Monarquia escrita por Thaís Romes


Capítulo 6
Central City


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas!
Preciso confessar que estou nas nuvens desde quarta feira, em um estado de graça que parece permanente, existe no mundo OPT mais lindo do que o nosso?
Quero agradecer a galera que está comentando, eu de verdade estava pensando que a maioria não gostava da história, obrigada amores, vcs são os melhores. Por isso, o capítulo, além de enorme tem a segunda parte da lembrança da festa a fantasia, e a resposta que tanto esperaram!
Espero que gostem!



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OLIVER

Nove meses atrás...

A garota se movia em meus braços, com seus lábios colados nos meus, ela de um jeito estranho me enchia de nostalgia, e tudo em mim queria a puxar para mais perto. A música muda para algo lento, não reconheço a melodia, mas a garota deita a cabeça em meu ombro e permanece lá, cantarolando baixinho com uma voz linda. Precisava saber quem ela era. Queria não estar tão bêbado nesse momento.

—Não vai mesmo me contar seu nome? –tento mais uma vez, ela ergue o rosto para me olhar com um sorriso divertido e nega balançando a cabeça. Seus olhos eram familiares, seus lábios em formato de coração, eu... –Sinto que já te conheço. –sussurro como se fosse meu maior segredo.

—Deve conhecer mesmo. –dá de ombros, estávamos altos demais, mas ela parecia ser muito mais fraca para bebida do que eu. –Você me lembra uma pessoa também, alguém que não gosto de pensar. –ela se agarra mais ainda a mim, como se temesse que a soltasse.

—Por que não? –questiono confuso.

—Ele me lembra de quando era feliz. –responde me olhando nos olhos mais uma vez, só que agora existia dor neles, mais dor do que uma garota da idade dela deveria sentir. –E isso me faz pensar que não sou mais.

—Pois eu acho que deveria ser. –toco seu rosto com carinho a puxando para mais um beijo. Sinto como se fizesse isso a anos com ela. O beijo não era apenas quente, era familiar, carinhoso, não sei se pela lembrança que provoco nela, ou em mim, mas aqui tem mais sentimentos do que em um beijo de balada.

Agora...

Me jogo em minha cama sem me importar em trocar de roupa. Minha mente parecia estar a ponto de explodir, e não tenho a menor ideia do que fazer agora. Tentei manter minha melhor cara de paisagem quando Felicity contou a história. História essa que Clair já conhecia muito bem, pois eu mesmo a contei. Hit Girl é Felicity, claro que é. Como nunca suspeitei? Eu a procurei por meses em toda a universidade com a ajuda de Tommy, cheio de esperanças de encontrar a primeira garota que conseguiu despertar algo em mim desde minha amiga desaparecida, isso quase me faz gargalhar, por que era a própria que estava sob a máscara.

Era como se Deus, o universo, ou as esferas do dragão, não sei, estivessem tentado nos mostrar que por mais que corrêssemos em direções opostas eles nos colocariam juntos mais uma vez. Me lembro de tudo a respeito daquela garota, lembro de seu cheiro, de sua voz arrastada devido a bebida, o quanto nos divertimos um com o outro, o quanto sua fala rápida e atrapalhada fazia com que me sentisse em casa. É claro que ela me faria sentir assim, era apenas uma das pessoas que mais me conhecem no mundo.

Não sei se rio ou me desespero nesse momento, mas tenho certeza de uma coisa, não vou conseguir dormir tão cedo. Resolvo caminhar pelo castelo, talvez meu pai esteja acordado ainda, ele é sempre uma boa companhia em minha insônia. Por isso passo perto de sua suíte, com esperança de encontrá-lo. Começo a escutar vozes nada amigáveis.

—Se ela contar a alguém estaremos todos em risco! –ouço minha mãe dizer, sua voz não tinha apenas a arrogância habitual, mas estava carregada do que se parecia um pavor genuíno.

—Ninguém vai saber majestade. Ela não recebe visitas a um bom tempo, o rei e o príncipe andam ocupados demais, não terão tempo para visitar Central City tão cedo. Até lá, o tratamento de Thea já estará concluído.

—Muito bom. –a voz de Moira parecia conter o choro. –Cuide para que esse deslize não chegue aos ouvidos dele.

—Sim, senhora.

