Monarquia escrita por Thaís Romes


Capítulo 29
Perspectivas.


Notas iniciais do capítulo

Oi gentes!
Antes de tudo, quero dedicar esse capítulo a Ka Duarte, que foi extremamente doce ao recomendar a fic, e é um dos motivos para me fazer voltar a escrever Monarquia. Muito obrigada querida, suas palavras me encantaram.
Agora preciso avisar que esse capítulo está muito diferente de todos os outros, segue a mesma forma de três narradores e um flashback, mas uma das maiores questões da fic será respondida nele. Espero que gostem, e por favor, não deixem de comentar e dizer o que acharam.
Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/614953/chapter/29

BRUCE

—Está quase na hora, patrão Bruce. –Alfred anuncia entrando em meu escritório com uma bandeja de chá e sua expressão de sempre.

—Como as pessoas reagiram as acusações de Starlling, Alfred? –questiono pegando uma xícara do chá ruim dele.

—Ninguém parece acreditar. Todos são fiéis ao rei. –aceno encerrando o assunto, e vejo Dick parado a porta concordar com as palavras do Alfred. –Mas parece que o Príncipe Oliver mantem a palavra dele, está fazendo o que pode para evitar essa guerra.

Me entrega o jornal, e vejo uma grande foto da Princesa Thea na capa, onde ela assume ser fruto de um caso da Rainha. E todas as histórias que eles vinham tentando esconder nos últimos meses, estava tudo exposto em uma tentativa desesperada de parar temporariamente Malcom Merlin, registros médicos de Thea e até mesmo um exame de DNA, feito na Star Labs antes da saída da Princesa.

—Parece que ganhamos tempo. –Dick comenta com pesar, nenhum de nós está confortável em sacrificar uma criança. –Acha que isso vai funcionar?

—Eles estão nos ajudando, preciso retribuir o favor, e não é como se ela não tivesse interesse no que está acontecendo.

—Patrão, sua convidada chegou. –escuto Alfred anunciar, e Dick volta a sua postura profissional, quando uma mulher loura, dona de uma beleza imponente passa pela porta, com os olhos azuis inchados e vermelhos, o que não a deixa menos intimidadora. Ela faz uma reverencia antes de se aproximar.

—Obrigado por vir. –digo dando a volta na mesa para apertar sua mão, afasto a cadeira para ela, e volto a me sentar no meu lugar.

—Faço o que for preciso para ajudar a prender o responsável pela morte do meu pai. –afirma categórica.

—O que descobriu?

—Minha irmã, conseguiu que um dos técnicos da inteligência que é legista examinasse o corpo. Segundo ele existia apenas um ferimento de entrada, e nenhum de saída, mas disse que o fato de ter acertado o Rei antes, justifica a perda de velocidade do projétil, e ao recuperá-lo, encontramos isso. –ela tira uma pasta parda da bolsa, e me mostra a foto de uma bala com o nome Lance entalhado nela.  

—Thea acertou, o Rei nunca foi o alvo. –entrego a foto para o Dick que parece desapontado por um de seus homens ter feito algo desse tipo, Grayson sempre tenta carregar o mundo nas costas.

—No que isso ajuda? –Laurel pergunta ansiosa.

—Preciso de uma advogada, Oliver também, e não podemos confiar em ninguém.

Laurel passa as próximas horas estudando as provas que juntamos, tanto as de Starlling quanto as de Gotham. Não é o suficiente, ainda não conseguimos ligar Luthor ao primeiro atentado a sete anos atrás, e nós sabíamos disso, mas temos o bastante para abrir um inquérito contra Malcom Merlin e Harvey Dent, o que vai deixar Metrópoles por conta própria, e talvez seja o primeiro passo para inocentar Clark e Diana.

—O que posso fazer é acusa-los, e oferecer asilo político ao príncipe e princesa de Metrópoles. –Laurel diz enquanto caminhamos em direção a sala de reuniões, onde encontraria meu conselho.

—É excelente. –digo olhando para frente. –Assim entramos em guerra contra a maior província de todas. –solto tentando conter o sarcasmo, mas sem um empenho real nisso.

—Vocês querem derrubar o Luthor, tem o apoio de Starlling.

