Se eu fosse você escrita por Adri M


Capítulo 13
O jantar. Parte II.


Notas iniciais do capítulo

Gente estou cá com a ultima parte do jantar, que bom nem aconteceu asauhshaushas. Enfim, espero que gostem.
Rê sua perfeita, surtei quando vi sua recomendação. Meu deus quase infartei aushauhsa. Obrigadaaaa flor, muito obrigada mesmo. Dedico esse cap para vc, espero que goste.
Surpresas o aguardam.
Boa leitura.



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FELICITY.

— Nomes, por favor? — perguntou a recepcionista, segurando um tablet nas mãos.

— Oliver Queen e Felicity Smoak. — O pequeno e forçado sorriso que tinha em seus lábios se desfez, dando lugar a um enorme sorriso. Revirei meus olhos e ela checou a lista.

— Ah, podem entrar. — disse, me olhando. Tive vontade de agarrar a cintura de Oliver (minha na verdade) e mostrar que estava "acompanhado", mas apenas assenti.

— Obrigado. — digo, passando por ela. Oliver manteve o olhar atento a qualquer detalhe.

Muitos convidados já chegaram e formam grupinhos de conversa. Um ri. Outro fala auto. Tem aqueles que apenas bebem. Aqueles que comem petiscos. E os que procuram uma possível bomba escondida em qualquer canto da casa, no caso nós.

— Alguma coisa? — pergunto a Oliver. Ele apenas maneia a cabeça, mostrando que não.

— Aceitam uma taça de champanhe? — Oferece o garçom que circula pelo salão.

— Claro. — pego una taça e beberico. Que mal tem? Olha o tamanho do Oliver. Acho que só depois de três garrafas surtirá efeito e olha lá.

— Precisamos circular. — murmura.

— Tudo bem, eu vou para aquele lado. — viro-me, mas sinto sua mão segurar meu cotovelo.

— Tome cuidado. — diz, com a boca perto do meu ouvido. Fecho meus olhos e suspiro. — Qualquer coisa me diz pelo comunicador.

— Está bem. — me afasto de Oliver, ainda sinto arrepios ao lembrar-me da sua boca (alugada. Sé é que posso dizer isso) perto da minha orelha. Foco Felicity. Pode ter um “terrorista” infiltrado nessa casa, pronto para explodir tudo e todos.

Aceito alguns canapés dos garçons gentis que passam por mim. Como Oliver consegue manter o corpo malhado dessa forma, quando a fome que ele sente é do tamanho de um elefante obeso.

— Ollie. — alguém coloca a mão sobre o meu ombro e eu me viro. É uma bela mulher, estilo capa de revista. Pernas longas, esguias. Cabelos castanhos ondulados e olhos verdes. — Como o tempo lhe faz bem, está cada vez mais bonito.

— Obrigado. — digo.

— Já vi que não se lembra de mim. — comenta, fazendo biquinho, e parecendo magoada. — Nós tivemos uma noite maravilhosa juntos.

Queria poder atravessar paredes agora. Não quero ficar perto dessa top-model escutando-a falar sobre sua noite com Oliver.

— Realmente eu não me lembro. Agora, se me der licença, preciso encontrar minha acompanhante.

Saio o mais apressada que consigo e olho para cada cabeleira que minha estatura permite, vejo a "minha" cabeleira loira. Ando até ela e Oliver conversa com um homem alto e moreno. Sua face está vermelha e não é de vergonha, eu acho. Ando até ele e abraço sua cintura em um ato totalmente impensável. Seu corpo estremece.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto, parecendo um namorado atencioso.

— Ah querido, esse homem quer meu telefone para marcar de sairmos uma noite qualquer. — Oliver entra no mesmo jogo.

— E você deu seu número?

— Não, claro que não. — murmura. — Vamos sair daqui. — pega minha mão e me puxa para longe do moreno bonitão. — Por onde andou?

— Fiquei perto do bar e encontrei uma garota que queria meu corpo. Quer dizer o seu corpo. — Oliver sorri. — É sério.

— É que todas querem Oliver Queen. — reviro meus olhos e penso em puni-lo, mas se eu lhe der um soco no braço, atentarei contra mim mesma. — Eu vi o Ray, passei longe. Acho que ele não me notou.

É claro que meu chefe vulgo ex namorado está aqui. Ele é podre de rico e pode ajudar com a verba para iniciação das obras do orfanato. Espero que ele não nos veja juntos.

— Pessoal. — Diz Thea. — A ave está na sala.

— Ave? — indaga Oliver.

— Não é assim que falam em filmes de agentes secretos?

