Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Sem inspiração.
bay



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A semana passou tranquilamente para mim. Eu evitava ao máximo me encontrar com o Thiago o que me obrigava passar a maioria do meu tempo com o Theo.

O ultimo final de semana do mês todos os alunos do ERA eram liberados para poder passar o final de semana em casa. Mas claro que eu ira permanecer ali. Bill não me queria por perto e isso era um fato.

—Tem certeza que vai ficar bem?—O Theo perguntou pela milésima vez.

—Já falei que sim. —eu disse já impaciente.

—Eu não sei não.

—Pode ir sossegado, eu não vou ficar sozinha, tem muita gente que também vai ficar.

—Eu sei. —Ele pareceu inconformado. —Mas suas amigas não vão estar ai.

—Elas também vão para casa. —eu disse revirando os olhos. —Essa não é a primeira vez.

—É acho que você tem razão. —ele disse se dando por vencido. —Mas se precisar de mim é só ligar.

—Pode deixar. —eu disse dando um leve selinho nele.—Mas agora eu acho melhor você ir.

—Claro. — ele disse saindo.

Eu me joguei no sofá assim que ele saiu pela porta. Esse seria um longo final de semana. Eu podia perfeitamente ir para casa, e passar o final de semana completamente sozinha, já que Bill nunca estava lá, mas só o trabalho de arrumar as minhas malas eu preferia ficar aqui.

A Dora e a Bell já tinha ido. A Bell sempre quis que eu fosse com ela, mais nunca achei justo esse era o tempo dela aproveitar os seus pais e eu lá só daria trabalho.

Enfim eu teria um final de semana com os meus melhores amigos os meus livros querido, não achei que isso seria de fato tão ruim assim.

O salão comunal agora estava completamente vazio. Eu abri meu livro e comecei a ler. Alguém desceu as escadas correndo, eu não me movi para olhar.

—O que você esta fazendo aqui?—O Thiago disse arrancando meu livro da minha mão. Eu levantei de um pulo olhando assustada para ele.

—Achei que fosse obvio. —Disse atordoada.

—Você não vai para casa. —ele perguntou enquanto largava uma pequena mala no chão.

—Não. —Eu limitei a dizer.

—Por quê? —ele não parecia satisfeito.

—Ora, meu pai não vai estar em casa.  —Eu disse dando de ombros.

—Hum. —ele disse levantando a sobrancelha. —A Dora e a Bell foram?

—Sim.

—Você vai ficar sozinha aqui?

Será que eles não cansavam disso.

—Não um monte de alunos também não vão para casa é normal.

—Ótimo. Eu também vou ficar. —ele disse se virando.

—Não vai não. —eu gritei me levantando do sofá de um pulo.

—Porque não?—ele perguntou desafiadoramente.

 —Oras, porque, por que...

—Sarah eu não vou deixar você passar o final de semana sozinha... —ele disse saindo.

Como se passar ao lado dele não fosse a pior parte.

Depois de quinze minutos o Thiago voltou e se sentou ao meu lado.

—Pronto o que vamos fazer?—Perguntou sorrindo.

O que ele pensava que estava fazendo? Ele não podia brincar assim comigo.

—Você eu não sei, mas eu vou ler. —eu disse pegando meu livro e esperando que ele desistisse daquela idéia maluca.

—Tudo bem. —ele concordou me puxando e colocando minha cabeça no seu colo. —Enquanto você lê eu fico te admirando.

Meus olhos vagaram até o seu rosto. Ele não podia estar falando sério. Quer dizer o que o cara lá de cima estava pensando.

—Thiago e a Amanda?—eu perguntei para ele, mas era para lembrar a mim mesmo a realidade.

Seu rosto mudou de expressão.

—Foi para a casa dos pais. —ele disse dando de ombros. —Eu preferia não falar nela.

—Mas ela existe. —Eu tinha que me magoar bastante para ter certeza que não ia me envolver por aqueles olhos incrivelmente verdes que eu tanto amava.

—Eu sei ruivinha. —ele disse brincando com uma mecha do meu cabelo, e aquilo me trouxe sensação tão familiar. —Um minuto de prazer por uma vida de sofrimento.

Eu abaixei meus olhos novamente para o livro. Eu precisava me concentrar, mas era tão difícil com ele ali. Eu fitava o livro sem ver nada na minha frente.

—Sabe ruivinha, eu ainda não acredito que eu pisei na bola. E justamente com a Amanda. —Ele disse parecendo realmente pesaroso.

—Eu não tenho nada haver com isso. —eu disse me levantando.

—Eu também sei disso. —Ele disse sorrindo.

Aquilo era perturbador. Devastadoramente e inconseqüentemente enlouquecedor. Eu precisava me manter longe dele, nossa historia havia acabado para sempre. SEMPRE.

Eu subi as escadas correndo.  Não queria explicar para ele o motivo das minhas lagrimas.

Eu entrei no banheiro e deixei a água cair se misturando com minhas lagrimas.

Assim que abri a porta me deparei com o Thiago sentado na minha cama.

—O que você esta fazendo aqui?—Perguntei sem acreditar no que estava vendo.

—Esperando por você. —Ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

Ótimo o céu estava conspirando contra mim.

—Ou você acha que eu fiquei aqui pra que?—Ele perguntou piscando para mim. —Agora vem?—Ele disse se levantando e estendo a mão para mim.

Eu olhei para a mão estendia, eu tinha absoluta certeza que se eu a aceitasse eu iria trair meus próprios princípios.

—Pode parar com isso. —Ele disse me pegando no colo e me arrastando para fora do quarto.

—Para com isso Thiago. —eu implorei para ele enquanto ele começava a descer as escadas. —Me coloca no chão.

—Só se você me prometer que vai se comportar. —Ele disse rindo.

—Tá eu prometo. —eu disse e no mesmo instante ele me soltou.

—Vamos tenho uma surpresa pra você. —Ele disse segurando minha mão e eu paralisei.

—O que foi?—Ele perguntou confuso.

Será que era possível ele esquecer isso? Porque eu tinha que lembrar e ele não. Isso não era justo.

—Nada. —eu balancei a cabeça e então ele sorriu me puxando escada abaixo.

Caminhamos de mãos dadas até o jardim. E pela primeira vez eu estava me sentindo realmente feliz sem se importa com isso.

—Espera. —Ele disse parando de andar.

—O que foi?—Eu perguntei curiosa.

—É que é surpresa. —ele disse tampado meu olho com suas mãos.

—O que é?—eu perguntei enquanto ele me guiava.

—Já disse surpresa. —ele continuou me conduzindo. Pelo barulho de água eu deduzi que nós estávamos próximos a fonte.

—Prepara. —ele perguntou.

—Sim. —eu disse e ele retirou a mão de melhores. —Piquenique. —Eu perguntei realmente espantada.

—Eu sabia que você ia adorar. —Ele disse sorrindo.

Eu realmente tinha que admitir, aquilo me pareceu estranhamente agradável.

Nos sentamos na toalha xadrez como as dos filmes.E passamos uma tarde totalmente diferente, apenas sendo nós mesmo e esquecendo o resto do mundo.

—Deixa que eu levo isso.—Ele disse gentilmente pegando a cesta na minha mão.

– Foi perfeito. —eu admiti por fim.

—É foi. — Ele disse rindo caminhamos de volta para o salão em silencio.

—Te espero pra jantar. —Ele disse parando no começo da escada.

—Acho que não. Comi demais por hoje. —Eu disse colocando a mão na barriga.

—Vamos lá faça um esforço.

—Eu te acompanho. —Eu realmente estava me sentindo feliz como há muito tempo não me sentia.


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