—Não tenho ainda. –corrijo. –Não antes de Oliver assumir oficialmente. –sinto a mão de Laurel me parando, e olho para meu braço onde ela me tocava, o que faz com que me solte, mas seu rosto estava furioso.

—Não piso em Starlling a três anos, por que aceitei trabalhar para o senhor, quando sua província ainda era vista como traidora. Eu acreditei em sua inocência, e isso me tornou uma pária dentro de minha própria família. Meu pai morreu, e não nos falávamos a anos. Quer derrubar esse regime, ou sou apenas mais um peão em seu tabuleiro, majestade?

—Estamos atrasados. –me limito a responder, abrindo a porta da sala de reuniões para ela que entra a passos duros. Vejo os conselheiros, Fox e líderes do parlamento se levantarem e fazerem reverência, levanto uma mão para que eles se sentem e sinto meu celular vibrando, era Oliver, ele estava finalmente no poder. O time não poderia ser melhor.

—Boa tarde a todos. Reuni os senhores nessa tarde para que fossem testemunhas do que estou prestes a fazer. –consigo ver um sorriso presunçoso nos lábios de Harvey ao pensar que declararia guerra contra Starlling, o que quase me faz sorrir. –Nesse momento todos estão recebendo memorandos, que contém provas contra o Conselheiro Real, que o liga ao atentado contra Starlling a sete anos, e ao atentado contra a vida de meu falecido pai, Rei Thomas, que levou a sua morte. Sr. Grayson, Sr. Todd, podem leva-lo. –abro a porta para meus guardas que o levam sem nenhuma gentileza, ninguém na sala esboça reação, mas escuto um “obrigada” sussurrado por Laurel Lance a meu lado. –Pronta para voltar para casa, senhorita Lance?

—Mais do que nunca. –um mínimo sorriso de alívio faz sombra em seu rosto.

TOMMY

A mansão dos Merlin’s sempre foi comparada em tamanho e beleza ao próprio castelo. Ao contrário da maioria das casas de lordes e nobres do reino, minha casa foi reformada e melhorada diversas vezes ao longo desses anos, nunca entendi o porquê, ou melhor, não entendia até descobrir o que meu pai fez a Thea. Quisera eu que esse tivesse sido o pior de seus crimes, não posso acreditar que sou filho do responsável pela morte de Alfred Smoak. Felicity era chatinha em seus melhores dias, mas Alfred e Donna eram os melhores pais que já vimos, todos tínhamos ciúmes da vida que Felicity pode ter, de todas as opções e escolhas ao seu alcance. Crescer com pais que passam mais tempo em salas de reuniões do que brincando, ou até mesmo conversando com os próprios filhos é um grande saco, enorme e fedorento.

Mas ainda assim Oliver e Thea se saíram bem, até mesmo eu e Ronnie que abdicou de seu título por amar uma cientista. Me admira ver o quanto eles estão dispostos a abrir mão, seja pela própria felicidade, ou pelo bem do povo. Meu sacrifício é um pouco mais complicado, não tem a ver com felicidade ou amor à pátria, se trata de descobrir se sou ou não um homem honrado. Não tenho irmãos e o mais próximo de tios e primos que possuo está nesse momento diante das câmeras ao meu lado, ou nos bastidores do comunicado oficial.

Um estúdio foi improvisado no palácio para abrigar a multidão de jornalistas, entre eles em um canto estava Iris West, a enfermeira sexy que peguei a alguns anos atrás. A confiança da futura princesa, deu a ela um cargo provisório de ponte entre a família real e a imprensa. Foi uma matéria dela que revelou os podres mais vergonhosos de nossas famílias.

—Não precisa fazer isso se não quiser. –Thea para a meu lado, sussurrando sem mexer os lábios. Estava deslumbrante em um vestido azul, apesar de conhece-la o suficiente para reconhecer a fragilidade que tentava esconder atrás de suas roupas impecáveis.

—Não seria um bom irmão se te deixasse passar por isso sozinha. –ela sorri com tristeza nos olhos. –Oliver estará a partir de hoje, ainda mais ocupado com as obrigações reais. Por falar nisso, tem notícias do rei? –vejo o esforço que ela precisa dispor para não se encolher, como se minha pergunta tocasse alguma ferida particular, algo ainda maior do que o que os tabloides estampavam.