— Não somos agentes secretos. — diz ríspido. — Onde ele está?

— Onde ele está, Roy? — escuto Thea dizer baixinho. — Como assim você o perdeu de vista?

— Não acredito. — resmunga Oliver.

— Estamos perdendo o sinal das câmeras. — se exalta Thea. — Câmera um, dois e três estão fora do sistema. Felicity, eu não sei o que fazer.

— Inicia o servidor. — digo.

— Onde você o viu, exatamente? — pergunta Oliver.

— Perto do corredor da cozinha. — Oliver pega na minha mão e me conduz, abrindo caminho entre as pessoas.

— O que vai fazer? — ele para e vira-se.

— Você vai dar um jeito de tirar essas pessoas daqui sem fazer muito tumulto. — diz, olhando em meus olhos.

— Como vou fazer isso sem causar um tumulto?

— É você Felicity, sei que vai conseguir. — murmura.

— E você?

— Vou procurar David e desarmar a bomba. — sinto meu coração se apertar. Oliver mantem os olhos fixos nos meus, como se estivesse me analisando. — Nos encontramos do lado de fora. — vira-se, mas eu o seguro pela mão e o faço olhar para mim novamente.

— Tome cuidado. — sussurro.

— Prometi isso a você e não vou quebrar minha promessa. — seus lábios possam em minha testa, me pegando desprevenida, apenas fecho meus olhos sentindo seu toque carinhoso. — Podemos sair para jantar amanhã?

— Não sei se é a hora certa para responder isso, mas SIM, amanhã, sem problemas. — ele sorri e então eu solto sua mão.

Olho ao redor. Acho que é uma ótima ideia subir em cima de uma mesa e gritar aos quatro ventos que dentro da casa tem um ex-marido pronto para se vingar da esposa e que nesse momento ele deve estar escondendo uma bomba em algum canto da casa. Mas Oliver deixou claro que não é para causar tumultos. Olho para o teto. Já sei.

Thea, estou indo para aí.

— Tudo bem.

Dou um jeito de passar pelos seguranças sem ser percebida e sigo rumo à sala onde Thea e Roy estão. Ando por um corredor escuro. Chego à porta correta e bato. Logo uma Thea com a expressão apavorada abre a porta. Posso ver dois dos seguranças caídos no chão, espero que estejam bem.

— Me diga que tem um plano! E onde está meu irmão? — entro sem respondê-la e me sento em frente aos computadores.

— Tenho um plano, e seu irmão foi atrás do David. — ela suspira. — Roy, trouxe suas flechas?

— Sim. Mas está pensando em atirar nos convidados?

— Não pensei nisso. — digo. — A mansão tem um sistema de proteção a incêndio. Chuveiros eletrônicos exatamente. Um dispositivo no teto que quando entra em contato com calor causa uma grande aspersão de água. Vocês sabem o que é. – ambos assentem. — Esse sistema cobre todos os cômodos e se apenas um for acionado, todos serão ativados. Devido isso, os convidados não vão querer levar um banho e vão sair correndo. — acrescento. — Roy, se você lançar uma flecha com fogo na ponta em um desses chuveirinhos vai causar um pequeno tumulto, e assim não vamos levantar suspeitas. — finalizo.

— Vou fazer isso. — diz, juntando a aljava e o arco.

— Okay. — digo. Dirijo-me para fora da sala. — Façam isso rápido.

— E aonde você vai?

— Talvez Oliver precise da minha ajuda, para desarmar a bomba. — explico. — Vou procura-lo. — ela assente e eu saio.

Pego meu celular e começo a rastrear Oliver. Com a ajuda do WiFi e a escuta que ele está usando, consigo encontra-lo, está no porão. Odeio porões, apesar de trabalhar em um. Mas, essa casa é antiga, o que dá um ar de filme de terror. Foco Felicity. Mas vai que tem um canibal escondido no porão?

Entro na cozinha e os cozinheiros estão ocupados demais para perceberem a minha presença. Sigo por um corredor curto, que no fim tem uma porta. Seguro a maçaneta e giro, tem uma enorme escada e é pouco iluminada. Desço os degraus com cuidado e sem fazer barulho.

— Não pode salvar ninguém. — escuto a voz e não é a de Oliver. — Aquela desgraçada vai pagar pelo que fez.

— Há inocentes lá em cima. — essa é a voz de Oliver. Escondo-me atrás de caixa de papelões e curvo minha cabeça. Oliver está frente a frente com David e o mesmo segura um dispositivo na mão. Bomba acionada com um dispositivo, tal dispositivo com certeza tem um botão vermelho.