Escoro na parede, tomando cuidado de não ser percebido. Dele? Dele quem? O que estão fazendo com Thea? Sempre soube que a internar foi pura fachada, mas nem mesmo em meu pior pesadelo, ela seria usada como queima de artigo. Volto para meu quarto em silencio, trancando a porta, e vou em busca do meu celular, não tem muitas pessoas que confie, mas existem três, que sei que cuidariam da minha irmã como eu mesmo. E ele me atende no primeiro toque.

“Ollie, enfim se lembrou que tem amigos.” cumprimenta animado.

—Tommy, preciso de ajuda!

Cinco meses atrás...

—Ollie! –escuto Tommy gritar do andar de baixo da fraternidade, estava saindo do banho. –Ollie! –agora sabia que ele estava em meu quarto no dormitório, quando saio do banheiro o vejo esbaforido, com as mãos nos joelhos, parecendo precisar recuperar o fôlego. –Ligue a televisão! –seu rosto estava sem cor.

Mesmo confuso, pego o controle sobre o raque e ligo a TV. Imediatamente, vejo a foto da minha irmã caçula no noticiário, com a manchete “Princesa Suicida”, sem que perceba estou sentado na beirada da minha cama, com a mesmo expressão de Tommy, enquanto a repórter contava como minha irmã havia acabado de tentar se matar com uma overdose de remédios.

—Mas ninguém me ligou... –murmuro em choque.

—É melhor se trocar Ollie, já pedi a meu segurança para nos pegar em meia hora com o jatinho da família, vou encontrar Smith, e vamos ver Thea. –ele assume as rédeas ao perceber que estava chocado demais para fazer isso. Apenas concordo com um aceno e vou me vestir.

Chegamos em Starlling e a cidade estava tomada por uma comoção enorme devido ao ocorrido. Levamos meia hora, apenas para conseguir entrar no palácio, que estava cercado de pessoas querendo saber melhor o que aconteceu. Graças ao treinamento de toda uma vida, consigo entrar calmamente, sem transparecer o quanto estava apavorado, mas assim que saímos da mira das câmeras, passo a correr com Tommy a meu lado. Encontramos, meus pais e Malcom Merlin, em frente ao quarto de Thea.

—Como ela está? –pergunto ao meu pai, que estava visivelmente abalado, e uma forma que só vi acontecer uma vez antes.

—Sua irmã tentou se matar. –minha mãe conta em voz baixa olhando para os próprios pés.

—Ela nunca faria isso! –protesto e sinto a mão de Tommy em meu braço. –Pai! –posso ver em seus olhos que concorda comigo, mas por que ele não a defendia? –Eu quero vê-la. –me imponho.

—Ela está muito... –Moira começa a dizer.

—Ele vai ver a irmã. –Papai a interrompe dando fim a discussão. –Thea precisa dele.

Não espero mais argumentos, entro no quarto, e sinto tudo em mim gelar, quando a vejo ligada a alguns aparelhos hospitalares que foram instalados em seu quarto. Me aproximo em silencio, e tomo sua mão com carinho. Com dificuldade Thea vira o rosto em minha direção.

—Oi Speed. –murmuro dando um beijo em sua mão. Seus olhos me fitam assustados, ela tenta falar algo, mas parece não conseguir, seus batimentos cardíacos sobem. –Shiii! Vai ficar tudo bem! –Thea nega, e seus olhos estão amedrontados, ela tenta falar mais uma vez.

—Hum! –cerra os dentes tentando proferir algo, apertando minha mão com mais força.

—Speed, você fez isso? –seus olhos se acalmam quando pergunto, os vejo se encher de lágrimas no momento em que ela nega. –Quem fez isso com você? –em resposta, ela olha para porta, mais uma vez amedrontada e seus batimentos disparam.

Uma equipe médica adentra no quarto e sou colocado para fora sobre protesto. Olho para meus pais, e Malcom Merlin, no momento que Tommy me segura a seu lado. Ela olhou para a porta, eles estavam do outro lado, eles.

Passei uma semana tentando argumentar com meu pai, que Thea não tentara tirar a própria vida, cheguei a contá-lo o que ela me disse, ou bom, o que ela tentou me dizer, algo que não pode ser comprovado, pois a mantinham sedada. Mas após alguns dias o médico da família apareceu com um laudo que dizia que Thea sofria de bipolaridade e depressão. Fui contra em todo momento a decisão que tiveram de a internar, algo dentro de mim, sempre me disse que Thea corria perigo. Graças a esse instinto, meu pai mexeu os pauzinhos e conseguiu um lugar para ela nos Laboratórios Star, onde ela estaria protegida vinte quatro horas por dia, e teria tudo de mais avançado na medicina para ajudá-la. E ainda poderia contar com alguém que confio para ser meus olhos lá dentro.

