Monarquia escrita por Thaís Romes


Capítulo 1
A Volta.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Estou de volta com mais uma fic nova. Quero agradecer antes as minhas Sweets, Rose e Begônia que sempre estão ali para mim quando preciso e a Nana (Olicity Forever), minha lindinha, agradeço a você pelo apoio com mais essa viajem minha!
Galera, esse primeiro capítulo vai apenas apresentar a história, e depende do que vocês acharem para que continue a postá-la ou não.
Boa leitura!



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FELICITY

Não queria voltar para essa cidade, não queria nunca mais precisar pisar nesse lugar. Mas as coisas nem sempre acontecem como eu quero. Acabo de me formar no MIT, mais cedo do que o normal, o que não impressionou ninguém, por que nunca fui o que se pode descrever como “normal”. Mas sou realmente boa no que faço, o que acabou me tornando uma espécie de legado do meu pai. E foi aqui que minha história começou. Imagine a surpresa quando John Diggle apareceu para me buscar na faculdade. Diggle foi o último agente que meu pai treinou, e a melhor pessoa que existe nesse mundo.

—Não acredito! –exclamo cobrindo meus olhos para tampar um pouco da luz do sol com a minha mão livre, ao ver Dig escorado em uma limusine, me fitando com um sorriso acolhedor nos lábios. Corro em sua direção e o abraço saudosa.

—Não pensou que deixaria você voltar para casa sozinha, pensou? –diz quando nos afastamos.

—Claro que não. –exagero na cara de inocência o fazendo sorrir. –Obrigada por vir John.

—Felicity Smoak, onde mais eu estaria agora? –responde abrindo a porta do carro para mim, claro que iria ao seu lado na frente, não sou da nobreza. Ele vai em direção ao local onde abandonei minha bagagem quando corri para abraça-lo.

Meu pai, foi chefe de segurança da família real, o pai dele e o pai do pai dele, resumindo é uma coisa de família. Ele foi morto em um atentado, enquanto fazia seu trabalho, quando eu havia acabado de completar doze anos. Acredite em mim quando digo que palavras como “Ele era um bom homem” ou “Morreu como um herói”, não são de nenhuma valia nessas horas. Tudo o que pensava era que ele não me veria crescer, não estaria em minha formatura, não me levaria de carro para faculdade, me levaria ao altar em meu casamento, ou conheceria meus filhos. Não existe consolo para uma garotinha que acabou de perder seu herói. Palavras são apenas isso, palavras. Nenhuma delas o traria de volta.

E tem minha mãe, ela pegou tudo o que nos pertencia e nos mudamos para Las Vegas, e como se não bastasse crescer sem um pai, viver grande parte da minha vida no palácio onde meus únicos amigos eram o príncipe e a princesa, precisamos nos recuperar, reerguer as nossas vidas. Não me entenda mal, minha mãe é maravilhosa, a mulher mais forte que conheço, mesmo com a vida que papai levava, mamãe me ensinou que devo perseguir meus sonhos, ela mesma nunca deixou de perseguir o dela. E mesmo assim foi uma mãe maravilhosa, lidou com sua dor em silencio, chorava somente após se certificar que estava dormindo, e nunca perdeu o bom humor. Quero um dia ser tão corajosa quanto ela.

Nós mudamos após a morte de meu pai. Com parte das nossas economias compramos uma casa pequena na periferia, e passados alguns meses, ela conseguiu um emprego em uma lanchonete, então, depois dos meus doze anos vivendo de forma invisível, como filha de um dos criados da realeza, passei a ver o que é ser uma criança normal, com sonhos e uma vida fora das muralhas do palácio.

Depois de três anos, mamãe decidiu que era a hora de abrir nosso próprio negócio, e voltamos para Starlling, onde ela comprou uma cafeteria. Acontece que a ideia deu certo, e ela se afiliou a uma marca famosa, que expandiu seu negócio pelo país. Mas com isso vieram muitas viagens para gerenciar os outros núcleos.