—Ele está... vivo, está sendo mantido na área hospitalar do palácio. Três guardas de confiança e a Rainha estão presentes o tempo todo.

—Sinto muito. –toco sua mão, tentando passar o máximo de conforto que poderia como aquele único toque. –Odeio tudo pelo que vem passando, odeio o que vai acontecer com nossas vidas, mas não é estranho ser seu irmão, apesar de pensar que Ronnie se sairia melhor do que eu nesse cargo. –aponto para nosso amigo, que estava ao lado da Dra. Snow e Felicity, tentando aliviar a tensão para a mulher desconfortável, em um lindo vestido vermelho. Eles sempre foram ligados, Ronnie sempre comprava as brigas dela quando nos provocávamos, apesar de seu jeito diplomático de ser, Felicity e Thea estavam além da linha para ele.

—Você é melhor do que pensa. –Thea afirma, me tirando de meus devaneios.

—Dois minutos. –uma produtora anuncia.

Felicity corre em nossa direção, se lembrando no meio do caminho que essa não era a atitude adequada de uma princesa. Ajeita o vestido e caminha graciosa, parando ao lado de Thea. Oliver sai dos fundos onde estava terminando de ser arrumado para a transmissão, seu rosto assumira uma expressão dura, como se pudesse socar o primeiro que falasse mais do que deveria em sua frente, mas de um jeito bizarro ele assumira um ar real que nunca fez questão de exalar antes, apesar de sempre possuir.

Seus olhos suavizam quando encontra Felicity, eles ainda usavam as alianças do casamento de mentira, e não pareciam se preocupar com o que aquelas joias representariam para ninguém além deles mesmos. Ele beija o alto da cabeça da irmã, e toca meu ombro, me convidando a dar um passo à frente com ele.

—Se sente confortável com isso? –pergunta olhando para frente, onde as câmeras nos focalizavam, se preparando para começar a gravar.

—Não estou nem perto disso, mas não vou desistir agora. –sorrio nervoso, antes de assumir a expressão política que fomos ensinados a ter desde crianças.

—Estão perfeitos, vamos começar. –escutamos Iris dizer ao lado da produtora que faz um sinal para Oliver.

—Povo de Starlling. –Oliver começa a entoar, perfeitamente articulado. –É com pesar que venho diante de vocês nessa noite. Diante de tudo o que está acontecendo, devemos a todos explicações. Ontem a família real sofreu mais um ataque, e perdemos um servo fiel, que tem nos honrado por anos. –ele faz uma pausa, e olha na direção de sua assessora, Sara Lance. –Desejo aos familiares do Sr. Lance, meus sentimentos mais profundos e de toda a minha família, assim como nossa gratidão.  O Sr. Lance salvou a vida do Rei Robert, a custo de sua própria, nunca seremos capazes de honrar o suficiente sua memória, peço a todos que se unam a nós em oração por sua família e amigos. O rei foi atingido no abdômen, passou por uma cirurgia para conter uma hemorragia, mas passa bem no momento, peço que seus pensamentos e orações estejam conosco nesse momento, para que nosso amado Rei volte o mais rápido possível. –mais uma vez ele precisa parar e controlar a emoção em sua voz, antes de voltar a falar. -O que me traz a questão principal dessa noite. –Oliver estende a mão na direção de Thea e Felicity, para que também se aproximassem, e volta a narrar.

“Meu pai me nomeou príncipe regente durante sua recuperação, e estarei me empenhando ao máximo para honrar suas expectativas. E meu primeiro ato como tal, será estabelecer oficialmente a paz entre Starlling e Gotham. E reconhece-los como aliados e amigos.” Escutamos os burburinhos no estúdio. “Ao contrário do que todos foram levados a pensar, o verdadeiro traidor estava dentro do castelo, ao lado do meu pai. Malcom Merlin fez muito mais do que atentar contra a vida da princesa. Essa manhã ele foi preso por traição, e estará aguardando julgamento por seus crimes.” Engulo em seco, mantendo minha expressão a melhor possível. “Estaremos investigando o envolvimento da Rainha... Nossa mãe, que perderá de imediato o título segundo a lei.” Oliver toma a mão de Thea, e todos podemos ver a força que possuía, e o esforço para ser um rei justo e não se destruir no processo.

