Abra Cadáver escrita por Lúpulo Lupin


Capítulo 6
Capitulo 6




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Andando em meio as garrafas jogadas pelo chão, Slughorn ia acenando a varinha aqui e acolá e consertando a bagunça da sala comunal. “Não quero fofocas, os elfos domésticos podem dar com a língua nos dentes, isso aqui está uma zona”. Os alunos estavam todos sérios e olhavam o professor.

– Todos vocês, para os seus dormitórios, menos você Sr. Beaver.

O capitão do time de quadribol que nunca bebia, estava caindo pelas tabelas de bêbado. “Ok... senhor”.

– Sr. Riddle, se não for incomôdo, gostaria que voltasse aqui em 15 minutos, tempo suficiente para eu terminar com Sr. Beaver. Gostaria de discutir e dar sugestões para o seu último trabalho, que está brilhante por sinal, seu futuro é promissor.

– Sim, senhor.

Aos poucos a sala foi esvaziando e assim que ficaram sozinhos, o professor se dirigiu ao apanhador:

– O que vimos ontem no estádio de quadribol, Sr. Beaver?

– Um jogo de Quadribol...? - arriscou encagaçado.

– Algo parecido com isso, sim. Agora confesse.

– Confessar... o que? HIC! - Começou a soluçar.

– O senhor viu quantas bolas na trave a Corvinal acertou? As pessoas estão desconfiadas. Azararam as traves? Feitiço de atração na goles para as balizas?

– Eu não saberia fazer isso, senhor – falou cabisbaixo, e depois soltou um arrotinho.

– Taí uma verdade! - interrompeu Adryan, que acabara de entrar na sala comunal, carregado de bebidas.

– Esse energúmeno me acertou um belo soco ontem de manhã. Que tipo de bruxo você é Beaver? Você tem uma varinha, seu idiota. Acho que você só a usa para limpar a cera das orelhas. Enfim, onde está todo mundo? Trouxe a bebida que me pediram. Ah, bom dia Professor Slughorn!

– São sete da manhã, chega de bebida – sentenciou o professor. – Beaver, vá para a cama agora. E se encontrar o Sr. Riddle no caminho mande-o vir para cá.

Adryan se jogou numa poltrona e serviu uma dose de uísque para si e para o professor “Achei uísque nas cozinhas da escola! Dá pra acreditar numa coisa dessas?”

Em seguida, Tom entrou. O professor ordenou que se sentasse.

– Tom, não quero falar sobre seu trabalho de poções, ainda nem o corrigi. Quero falar de um presente que você ganhou na sua visita a Hogsmeade.

– Sim.

– Você sabe o que é aquele líquido dourado?

– Sim.

– O que você fez com ele?

– Joguei fora, depois que descobri o que era.

– Sabe, tem pessoas que fariam qualquer coisa, eu digo qualquer coisa mesmo por aquele líquido, ou melhor, aquela poção.

– Não quero, não preciso. Poção para fracos aquela.

– Filho, aquela era uma Felix Felicis.

****

– Aí o Slug falou “filho, aquela porra era a felix feliz” - gargalhou Adryan.

– Felicis – corrigiu Tom.

Eram oito e meia da manhã, e Adryan contava a história para Ed. Nesse momento, Joana entrava pela sala comunal.

– Opa... Oi galera... achei que vocês estavam.. na cama.

– Na cama você estava, minha cara! Ou não! Nunca transei aqui nessa espelunca chamada Hogwarts. Mas você. Você está com cara de pós coito.

– É? Estou? Jura? Jura? Porra, não fode, Adryan. Alguém aqui tem que gozar sem ter que castigar o bolso, o que não é o caso de vocês. Mas o que vocês fazem acordados a essa hora?

– Estão questionando o resultado do jogo – respondeu Ed.

– Claro. O jogo foi escroto pra caramba. Muitas bolas na trave, Corvinal parecia que estava sobre alguma azaração. O McManaman comentou comigo, afinal ele coordenava as apostas. Está com medo de as impugnarem. Tive que caprichar hoje pra ele ficar calminho – respondeu Joana rindo.

– Eu sei que não tive nada a ver com isso. Essa pica não é minha. – Adryan se espreguiçou. – Venha cá Rato.

Rato era o gato de Adryan, que deu as graças na sala comunal. O menino irlandês que entrou em Hogwarts não tinha dinheiro para comprar bicho algum quando ingressou na escola.

No entanto, no primeiro dia que Adryan pisou em Hogsmead, avistou um gato todo estropiado, sem pelos, com o focinho mutilado, de modo que os dentes ficavam de fora (daí o nome de rato, para o gato dentuço), sem uma orelha, e à beira da morte. Aos treze anos, Adryan que havia acabado de tomar sua primeira cerveja, não teve dúvidas e levou o gato consigo para o castelo.

– No que vai dar essa merda, essas suspeitas? - perguntou Tom.

– Em nada, espero – disse Joana – Ganhamos uma boa grana nas apostas desse jogo.

– Ah! Ed, não apostei metade-metade como você pediu. Lancei tudo na Sonserina, tá aqui a grana. – Atirou ao amigo um pacotinho com ouro.

– Fizemos um capilé nesse jogo.... - falou Adryan. – Quanto?

Ed juntou as moedas.

– Pelas contas... Se nenhum de vocês, seus merdinhas, tiverem escondido algo, temos três galeõs, vinte sicles, e sessenta nuques. - falou Ed.

– Tom, diga, qual é a sua vontade de foder? - falou Adryan acariciando o gato feio.

– Ahn...?! - exclamou Tom.

– Eis um menino que nunca pensa em putaria, puta merda. Amanhã, Tom, você vai foder pela primeira vez, nem que seja a última coisa que eu faça na vida. Partiu torrrar esse metal todo?

– Já transei hoje, dispenso. E foi de graça. Morram vocês – falou Joanna, enrolando um cigarro.

– Adoro torrar dinheiro. Adoro putas. Vamos dormir agora e sair amanhã. Tô dentro.

– Tom Riddle. Amanhã você vai foder – riu Adryan.


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