Agora...

Pensava que ela estava em segurança, que existiam pessoas tentando cuidar dela. Nesse momento não sei o que é pior, saber que deveria ter lutado mais, ou ter certeza que seja o que for de ruim que está acontecendo com minha irmã, minha amada mãe está encobrindo.

FELICITY

Eram por volta das onze horas da noite quando escuto meu celular tocando, e vejo a foto de Oliver no visor. Atendo imediatamente, por que ele não me ligaria a essa hora para dizer que gosta da cor do meu cabelo. “Ainda está com raiva do Tommy?” pergunta, se não fosse seu tom de voz sério, poderia ter feito uma piada no mesmo instante.

—Por que pergunta? –procuro meus óculos na minha mesinha de cabeceira.

“Preciso de ajuda, e não confio em ninguém além de vocês para isso.” Sou capaz de sentir a fúria contida em sua voz, o que me faz entender que aquele não era o momento para perguntas.

—Do que precisa?

“Arrume uma mala pequena, John estará em sua casa em uma hora, ele levará vocês a Central City.” Oliver dá um longo suspiro antes de prosseguir. “Felicity, é Thea.”

Ele conta de forma resumida o que aconteceu, me conta também de como foram as coisas antes de a internarem. Oliver parecia se culpar por não ter ligado os pontos anteriormente, acreditava que havia falhado com a irmã. Mas eu não sou médica, amo Thea como se fosse minha família, o que pode soar um tanto hipócrita depois de me afastar por tantos anos, mas ela é minha melhor amiga, por essa razão ela precisava de alguém qualificado.

“Eu não a conheço Felicity, isso é muito mais perigoso do que aparenta.” Oliver protesta quando o proponho levar mais uma pessoa nessa viagem.

—Por favor, Oliver, quero o melhor para Thea assim como você. –coloco o celular no viva voz e começo a me trocar. –Caitlin trabalhava nos Laboratórios Star, ela conhece o Dr. Wells, e é uma excelente médica.

“Você entendeu que a rainha está envolvida nisso?” começava a se irritar por minha insistência. Puxo o zíper lateral do meu vestido amarelo, e respiro fundo, mantendo a calma.

—Oliver, me escuta, se quer tirar Thea de lá, precisa de provas. Posso invadir qualquer sistema de computadores por você, faço isso sem pensar duas vezes, mas não sei como ler uma amostra de sangue. –deixo meu corpo cair sobre uma cadeira, passando a mão em meu rosto. –Me deixe ajudar, por favor?

“Tudo bem.” Diz simplesmente após um longo suspiro.

—Obrigada. –respondo antes de desligar, e discar o número de Caitlin em seguida.

Em meia hora Tommy e Diggle entram em minha casa, eles me ajudam a pegar minhas coisas, e forjar um gripe, para conseguir o dia seguinte de folga. Oliver não nos acompanharia, seria arriscado demais. Paramos na porta de Caitlin, a quem a partir de hoje passarei a dever muito, mesmo com os fatos superficiais ela se propôs a nos ajudar.

—Ainda me odeia? –Tommy pergunta quando saímos do jatinho, já em Central City, abrindo a porta do carro para mim.

—Não morro de amores por você Merlin, mas acho que sobrevivi até hoje dessa forma, vou sobreviver pelo resto da minha vida. –sorrio para ele de forma irônica entrando no carro.

—Foi a quase dez anos atrás, éramos crianças! –justifica se sentando a meu lado.

—Não deveria estar pensando em Thea nesse momento? –semicerro meus olhos para ele.

—Eu estou. –é sua única resposta, mas parece um tanto ofendido, sei que apesar de ser o maior idiota do mundo, Tommy ama Thea como se fosse sua própria irmã.

Tommy e Ronnie costumavam passar as férias no palácio com Oliver. Eu os apelidei carinhosamente de Darth Vader e Luke, bom, Tommy era o Darth Vader. Acontece que ele era uma pessoa horrível comigo, era mau. Eu entendo hoje que aquilo eram coisas de crianças, como quando ele jogou a Edwiges na lagoa da casa de campo real, Edwiges era minha boneca preferida, Oliver ficou com pena, e organizou um falso funeral para ela, só para me fazer parar de chorar. Ronnie já era quase uma versão reversa de Tommy, ele nos defendia, gostava de brincar com nós duas. Talvez não seja esse o caso, talvez meu santo simplesmente não bata com o de Tommy Merlin.

