente.

— Ignorando o quê? Esquece... — meneei a cabeça irritada com aquele sorriso contente de quem sabe alguma coisa que eu não sei. — Oliver como você consegue sorrir com tudo isso acontecendo? Você pode ser acusado de tentativa de assassinato, porque não está surtando?

— Porque eu tenho tanto a agradecer, — a simplicidade do seu tom foi uma surpresa para mim — eu tenho você de volta a minha vida, você confia em mim e  me ama. E eu sei que nada vai mudar isso, e isso é o suficiente para mim. — sorri— É você, Felicity Smoak Queen, você é a razão para eu estar tão feliz, a razão desse sorriso constante nos meus lábios. — declarou sorrindo ainda mais.

Meu coração se aqueceu com as palavras dele, borboletas bateram suas asas no meu estômago. Ele estava certo. Apesar de toda a confusão desde a perda da minha memória até a recém-descoberta tentativa de assassinato, nós estávamos felizes e juntos. Nosso relacionamento estava ainda mais forte.

Nada no mundo poderia mudar isso.

***

Oliver dormia tranquilamente ao meu lado. Mas eu não conseguia fechar meus olhos por mais de dez minutos sem ser assombrada por sonhos de Laurel tentando me matar, Ray e eu nos casando e Oliver sendo preso. Eu disse sonhos? Eu quis dizer pesadelos!

Me desvencilhei dos braços de Oliver delicadamente e me levantei da cama, olhei às horas e suspirei cansada ao ver que eram apenas duas e meia da manhã. Caminhei até a varanda anexa ao quarto e fiquei ali apenas observando o nada, deixando o vento frio da noite bater em meu corpo e esperando que ele levasse embora meus sonhos ruins.

— Não consegue dormir? — Oliver disse me abraçando por trás. Era incrível o quanto de poder ele tinha sobre mim, sentir o calor do corpo, a sensação de proteção por estar em seus braços, me deixou instantaneamente mais calma.

— Fico tendo pesadelos. — contei para ele.

— Laurel? — ele perguntou.

— Laurel e Ray. — respondi cansada. Senti o corpo de Oliver enrijecer a menção do nome do Ray e seus braços se apertaram ainda mais fortes ao redor de mim.

— Eu disse que era um pesadelo. — o lembrei e ele  respirou fundo parecendo relaxar.

— Eu não vou com a cara dele. — Ele reclamou, e eu me virei ainda dentro do seu abraço para encará-lo. E eu pude ver na meia luz da noite aqueles belos olhos azuis se escurecerem em um ódio, que até então eu só tinha o visto desferi para Laurel.

— Digamos que a cara dele também não é a sua maior fã. — brinquei, conseguindo arrancar um pequeno sorriso divertido dele.

— Ele mereceu. — respondeu orgulhoso.

— Não posso discordar disso. — fiquei na ponta dos pés para pousar um pequeno beijo em seus lábios.

— Vamos voltar para a cama. — Oliver sussurrou contra meus lábios, e eu levantei as sobrancelhas sugestivamente. — Dormir, Felicity — Oliver completou achando graça — Você precisa descansar, amor.

Concordei e o acompanhei de volta para o quarto. Deitei ao lado dele, mas eu ainda não estava completamente relaxada para dormir. O sono estava lá, mas a minha mente permanecia acordada.

— Eu não consigo desligar a minha mente.

— Não se preocupe com isso, amor, eu estou aqui com você. Agora feche os olhos e pense em coisas boas, pense em nós dois e uma segunda lua de mel... — sugeriu.

Aquilo não daria certo.

— Isso vai me deixar mais acordada. — senti o riso baixo dele contra a pele do meu pescoço, bem como o balançar do tórax dele.

— Pense em algo simples, nós dois caminhando de mãos dadas a beira mar, com o sol se pondo ao fundo— fechei meus olhos imaginando — Relaxe que eu farei você dormir. — Oliver disse me puxando para os seus braços e me apertando forte contra o seu peito. Suas mãos me seguram pela cintura e ficaram ali fazendo pequenos movimentos circulares nas minhas costas. Minha cabeça fez do peito dele meu travesseiro, fiz como Oliver disse, pensei em coisas boas, e eu adormeci rapidamente ouvindo as batidas ritmadas do coração de Oliver.

Eu dormi tranquilamente em seus braços. Mas isso não me impediu de sonhar. Não, não era exatamente um sonho. Dessa vez era mais uma lembrança.

 


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Notas finais do capítulo

Aff.... Ninguém merece essa polícia né? Tanto suspeito melhor e eles vão encrencar justo com o Oliver... Bem, talvez a culpa seja minha tenho assistido muito CSI...
Ps.: Flashback no próximo! O que será que a Fel vai lembrar?