Passei o resto da noite me debatendo entre sonhos e a realidade, mas invariavelmente existe apenas uma pessoa preenchendo meus pensamentos é era obvio que era o Thiago.

Acordei com fortes batidas na porta, ainda tonta de sono me levantei.

—Sarah. Abre a porta, por favor. —E como uma continuação dos meus sonhos o Thiago estava me chamando.

—Anda logo. —A Bell resmungou cobrindo a cabeça com o travesseiro.

Eu abri a porta. O Thiago estava deslumbrante com aqueles cabelos molhados.

—Sabe que horas são? —eu perguntei tentando não me prender no seu encanto.

—Sei. —Ele disse fazendo uma careta. —Não tenho culpa de você ser tão dorminhoca.

—O que você quer?

—Você. —Ele respondeu serio enquanto seus olhos buscavam o meu.

—Thiago. — Eu suspirei cansada.

—Tá bom eu sei. —ele disse sorrindo. —Mais não custa nada tentar.

Ele não podia estar ali para dizer aquilo. Podia?

—Se é só isso pode ir. —Eu tentei parecer fria, mas ele não pareceu se importar.

—Não, eu preciso conversar com você antes.

—Não temos nada para conversar. —eu disse fechando a porta.

—Espera. —ele segurou a porta com força me impedindo de mover. Seus olhos deslizaram para o meu corpo.

—O que foi?

—Que se dane. —Ele resmungou qualquer coisa do tipo, então seus braços fortes alcançaram minha cintura me puxando para fora e me encostando-se à parede do corredor.

—O que... —Eu tentei dizer algo quando seus lábios carnudos colaram nos meus, fazendo eu me perder.

Eu sabia que eu precisava lutar, lutar para impedir aquilo, mas parecia impossível não me deixar levar pelas sensação.

Ele deslizou suas mãos por baixo da minha camisola, acariciando minhas pernas enquanto seus lábios escorregavam por meu pescoço percorrendo o caminho até meus seios. Por instinto eu arquei meu corpo para frente contra o corpo rígido e musculoso dele deslizando minhas mãos por sua costa. Thiago soltou um suspiro.

Eu não conseguia acreditar que estava correspondendo as caricias ousada deles.

Eu estava me entregando completamente a ele...

Como que por um milagre e acabei ouvindo o ultimo aviso da minha consciência. Instantaneamente pressionei minhas mãos contras o peito musculoso dele e tentei afastá-lo, no principio ele resistiu e eu sabia que nato teria força para lutar contra, mas por fim ele se afastou sua respiração estava ofegante.

—Você em deixa louco. —Ele murmurou m e olhando intensamente então seus olhos deslizaram para o meu corpo e eu o acompanhei seu movimento. Senti minhas faces queimaram, eu estava vestida com minhas camisola extremamente curta e transparente.

Meu Deus eu havia perdido completamente meu juízo. Nesse momento uma das portas do corredor foi aberta e duas meninas saíram, eu olhei desesperada para o Thiago.

Ele sorriu tranqüilo colando seu corpo ao meu, me prendendo contra a parede, envergonhada eu enterrei meu rosto no peito dele.

As duas garotas olharam curiosas, mas não pareceram me reconhecer o que me trouxe um imediato alivio. Eu acabei tremendo com a proximidade do meu corpo com o Thiago.

Ele sorriu para mim parecendo satisfeito.

— É melhor você entrar. —ele disse por fim, não parecendo confortável.

—É. —eu concordei sem ser capaz de me mover.

—Por Deus Sarah tenha piedade. —Ele pediu parecendo irritado. —você quer que eu faça uma loucura.

Eu neguei rápido com a cabeça.

—Não foi o que pareceu. —ele disse sorrindo maliciosamente se afastando já que eu parecia ser incapaz de me afastar dele.

O que havia dado na minha cabeça. Eu me crucifiquei enquanto entrava no banheiro para um banho. Aquilo não devia acontecer...

Depois do meu longo banho aonde eu lamentei tudo o que tinha para lamentar daquele encontro eu desci para o salão comunal.

Eu pude prever que aquele não seria um dia nada, mais nada fácil para mim.

—Bom dia ruivinha. —o Thiago me cumprimentou levantando dos degraus. —Achei que não ia descer nunca.

—Bom dia. —eu disse preferindo ignorar seu comentário.

O Beto e o Pedro me olharam assustados.

—Eu queria te pedir desculpa. —ele disse ignorando meu humor.

Ele estava arrependido. Será que ele não havia gostado.

—Você não precisa pedir desculpa. —Eu tentei também não demostar como aquilo me magoou.

O Beto e o Pedro levantaram a sobrancelhas.

—Eu agi como um idiota.

Você é um idiota.

—Para com isso Thiago. —Eu pedi tentando segurar as lagrimas, eu detestava chorar.

—Eu não tenho nada a ver com sua vida, mas quando fiquei sabendo do seu namoro eu não pude me controlar, eu sei que você não merecia ouvir aquilo.

Eu quase sorri ao perceber do que ele estava falando.

–Mas aposto que ele não faz te sentir o que...

—PARA. —Eu gritei incapaz de relembrar.

—Tudo bem por aqui?—O Theo perguntou se aproximando.

—Tudo. —Eu forcei um sorriso, enquanto o Thiago fechava a cara.

—Vamos tomar café?—o Theo perguntou para mim ignorando o Thiago.

—Vamos. —Eu fiquei feliz por me afastar dele.

—Sarah. — O Thiago me chamou eu senti o Theo enrijecer enquanto eu me virava temerosa para ele.

—O que você quer?—Eu tentei fazer minha voz soar como uma alerta para ele.

— Desculpa por ontem a noite.—Ele disse sorrindo não parecia esta arrependido.

—Tudo bem. —eu disse me afastando, era perigoso ficar ali.

—Mas isso não quer dizer que eu me arrependi por hoje de manhã.

Eu prendi a respiração. O Theo olhou curioso para mim e para o Thiago que parecia bem feliz com aquilo.

—To que ele esta falando?— O Theo perguntou.

—Nada absolutamente nada. —eu respondi mais ele não pareceu satisfeito.

—Mas eu me arrependo. —Eu respondi me virando para o Thiago, tentando ser a pessoa mais fria do mundo.

O sorriso pretensioso sumiu de seu rosto enquanto eu senti algo dentro de mim se quebrar.