—A quanto tempo vocês se conhecem? –Caitlin pergunta dentro do carro, talvez para quebrar o clima pesado, meus olhos encontram os de Diggle através do espelho retrovisor, aquela seria uma longa viagem.

—Desde sempre. –responde Tommy simpático.

—Infelizmente... –murmuro baixinho olhando a cidade ensolarada.

—Somos amigos de infância. –tenta pintar o quadro de uma forma mais agradável.

—Nem chega perto disso. –corrijo olhando para Caitlin que segura o riso.

Chegamos ao local, o Laboratório Star era impressionante, um centro de tecnologia de ponta, aquilo era como a Disneylândia para mim. Preciso apertar a mão de Dig a meu lado quando Dr. Wells aparece em meu campo de visão. Ele era ainda mais alto pessoalmente.

—Caitlin! –exclama com um sorriso genuíno ao vê-la.

—Dr. Wells. –eles se abraçam, e só então ele passa a nos olhar. –Esses são, Tommy Merlin, John Diggle e Felicity Smoak. –nós apertamos a mão dele, e sentia meu coração bater forte em meu peito, acho que é dessa forma que as fãs dessas boy bands se sentem ao conhecer seu ídolo.

—Dr. Wells, acho que encontrei uma forma de ligar a força da... –um homem de cabelos negros, muito bonito entra no convex se calando imediatamente quando seus olhos encontram os de Caitlin. –Dra. Snow. –cumprimenta todo formal e vejo o rosto da garota perder a cor.

—Sr. Reymond. –retorna o cumprimento da mesma forma, então uma risada escapa por meus lábios, fazendo com que todos me olhassem como se fosse louca.

—Desculpe, mas não pensei que veria o Darth Vader e o Luke juntos outra vez! –respondo me recompondo, e Tommy solta uma risada irônica, indo em direção ao amigo para cumprimentá-lo.

—Está é a... –pergunta me encarando incrédulo.

—Sim, Felicity Smoak, depois de descobrir a tinta para cabelo. –confirma Tommy e vejo um grande sorriso se formar no rosto de Ronnie, que caminha em minha direção, me dando um abraço que tira meus pés do chão.

—Ronnie! –exclamo feliz o abraçando de volta enquanto ele me sacudia no ar. –O que um duque faz trabalhando aqui? –pergunto quando ele me coloca no chão.

—Bom. –Ronnie dá um longo suspiro, antes de olhar rapidamente para Caitlin. –Não tem outro jeito de definir, fui deserdado.

—Como? Por quê? Oliver sabe disso?

—Digamos que eu faço minhas próprias escolhas. –mais uma vez os olhos dele fogem para Cait, como se ela o atraísse como um imã. –Não importa o que os outros pensem, e sim, Oliver sabe disso. Eu fui o contato do Rei Robert, para que trouxessem Thea para se tratar aqui.

Thea, seu nome faz com que todos fiquem tensos imediatamente. Tommy toma à frente e conta a história combinada, dizendo que eu queria vê-la, o que não é de tudo mentira, precisávamos entrar com Caitlin para que ela pegasse uma amostra de sangue dela, e descobrisse como a estavam medicando. Mas nesse momento nada fazia sentido, pois Ronnie a ama, ele certamente estaria acompanhando tudo de perto.

—É bom ver você Felicity. –fala andando a meu lado a caminho do quarto de Thea.

—Bom ver você também. –sorrio para ele tocando em seu braço. –Você a vê com frequência? –seu semblante fica mais sério, quase triste.

—Ela está em outra parte do prédio, eu a vejo todos os dias, mas na maioria deles ela está sedada. –sussurra cheio de tristeza na voz.

—Sabe o que eles estão dando a ela? –sussurro de volta.

—Já tentei ver, mas sou engenheiro mecânico. –posso ver em seu rosto o quanto aquilo o incomodava. –Mas tenho isso. –ele pega o tablete e me mostra o que parece ser uma receita médica. –Tirei uma cópia sem que a equipe médica dela percebesse.

—Se importa? –pergunto olhando dele para Caitlin que andava atrás de nós conversando com Tommy.

—Vá em frente. –dá de ombros, mas sei que ele estava incomodado com a presença da garota, a tensão entre os dois era tão grande que Dig, Tommy e eu já estávamos desconfortáveis.

