2190 Days escrita por Belly mellark, Hot Stuff


Capítulo 2
The big idiot


Notas iniciais do capítulo

eai gente bom votamos em clima de suspense paixão no ar , e vou deixar uma dica pra vcs do próximo capitulo
***
Hot Stuff passando por aqui para avisar que o capítulo já foi betado.
[Capítulo betado 08/10/2016]



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Rose

***

— Senhor Malfoy, por favor, se recomponha e o dois me acompanhem até minha sala. — Minerva pediu.

O Malfoy largou-me, se levantou dando-me a mão para que eu me levantasse, entretanto, eu já estava chateada demais para aceitar a ajuda dele. Levantei minha saia rapidamente, dava para notar que ele estava olhando para minhas pernas, o fulminei com o olhar.

Nós dois seguimos atrás da diretora McGonagall, eu tentei manter distância do Malfoy, todavia, ele fez questão de encostar em mim.

— O que é, Malfoy? Não acha que já fez o suficiente pra me chatear por uma noite?

— O que vamos falar para a diretora?

— A verdade seria uma boa, não acha?

— Qual é, Weasley? Eu acho que nós combinamos que não deveríamos contar nada sobre os Smith até termos provas.

— Eu não me lembro de ter concordado com nada, Malfoy.

— Contei o seu silêncio como um sim.

Ele sempre tinha que ser tão... Tão...

— Ok, porém, vamos só tirar essa parte, porque se fôssemos contar umas mentiras mais elaboradas, teríamos que ter...

—Entrem. — McGonagall exigiu.

Eu completei um "tempo", mentalmente. O Malfoy deu um sorriso ofuscante antes de entrar, enquanto eu sentia minhas mão suarem frio. Ele sempre brincava com tudo, mesmo.

— Creio que deva existir uma razão lógica para o que se passou lá embaixo, porque simplesmente não acredito no que os meus olhos viram e não consigo achar uma explicação. — Seu olhar fixou-se em Scorpius antes de focalizar em mim.

— Bem, diretora, eu estava fazendo a minha monitoria e passei na cozinha para pegar um chocolate quente quando ouvi um barulho. — Nessa hora, o Malfoy deu uma risadinha que tentou disfarçar com uma tosse. — Entrei naquela sala e tomei um susto com o Malfoy, acabei por derramar chocolate nele, ele tirou a camisa e depois, não sei como, caiu em cima de mim...  Não nesse sentido, ai meu Merlin. Ele caiu e me derrubou.

A diretora me olhou com desconfiança, senti minhas mãos tremerem de nervosismo.

— O barulho veio daquela sala, senhorita Weasley?

Droga, eu pensei, caramba, minha história ficou uma merda, eu não sei reagir sob pressão.

— Não, eu só estava passando por lá. — Ela ainda não parecia convencida, e com razão, minha história só ficava pior.

— E você, senhor Malfoy? O que estava fazendo fora da cama? —voltou seu olhar para Scorpius e eu contestei que minha respiração voltou ao normal.

Ele parecia meio tonto, olhou ao redor da sala, como se procurasse outro senhor Malfoy.

— Eu sou sonâmbulo.

Essa foi, sem dúvida, a coisa mais idiota já falada antes, eu simplesmente não aguentei:

— "Sou sonâmbulo", Malfoy? Fala sério! Você estuda aqui há seis anos. Sério que não consegue tramar algo melhor que “sou sonâmbulo”? Como você tirou E nos N.O.M.S. com esse cérebro de trasgo? — aproveitei a oportunidade para zombá-lo.

— Ah, Weasley, o que você queria que eu falasse? A verdade? — sua expressão era de indignação.

— Seria melhor que "sou sonâmbulo", será que não pode inventar algo realmente convincente?

— Quietos! — ralhou. — Acho que concordamos que ninguém vai acreditar nessa história de vocês, nem vocês mesmos. Isso é um insulto a inteligência de qualquer um, até mesmo a de um trasgo.

Merda, esquecemos que Minerva ainda estava ali, ouvindo tudo. Eu olhei para o Malfoy, ele sorria diabolicamente. A última vez que tinha visto aquele sorriso foi quando ele “pegou” meu trabalho de Runas, deu uma leve melhorada e tirou uma nota maior que a minha.

— Senhora McGonagall, nós compreendemos e concordamos que isso foi ridículo. — Malfoy retratou-se.