—Meu segundo ato é me cercar de pessoas nas quais confio, estarei reformulando o conselho após a saída de Malcom, e todos os que estavam envolvidos em seus crimes. Não é de meu desejo que o nome Merlin, que vem andando lado a lado com os Queens por gerações seja manchado pela ambição e crimes de um único homem. Por essa razão, Thomas Merlin, meu melhor amigo e irmão de minha irmã, estará assumindo o conselho. Assim como Ronnie Raymond, que estará tomando posse de uma cadeira no conselho, e recebendo novamente seu título de duque. Nosso maior anseio é servir a todos com honra e dedicação, estamos passando por um momento difícil, um dos mais difíceis em anos, mas unidos conseguiremos transpor esses obstáculos e alcançar finalmente a paz.

Faz-se um segundo de silencio, antes de todos os jornalistas presentes ovacionarem o príncipe regente com palmas. Alguns gritavam “vida longa ao príncipe”, outros assoviavam. Foi a primeira vez em dias que conseguimos soltar o ar, aliviados.

MOIRA

É ridículo pensar o quanto almejei essa coroa, o quanto quis ser rainha. O título foi tudo para mim, até o nascimento de meu primeiro filho. Oliver era o bebê mais doce que já coloquei meus olhos, por três anos de um casamento arranjado e de aparências, com a chegada de Oliver passei a ser vista como esposa pelo rei, seus olhos me fitavam com adoração genuína, a adoração por ter gerado seu filho. Me permiti amar o Rei, me entreguei a ele não apenas por dever, mas por desejar ser sua rainha, sua esposa, sua mulher.

Acontece que a adoração foi desaparecendo de seus olhos, à medida que Oliver crescia. Tentei desesperadamente engravidar, precisava do amor do Rei, precisava do tempo dele. Roberth era honrado demais para me trair, porem passava meses sem visitar minha suíte, nos poucos dias que era corajosa o suficiente para procura-lo, estava cansado demais, preocupado demais, ou apenas não desejava minha companhia.

Descobri que precisava reaprender a ser solitária, a me manter por mim mesma. Mas então conheci Donna, ela era a mulher do chefe de segurança, o líder da guarda real, o que a tornava quase nobre. Isso somado a bondade que exalava dela, seu casamento que me causava inveja. Nos tornamos amigas, e passei a ter uma companhia para meus piores momentos de solidão. Foi quando começou a suspeitar de sua gravidez, sorri e me esforcei para aparentar alegria, mas a detestei naquele momento, detestei que uma mulher tão amada precisasse de filhos, não me parecia justo de nenhuma forma.

Vinte e dois anos atrás...

—O Sr. Smoak vai acompanhar Roberth em sua viagem. –comento com um sorriso amarelo, repousando minha xícara de chá sobre a bandeja. Donna estava a minha frente, radiante como sempre.

—Vou ter tempo suficiente para descobrir se estou mesmo grávida, assim quando meu marido voltar de Metrópoles, poderei dar a notícia! –bateu palminhas, sem conseguir se conter. Preciso de algo mais forte do que chá preto.

—Eh! –tentei forçar uma exclamação de felicidade.

—Parece triste, Rainha. –Donna murcha, recolhendo toda sua alegria, e seus grandes olhos transbordavam preocupação.

—Só estou cansada. –dou de ombros, desconversando.

—Nem percebi a hora passar! –olha em direção ao relógio. –Vou me retirar para que descanse. –se levanta em um salto atrapalhado e gracioso, então me sopra um beijo e sai sem esperar respostas.

Claro que fica mais fácil engravidar quando se faz sexo, o que não faço a muito tempo. Nunca me senti mais sozinha na vida, e mesmo estando sempre rodeada de pessoas e afazeres, mesmo com meu filho, minha vida... Nunca deveria ter me apaixonado.

