Se eu fosse você escrita por Adri M


Capítulo 11
Não precisamos disso.


Notas iniciais do capítulo

Genteeee, mil perdões pela minha pequena (enorme) demora, é que tive um pequeno (grande) bloqueio com essa fic, mas já estou de volta. Espero que gostem desse cap e devo adiantar que o proximo vai ser repleto de mini-confusões.
Agora eu preciso muito agradecer ao Diego Wayne pela recomendação, eu fiquei muito feeliz com o que vc escreveu - muito mesmo. - Muitooo obrigada!!!! Bom, dedico esse cap para você, espero mesmo que goste e que continue gostando da fic.
Boa leituuuura pessoal.



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Para Oliver o uniforme do arqueiro nunca foi um problema, ele já havia se acostumado há muito tempo. Mas, com ele no corpo de Felicity, estar naquela roupa era muito desconfortável e não só isso, era como vê-la se arriscando, colocando sua vida em perigo. E ele não queria isso.

Colocou o capuz e a mascara, olhou-se no pequeno espelho a frente da sua cabeça. O rosto dela estava escondido por de baixo daquela máscara e da sombra escura do capuz. Porém, Oliver conhecia cada curva do rosto delicado de Felicity.

Os olhos com a imensidão do céu, os lábios levemente rosados, o queixo redondo, as maças do rosto e as bochechas coradas. Felicity parecia ser feita de vidro para Oliver, frágil e intocável. Que com qualquer toque poderia se partir em vários pedaços. Ele sabia que ela era forte, mas não consegue em momento algum parar de pensar em sua segurança. A queria protegida. Porém, essa noite o arqueiro voltaria à ativa, e ele não tomaria cuidado apenas porque estava no corpo dela, mas também pela sua própria vida, e própria segurança. Não só agora, e também quando estiver em seu próprio corpo, já havia tomando essa decisão.

Saiu do pequeno banheiro do covil e encontrou Felicity, Diggle e Thea o encarando. Os três o olharam da cabeça aos pés, como se ele fosse uma espécie de entretenimento em uma festa infantil. A roupa estava larga demais, talvez a calça fosse um problema, porque ficava frouxa.

— Com alguns ajustes conseguimos mudar isso. — comentou Thea, segurando o riso.

— Sem... deboche, Thea! — exclamou Oliver, franzindo os lábios. Girou e pegou o arco e a aljava.

— Precisa ao menos de um cinto. — implicou Felicity. — Não vai querer perder as calças quando pular de um prédio para o outro. — Diggle e Thea caíram em gargalhadas, imaginar Oliver perdendo a calça ao pular de um prédio era um tanto quando muito cômico.

— Não vou usar cinto. Até porque essa calça não tem como usar um cinto. — retrucou. — Diggle, você vai comigo. Preciso de cobertura pelo lado de fora. Thea, você e Roy vão vigiar Starling. E Felicity...

— Eu sei. — Dirige-se aos computadores e se senta em sua cadeira. — Meus computadores. — Oliver assentiu.

— Vamos, Dig. — Seguiu rumo à escada com John logo atrás dele.

— Ainda não acredito que ele está saindo como o arqueiro do covil e no seu corpo. — murmurou Thea, ainda surpresa com o ato do irmão. Felicity suspirou.

— Eu também. — concordou.

— E, além de tudo, me deixou vigiar Starling. Acho que vai chover granizo. — disse irônica. — Vou chamar o Roy. Pedi que ele arrumasse algumas caixas para mim no estoque da boate.

— Tudo bem. — Thea se afastou e Felicity ficou sozinha. O silencio era bom, bom para pensar nos últimos acontecimentos.

Pov Oliver.

É realmente eu precisava de um cinto. Então para não perder as calças pulando de um prédio para outro, optei por vir de carro com Dig. Estávamos em um beco escuro, atrás de latas de lixo perto da mansão da prefeita. Havia mandado Diggle fazer uma varredura aos arredores da casa.

— Tem seguranças rondando a casa. — comentou Diggle, voltado para o carro. — E todos armados. — bufei. A última vez que enfrentei homens armados, as coisas não terminarão como eu esperava e eu acabei levando um tiro e discutindo com Felicity.

— Pensei que seria fácil. — murmurei. — Estava enganado. — Desembarquei do carro e o contornei, andando até onde meus olhos pudessem encobrir toda a casa. — Posso pular na sacada.

— É, você pode. Mas, tem seguranças em baixo dela. — diz John, parando ao meu lado.

— Consigo mirar uma flecha neles daqui. Isso não seria problema. Mas, aposto que o interior da casa está cheia de seguranças também.

— Pensamos nisso depois de entrar na casa. — Olho para Diggle e ele continua com os olhos fixos na mansão.

— Você pode ser um segurança. Eu entro e você me dá cobertura. — sugiro.

— Eles estão usando ternos. — rebate.

