O Preço da Traição escrita por Massie


Capítulo 23
Capítulo 22




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Eu já estava acordado á algum tempo, mas minha cara de sono ainda estava presente. Preferi não ir para a escola já que estava cansado demais e ainda estava preocupado com TomTom. Eu vestia uma calça de moletom cinza, mas era o tipo de moletom que era mais apertado das canelas até o começo da coxa e depois folgava. Eu estava sem blusa, já que a calefação não me permitia sentir frio. Ouvi a campainha tocar e sequei minhas mãos em um pano de prato, fui até a porta e a abri apenas para me surpreender com Karina ali. Ela abriu a boca levemente e observei seu olhar sobre meu tórax e peitoral. Não era por nada não, mas nos últimos tempos eu estava gostoso demais. Melhorei minha alimentação e estava praticando exercício e os efeitos já era muito bem notáveis, obrigado.

– Oi – Karina disse com a voz levemente baixa.

– Olá.

– Passei aqui para vê como a TomTom está.

– Ela está bem, ainda está dormindo.

– Ela reclamou de dor?

– Graças á Deus não.

– Isso é bom. Você vai trabalhar não é? Ela vai ficar com quem?

– Eu sempre deixo-a com a dona Dalva, mas como hoje ela teve médico, eu vou ligar para a Sol.

– Não precisa, eu fico com ela.

– Ahh não, eu não quero incomodar, você deve ter mais o que fazer.

– De forma alguma. Eu só vou trocar de roupa e já venho pra cá – Karina me deu as costas e claro que eu não perdi a oportunidade de dar uma bela secada em sua comissão traseira. Ela estava com o uniforme da escola e eu já havia esquecido como aquela saia caia bem nela.

Tomei um banho rápido e assim que estava colocando a calça, ouvi a campainha tocar. Subi o zíper e fechei a calça rapidamente, calcei minhas meias e coloquei os tênis deixando para amarrá-los depois, peguei a blusa que estava em cima da cama, a jaqueta e a touca e desci. Joguei tudo sobre o sofá e corri para abrir a porta assim que o barulho da campainha soou pela terceira vez. Karina já estava com uma roupa diferença e com certeza ela retocou seu perfume já que assim que um vento frio passou por ali eu senti a fragrância deliciosa invadindo minhas narinas. Um arrepio tomou meu corpo, tanto pela fragrância como pelo fato de eu estar sem blusa e meu peitoral estar um pouco molhado ainda devido ao banho. É, aquilo não é legal.

– Entra – Karina entrou na casa e eu fechei a porta lhe dando as costas logo em seguida. Vesti minha blusa e coloquei a jaqueta por cima, enfiei a touca de qualquer jeito na cabeça e me sentei para amarrar meus tênis. Karina estava parada perto do sofá olhando-me e quando meus olhos entraram em contato com os seus, ela desviou parecendo encabulada. Voltei o olhar para meus tênis e os amarrei

– Eu estou indo cedo para o trabalho para voltar mais cedo e você não ter tanto trabalho com a TomTom.

– Tudo bem, ela é boazinha – Coloquei minha mochila com a roupa do trabalho nas costas.

– Se ela for tomar banho, coloque na água levemente quente porque ela não gosta da temperatura morna, mas não aumenta muito senão a pele dela fica vermelha e acho melhor não molhar os cabelos dela. Tem comida no forno e os horários e a dosagem dos remédios dela estão colados na porta da geladeira - Karina riu e balançou a cabeça em negação – O que foi?

– Você parece um pai babão e zeloso – Sorri levemente.

– TomTom é tudo pra mim e eu que vê-la bem. Bom eu já me despedi dela e agora já vou – Passei por Karina, mas voltei e me aproximei dela. Depositei um beijo suave em sua bochecha e ela pareceu surpresa com a minha atitude – Obrigado – Peguei a chave do carro e sai de casa.

Eram seis horas quando estacionei o carro na frente de casa. Desci e assim que me aproximei da porta de entrada ouvi algumas gargalhadas sendo elas de Karina e TomTom. Entrei em casa e percebi que elas assistiam ao filme Valente.

– Hey.

– Pê! – TomTom ficou em pé e estendeu os braços para mim, aproximei-me dela e a peguei espalhando beijos por seu rosto.

– Como você está?

– Bem.

– Sua garganta ficou pior de novo? – Ela balançou a cabeça em negação e eu sorri. Olhei para Karina e ela me olhava sorrindo – TomTom se comportou?

– Claro, ela é uma boa menina, não é amor? – A garotinha assentiu. Karina sempre gostou muito de TomTom e a mimava mais do que eu.

– Bom, vou tomar banho – Subi as escadas. Tomei um banho rápido e vesti a calça que eu usava de manhã colocando também uma camiseta branca. Desci as escadas logo em seguida.

– Eu esquentei sua comida e coloquei em cima da mesa, achei que você talvez estivesse com fome – Karina disse suavemente.

– Ahh, obrigado – Sorri agradecido. Bom, eu não estava com tanta fome assim já que passo o dia todo comendo algumas coisas na lanchonete, mas não faria desfeita.

– Eu só vou terminar de assistir esse filme com TomTom e depois vou embora.

– Não precisa ter pressa.

– Ahh não Ka, você disse que ia assistir Alice no país das maravilhas comigo – TomTom queixou-se.

– Outro dia eu volto aqui e a gente assisti, meu amor.

– Por favor, você disse – TomTom fez um bico adorável.

– É Karina, você disse, agora tem que cumprir – Disse enquanto balançava a cabeça.

– Tudo bem então.

– Oba! – TomTom estendeu os braços e eu ri enquanto ia até a cozinha. Sentei-me na mesa e cutuquei a comida que estava no prato, será que Karina havia colocado veneno ali? Ri com meu pensamento e comecei a comer.

Quando voltei para a sala Valente já havia acabado, TomTom me puxou para o sofá e aconchegou-se em meu colo enquanto o outro filme começava. Eu estava tão cansado que dormi antes de vê a cena da Alice caindo no buraco.

Senti minhas pernas sendo colocadas sobre o sofá, minha cabeça estava sobre as almofadas e eu me sentia muito confortável na posição que eu estava. Uma manta foi jogada sobre meu corpo e eu me senti uma largada presa em seu casulo. Abri os olhos levemente só para encontrar Karina parada em minha frente, mas ela não pareceu notar meu movimento. Voltei a fechar os olhos e instantes depois senti a respiração de Karina se mesclar com a minha. Logo depois seus dedos acariciavam meu rosto e as pontinha deles tocavam meus lábios. Meu coração gay deu um solavanco e eu lutei para minha respiração não se alterar. Senti um beijo sendo plantado demoradamente no canto dos meus lábios e senti algo molhar meu rosto. Karina parecia chorar. Ela passou o braço por minha cintura e encostou seu rosto ao meu, disse algo inaudível para mim e ficou ali por alguns minutos, parada. Não consegui conter um suspiro, mas isso não pareceu abalá-la. Karina se afastou e eu tive vontade de pedir para que ela ficasse. Ouvi a porta fechando-se levemente e depois um barulho quase imperceptível, Karina havia jogado a chave por baixo da porta como várias vezes ela já fez. Abri os olhos e fitei o teto, eu ainda sentia o local onde Karina havia beijado levemente quente. Eu achei que estava esquecendo-a, superando-a, mas aquilo era uma doce ilusão.


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