—Caitlin. –chamo e ela para do meu lado, agora sim, que quem estava desconfortável era eu. –Olha isso. –vejo os olhos dela se estreitarem, e Ronnie quase babar a observando em quanto ela não estava vendo.

—Tem certeza de que essa é a receita dela? –pergunta diretamente para ele, que engole em seco antes de responder.

—Sim, ela tem todas essas doses administradas, duas vezes ao dia.

—Não está certo! –exclama e paramos em frente à porta de onde Thea estava. –Segundo os registros ela tentou se matar uma única vez, para ter esse tratamento deveria ter sido considerada um perigo para ela mesma antes, e isso depois de um acompanhamento psicológico profundo. Essa quantidade de medicamentos, nessas doses, vão acabar com as funções básicas dela, como fala ou os movimentos dos membros. Precisam interromper agora!

Sai em disparada a procura da equipe médica, Tommy e eu trocamos olhares, um precisaria ir com ela e seria bom se Diggle fosse junto, mas nesse momento eu precisava ver Thea. Ele sai atrás de Caitlin com John e Ronnie entra comigo no leito de Thea. Preciso lembrar de como respirar ao vê-la, os anos não mudaram a beleza pura dela, e não mudaram em nada todo o carinho que sinto por essa garota. Meus olhos se enchem de lágrimas, queria pedir perdão, queria implorar por sua amizade de volta. Me imaginei fazendo isso por milhares de vezes, mas em nenhuma delas Thea estava em uma cama hospitalar.

Caitlin entra a passos duros com uma seringa na mão e muitos médicos atrás dela. Sinto as mãos de Diggle me puxando para o lado, me tirando do caminho. Em seguida seus braços são trocados pelos de Ronnie. Dig se coloca ao lado de Caitlin de forma protetora.

—Não são esses os arquivos que temos! –protesta um dos médicos. –Não pode fazer isso!

—Se afastem! –Diggle avisa e vemos todos dando um passo para trás. Tommy se coloca ao lado dele, e por um segundo ele tem meu respeito.

Caitlin injeta o medicamento em Thea que permanece da mesma forma. –Vão matar essa garota se continuarem, e Dr. Wells me apoiou. –fala se virando para eles, então os vejo se dispersar aos poucos.

—Sabia que te trazer era a escolha certa! –digo sorrindo agradecida.

—Ela pode demorar muito tempo para acordar. –avisa. –E não sabemos das sequelas ainda.

—Tudo bem, só de saber que podemos a livrar disso eu fico feliz.

—Vou olhar o que é preciso para a alta dela, se tudo der certo podem levá-la assim que um novo exame comprove que está bem.

—Caitlin, muito obrigada. –caminho em sua direção lhe dando um abraço apertado.

—Não por isso. –sorri humilde quando nos afastamos.

Ronnie aparece com duas cadeiras e as coloca ao lado da cama de Thea, depois sai levando Caitlin e Diggle com ele. Me sento a observando, estava tão aliviada que mal me importava com a presença do Darth Vader. Me assusto com meu celular tocando.

—Oi? –atendo no primeiro toque o número desconhecido.

“Como ela está?” reconheço a voz apressada de Oliver.

—Ela vai ficar bem, estamos esperando que ela acorde agora. –respondo. –Entro em contato com você assim que ela abrir os olhos.

“Não podem me ligar, estou em reunião o dia todo e não sei se as ligações do meu número estão sendo monitoradas.” A tensão dele era clara. “Mas vou ligar para vocês assim que puder.”

—Tudo bem, vamos cuidar dela. –tento passar confiança através da minha voz.

“E Felicity?”

—Sim.

“Se cuida também, e obrigada por tudo o que está fazendo.” Sorrio.

—Qualquer coisa por vocês. –respondo antes de desligar.

E vejo Thea se mexer na cama, Tommy e eu ficamos apreensivos, ela se vira abrindo os olhos lentamente. Olha em volta, vendo Tommy primeiro, ele se levanta tomando sua mão e queria fazer o mesmo, mas não sinto minhas pernas. Depois ela percebe minha presença e apenas me olha por alguns segundos com a testa franzida.

—Felicity? –meu nome sai de seus lábios com esforço.


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Notas finais do capítulo

Então galera. o que acharam?
Não deixem de comentar, o retorno de vocês é super importante, e digam o que gostaram ou não, isso é mais importante ainda. O nome do próximo capítulo, é "Thea Queen", o que significa que nossa Speed não vai apenas aparecer, mais narrar uma parte da história com direito a flashback. Espero que estejam curtindo!
Bjnhos