Tenho que usar esses músculos ao meu favor, as dicas de Sara, e os treinos dos garotos que eu assisto devem servir para alguma coisa. E até aquele filme karatê kid — os antigos, claro— me ensinaram alguma coisa. Tiro meus sapatos para não fazer barulho. Procuro algo pesado nas prateleiras atrás de mim. Um macaco mecânico, isso servirá. Não previ que esse troço era tão pesado, mas nada que os músculos de Oliver não aguentem.

Saio de trás das caixas e imediatamente Oliver olha para mim. Coloco meu dedo indicador sobre meus lábios e ele disfarça. Dou passos minuciosos. Se ele notar minha presença já era, tudo isso vai para os ares. Pensar que posso morrer sem ter voltado para meu corpo. Sério que é esse meu ultimo pensamento. Não, tenho certeza que vou me lembrar do beijo no hospital.

— Desarme essa bomba. — ordena Oliver. Continuo andando.

— Acha mesmo que vou fazer isso? Sabe o trabalho que deu invadir essa casa, passar pelas câmeras e por esses seguranças enormes. Tive que me vestir com aqueles aventais de cozinheiro, usar aquele... — antes que ele termine a frase, lhe atinjo a cabeça com o macaco mecânico, ele cai e imediatamente Oliver retira o dispositivo da mão dele.

— Eu o matei? — pergunto. Oliver checa a respiração dele e maneia a cabeça.

— Mas com certeza ele vai dormir por três dias. — levanta-se e pega na minha mão. — Vamos, vou avisar o capitão Lance.

Subimos a escada e atravessamos o corredor, a cozinha está uma bagunça, toda alagada e vazia. A chuva causada pelo sistema de incêndio cai sobre nossas cabeças. Percorremos o corredor que nos leva a enorme sala e escutamos barulhos, vozes altas. Ficamos imóveis como duas estatuas parados no meio do corredor, Oliver olha para mim.

— Deve ser os seguranças. — afirma. — Se nos encontrarem aqui...

— Estamos ferrados. — concluo. Oliver aperta minha mão, ele parece pensar em uma forma de contornarmos a situação, o que é impossível já que não tem janelas no corredor e as vozes estão cada vez mais próximas. — Oliver... não sei se vai gostar disso. — seguro seus ombros e o encosto na parede. — o encaro, seus cabelos estão molhados e pingos de água escorrem por seu rosto, a maquiagem está toda borrada.

— O que vai fazer?

Encaixo minha mão em seu pescoço e inclino meu rosto. Minha respiração acelera, assim como a de Oliver. Não escuto nada ao nosso redor, não sinto as gostas de água me encharcando. Apenas fito os olhos dele e sinto seu bafo de encontro a minha boca. Seu braço enlaça minha cintura me puxando para mais perto. E isso é estranho, mas eu não quero parar.

Sua outra mão sobe até minhas costas e eu estou ainda mais perto dele, não existe espaço entre nossas bocas, elas estão grudadas. Abro meus lábios deixando sua língua roçar cada parte da minha boca, sinto seu gosto. Nossas línguas se movimentam no mesmo ritmo. O beijo é urgente e doce. Sinto uma explosão em meu peito. Estou ciente de que estou no corpo de Oliver e ele no meu, mas nosso beijo é normal. E não quero que acabe.

— Vocês dois. — escuto uma voz áspera atrás de mim, mas ela é igual um plano de fundo. E nem Oliver e muito menos eu sente vontade de interromper o beijo. — Hey!

Nossas bocas se afastam, mas não é por causa do segurança, ou seja lá quem for, e sim porque precisamos respirar. Um pequeno sorriso está estampado nos lábios de Oliver, ele fita meus olhos por longos segundos e então olha sobre meus ombros. Viro-me e encontro um homem enorme, vestido em um terno e todo encharcado, assim como nós.

— Por favor, se retirem. — assentimos e seguimos pelo corredor. Estou a dois passos na frente de Oliver, não sei como vou conseguir olhar na cara dele novamente depois de eu ter dado inicio ao beijo. Escuto seus passos mais rápidos e logo sua mão encaixa na minha.

— Foi uma ótima ideia. — sussurra e eu não consigo segurar o sorriso. — Temos que ligar para o capitão.

[...]

Pov Oliver.

O beijo mexeu comigo de forma descomunal. Quando Felicity avançou para cima de mim eu pensei que aquilo seria estranho, afinal, estamos trocados, pensei que seria como beijar um homem — e esse pensamento não foi legal—. Porém, quando senti seus lábios sobre os meus, a única coisa que pensei foi em beija-la, toca-la e acaricia-la. Foi como se fossemos apenas um, e estivéssemos em nossos reais corpos.

