Seguimos de mãos dadas até o refeito, Annabeth não estava muito acostumada a isso, tudo bem, às vezes acho que exagero, mas já que agente era namorado, nós tínhamos que agir como verdadeiros namorados.

Chegando ao refeitório, Annabeth foi se sentar com seus irmãos, e eu fui me sentar sozinho, pois não tinha nenhum irmão, e por que também não poderia me sentar com as pessoas de outros chalés, pois não era permitido, era quebrar as regras.

O jantar foi tranqüilo, nada de anormalidades, por enquanto, Peguei minha comida e fui fazer minha oferenda na fogueira, sentei na minha mesa, praticamente de frente para a Annabeth, que estava na mesa um pouco distante, ela ficava mandando sorrisinhos inocentes, e eu provavelmente ficava vermelho a cada um deles.

Fico me perguntando, que se depois de tanto, eu iria me acostumar com essa linda garota, que por sorte, me amava.

Depois do jantar, todos estavam indo pra fogueira, cantar em volta dela, já que hoje, o chalé de Apolo ia comandar a cantoria. Eu sai do refeitório, indo em direção a praia, precisava ficar sozinho, colocar a cabeça no lugar, e o mar poderia fazer isso por mim.

Sentei na beira da água, sentindo ela tocar os meus pés, e no mesmo momento, já me sentia muito melhor, como mais força, mais tranqüilo. Quando sinto que alguém vem vindo.


- Isso é muito bom.

- É mesmo – olho pra Rachel, - O que você está fazendo aqui? Você não deveria estar na fogueira, junto com o pessoal?

- Sim, eu deveria – ela dá um sorriso torto, - Mas como você pode ver, estou aqui com você conversando.

Ela cai numa gargalhada e eu sou forçado a rir também, Rachel era uma ótima amiga, quando precisávamos, mas também era uma inimiga quando praticamente pedimos. Quando eu a conheci, foi de uma forma tão estranha, ela acabou salvando a minha vida, depois disso nunca mais vi ela, e de repente ela vira o Oráculo.

Desde de quando a conheci, Annabeth tinha “ciúmes” dela, o por que, eu não sei, só sabia que ela tinha ciúmes. Rachel já me beijou, eu nunca contei para Annabeth, saberia que se contasse, Annabeth me mataria.

- Percy, está acontecendo alguma coisa de errado?

- Não... Quero dizer, sim, está tudo tão confuso, minha cabeça fica cheia de coisas inúteis, cheia de coisas imprestáveis, que acho que estou com falta de uma missão.

- Ah, Percy, eu queria poder ajudar, mas como você sabe, não posso dizer profecias quando quero.

- Rachel, não é culpa sua, é só que...Eu sinto falta de tudo aquilo....Ah, nem era pra mim está falando essas coisas pra você. Você deve estar achando que eu sou louco, ou coisa parecida.

- Olha, acho que estou sendo boba, mas eu sempre gostei de você, e você sabe disso, eu não quero complicar a sua vida, eu só acho que você desistir de alguém, pode me procurar, eu não vou ir embora.

- Rachel, você sabe que eu amo Annabeth, eu já deixei isso bem claro.

Ela coloca a cabeça entre os joelhos e murmura:

- Não estou dizendo pra você deixar de amar ela, só estou dizendo que se um dia você se arrepender, eu estarei aqui.

Então ela se levantou e foi embora.