— Nossa, Malfoy, até que enfim achamos algo que concordamos.

— Posso continuar, Weasley? — me olhou de forma rigorosa.

— À vontade.

— Essa foi, certamente, uma mentira descabida, contudo, estou disposto a lhe contar a verdade.

— Espero que sim, senhor Malfoy — Minerva deu um sorriso satisfeito.

— Não quero ser interrompido. — Ele semicerrou os olhos para mim, eu sorri de forma adorável como resposta. Queria só ver como ele iria sair dessa.

— Acontece que, eu e a Wesley, estamos completamente apaixonados um pelo outro. Eu sei que é loucura, porém, é a verdade. Fui eu quem a convenceu a se encontrar comigo naquela sala, eu estava com saudades. Temos namorado escondido por culpa do ódio mútuo nutrido por nossas famílias. Eles nunca aprovariam nosso relacionamento, mas eu a amo e acho que já esta na hora de tomar coragem e assumir isso para todo mundo. Porque eu amo Rose Weasley com todas as forças da minha vida. — Proferiu tudo num fôlego só, sem me dar a chance de negar e absolver tudo o que foi dito. 

Nessa hora, eu tentei protestar, entretanto, minha voz sumiu. Ele não podia estar inventando isso. Eu estava chocada, embasbacada demais pra reagir, sem falar na diretora Minerva, que parecia ainda pior, ela agarrou a mesa com as mãos como se pudesse cair, mesmo estando sentada. Então, que ela aparentou recuperar a voz, apesar de eu ainda estar a procura da minha.

— O ódio que vocês dois fizeram questão de parecer cultivar e sustentaram por todos esses seis anos, era mentira? Eu tenho lembranças de vocês brigando pelos corredores, antes mesmo de chegarem a alcançar a vista da Torre de Astronomia sem a ajuda de uma cadeira.

— Porque, diretora, nós tentamos nos desfazer desse amor. Reprimimos o quanto nós podíamos, brigamos para disfarçar. Mas, eu a amo e estou disposto a lutar com tudo e todos pela minha querida Rose. Eu sei que nós nos excedemos na sala, e vou entender seu castigo seja ele qual for, porém, gostaria de continuar em Hogwarts, já que tive uma conduta exemplar até hoje. E, sobre a Rose, nem precisa falar, ela sempre foi a vida da escola.

— Bem, eu acho que uma detenção acompanhada, a perca de cinquenta pontos para ambas as casas e, claro, uma carta para os pais explicando o ocorrido está de bom tamanho.

O quê? Uma carta? Não, meu Merlin. Foi aí que eu recuperei minha voz.

— Isso não é verdade. — Eu articulei baixo, mas deu pra ser ouvido.

— Rose, não adianta mais mentir, eu estou disposto a reconhecer o nosso amor. Não foi isso que você me pediu todo esse tempo? Rose, você, por acaso, tem vergonha de mim?

Ele parecia tão sincero, tão magoado, atuava tão bem que tive que me segurar para não dar uma salva de palmas. Ele me olhou com uma expressão de tristeza.

— Senhora McGonagall, eu sei que não estou em condição de pedir nada, contudo, gostaria que a senhora não contasse aos nossos pais, eu quero fazer isso.

—Não estão, mesmo. Entretanto, acho que esse é um assunto que não diz respeito a escola.

— Obrigado. Queremos fazer isso nós...

Scorpius olhou pra mim e disse um "ou não" muito baixo, pediu licença e se retirou com a cara mais triste e arrasada que já vi na vida. Eu permaneci na sala por um tempo, absolvendo o que tinha acontecido. Ainda sem acreditar, até que McGonagall chamou minha atenção com um pigarro:

— Você não deveria ir atrás dele, Rose?

Ela falou com uma voz doce e com os olhos marejados. É claro que eu fui atrás dele, eu iria acabar com a raça daquela grande idiota.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo...
***
— Malfoy, eu vou te matar...
— Juan, o lance sobre eu e o Malfoy... O QUE SIGNIFICA ISSO ?
— Você acabou com a minha vida, olha só... E agora? Como é que eu vou ficar? Pareci uma idiota na frente da metade da escola, meu orgulho foi pra espaço, você tem que dar um jeito nisso.
— O que você quer, Weasley? Que eu finja namorar você?