— Isso não é problema. — digo. — Vamos. — Camuflo-me em meio à escuridão dos demais prédios e me aproximo da casa. Tem apenas um segurança plantado no portão da mansão. E mais dois perto do quintal. Outros dois em baixo da sacada, apenas um parado em frente à porta. E um em cada lado da casa.

— O que vai fazer agora? — olho para os dois seguranças que estão mais perto do portão e eles estão distraídos em uma conversa qualquer.

— Terá que se virar nos trinta. — tiro uma flecha sonífera da aljava e coloco no arco, miro no segurança que está plantado perto do portão e atiro. Ele imediatamente cai desacordado. Puxo o corpo dele rapidamente para trás da guarita, para que os outros não nos vejam e acionem todos os alarmes. — Acho que o terno dele serve em você.

— Está me dizendo que vou ter que trocar de roupa agora? — pergunta Diggle. — E ao ar livre?

— Eu não disse nada disso. — Sua expressão se suaviza. — Mas é isso mesmo que você vai fazer. — disparo.

— Mas está frio. Por que você não faz isso? — retruca, com um olhar ácido pairando sobre mim.

— Porque eu estou no corpo da Felicity. E, além do mais, eu sou o arqueiro. — sussurro, levantando meu rosto e cuidando dos outros seguranças. — Rápido antes que eles percebam a ausência desse aí. — ele bufa e começa a tirar a roupa que o segurança desacordado usava.

— Porque eu sou o arqueiro. — cochicha Diggle, imitando minha voz. — Grande argumento.

— Rápido Diggle. — o provoco e o ouço praguejar.

— Se quer um serviço rápido chama o Barry, ele é o flash. Ele que veste o uniforme em um piscar de olhos. — comenta. — Faz em até menos tempo do que isso.

[...]

— Pronto. — diz Diggle, saindo de trás da guarita já vestido com o terno. — E agora? Mais uma ideia de gênio?

— Sim. — murmuro. — Terá que tirar esses dois seguranças dali. — aponto para os dois homens parados no quintal. — Invente um problema no fundo da casa e os mande irem checar o que aconteceu.

— Então vai optar pela sua inteligência? — retruca, com os lábios curvados em um sorriso debochado. — Entendo. — acrescenta, seguindo para o quintal onde os seguranças estão.

Diggle estava certo, não podia me arriscar tanto. Não sei o que acontecerá comigo e Felicity caso eu acabe me machucando, e também de forma alguma queria machuca-la fisicamente por um ato inconsequente da minha parte. Voltar ferido para o covil estava fora de cogitação, não machucaria Felicity apenas fisicamente, mas também sentimentalmente, e a prometi que tomaria cuidado.

Espero que Diggle não seja reconhecido como um não segurança pelos dois homens que conversam com ele. Mas, pelo ritmo da conversa os dois caíram direitinho. Diggle vira o rosto para mim e esboça um mínimo sorriso. Depois se afasta, acompanha os dos dois homens. Não tenho tempo para comemoração. Dirijo-me para a entrada da casa onde um guarda vigia a porta.

Ele está de costas para mim e eu faço o menos barulho possível. Porém, piso em uma folha seca e rapidamente ele gira, mas antes de qualquer ataque seu eu lhe acerto um soco no meio do seu rosto, ele caí bruscamente no chão e bate a nuca em um vaso de flor, desmaia. Tenho a entrada da casa livre.

Abro a porta com cuidado, sem fazer barulho e a sala de entrada está vazia, diferente do que pensei. Adentro a casa, mantendo atenção redobrada. O caminho até a escada está vazio. Começo a subir degrau por degrau, até chegar em um extenso corredor, com portas dos dois lados.

— Felicity, consegue a planta arquitetônica da casa? Preciso saber onde fica o escritório. — pergunto, pressionando o ponto em minha orelha.

“Espera um segundo.” — escuto seus movimentos frenéticos contra o teclado. “Segunda porta a direita no corredor da escada.”

— Okay. — aproximo-me cautelosamente da porta em que Felicity me informou ser o escritório da prefeita, a essa hora ela deve estar trabalhando nele. Seguro a maçaneta e giro abrindo a porta que range. Como pensei, ela está sentada na enorme mesa de vidro, concentrada em papais.

— Pedi para não ser importunada. — disse, mantendo os olhos fixos no papel.

— É apenas uma visita inesperada. — digo, com o modulador de voz ativo. Ela levanta o rosto e leva um pequeno susto quando enxerga o arqueiro. Metade dele na verdade.

— Como entrou aqui? — levanta-se bruscamente. — Eu vou gritar e meus seguranças vão entrar aqui armado até os dentes, caso tentar fazer algo comigo.

— Não vou fazer nada com você. — rebato. — Acalme-se!

— Então porque diabos invadiu minha casa?

— Fiquei sabendo que sofreu um atentado hoje? — ela franze o cenho e então assente. — Tem ideia de quem mandou a bomba para o seu escritório?

— Não. — responde.