E foi nesse momento que John reapareceu em minha vida. Ele sempre foi um amigo chegado de nossa família e de alguma forma, meu pai, acabou se tornando seu pai também. No dia em que Alfred Smoak faleceu, ele também perdeu o irmão, os dois salvando a vida do príncipe herdeiro. Mas não quero falar sobre ele agora, Oliver é meu assunto proibido a sete anos. Vamos voltar a John, ele cuidou de mim durante as viagens mais longas de minha mãe, as que eu não podia acompanhar por estar no meio do período letivo. Ele também assistiu minha formatura, me levou para a faculdade e agora está me levando de volta para casa, Diggle faz o que pode para que eu não tenha tempo de perceber que não tenho mais um pai, e eu faço o que posso para ser uma irmã para ele, esse é nosso voto mutuo.

—Me conte as novidades. –peço me acomodando no banco de carona, recebendo um olhar mortal de Diggle quando estava prestes a colocar meus pés no painel.

—Sai com Lyla na sexta passada. –comenta sorrindo.

—São poucas pessoas que ainda se sentem animadas ao ver a ex mulher! –debocho. -Nem deveriam ter tido todo aquele trabalho que tiveram com o divórcio.

—Nós somos bons juntos, se é que me entende...

—Eca! –reclamo e Diggle dá risada.

—E tem mais uma coisa... –percebo imediatamente o tom temeroso em sua voz e me viro para o olhar. –Fui promovido, sou o novo chefe da segurança. –engulo em seco imediatamente sentindo meu corpo gelar. –Nós sabíamos que isso aconteceria Fel, fui escolhido a muito tempo...

—Por meu pai. –completo seu discurso abraçando meu próprio corpo. –É, eu sei. –murmuro desviando meus olhos dos dele. –Também sei onde ele está agora...

—Também perdi muito aquele dia Felicity, assim como você, mas estou fazendo o que precisa ser feito.

—Vai ficar com o Rei Roberth? –tento impedir que o choro preso em minha garganta aparecesse em minha voz.

—Não, meu melhor homem ficará. –já sabia o que significava, mas a pergunta escapa de meus lábios antes que possa impedir.

—Com quem vai ficar?

—Sou responsável pelo príncipe herdeiro. –Uma lágrima escapa de meus olhos nesse momento e a limpo rapidamente. –Esse é meu trabalho. –sinto sua mão direita tocar meu ombro brevemente. –Prometo que serei cuidadoso.

Balanço a cabeça concordando, incapaz de dizer qualquer coisa. Passo o restante da viagem em silencio, mexendo em meu tablet, apenas para não ter que falar com John. Só percebo onde estou quando ele estaciona em frente ao palácio. Olho brava para ele, que devolve o olhar, como quem diz para que eu fosse paciente.

—Dig, por que me trouxe aqui? –pergunto contendo minha raiva.

—O Rei quer ver você. –sua paciência e profissionalismo tomam conta de seus atos nesse momento, e isso só instigava meus instintos assassinos.

Saio do carro contrariada, ele me lança um olhar autoritário, para que consertasse minha postura. Obedeço alisando a saia florida de meu vestido, e me odeio pôr o respeitar tanto nesse momento. Pela primeira vez em sete anos, estou entrando pela porta dos fundos do palácio real. Tento não olhar em volta enquanto caminho, o que não ajuda em exatamente nada, uma das chatices da realeza é que nada deles muda, nunca. Conheço cada parte desse lugar, e gostaria muito de não conhecer.

Dig me guia em silencio para o gabinete principal do rei, sigo ao seu lado de cabeça baixa, então paramos em frente a uma porta dupla de madeira trabalhada. Somos anunciados e Diggle abre a porta me dando passagem. Ergo meus olhos vendo o rei Roberth sentado atrás de sua mesa, assinando alguns papeis. Faço uma pequena reverencia quando seus olhos me encontram.

—Srta. Smoak, não a reconheceria se nos encontrássemos na rua. –diz com sua educação impecável indicando a cadeira em sua frente para que me sentasse.