No final do beijo, tudo que eu queria era iniciar outro e outro, queria me perder nos lábios dela e em seus braços. Mas o cara enorme nos mandou sair da mansão e para não levantar suspeitas a gente saiu. Notei que ela estava desconfortável, e então peguei em sua mão e disse que foi uma ótima ideia, ela logo relaxou. Tudo que não desejo agora é um clima estranho entre nós.

Quando saímos da mansão encontramos Thea e Roy do lado de fora, em meio aos convidados que tinham saído da casa. Felicity ligou para o capitão Lance e explicou tudo que tinha acontecido. Logo três viaturas estavam no quintal. Eles invadiram a casa e trouxeram David algemado. Ele ainda estava inconsciente devido a pancada na cabeça. Felicity fez um ótimo trabalho o derrubando.

Um esquadrão de bomba também foi chamado, porque a bomba ainda estava no porão da casa e era ligada a vários fios, muita tecnologia e a policia não sabia lidar com aquilo. Não estava acionada, mas ainda era um perigo. Seguimos para o covil e nos secamos. Sentei na cadeira de Felicity e arranquei aquelas sandálias dos pés. Como elas conseguem ficar horas com um troço desses?

Olhei para Felicity e ela estava enrolada em uma toalha branca, sorrindo para Diggle que tinha acabado de chegar da excursão com as crianças do orfanato. Thea e Roy estavam fazendo uma ronda na cidade. Levantei-me e me aproximei dos dois. Felicity olhou para mim com aqueles olhos azuis cheios de luz — meus olhos e eles nunca demonstraram tantos sentimentos, apenas quando estou perto dela. —.

— Como você está? — peguei em sua mão. — Derrubou David, bom trabalho.

— Estou bem. E se isso foi um elogio, obrigada. — sorrio. — E você, se sente bem.

— Ótimo. Nunca estive melhor. — suas bochechas ganham um leve rubor.

— Estou sobrando aqui, não é? — indaga John, e eu olho para ele e afirmo com a cabeça. — Okay, vou tomar um ar. — sai pelos fundos.

— Então, você gosta de comida tailandesa? — pergunto e dou dois passos em sua direção, seu corpo está preso entre o meu e a mesa, mas ela não nem pensa em recuar.

— Eu adoro. — murmura. Dou mais um passo e já não existe distância entre nossos corpos.

— Hey! — Thea e Roy descem as escadas. — A cidade está calma. Podemos ir para casa? Eu estou com fome e... — fica imóvel ao olhar para Felicity e eu. — Atrapalhei alguma coisa? — sim Speedy, atrapalhou muito coisa. Mas, antes de eu respondê-la, Felicity diz:

— Não. E você tem razão, preciso ir para casa e tomar um banho. — diz. — Gelado. — sussurra e eu escuto, isso me faz sorrir. Mas não deixa de ser confuso, como nossos corpos reagem dessa forma? Mesmo estando trocados?

Acho que isso ocorre devido aos nossos hormônios. Os sentimentos, e as reações são todas do corpo dela. É um sistema diferente do masculino. Talvez seja isso. Acho que devo fazer uma pesquisa mais afinco e tentar beija-la novamente, para armar uma teoria completa. Não que seja problema para mim. Não mesmo.

Eu queria conversar mais com Felicity, mas ela meio que me evitou, devido isso, acho melhor dar um tempo e esperar amanhecer. Aí pedirei explicações, afinal, foi ela quem me beijou. Não é mesmo?

Pensei em tudo que Thea me falou, pensei em todos os concelhos de Dig, e acima de tudo resolvi escutar meu coração, e tudo isso me levou a um caminho, e ele se chama Felicity. Quando estou com Felicity, eu me sinto em casa. Não quero mais privar meus sentimentos e nem quero afasta-la de mim. Ao contrário, quero-a bem perto.


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Notas finais do capítulo

É agora meu povo, agora sim eu começo a juntar esses dois HUASHAUSH. Mas, calma, nada de sexo enquanto um está no corpo do outro. Foi estranho escrever esse beijo, porque eu não sabia se era certo fazer um beijo prazeroso com um estando no corpo do outro. Enfim, eu dei umas pesquisadas aqui e outras lá e vi que era possivel devido a dois hormônios presente no corpo masculino e feminino. Eu espero não estar errada, e se estiver cutuquem minha orelha. Mas me entendam, faço o melhor que posso com essa fic. Não esqueçam de comentar. Bjoos.