— David Collins. — Ela empalidece e suas pernas ficam bambas, apoia-se na mesa e senta-se novamente. — Seu marido. E eu sei que você o matou. Porém, ele conseguiu escapar.

— O que? — pergunta chocada. — É claro que eu não fiz isso.

— Você tentou mata-lo e agora ele está atrás de vingança e o que aconteceu hoje no seu gabinete, pode se repetir em qualquer lugar. Principalmente amanhã no seu jantar beneficente.

— Não acredito nisso. — rebate.

— E vai esperar o que? Ele colocar uma bomba na sua casa? — aproximo-me da sua mesa e encaro seus olhos. — Cancele o jantar, e eu vou tentar captura-lo.

— Não. Não vou cancelar o jantar e é melhor você sair daqui porque em poucos segundos essa sala vai estar cheia de seguranças. — Puxo sua mesa com força, os papeis, computador e objetos vão ao chão. Uma luzinha vermelha pisca na parte de baixo da mesa.

— Você está brincando com fogo, prefeita. — Vou até a janela e quebro o vidro, depois pulo e corro até portão, Dig já está do lado de fora, me esperando com o motor do carro ligado.

— E então? Como foi? — pergunta, assim que embarco no carro.

— Nada bem.

[...]

Narrador.

Felicity andava de um lado para outro, o chão do covil já estava ficando fundo. Há horas havia perdido o contato com Dig e Oliver e isso estava deixando a loira preocupada. Sua cabeça parecia um turbilhão pela quantidade de pensamentos que a rondavam. Sabia que a mansão da prefeita estava rodeada de guardas e não tinha tanta certeza de que Oliver estava pronto para voltar à ativa, tudo isso a deixava preocupada.

E se já não bastasse o sumiço de Oliver e Dig, Roy e Thea também não haviam dado sinal de vida. E Donna estava a sua espera no apartamento, até pensou em ligar, mas não queria decepcionar a mãe. Sentou-se em frente aos computadores de novo, poderia rastrear o sinal das escutas e com isso encontrar a localização de todos. Mas, antes que ela começasse, escutou o barulho da porta se abrindo e logo Thea e Roy estavam a sua frente, ambos sorridentes.

— O que foi Felicity? — perguntou Thea, notando a expressão preocupada de Felicity.

— Vocês sumiram. Seu irmão e Dig até agora não deram sinal de vida. A mansão da prefeita está rodeada de guardas e eu acho que seu irmão ainda não está preparado para lutar com vários homens. — responde rapidamente. — Tenho motivos para me preocupar.

— Acalme-se. — Thea segurou os ombros da loira e fitou seus olhos com uma expressão séria. — Ollie sabe muito bem se defender, e ele vai fazer isso por você. — As palavras de Thea acalmaram um pouco Felicity, mas ela ainda tinha medo de Oliver entrar machucado no covil. — Você tentou rastreá-los?

— Ia fazer isso agora. — responde.

— Hey. — a voz de Diggle ecoou pelo covil. Felicity ergueu o rosto e pode ver Oliver logo atrás de Diggle, ela o analisou da cabeça aos pés e se acalmou quando notou que ele estava inteiro.

— E então? Conseguiu entrar na mansão da prefeita? — questionou Roy.

— Sim. — respondeu Oliver. — Mas, ela não vai cancelar o jantar, e antes que eu insistisse ela acionou o alarme de segurança. Ela continua subestimando o ex-marido-morto.

— Ela não pode insistir nessa ideia maluca de jantar. Vai estar cheio de gente naquela casa, inclusive as crianças do orfanato. — argumentou Felicity. — Todas correm perigo.

— Por que vocês não vão ao jantar? — sugeriu Thea, olhando pra Oliver e depois para Felicity. — Sem levantar suspeitas, como um casal normal. O jovem e falido Oliver Queen e sua bela namorada. Vocês ficariam de olho em tudo. — completou.

— É uma boa ideia. — comentou Diggle, em seguida encarou Oliver. — Não é?

— Felicity, consegue colocar nossos nomes na lista? — perguntou.

— Claro. — rapidamente Felicity se aproximou dos computadores. — Mas, tem um probleminha. — todos a encararam. — É um jantar da alta sociedade, as mulheres vestem-se elegantes, — semicerrou os olhos, encarando Oliver. — você vai conseguir usar saltos?

— Saltos? — arqueou as sobrancelhas. — Não precisamos disso.

— Mas é claro que precisa Oliver, é como os jantares que mamãe dava na mansão. — argumentou Thea, com a cabeça cheia de ideias. — Vou produzir você para esse jantar. Vai ficar linda! — exclamou, mais animada do que o normal.


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Notas finais do capítulo

Deixem seu comentário se chegaram até aqui e se querem ver o Oliver de salto 15 HUAHSUAHSUHAUSH. Espero que tenham gostado do cap, prometo não demorar tanto para o próximo. Bjoooos.