—Bom, considerando majestade que isso seria impossível de acontecer, digo... Me encontrar nas ruas. Sendo que sai somente acompanhado pela tropa real... – me interrompo ao perceber o que estava prestes a dizer, e para quem, estava prestes a dizer. O rei me olhava boquiaberto. –Peço perdão. –me apresso a acrescentar. - Não quis ser desrespeitosa. –ele sorri me tranquilizando.

—Agora me lembro por que Ollie gostava tanto de estar com você. –comenta nostálgico, mas só a menção a isso, me faz sentir vontade de sair correndo desse lugar.

—Nunca tive muito controle sobre o que falo. É quase patológico. –comento tímida e ele sorri.

—Srta. Smoak, a chamei aqui para lhe oferecer um emprego, junto a minha equipe de inteligência. Soube que se formou como a segunda melhor de sua turma, e seus professores me passaram referencias excelentes. –começa a explicar de forma profissional. –Não costumo falar pessoalmente com quem quero contratar, mas seu pai foi um grande homem. Alfred foi um herói. –a maldita frase, me seguro para não o interromper. –O melhor homem que já conheci.

—Me sinto lisonjeada, mas...

—Por favor, pense a respeito. Entendo como deve ser doloroso voltar aqui, não posso imaginar o tamanho de sua dor. – me surpreendo com toda compaixão por trás de seus olhos bondosos. –Alfred foi mais que meu chefe de segurança, ou empregado Felicity, ele foi um amigo. Ele salvou meu filho, e quero cuidar da filha dele.

—Não precisa se preocupar majestade...

—Sim, eu preciso. –me interrompe mais uma vez. –E não pense que sua capacidade deixou de me influenciar, estou impressionado com todos seus feitos aos dezenove anos.

—Então é o primeiro. –solto sem pensar e escuto sua risada em seguida.

—Pense a respeito, seria uma honra tê-la em minha equipe. E perto de meus filhos, sinto que seria um bom exemplo para eles. –o Rei olha ao redor como se decidisse continuar a falar ou não. –Acredito que saiba a dimensão de seu talento Srta. Smoak, não é do tipo que merece ficar recluso, e será o que vai acontecer se começar a trabalhar na empresa de sua mãe, se tornará uma gerente executiva.

—Pensarei a respeito. Me sinto honrada pela oferta. –forço um sorriso educado. –Com sua licença. –ele assente, então me levanto, fazendo mais uma reverencia antes de sair. Ele que não sabe que o que mais almejo em minha vida é estar o mais distante possível de seu filho. Dig me esperava do outro lado e não preciso nem mesmo falar nada, ele me leva para a saída, pelo caminho mais discreto possível, diminuindo a possibilidade de ver qualquer membro da família real.

OLIVER

É irritante precisar seguir tantos protocolos aos meus vinte e três anos. Não que os tenha seguido com frequência ao longo de minha vida, hoje é um exemplo clássico das minhas escapadas. Odeio fazer isso com Diggle, era mais fácil quando meu guarda costas era o idiota do Smith, mas John faz com que me sinta culpado, um sentimento que não aprecio. Então passei a o deixar fazer seu trabalho, o que é legal, por que descobri que de alguma forma bizarra, as mulheres apreciam estar com um cara que possui uma baba. Obvio que o detalhe desse cara ser o próximo herdeiro do trono, pode contribuir um pouco. Ao menos, não tenho a primeira página todas as semanas como minha irmãzinha. Mas também tenho anos de experiência à sua frente, aprendi com o tempo a ser cauteloso.

—Para onde alteza? –Dig pergunta abrindo a porta da limusine para mim.

—O ponto de troca de sempre Dig, e depois pegamos o mesmo caminho. –ele assente sem questionar, e seguimos para a casa de repouso da cidade, onde eu faço visitas regulares. Leio para os idosos, as vezes até participo de algumas partidas de bingo, doou uma hora da minha sexta ferira para eles, as vezes duas, quando a Sra. Thompson está inclinada para danças, aquela mulher é fascinante, se fosse sessenta anos mais velho, com toda certeza ela seria minha primeira opção!

