Quando acordei, ele estava lá, ao meu lado, sorrindo.

-“Bom dia” disse ele acariciando meu cabelo.

-“Bom dia, o que você achou de ontem?”

-“A melhor experiência que poderia ter nesse momento”

-“Concordo. Fiquei em completo choque, por isso não destrambelhei a falar”

Jake riu.

-“Vamos. VocêS tem que comer meuS amoreS.” disse ele se levantando e me puxando junto. Quando me levantei me senti pesada. Olhei para Jacob que estava encarando minha barriga com os olhos arregalados. Segui seu olhar. O que é isso?! Olhei pra minha barriga ela esta enorme. De repente senti uma pressão na barriga e sentei novamente na cama.

Quando passou, fui em direção ao closet e peguei um vestido vermelho de seda e uma rasteirinha de couro branco. Jake estava com uma calça jeans e uma camiseta branca. Descemos a escada de mãos dadas.

Encontramos nossos familiares e seus rostos cheio de surpresa e felicidade.

-“To com fome” disse enquanto descia a escada e ia em direção a cozinha. Ouvi eles rindo de mim “Da pra para de rir de mim? Obrigada. Vovó, cadê minha comida?”

-“Na mesa”

-“Obrigada”

Pequei minha comida e fui me sentar no sofá da sala ao lado do Jacob. Coloquei o prato em cima da minha barriga e comecei a comer. Senti aquela pressão novamente, e mais forte do que a primeira vez. Deixei o prato cair no chão.

-“Eles estão chutando?” perguntei confusa.

-“Claro” disse mamãe vindo em minha direção.

-“Levei um susto bem grande”

-“Eu vi”

Então todos começamos a rir. Então vovó fez mais comida pra mim.



Quando terminei de comer, aquele gosto que a um tempo tem se tornado familiar pra mim subiu por minha garganta. Coloquei a mão na boca e corri para o banheiro. Mal percebi que todos me seguiram enquanto eu ia para o banheiro. Vomitei com todos a minha volta.

Enquanto limpava minha boca, senti o vomito em minha garganta e então vomitei novamente. Cambaleei para o lado me sentindo fraca caindo nos braços do meu avó. Mas vomitei novamente. Será que seria sempre assim? Me senti completamente fraca e acabei desmaiando nos braços do meu vovô .

(...)

Acordei em uma cama com o meu avô ao meu lado.

-“Como esta se sentindo?” perguntou meu avô mais com o tom de um avô preocupado do que o tom de um profissional.

-“Meio fraca, mais esta tudo bem.”

Me virei para o lado e vomitei novamente. Foi só quando eu percebi que estava ligada a aparelhos e então a pressão em minha barriga voltou. Gritei entre lagrimas o mais que pude para que essa dor parasse e foi então que me dei falta do mais importante. O meu Jacob.

-“Querida me conte exatamente que você esta sentindo”

-“Minha barriga vovô” vomitei novamente.

Onde estava o Jacob? Porque ele ainda não veio aqui? Pensar nisso só fez piorar a dor.

-“Vovô cadê o Jacob?” eu gritei entre lagrimas e crises de vômitos “Jacob!” eu gritava desesperadamente. Eu necessitava dele desesperadamente.

Ouvi passos na direção do quarto. Por favor, que seja ele, que seja ele. Senti o único cheiro na face da terra que me fazia desligar de todo o mundo. Era ele. Ele entrou como um raio em meu quarto e sentou ao lado da minha cama.

-“Oi querida, estou aqui” disse ele afagando o meu cabelo.

-“Não me deixe ” disse a ele entre lagrimas e gritos.

-“Nunca” prometeu ele “O que esta sentindo?”

Comecei a gritar mais do que o impossível.

-“Jacob, me desculpe, mais você tem que ir” disse vovô

Entrei em completo desespero.

-“Não” gritei entre lagrimas “Não, por favor.”

-“Me desculpe Carlisle, não posso, eu tenho que ficar.”

-“Tudo bem, mais não fique conversando com ela”

-“Obrigada” finalmente parei de gritar e pude agradecer.

Mais não durou muito tempo. Comecei a gritar novamente. Eu estava morrendo de medo de assustar o meu Jacob.

-“Calma calma... Eu estou aqui... Onde é o meu lugar... E onde sempre estarei.”

Era impossível responder. A dor era imensa. Só consegui gritar ainda mais por não poder responder.

Ele se deitou ao meu lado. Abafei os meus gritos no seu peito enquanto ele ma abraçava fortemente. Agarrei e puxei sua camisa com tanta força que acabei rasgando-a, e então percebi que ele me abraçou mais forte ainda.

-“Eu estou aqui. Se acalme. Eu estou aqui com você.”

Meus gritos a dor foram cedendo e acabei dormindo em seus fortes braços.