—Clarisse. –chamo a criada que estava recolhendo as xícaras. –Pode me trazer um garrafa de vinho? –ela assente discreta. –Muito obrigada. –abro um pequeno sorriso, em seguida começo a escutar gritinhos agudos.

—Mamãe! –Oliver saltitava para dentro da sala, com os olhos azuis brilhando ao me ver, e a baba cansada atrás. Sorrio abrindo os braços para meu garotinho que corre e se joga neles.

—Sinto muito, majestade. –a babá diz, após fazer um breve reverencia. –Estou tentando colocá-lo para dormir, mas se recusa sem vê-la.

—Tudo bem, Maria. –sorrio o apertando em meus braços. –Eu mesma o coloco. Pode por favor pedir para Clarisse levar o meu vinho a meu quarto?

—Claro majestade.

—Obrigada. –me levanto com Oliver em meus braços, e vejo o primeiro conselheiro apontar do outro lado do corredor. Merlin é um bom amigo da família, e acabou se tornando um bom amigo para mim também.

—Majestade. –cumprimenta se curvando. –Alteza! –brinca com Oliver que baixa os olhinhos com timidez. –O que esse garotão ainda faz acordado?

—Já dessa idade, Oliver faz valer sua voz de príncipe herdeiro! –brinco sorrindo. –Exigiu minha presença, ou nada de sono. Não é meu príncipe? –brinco esfregando sua barriga, ele sorri e se aperta contra meu corpo.

—Sei como é, Tommy sabe fazer suas exigências também. –seu tom de voz assume uma tristeza genuína, Merlin perdeu a esposa a pouco mais de um ano.

—Como ele está?

—Bem, obrigado por perguntar. Está em Coast com minha mãe, a conferencia real está chegando, e não poderia leva-lo a viajem com o rei.

—Entendo. –Oliver se mexia impaciente em meus braços, mas algo no rosto de Malcom me fez soltar as seguintes palavras. –Quer me acompanhar? Deve sentir falta de Tommy e depois podemos tomar uma taça de vinho antes que você vá.

—Estou mesmo com saudades dele. –diz sorrindo. –Vou aceitar.

Durante os trinta minutos que Oliver levou para dormir, me permitir fantasiar que Malcom era meu marido, e que nós três éramos uma família feliz, como os Smoak seriam em poucos meses. Senti inveja mais uma vez. Tomamos vinho, muito vinho naquela noite. Malcom tomado por seu luto, eu por minha solidão. Não sei dizer quem deu o primeiro beijo, quem foi o primeiro a acariciar o outro. Me lembro apenas de Donna entrando em minha suíte pela manhã, com um teste de gravidez nas mãos, a princípio ficou constrangida, pensando ter me pego dormindo nua ao lado do rei, até perceber que não era ele.

—Por favor, eu posso morrer se contar a qualquer um sobre isso? –suplico, depois de Malcom sair por uma das passagens secretas.

—Eu nunca faria isso. –diz tentando conter o choque. –Mas como? Por que?

—Não sei dizer. –me sento na beirada da cama, me sentindo suja, e mais solitária do que nunca. –Nunca mais farei isso. –prometo chorando, e para minha surpresa ela passa os braços ao meu redor, e me permite chorar em seu ombro, em uma de suas mãos, vejo os dois traços marcando positivo em seu teste.

 

Agora...

 

—Como ele está? –Thea sussurra, parando a meu lado, onde observávamos Robert dormir ligado a uma série de aparelhos.

—Adormeceu a poucos minutos.  Disse que ficou orgulhoso de vocês. –contenho as lágrimas, tentando parecer forte. –Ele perguntou por que ainda não veio vê-lo.

—Tenho estado sempre aqui. –ela murmura com tristeza, e aquilo esmaga meu coração. –Só não tenho direito de entrar lá, e segurar a mão dele.

—Thea, seu pai sabia. –confesso, e ela me olha chocada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

TAM... TAM... TAAAAMM!
Me contem o que acharam do capítulo, isso sempre me motiva, e quanto mais motivada, mais capítulos para vocês. Apesar de meu tempo estar escaço, tento sempre fazer meu melhor.
Obrigada a todos que comentaram, que favoritaram e sempre me apoiam. Vocês são simplesmente os melhores!