Mas algo me chama atenção ao passarmos perto dos Glades, uma casa em especial, a casa dos Smoak. Esse sempre foi o motivo de fazer esse caminho, gosto de ver essa casa, me traz boas lembranças de uma época muito mais feliz. Mas hoje estava diferente, e não deveria estar, pois sei que Donna está fechando uma expansão em Metrópoles durante esse mês. Percebo Diggle me olhando através do retrovisor.

—Ela voltou? –pergunto sem rodeios e ele assente. –Continua sem querer me ver? –assente mais uma vez, e meus lábios se transformam em uma linha rígida, antes de soltar uma risada sem nenhum humor. –Sete anos Dig. –fixo meu olhar no retrovisor, onde posso ver o seu cheio de empatia. –E não teve nem um segundo que não desejei morrer no lugar de Albert.

—Alteza... –olho para ele sugestivamente, não gosto de tratamento especial, mais do que sou obrigado a receber, então quando estamos a sós é Oliver apenas. –Oliver, ela não gostaria que tivesse morrido no lugar do pai, a questão é que ela não gostaria de ter perdido ninguém. E você estava protegendo sua irmã, eu faria o mesmo por Andy.

—Sinto por ele também. –murmuro completamente desanimado agora.

—Não sinta, Andy sabia o que estava fazendo, assim como Alfred.

—Não entendo como a vida de uns pode ser mais valiosa do que a de outros... Não vejo justiça nisso John.

—Por isso será um grande rei. –esboça o menor dos sorrisos quando estacionamos na frente do asilo.

Entro e vou direto ao salão onde os idosos passam seu tempo livre, que está repleto de guardas reais. Não sou mais novidade por aqui, as pessoas me chamam pelo nome, me abraçam, me tratam como um garoto normal, que por acaso nasceu em berço real. E por mais que tente dizer a mim mesmo que só venho pela escapada fácil, a verdade é que gosto da sensação que eles me passam. Me sinto um igual no meio deles.

—Olá Marry. –cumprimento minha enfermeira preferida, é uma mulher afro americana, em seus quarenta e poucos anos, com o sorriso mais acolhedor que já avistei.

—Alteza! –sorri antes de receber um beijo meu em seu rosto.

—Onde está Clair? –o sorriso some, e fico imediatamente apreensivo. –Aconteceu alguma coisa?

—Clair anda indisposta, está em seu quarto, quer vê-la?

—Claro. –a sigo por um corredor estreito, de paredes amarelas, com Diggle atrás de mim. Até uma pequena porta de madeira, quase no fim dele.

Clair Thompson é a melhor pessoa desse mundo. Foi casada com um militar por 52 anos, que ela gosta de destacar a paixão em cada um deles. Seu marido morreu a pouco mais de treze anos, mas segundo ela seria covardia com todos os homens do mundo, tentar coloca-los em um padrão aceitável para substituí-lo. Entro no quarto depois de Marry, a passos vacilantes. A Sra. Thompson estava deitada em uma cama hospitalar. Me sento na cadeira ao seu lado e pego uma de suas mãos, o que a faz abrir os olhos, e sorrir carinhosamente.

—Lady Thompson. –beijo sua mão galante, a fazendo suspirar.

—Meu príncipe. –responde com a voz fraquinha, me esforço para lhe dar meu melhor sorriso. –Precisa de uma futura rainha meu querido, e não vai encontrá-la aqui. Então não deveria passar suas noites de sexta com conversando uma velha.

—Não estou. –acaricio seus cabelos alvos e ralos, ela parecia muito mais fraca do que a última vez que a vi. –Estou passando com a mulher mais interessante que conheço, e enquanto não encontrar ninguém tão fascinante quanto, estarei aqui ao seu lado, todas as sextas a noite. Tenho pensado em vir as terças ou quartas também...

—Tão adorável. Mas querido, não tem que se importar.

