The Simple Things escrita por Vingadora


Capítulo 11
That's a teribble goodbye...


Notas iniciais do capítulo

E chegamos ao último capítulo de TST (apesar de logo mais eu postar o Epílogo bombástico e tal).

Bom, apesar de eu também colocar considerações finais de agradecimentos, nada mais justo do que agradecer agora a todos que acompanharam essa louca jornada (mesmo quem chegou depois de finalizada {risos}) e quase ficou careca com tantas emoções vividas por nossa querida, amada e irônica personagem Ellizabeth.
Me encontro com vocês no epílogo.



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POV. ELLIZABETH

─ Juro que ainda não acredito que você não é lésbica.

Apesar de me sentir um caco, Stark insistia em tentar me fazer bem.

─ A Pepper já está te preparando um banho, relaxa. Não vai demorar muito mais tempo para você poder se suicidar em uma banheira de hidromassagem que custa um bilhão de dólares.

Como eu não disse nada ele continuou a tagarelar.

─ Espero que seu seguro de vida cubra suicídio, sério. E ah! Não esquece de escrever uma cartinha, tudo bem? Dizendo que você se matou porque descobriu que não é lésbica e que está sofrendo de amores por um picolé.

Afundei ainda mais no sofá e pude ouvir ele suspirar.

─ Pelo visto o caso é sério. Minha fiel parceira de conversa me trocou por um celular. Estou me sentindo uma lata-velha mal reciclada.

Não fazia muito tempo que tinha recebido a segunda mensagem de Steve. Desde então eu não parava de encarar a tela do celular.

Stark me ligou assim que eu saí do complexo da S.H.I.E.L.D. e preocupado com meu estado voou direto ao meu encontro. Resolveu me dar uma carona em sua armadura até sua mansão em Miami, pediu comida tailandesa e a Pepper que tentasse me ajudar. Eu não sou muito bom ouvinte quando as mulheres choram. Sério! Foi o que ele disse quando percebeu que eu chorava.

Agora eu era apenas um ser estagnado largado em um sofá que possivelmente deveria custar milhões de dólares e estava manchado de lágrimas de uma mulher que não valia se quer a roupa que vestia.

─ Eu... não sei o que dizer. ─ ele mudou seu tom. Agora estava sério o suficiente para parecer assustador ─ Lilly... ─ suspirou ─ Ele não te merece. ─ falou por fim ─ Se esse tal de Steve disse as coisas que disse pra você é porque ele não merece uma lágrima sua se quer. Agora você pode ligar para Nick e explicar pra ele o que aconteceu e...

─ O que? ─ minha voz saiu fraca e eu deixei escapar uma risada ainda mais fraca e oca ─ Tony... Foi o Fury que discursou. ─ o lembrei.

─ Ah... Espera aí então... Deixa eu ver se entendi: Nick disse que você não podia mais ficar perto de Steve porque você deveria ser a âncora dele, mas na verdade está usando ele para ser sua âncora emocional e afetiva enquanto ensina a ele os mandamentos do futuro. Agora Steve está mofando em um bar de merda esperando por você que está no meu sofá chorando porque concorda com Fury sobre você ser uma má pessoa. É isso mesmo? Pode confirmar?

Soltei outra risada oca.

─ Você deve ter uma memória fotográfica. ─ foi tudo o que consegui falar.

Ele aproximou sua cadeira giratória de mim e tomou o celular da minha mão.

─ Preciso que você olhe para mim, Lilly. Por favor. ─ e lá estava seu tom sério novamente.

Fiquei encarando o teto, recusando-me a encará-lo.

Dane-se se eu pareço uma criança mimada agora. É melhor parecer uma criança mimada do que encarar a realidade e ver o tipo de ser estranho que eu sou.

─ Tá, que se dane. ─ ele começou a tagarela novamente ─ Eu realmente não acredito que você pode ser tão influenciável ao ponto de deixar que um cara de apenas um olho julgue você dessa forma. Você é mais do que isso. Mais do que esse bebezão chorão que está molhando meu sofá agora. Cadê aquela Ellizabeth de dois meses atrás que ficava implicando comigo e dizendo que iria ser a agente mais importante e condecorada de toda a corporação? Que me lembrava todas as vezes de é super forte, tem uma visão incrível laser... e olha lá que você nem tem visão a laser de verdade... que pode ouvir o som dos pássaros na Austrália cantarem de manhã e sei lá mais o que você pode fazer... Onde é que está a Lilly enjoada que só consegue jogar xadrex se for chamar o tabuleiro de campo de batalha e trocar as funções das peças, mas sem tirar o prestígio da rainha? Onde é que...

Eu resolvi cortá-lo depois de ouvir toda aquela baboseira.

─ No fim das contas ela não é real. Nada disso. A Ellizabeth que você tanto fala não é real.─ suspirei ─ Olha Tony... Você pode até pensar que vê as coisas além do que elas realmente são, mas eu preciso abrir seus olhos porque sou sua amiga. Não passa de uma miragem. Tudo isso. O céu, no fim das contas, não é azul claro. É negro. Tão escuro quanto essa roupa que eu visto. As pessoas não são boas porque gostam. Fingem ser boas porque precisam esconder seu lado negro e tomam cuidado para que ele não escape. Os fragmentos do seu coração não foram vencidos. Estão sendo combatidos. Ainda estão aí, ainda podem te matar. Mas você prefere usar um reator gigante no seu peito porque tem medo de correr um risco bobo de fazer uma cirurgia e removê-los. E eu não sou uma boa pessoa, não sou uma boa agente, uma boa amiga... Estou fadada a seguir em uma simples e regular existência chamada: vida. E acredite. Não é algo que encham os olhos de uma pessoa de alegria. No fim das contas, Stark. O sol não beija o oceano. Ele nem está tão perto para inicio de conversa. E Fury? Bom... Fury não se importa de verdade. Ele nem confia muito na humanidade. ─ ergui-me do sofá e segui caminho até parar de frente para a janela que estava disposta ali ─ Pode me chamar do que quiser, Stark. Pode dizer o que quiser. Pode tentar dar significado até mesmo para as simples coisas da vida... Mas, no fim das contas... Nada disso importa realmente.


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Notas finais do capítulo

Lilly e suas suas filosofias dark jogando na cara de Stark algumas coisinhas...
E esse é o último momento de Ellizabeth Ellie Fury em The Simple Things como narradora principal.

Vejo vocês daqui a pouco com o Epílogo.
Vale lembrar que eu sentiria uma honra tremenda se vocês comentarem (risos). Não, sério. Eu sei que vivo lembrando sobre os comentários, mas é que eu adoro ler comentários. Nem que seja um simples sorrisinho. Eu me sinto importante quando sei que alguém leu e gostou o suficiente do capítulo para comentar.

Até daqui a pouco õ/