—Clair, nunca fiz isso, mas sou capaz de criar um decreto real que a proíba de reclamar de minhas visitas. –ela sorri, agora de verdade, sem esforço.

—Não reclamarei mais alteza. –murmura.

—Bom. –beijo mais uma vez sua mão. –Como se sente?

—Já tive dias melhores.

—Terá outros, melhores ainda. –tento ser otimista, mesmo já sabendo que não, ela não teria.

—Tenho uma boa história para hoje meu príncipe. –por mais que adorasse isso, ela estava fraca, respirava com dificuldade, não queria ser um fardo, então rapidamente um plano me vem à mente.

—O que acha de ouvir uma das minhas, só por hoje?

—Adoraria!

—Então feche seus olhos Sra. Thompson...

Aconteceu a oito anos atrás...

Minha irmã e eu tínhamos uma melhor amiga, a filha do chefe da guarda real, a garota com o mais belo nome de toda Starlling City, Felicity Smoak. Nós deveríamos ir à casa do lago, passar o único fim de semana do ano em que meu pai consegue ser apenas um pai. Mas no desse ano especificamente, acabou coincidindo com o aniversário dessa nossa amiga. Thea e eu convocamos uma audiência com o rei, como duas crianças levadas que éramos, mas foi a primeira vez que passei a noite estudando protocolos afim de defender um ponto de vista diante de meu pai.

Bolamos uma forma de levar os Smoak conosco para esse fim de semana, e lembro que usei o argumento. –Mais seguros do que em qualquer outro fim de semana em família. –Nunca antes vi meu pai mais orgulhoso. Claro que conseguimos leva-los.

—Consegue imaginar a rainha preparando um bolo de chocolate com sorvete? –questiono para Clair que me olhava fascinada, ela nega. –Bom, ela fez, com a ajuda de Donna é claro, mas foi um dia maravilhoso. Papai e o Sr. Smoak jogaram cartas, e depois nos ajudaram a construir uma casa na árvore. Erámos apenas duas famílias amigas, passando um fim de semana juntos. –respiro fundo pensativo.

—Por que mesmo sendo uma linda história, sinto como se não tivesse um final feliz? –Clair pergunta com seus olhos azuis já nublados pela idade, me fitando compreensiva.

—Talvez por que sinta falta de ser uma criança, talvez por que sinta falta daquela amizade. –pondero tentando responder.

—Qual o presente que vocês deram para a garota com o belo nome?

—Felicity nunca aceitou grandes presentes vindo de nós, dizia que não seria capaz de nos dar algo à altura. Era como uma tradição lhe dar coisas feitas à mão, uns aos outros. Acontece que esse ano, eu estava aprendendo o ofício da fotografia, passei meses tirando fotos dela, sem que soubesse é claro, e algumas dela conosco, montei um grande quadro de colagens.

—Um presente maravilhoso! –aprova sorrindo, antes de puxar o ar com dificuldade, acho que aquilo fez uma batida do meu coração falhar.

—Alteza. –escuto Diggle ao meu lado dizer. –Os guardas estão prontos para a troca.

A troca era o momento em que mudava minhas roupas com um dos guardas à paisana que se passaria por mim, voltando para casa com um guarda muito parecido com meu amigo John Diggle. Nós pegaríamos outro carro, um simples, em que eu mesmo dirigiria para uma boate, nunca fomos descobertos. Era o plano perfeito, o plano que não seria executado esta noite.

—Não irei hoje John. –ele não parece se surpreender.

—Querido... –Clair começa a protestar, mas ergo uma sobrancelha para que ela se lembre do meu próximo decreto, o que a faz sorrir. Sra. Thompson era a última de sua família, mas não ficaria sozinha em seus últimos dias, não se depender de mim.

—Pode descansar Clair, eu estarei bem aqui! –prometo a vendo fechar os olhos.


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Notas finais do capítulo

Então pessoinhas, hora do veredito!
Me digam o que acharam okay?
Bjnhos!!!